Inteligência de Mercado
Muitos são os fatores que influenciam ou interferem nos resultados de uma cooperativa. Parte deles está relacionada com questões internas, de gestão e governança, por exemplo, mas outros têm mais a ver com o ambiente externo. Por isso, é fundamental, antes de tomar qualquer decisão, analisar como anda o cenário econômico, quais são as previsões para o nosso setor e atentar-se às variações no mercado. Buscar a maior quantidade de informações possíveis, prezando pela qualidade de cada uma delas. E é isso que você encontra aqui, no ConexãoCoop: análises e dados estratégicos que vão auxiliar na construção de um olhar crítico para compreender as subjetividades, sem perder o foco na tomada de decisões.

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Marketing digital barato: estratégias para cooperativas de menor porte
O marketing digital é fundamental para ter competitividade no mercado atual. Em um mundo cada vez mais online, é nas plataformas online e nas redes sociais que os consumidores são influenciados a conhecerem e consumirem novos produtos e serviços. Nesse cenário, as cooperativas menores precisam buscar soluções de marketing digital mais acessível. Para se destacar no mercado, ter presença digital é uma tarefa primordial. No entanto, nem todas as marcas possuem os mesmos recursos para investir em grandes campanhas online, e o desafio é ainda maior para organizações de menor porte. Mas os canais digitais também podem significar uma virada de chave, gerando oportunidades para marcas pequenas crescerem no mercado. Diante disso, existem diversas possibilidades para lidar com as limitações orçamentárias. Veja como montar estratégias de marketing digital barato levando em conta as restrições que acometem as cooperativas de menor porte. Boa leitura! O que é marketing digital? O marketing digital pode ser definido como o uso de ferramentas online, como plataformas, redes sociais, blogs, sites e e-mail, para divulgação de uma marca. Por meio de canais digitais, as organizações buscam entender e atender os desejos dos consumidores, criando uma comunicação online segmentada e efetiva. Sendo assim, o marketing digital se torna crucial para impulsionar os negócios, gerando mais vendas e fortalecendo as relações de uma cooperativa. Ele também possibilita o acompanhamento de métricas para entender se os investimentos e ações estão sendo eficazes ou não. Por que o marketing digital barato é importante para as cooperativas menores Em cooperativas de menor porte, os recursos para investir no marketing podem ser limitados. Por isso, uma estratégia de bom custo-benefício é essencial para se destacar no mercado. Nesse sentido, o marketing digital traz benefícios importantes, uma vez que, com as estratégias certas, é possível otimizar os custos e acelerar o crescimento da marca. O marketing digital também se destaca por ser mensurável e segmentável. Ou seja, com o uso de dados, as marcas podem tomar decisões mais personalizadas para os consumidores, além de ter métricas que auxiliam a entender a proficiência de uma campanha, propaganda, post ou conteúdo. Além disso, existem diversas formas de gerar engajamento orgânico para vender e atrair cooperados, como o marketing de conteúdo e a produção para redes sociais. Assim, as cooperativas conseguem executar estratégias de construção de marcas fortes gerando visibilidade e reconhecimento. Estratégias de marketing digital barato para cooperativas menores Existem diversas práticas digitais que não apenas geram um bom custo-benefício para pequenas cooperativas, como também apresentam oportunidades de crescimento e competitividade. Algumas dicas, portanto, são: Elabore um plano estratégico Para que as ações e campanhas do marketing digital sejam eficazes, é preciso começar com o desenvolvimento de um plano estratégico. Esse documento vai guiar a tomada de decisões, ajudando desde a escolha dos tipos de conteúdo até a definição dos melhores horários e plataformas para as postagens. Para produzir um plano estratégico, é preciso ter conhecimento tanto sobre a marca, seus objetivos e público-alvo, quanto sobre o mercado, reconhecendo quais são os concorrentes e como se destacar no setor de atuação da cooperativa. Por meio de muita pesquisa, é possível estipular metas para o marketing digital, além de definir os canais de distribuição dos conteúdos e os indicadores que vão servir de base para analisar o desempenho de sua cooperativa na internet. Marque presença nas redes sociais Não tem como falar de marketing digital sem falar de redes sociais. A vastidão de usuários nas redes sociais carrega grandes oportunidades, mas é preciso saber adaptar seus conteúdos para se destacar nessas plataformas. Com base no plano estratégico, será possível determinar em quais redes o seu público-alvo marca mais presença. Entendido isso, é hora de agir. Criar uma conta para sua cooperativa vai permitir desde a promoção de seus produtos ou serviços, até um contato mais próximo com os consumidores e cooperados. Além disso, ter conteúdos segmentados e estar sempre analisando as métricas das publicações nas redes sociais é uma forma de garantir um avanço constante no marketing digital da sua cooperativa. Pratique o marketing de conteúdo O marketing de conteúdo, uma