Mercado Internacional
7 tendências de marketing para impulsionar as exportações das cooperativas
A jornada das cooperativas no mercado internacional é complexa e demanda uma estratégia comercial robusta. Um dos maiores desafios desse processo é a internacionalização da marca, de forma a construir uma identidade consistente ao mesmo tempo em que se adapta às demandas locais. É por isso que é tão importante desenvolver um bom marketing para exportação.
As ações de marketing para exportação devem fazer parte de qualquer plano de negócios visando a participação no mercado exterior. Nesse contexto, o marketing visando o mercado internacional tem suas peculiaridades. Por mais que muitas fronteiras dos negócios e da comunicação tenham caído, as culturas seguem diferentes, afinal.
Portanto, para executar uma estratégia de marketing para exportação eficiente, não basta somente reproduzir aquilo que já é feito no mercado interno. Neste artigo, então, iremos conhecer algumas tendências e dicas para que as cooperativas possam tirar proveito do marketing para ganhar participação em mercados internacionais. Aproveite a leitura!
7 tendências de marketing para exportação
O mercado externo é cheio de oportunidades de negócios para as cooperativas, que podem aumentar as receitas e criar uma marca forte internacionalmente. Em nossos cases, já contamos uma série de histórias de coops que têm produtos presentes em diversos países.
A fim de que mais cooperativas possam ocupar espaços cada vez maiores no mercado externo, separamos algumas tendências de marketing para exportação. Confira!
1. Presença digital: a promoção sem fronteiras pela internet
A internet derrubou muitas barreiras e encurtou as distâncias. Hoje, é perfeitamente possível ter acesso a marcas e produtos do mundo todo em poucos cliques. Da mesma forma, as cooperativas podem alcançar pessoas e potenciais parceiros comerciais por meio da web.
Assim sendo, a presença digital se mostra uma ferramenta imprescindível para o marketing das cooperativas que pretendem se internacionalizar. Trata-se de uma forma barata e eficiente de se conectar ao público-alvo e tornar a cooperativa conhecida e acessível aos clientes e demais públicos de interesse no país almejado. Nesse sentido, ter um bom conhecimento de marketing digital faz toda a diferença!
Na busca pela inserção em novos mercados, é importante desenvolver um website atrativo e saber usar a força das redes sociais. Tudo isso, claro, levando em conta o idioma, a cultura e as tendências locais. Criar um canal de comunicação simples, interativo e informativo aproxima os públicos e parceiros almejados pela cooperativa.
A internet é uma ferramenta e tanto no marketing para exportação! A conectividade e facilidade para alcançar pessoas do mundo inteiro precisa ser usada para as cooperativas que buscam competitividade no mercado externo.
2. Praça expandida: estabelecendo escritórios no exterior
Um dos 5 P’s do marketing, a praça é onde o produto está à venda. Os parceiros comerciais são fundamentais para o desenvolvimento das praças no mercado internacional. Um modelo simples de cadeia comercial internacional adotada pela maior parte dos países é composta por:
- Importador
- Distribuidor
- Atacadista
- Varejista
Os parceiros comerciais primários dos exportadores são, geralmente, os importadores e distribuidores. Nessa seara, há dois caminhos que interferem diretamente no processo: exportar direta ou indiretamente. O papel do distribuidor pode ser fundamental para o início do processo de internacionalização das cooperativas, mas ele fica com parte da receita.
Tudo isso influencia, aliás, no preço final do produto no mercado em questão. Diante desse cenário, estabelecer subsidiárias próprias em outros países pode ser uma alternativa interessante para as cooperativas exportadoras. Ao eliminar intermediários, a cooperativa tem mais controle dos processos comerciais e mais rentabilidade. Esse passo, contudo, só faz sentido se houver um volume comercial relevante da cooperativa para o país.
Além disso, abrir uma filial pode ser um dos últimos passos do processo de internacionalização e deve ser feito com cautela e planejamento. As subsidiárias de uma cooperativa devem atuar como Centros Regionais de Negócios (CRN), orquestrando a promoção comercial da organização em determinadas regiões globais.
3. Sustentabilidade: promoção da agenda ESG impacta consumidores globais
A agenda ESG vem se tornando cada vez mais importante para a gestão dos negócios, assim como para o potencial de exportação. O mundo todo está atento aos impactos ambientais e sociais dos produtos. Com isso, as cooperativas sustentáveis têm vantagem competitiva – e esse fator também pode ser utilizado no marketing para exportação!
Diversos países e blocos econômicos estão exigindo certificados ambientais e apertando a regulamentação das importações. Essa é uma tendência crescente que não dá sinais de desaceleração. Dentro desse contexto, a sustentabilidade também é uma grande peça do marketing para exportação.