das ferramentas do inbound marketing, é uma estratégia que busca consolidar uma marca como autoridade e referência em determinado assunto ou ramo. Por meio de conteúdos informativos, que buscam atrair, engajar e encantar o público, o nome da marca é promovido e se fortalece no mercado. Para cooperativas de pequeno porte, essa ferramenta é essencial. O conteúdo traz tráfego para o site e divulga a marca para pessoas interessadas pelo segmento de atuação da cooperativa. Esse conteúdo também pode gerar o fortalecimento da organização e, como consequência, um aumento nas vendas e na divulgação dos produtos e serviços oferecidos. Diversos formatos podem ser utilizados no marketing de conteúdo, como artigos, reportagens, e-books e podcasts. Tenha uma estratégia SEO Além de produzir conteúdos, é preciso garantir que eles estejam otimizados para atingir o público-alvo da cooperativa. Em especial para cooperativas pequenas, que disputam o espaço digital com sites de marcas grandes, é por meio de um SEO estratégico que surge a oportunidade de se destacar. Otimizar o conteúdo faz com que fique mais fácil encontrá-lo dentro da enorme quantidade de materiais disponíveis online. Com base nos critérios de SEO, o Google ranqueia e entrega os conteúdos considerados bons para se destacar nas pesquisas. Além disso, o SEO permite avaliar aspectos técnicos de um site, ajudando a cooperativa a entender como e onde melhorar a experiência do usuário. Aposte em anúncios segmentados Além dos conteúdos orgânicos, trabalhar com anúncios segmentados também pode ser uma excelente estratégia de marketing digital para cooperativas de pequeno porte. Tanto por meio do Google Ads, que aumenta a visibilidade de marcas no Google, quanto em redes sociais ou aplicativos, os anúncios podem atingir diferentes objetivos, como fortalecer a marca e impulsionar as vendas. Mas para que sejam assertivos e tragam retorno, é preciso saber segmentar o público-alvo e criar anúncios atraentes para a persona definida de cada campanha. Por meio de testes A/B e acompanhamento do desempenho, a cooperativa pode entender quais termos, palavras-chave e design mais atraem o público, levando a escolhas que maximizam o investimento nos anúncios. Tenha um site profissional Sites profissionais podem ser a porta de entrada dos consumidores para os produtos e serviços da sua cooperativa. É nesse espaço digital que a cooperativa pode apresentar o que oferece, reforçar seus valores e princípios, e publicar conteúdos que se conectem com possíveis cooperados e clientes. Com uma identidade visual marcante e um site que seja fácil e rápido de usar, tanto em computadores como em dispositivos móveis, as cooperativas podem se destacar na internet e atrair o público. Use o e-mail marketing Chegando diretamente na caixa de entrada dos seus consumidores, o e-mail é um recurso valioso se usado de forma estratégica pelas cooperativas de pequeno porte. Ele atua como um contato direto com o consumidor, permitindo uma segmentação ainda mais precisa e individualizada. O e-mail marketing pode ser uma ferramenta estratégica para trabalhar com promoções exclusivas, descontos pontuais, campanhas e outros recursos. Além disso, essa é uma forma mais acessível de fazer marketing digital, pois ela não exige grandes investimentos e permite o monitoramento por meio de análises de dados, como a taxa de abertura dos e-mails e as vendas geradas a partir dos links. Coloque produtos em marketplaces O uso de marketplaces, ou seja, espaços digitais que permitem vendas por meio da plataforma - Amazon, por exemplo - pode ser uma ótima opção para começar a vender os produtos de uma cooperativa de pequeno porte. O marketplace proporciona uma estrutura digital que facilita a venda, ao mesmo tempo que parte do lucro fica para a plataforma. Para uma marca que ainda não tem loja online própria, ou quer aumentar os pontos de venda e divulgação, a facilidade e visibilidade que essas plataformas oferecem podem ser vantajosas. Grandes marketplaces têm mais acessos de forma orgânica do que pequenos sites, o que dificulta ser encontrado em sua loja online própria. Por isso, é uma boa opção de marketing digital barato para cooperativas de pequeno porte. Acompanhe as métricas e faça ajustes Todo o passo a passo anterior só pode ser considerado uma campanha de marketing digital de sucesso caso os resultados apontem sua eficácia. Por isso, é preciso estar sempre de olhos abertos para as métricas e indicadores de resultados. Nesse sentido, trabalhar com análise de dados na sua cooperativa pode fazer toda a diferença. Com uma cultura data-driven, é possível extrair números relevantes para garantir que as campanhas ocorram de maneira assertiva e eficiente. Conclusão: o marketing digital barato para as cooperativas Investir em marketing digital não precisa ser caro. Com conhecimento adequado e estratégias segmentadas, cooperativas pequenas podem encontrar na internet uma vastidão de possíveis clientes e cooperados. Para saber mais sobre o papel do marketing e outras ferramentas de comunicação na promoção de uma marca cooperativista, a CapacitaCoop lançou as trilhas de Comunicação e Marketing sobre conceitos e estratégias essenciais para as cooperativas. Confira os cursos nos níveis básico, intermediário e avançado.

Capacitação e educação corporativa: como investir e por onde começar
As mudanças na força de trabalho são temas frequentes em estudos e análises sobre o atual mercado. Mais do que nunca, é necessário ter mão de obra qualificada para obter sucesso nos negócios. Nesse contexto, as organizações também podem atuar na qualificação do trabalhador por meio da educação corporativa? Sim, as cooperativas devem direcionar recursos para a capacitação de seus colaboradores. Investir nesse campo é uma forma de estimular a produtividade e a cultura organizacional, valorizando o indivíduo e conectando-o aos objetivos coletivos. Neste artigo, vamos aprender o que é educação corporativa, entender por que ela é um bom negócio para a sua cooperativa e descobrir onde investir para implementá-la de maneira efetiva para os negócios. Boa leitura! O que é educação corporativa Antes de conhecermos formas de aplicar a educação corporativa no dia a dia de uma cooperativa, devemos começar pelo básico. Afinal, o que é exatamente educação corporativa? Qual a sua importância para os negócios? Em suma, educação corporativa é um conjunto de práticas adotadas com o objetivo de aperfeiçoar habilidades essenciais para os objetivos da organização. É, portanto, uma estratégia de gestão de pessoas e uma forma de assegurar que os colaboradores são capazes de suprir as necessidades da cooperativa. Provavelmente você já passou, em algum momento da sua trajetória profissional, por um treinamento de onboarding que guia os seus primeiros passos em uma organização, mostrando os procedimentos padrão e as condutas mais adequadas para cada situação. Então isso é o que chamamos de educação corporativa? Não exatamente. Educação corporativa, afinal, é uma estratégia permanente, que aposta na capacitação contínua dos colaboradores para desenvolver suas competências em prol do progresso da organização. Um treinamento de onboarding pode fazer parte de uma estratégia de educação corporativa, mas é apenas uma de diversas ferramentas utilizadas dentro de um plano a longo prazo. Por que investir em educação corporativa e capacitação Direcionar recursos para uma estratégia de educação corporativa demanda tempo e dinheiro, além de potencialmente afetar a rotina de trabalho dos colaboradores. Vale a pena se mobilizar dessa forma para capacitar uma equipe? Sim, a educação corporativa traz diversos benefícios para uma organização, conectando-a a formas palpáveis de crescimento e desenvolvimento. Confira motivos para investir na capacitação de seus colaboradores. Estímulo ao crescimento sustentável A essência da educação corporativa é operar em prol dos interesses da organização. Não é só o indivíduo que se desenvolve profissionalmente a partir de capacitação e orientação fornecidas pela cooperativa: o coletivo também se fortalece. Quando os objetivos estão bem definidos, a educação corporativa ajuda a transformá-los em realidade. A combinação de equipes capacitadas e uma organização alinhada resulta em crescimento para a cooperativa, alcançando suas metas de forma consistente e sustentável. Eficiência e adaptabilidade Ninguém nasce sabendo trabalhar da melhor forma possível, não é mesmo? A educação corporativa funciona, portanto, como um espaço onde o colaborador pode receber orientação, treinar, tirar dúvidas e até mesmo errar sem afetar os resultados. Isso fornece a base necessária para o trabalhador executar suas tarefas com maior confiança e eficiência no dia a dia. Quem está preparado e domina o que faz tem mais facilidade para se adaptar às mudanças que o mercado exige. As estratégias de capacitação contribuem para a formação de profissionais mais flexíveis e prontos para as demandas que sua cooperativa enfrentará. Preenchimento de lacunas O ensino acadêmico ainda é, sem dúvidas, extremamente relevante para o desenvolvimento profissional dos indivíduos. Entretanto, impulsionado pelos constantes avanços tecnológicos, o mercado de trabalho nunca se transformou tão rapidamente como nos tempos atuais. As instituições de ensino técnico e superior não necessariamente conseguem acompanhar esse ritmo. Isso significa que nem todo estudante conclui seu curso totalmente preparado para lidar com as exigências da rotina profissional. A educação corporativa surge como uma alternativa para