Soma-se a isso os novos hábitos de consumo. As pessoas estão dando prioridade a produtos ambientalmente responsáveis. Muitas delas aceitam até pagar mais caro por isso, de maneira que a produção que respeita o ESG agrega valor às mercadorias. Neste artigo, a gente explica a fundo como o ESG é aliado das exportações no cooperativismo.
4. Personalização: a padronização convive com produtos adequados a cada mercado
Estamos na era da personalização – e esse princípio dos negócios também vale no marketing para exportação. Padrões de qualidade e consistência ainda seguem sendo características importantes e valiosas. Contudo, a adaptação às demandas e necessidades locais é um grande diferencial.
A personalização perpassa no decorrer de todo o processo de marketing para exportação, desde a comunicação às plataformas de venda. Cada cultura tem uma forma de interagir com os produtos que consome. Para se tornar relevante em determinado mercado, as cooperativas devem se adequar a isso.
Conheça, portanto, a persona local. Faça pesquisas de mercado. Entenda os hábitos de consumo das pessoas. Estude sua linguagem. É dessa forma que o marketing da cooperativa vai encontrar caminhos para se conectar com os públicos, afinal.
5. Foco nos dados: eles apontam oportunidades e barreiras
Em tempos de big data, os dados apresentam oportunidades e antecipam desafios. Essa premissa é válida para todas as áreas na gestão das cooperativas, e o marketing para exportação é uma delas.
Entender o que funciona ou não em um país novo é ainda mais desafiador. Para isso, os dados são fundamentais. Por meio da inteligência de dados, as cooperativas compreendem a fundo as características e desafios dos mercados em que almejam introduzir os seus produtos.
Os dados tornam as campanhas mais assertivas e eficazes. Eles potencializam, ainda, a personalização dos produtos. Na prática, eles são centrais para qualquer estratégia de marketing para exportação.
6. Branding: a força da marca faz diferença no mercado internacional
As pessoas compram produtos de marcas que conhecem e confiam. Essa lógica supera qualquer fronteira. Dessa forma, para que as cooperativas tenham produtos competitivos no mercado externo, o branding deve ser prioridade.
Uma marca forte comunica valores, qualidade dos produtos e se conecta com os consumidores. É isso, no fim das contas, que impulsiona a fidelização e transforma o consumidor em cliente.
Nesse sentido, por mais que a estratégia de marketing para exportação deva ser localizada para cada praça internacional, o branding precisa ser alinhado, de maneira a proporcionar à cooperativa uma marca consistente e fácil de identificar. Imagine: não importa em qual lugar do mundo estiver, você vai reconhecer uma lata de Coca-Cola, não é mesmo?
7. Localização: informar para ser entendido
Por fim, um elemento que não é novo, mas segue mais relevante do que nunca. Na hora de elaborar um catálogo para apresentar os produtos, elaborar folders de divulgação e liderar campanhas, apresente as informações nos idiomas relevantes.
Sua cooperativa irá participar, por exemplo, de uma feira internacional. Nessa ocasião, é muito importante que os materiais de divulgação estejam traduzidos para a língua local. Independentemente do país, também é uma boa pedida que as informações estejam disponíveis em inglês, de forma que pessoas do mundo todo possam conhecer os produtos e serviços da coop.
Além disso, a apresentação comercial deve ser elaborada levando em consideração o mercado-alvo. Nesse caso, localizar não significa somente traduzir os materiais que a cooperativa já possui, mas construir as apresentações com foco no mercado-alvo e suas características singulares.
Conheça o PeiexCoop
Com o objetivo de impulsionar a cultura exportadora no Brasil, o PeiexCoop surgiu como um programa criado em parceria com a ApexBrasil para atender cooperativas que visam se preparar para exportar seus produtos. Durante os 4 a 6 meses do programa, as cooperativas participantes tem acesso a mentorias individuais e personalizadas que envolvem todas as etapas do processo de exportação, como a escolha do produto e país, as estratégias de precificação, definição de planos de ação, dentre outros. Ao final do programa a cooperativa tem acesso ao plano de negócios focado na exportação de um produto escolhido para um país com melhor encaixe. Além disso, a participação no programa garante acesso facilitado em ações de promoção de negócios internacionais por parte ApexBrasil e do Sistema OCB, sendo um ótimo ponto de partida para cooperativas que desejam exportar, mas ainda não sabem como. Para participar, consulte a OCB de seu estado!
Conclusão: o valor do marketing para exportação
O mercado externo está repleto de oportunidades para que as cooperativas possam expandir os seus negócios, aumentar a receita e crescer. Só que explorar o comércio internacional tem seus desafios e demanda que o planejamento seja bem feito.
O marketing para exportação cumpre um papel grande dentro desse planejamento, afinal é preciso atrair compradores, parceiros comerciais e gerar conhecimento de marca. Não basta simplesmente chegar lá.
No segundo volume de nossa série de e-books sobre exportação no cooperativismo, abordamos a questão do marketing. Saiba mais sobre como o mix de marketing se aplica ao comércio exterior!