preencher essas possíveis lacunas, preparando novos profissionais para os desafios que moldam o verdadeiro cotidiano do trabalho. Desenvolvimento de cultura organizacional Toda organização tem uma ‘cara’, um jeito próprio de se posicionar no mercado e agir perante seus públicos de interesse. Tudo isso deve refletir a cultura organizacional, o conjunto de valores, crenças, normas compartilhados dentro de uma organização, moldando a conduta e a tomada de decisão de seus colaboradores. Assim, a educação corporativa pode ser utilizada para fortalecer a cultura organizacional. O DNA da organização deve se fazer presente nos conteúdos e nos métodos de ensino, reforçando o que ela tem de melhor. Além disso, o investimento constante em capacitação incorpora uma nova característica à cultura: mostra que a cooperativa se importa com o desenvolvimento profissional de seus colaboradores. Formação de lideranças Toda organização precisa de líderes capazes de motivar e orientar equipes rumo aos objetivos estabelecidos. Além de habilidades, esses profissionais devem possuir um profundo conhecimento sobre a cultura organizacional. Quer um lugar melhor para formar lideranças do que dentro da própria organização? Por isso, a educação corporativa é uma ótima maneira de desenvolver líderes. Seja para lapidar talentos com potencial ou para aprimorar aqueles que já estão em posições relevantes, os cursos e outras ferramentas ajudam na formação de profissionais capazes de conduzir a cooperativa. Retenção e atração de talentos Como já mencionamos ao abordar a cultura organizacional, o investimento em estratégias de qualificação mostra ao colaborador que a cooperativa preza pelo seu desenvolvimento profissional. Isso ajuda na retenção de talentos, evidenciando porque a educação corporativa é também uma estratégia para gestão de pessoas. A consolidação da cultura de aprendizagem e desenvolvimento profissional pode, inclusive, ajudar a atrair novos profissionais. Afinal, trabalhar naquela organização torna-se um sinônimo de potencialização das próprias habilidades. Como ingressar na educação corporativa Diante de tantos benefícios à organização e seus colaboradores, investir em capacitação corporativa certamente lhe parece um bom negócio. Entretanto, é necessário tomar decisões importantes antes de aplicar um programa educacional. O primeiro passo é identificar quais são os objetivos e as necessidades organizacionais. Para isso, é preciso pensar nas respostas para as seguintes perguntas: O que a cooperativa pretende alcançar e o que falta para isso? Como a educação corporativa pode ajudar na concretização desses objetivos? Quais os pontos fortes na atual estrutura e como aproveitá-los? Responder a essas questões orienta todos os passos que vêm pela frente. Essas informações ajudam na definição de um planejamento. Nesse momento, deve-se definir a metodologia de ensino – aulas a distância ou presenciais, foco em embasamento teórico ou experiências práticas, por exemplo –, quais serão os conteúdos repassados ao colaborador, quanto a organização investirá na capacitação e como avaliará o desempenho. Do planejamento à ação Com todos esses aspectos definidos, é hora de pensar na base da educação corporativa: o conteúdo. Os objetivos da organização são específicos e demandam a criação de um conteúdo direcionado? Ou a meta é colocar os colaboradores a par de uma tendência de mercado sobre a qual já há material disponível? Seja qual for o caminho escolhido, a prioridade deve ser fornecer conteúdo de qualidade. Isso ajuda a engajar o colaborador, que perceberá a educação corporativa como uma oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional. Às vezes, entregar esse alto nível de qualidade exige convite a profissionais externos, especialistas em temas novos para a organização e dotados de habilidades didáticas. A depender do tamanho da sua cooperativa e dos objetivos que a educação corporativa pretende viabilizar, procurar instituições de ensino especializadas pode ser o caminho adequado. A parceria com especialistas ajuda a garantir que o conteúdo seja transmitido da forma ideal para resultar em aprendizado. Por fim, especialmente para cooperativas que estão ingressando na educação corporativa, é essencial ouvir as impressões dos colaboradores. Estabeleça canais para feedback e promova acompanhamento constante, visando aprimorar os processos. Particularidades da educação corporativa online Os avanços tecnológicos revolucionaram a forma como fazemos diversas atividades no dia a dia, e vários mercados passaram por profundas transformações ao longo dos últimos anos. Um desses ramos é a educação, que hoje tem o ensino a distância (EAD) como uma maneira viável de disseminar conhecimento, com ferramentas que passaram a se desenvolver ainda mais desde a pandemia. O EAD oferece diversas facilidades que podem ser úteis no contexto da educação corporativa. Por exemplo, não é necessário ter uma grande estrutura física, permitindo que grandes equipes acompanhem o conteúdo simultaneamente. Também é possível reutilizar o material didático e o trabalho de professores ao repassar o conteúdo a novos colaboradores, garantindo economia de tempo e recursos. Caso a modalidade a distância seja a escolhida por sua cooperativa, aposte no uso de vídeos. Conteúdos audiovisuais são uma tendência no consumo virtual como um todo, e não é diferente quando se trata de EAD. Vídeos podem capturar o colaborador através de recursos visuais chamativos e explicativos, entregando conteúdo relevante e direcionado. Outra tendência no mercado da educação a distância é a gamificação, nome dado ao método que engaja o público por meio de jogos, missões e recompensas. Essa maneira de ensino faz com que cada passo na jornada de aprendizagem seja recompensado. Exemplos de educação corporativa em cooperativas É ótimo entender como a educação corporativa pode ajudar uma organização alcançar os seus objetivos, mas nada como verificar exemplos dessas ações na prática. Conheça cases de cooperativas que apostaram em capacitação para os seus colaboradores. Coop humaniza o atendimento Após verificar a necessidade de aprimorar seu atendimento no varejo, a Coop – Cooperativa de Consumo estabeleceu em 2014 a área de Educação Corporativa na cooperativa. O setor surgiu com a meta de desenvolver continuamente os colaboradores e assegurar a promoção dos princípios cooperativistas. Um dos grandes desafios desse setor era humanizar o atendimento. Por isso, a Coop desenvolveu, em parceria com o Sescoop/SP, o Programa Humanizar. O objetivo era transformar conceitos abstratos, como empatia e comprometimento, em práticas recorrentes no dia a dia. A estratégia de educação corporativa trouxe resultados para a Coop. Após a implementação do Programa Humanizar, a média de qualidade de atendimento nas lojas aumentou. A inclusão de metas individuais ajudou a impulsionar o engajamento dos cooperados. Educação corporativa na identidade do Sicredi Para o Sicredi, ter colaboradores engajados é uma prioridade. Táticas de gestão de pessoas cumprem papel essencial para garantir equipes alinhadas e preparadas para levar uma organização rumo aos seus objetivos. A cooperativa de crédito coloca a educação corporativa como um alicerce estratégico. A cooperativa incentiva o aprendizado constante e visa formar profissionais cada vez mais adaptáveis. Um dos pilares do programa de ensino é a plataforma Sicredi Aprende, ferramenta online com trilhas de formação, materiais e cursos livres para autodesenvolvimento. Universidade Sicoob compartilha conhecimento Outra cooperativa de crédito com um programa estruturado de educação corporativa é o Sicoob. A organização disponibiliza a plataforma online Universidade Corporativa do Sicoob, direcionada para colaboradores, dirigentes, cooperados e comunidades. A Universidade Corporativa possui programas de formação, desenvolvimento e certificação profissional, visando impulsionar o desenvolvimento do indivíduo e da cooperativa como um todo. O Sicoob também fornece alternativas presenciais de educação corporativa. Conclusão: educação corporativa cooperativista Esperamos que, após esta leitura, sua cooperativa passe a olhar com carinho para as possibilidades que a educação corporativa apresenta. A capacitação contínua é essencial tanto para o indivíduo quanto para os resultados da organização. O Sistema OCB conta com uma solução focada na educação corporativa especialmente desenhada para as cooperativas: o CapacitaCoop. Ao todo, são mais de 240 cursos gratuitos disponíveis. Veja os cursos do NegóciosCoop na plataforma!

Economia, sustentabilidade e comunicação: os destaques do Impulso do Coop em 2025
Se você está no NegóciosCoop, certamente está interessado em temas relevantes para o mercado e estratégias para impulsionar o desempenho da sua cooperativa. Mas o que você talvez não saiba é que temos uma newsletter pensada especialmente para alavancar o cooperativismo: o Impulso do Coop! Todos os meses, os assinantes recebem a newsletter por e-mail e têm acesso a diversos tipos de materiais sobre tendências, inovações e competitividade no cooperativismo - e o NegóciosCoop integra essa rede de conteúdo. Caso ainda não conheça o Impulso do Coop, este é o momento ideal para ficar por dentro. De perspectivas econômicas à importância da comunicação no cooperativismo. Boa leitura! O que o Impulso do Coop discutiu em 2025 Veja assuntos que discutimos em 2025 até aqui no Impulso do Coop e fique atualizado nos temas mais relevantes para os negócios do cooperativismo brasileiro! Juros, inflação e macroeconomia O primeiro Impulso do Coop do ano, publicado em fevereiro, tratou das perspectivas macroeconômicas para o Brasil em 2025, um tema que interessa a qualquer cooperativa ou cidadão. Dentre todos os recortes aprofundados no artigo, há um assunto que segue chamando atenção e impactando profundamente a economia nacional: a elevação da taxa básica de juros. A tendência verificada no fim de 2024 continuou neste ano. Em 18 de junho, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decidiu elevar a taxa Selic pela sétima vez consecutiva, chegando à marca de 15% ao ano – a mais alta desde 2006. O número é igual ao previsto pelo mercado nos boletins Focus do início de 2025. O aumento da taxa de juros é uma estratégia adotada pelo Banco Central para controlar a inflação ao conter preços e desestimular o mercado de crédito. No entanto, a alta da taxa básica de juros também exerce impacto sobre a dívida pública. Ainda assim, pode-se dizer que o Brasil caminha para resultados melhores que os previstos no início do ano. Comparando os boletins Focus de janeiro e junho, as projeções indicam maior crescimento do PIB (de 2,06% para 2,21%) e menor IPCA (de 5,5% para 5,24%). A inflação, no entanto, segue acima da meta de até 4,5% no período de 12 meses. Seguros: o novo ramo do cooperativismo O Impulso do Coop de março deu espaço a uma novidade que levará o movimento cooperativista a um novo ramo de mercado. A sanção da Lei Complementar nº 213/2025 abre caminho para a criação das cooperativas de seguros. Elas serão supervisionadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), que já criou um grupo de trabalho para desenvolver regulamentação específica. O cooperativismo entra em um setor que já está em alta. Segundo dados da Susep, as receitas chegaram a R$ 435,56 bilhões em 2024, alta de 12,2% em comparação ao ano anterior. As expectativas seguem positivas para 2025, com crescimento de 10,1% projetado pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg). O mercado apresenta oportunidades diversas, como seguros de viagem, para celulares ou de gestão de riscos. O cooperativismo tem muito a acrescentar a este segmento. Assim como ocorre no setor de crédito, algumas regiões não recebem cobertura das organizações tradicionais. Nesse contexto, as cooperativas são uma excelente alternativa para suprir essa lacuna. Internacionalmente, o cooperativismo já carrega resultados significativos. Segundo a Federação Internacional de Cooperativas e Seguros Mútuos (ICMIF), as organizações atendem cerca de 300 milhões de pessoas e geram mais de 230 mil empregos diretos, representando quase 30% do mercado securitário global. Geopolítica e comércio internacional Tema que apresenta novidades a cada dia, a geopolítica foi o destaque do Impulso do Coop em abril, com artigo focado em seus impactos no comércio internacional. Em meio às incertezas no relacionamento entre países ao redor do mundo, analisar o contexto permite que as organizações identifiquem tendências e se planejem para eventuais mudanças. Na época da publicação, o assunto do momento na geopolítica internacional era o pacote de tarifas aduaneiras impostas por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. A maior parte das taxas está suspensa atualmente, mas elas continuam a indicar tendência protecionista por parte da maior economia do planeta. As medidas adotadas pelos EUA e as respostas de outros países, incluindo potências como a China, afetam profundamente o comércio internacional. Alguns ramos da economia nacional tendem a sofrer com as tarifas lançadas neste ano – o siderúrgico, por exemplo, agora que os EUA taxam aço e alumínio importados em 50%. Para outros segmentos, no entanto, o afastamento de nações plenamente envolvidas na guerra comercial representa a abertura de novas oportunidades, especialmente em setores como a agropecuária – onde o cooperativismo brasileiro é referência. Como viabilizar o financiamento sustentável Assunto sempre relevante para o cooperativismo e para o planeta, a sustentabilidade foi o foco do Impulso do Coop de maio. Mais especificamente, o artigo se aprofunda em maneiras de viabilizar projetos verdes financiados, seja através de linhas de crédito, planos governamentais ou meios alternativos. Apostar em iniciativas de impacto positivo para o meio ambiente atrai resultados positivos. Além de contribuírem para o planeta, organizações com parâmetros ESG bem definidos recebem melhores avaliações financeiras, têm acesso facilitado a entidades governamentais e reduzem custos, segundo estudo da McKinsey. A falta de recursos, no entanto, é um entrave para tirar projetos ecológicos e inovadores do papel. Por isso, o artigo detalha formas de acessar financiamento sustentável. O BNDES, banco parceiro do cooperativismo, possui diversas alternativas, como linhas do BNDES Finem, o Fundo Clima e os Debêntures em Ofertas Públicas. Para o ramo agropecuário há o Plano Safra, estratégia governamental de apoio ao segmento que prioriza práticas amigáveis ao meio ambiente. Outra forma de captar recursos é através da intercooperação, uma prática cooperativista em sua essência. Há exemplos práticos disso: Hidrelétrica Vale do Leite: a Certel, cooperativa gaúcha do ramo de infraestrutura, identificou os benefícios que uma hidrelétrica traria, tanto do ponto de vista econômico quanto ambiental. Assim, a Certel procurou cooperativas do Sistema Sicredi que atuam na região para captar recursos e executar o projeto. Energia sustentável: a cooperativa agropecuária capixaba Cooabriel, especializada na produção de café conilon, também tem como foco estimular o desenvolvimento de sua região, e detectou a necessidade de apoiar a geração de energia elétrica. Assim, com apoio da Ciclos e do Sicoob ES, a Cooabriel elaborou um projeto para construir um complexo de usinas de geração de energia fotovoltaica em São Miguel da Palha. O impacto da comunicação nos negócios Inspirado na Semana de Competitividade 2025, evento que reuniu os principais nomes do cooperativismo brasileiro no setor, o Impulso do Coop de junho focou na importância da comunicação e do marketing para o movimento. O artigo do NegóciosCoop detalhou o papel da assessoria de imprensa e dos porta-vozes nesse ecossistema. A assessoria de imprensa é uma ferramenta essencial para organizações fortalecerem sua imagem e estabelecerem conexão com a mídia. Tal proximidade coloca a marca em evidência e atrai a veiculação de mídia espontânea, os conteúdos divulgados de maneira orgânica. Tudo isso ajuda a fortalecer a reputação organizacional. Para manter-se próxima à imprensa, uma assessoria de comunicação deve adotar boas práticas de maneira consistente. Divulgar releases, atualizar e ampliar o mailing, produzir conteúdo próprio e responder aos jornalistas com agilidade e transparência são fatores que, com o tempo, refletem-se na marca. Este trabalho pode ser feito por colaboradores da organização ou por profissionais contratados. Uma estratégia de comunicação também se reflete na seleção e preparação de porta-vozes, pessoas qualificadas e autorizadas a dar informações em nome da cooperativa. Para que um porta-voz consiga transmitir as mensagens-chave da organização em entrevistas, é recomendável que passe por media training e desenvolva sua oratória. Conclusão: Impulso do Coop pela competitividade Ao longo do primeiro semestre deste ano, o Impulso do Coop passou por diversos temas relevantes para o cooperativismo, do contexto econômico global às questões específicas do movimento. O Impulso do Coop é a newsletter ideal para você continuar por dentro dos temas que farão a diferença! Para ter acesso às informações que você e sua cooperativa precisam, inscreva-se nas newsletters do Sistema OCB! Clique aqui, assine os informativos que mais combinam com as suas necessidades e não perca nenhuma novidade do cooperativismo!

Comunicação cooperativista: como assessoria de imprensa e porta-voz ajudam a construir marcas fortes
A comunicação é chave para qualquer cooperativa se conectar com seus públicos de interesse, sejam internos ou externos. Em muitos casos, a interação ocorre por meio dos próprios canais da cooperativa. Entretanto, em certos momentos, o melhor caminho é recorrer à imprensa. Seja para prestar contas à sociedade ou levar a público um tema relevante, utilizar a plataforma oferecida por veículos jornalísticos pode ser altamente positivo. Fazer isso de maneira estratégica e consistente ajuda a fortalecer a reputação – perante o público e a própria imprensa – e os negócios da sua cooperativa. Confira a seguir os motivos para estreitar a relação com veículos jornalísticos, quais são as principais boas práticas em assessoria de imprensa e como escolher um porta-voz para representar sua cooperativa. Boa leitura! Por que é importante ter uma assessoria de imprensa A assessoria de imprensa, seja própria ou terceirizada, é uma ferramenta comum para cooperativas de qualquer porte, sendo uma área basicamente obrigatória para as grandes organizações. Em suma, as assessorias trabalham para fortalecer a imagem e a visibilidade de uma marca e estabelecer uma relação de proximidade com a imprensa. Mas por que ter jornalistas próximos à organização é algo desejado pelas assessorias? Porque uma reputação forte necessariamente passa pela imprensa. Apesar de mudanças na comunicação impulsionadas por avanços tecnológicos, os veículos jornalísticos permanecem vistos como fontes confiáveis de informação – e dependem disso para sobreviver. Por princípio, a imprensa deve sempre buscar a publicação de informações verdadeiras e relevantes. Ou seja, quando a sua cooperativa é mencionada em um veículo de comunicação, é natural que o público encare a mensagem veiculada como um fato. A noção de credibilidade também está atrelada à chamada earned media, o conteúdo que é publicado na imprensa de forma espontânea e sem custo de veiculação. Quando uma iniciativa organizacional ganha espaço na imprensa mesmo sem aporte financeiro, é sinal de que a marca está fazendo algo relevante e legítimo, verificado por profissionais independentes. Por todos esses motivos, conquistar espaço em conteúdos jornalísticos é uma forma de desenvolver e reforçar a reputação em um espaço marcado pela credibilidade. Também é um jeito de dialogar com novos públicos, alcançando pessoas que ainda não conhecem o impacto da cooperativa ou ainda não compartilham da imagem almejada pela organização. Relacionamento consistente gera exposição frequente A confusão pode ser comum para profissionais externos à área de comunicação, mas assessoria de imprensa é um trabalho bem diferente do marketing. Enquanto o marketing tem como foco atrair e fidelizar clientes, gerando resultados para a marca, o foco da assessoria está em fortalecer sua reputação. Tendo isso em mente, é essencial encarar as duas ferramentas de formas distintas. Diferentemente de ações de marketing, uma assessoria não tem o poder de determinar como um conteúdo será publicado. Ela adota estratégias para otimizar a disseminação da mensagem desejada, mas a decisão final fica a cargo dos jornalistas e editores, responsáveis por definir a relevância do fato e o enquadramento desejado para publicação. Por isso, uma assessoria de imprensa deve entender profundamente as dinâmicas por trás do trabalho jornalístico. O relacionamento da marca para com o veículo deve ser consistente, entrando em contato e proporcionando oportunidades de pauta com frequência. Deve-se também respeitar os princípios jornalísticos, sem tentativas de interferência ou de barrar informações objetivamente corretas. Com um bom relacionamento, aumenta a chance de os jornalistas enxergarem as pautas propostas pela sua cooperativa com bons olhos. Se a mensagem definida condizer com a realidade e for repassada de maneira precisa, o impacto de menções jornalísticas à marca tende a ser positivo. Proximidade que também ajuda nos momentos difíceis Por mais comprometida que a sua cooperativa seja com os valores organizacionais, toda organização está sujeita a crises. Diversos fatores podem despertar uma repercussão negativa sobre a imagem da marca, desde problemas na produção até comentários de clientes em redes sociais. É necessário estar pronto para combater o caos com estratégia visando superar o momento adverso. Quando uma crise desponta, a organização precisa assumir o controle do fluxo de informações. Para alcançar esse controle, a assessoria deve realizar uma apuração interna e divulgar uma versão plausível dos fatos para a imprensa. Adotar uma postura defensiva e rejeitar o trabalho jornalístico são respostas inadequadas. Ao comunicar-se com a imprensa, a organização atua para preservar sua reputação. A cooperativa deve afirmar apenas fatos comprovados e demonstrar proatividade, mostrando que o problema foi identificado e está sendo combatido. Responder de maneira clara, empática e alinhada ao posicionamento institucional é a melhor forma de superar crises quando o problema chega à imprensa. Boas práticas de assessoria de imprensa Mais do que comunicar posicionamentos institucionais em grandes momentos – positivos ou de crise –, a reputação de uma organização é construída em seu dia a dia. A assessoria de imprensa tem como dever realizar diversas atividades que estreitam a conexão com o setor jornalístico. Confira alguns exemplos a seguir. Releases Uma das principais ferramentas para qualquer assessoria de imprensa, o press release – comumente chamado apenas de release – é uma forma de comunicar o que acontece na organização para os veículos jornalísticos. Em suma, um release é um texto com estrutura jornalística sobre um tema específico. Esse tipo de material é enviado diretamente para jornalistas, não sendo direcionado a outros públicos internos ou externos. A estrutura é similar à de um texto jornalístico, com título, lide (parágrafo introdutório que responde às principais perguntas sobre o tema) e corpo (normalmente incluindo depoimentos). A linguagem deve ser objetiva e impessoal, como se o texto fosse publicado em um veículo jornalístico. Mailing Não adianta a cooperativa conduzir iniciativas com potencial midiático e produzir ótimos releases se não tiver para quem enviá-los. É necessário construir uma rede de contatos. No meio da comunicação, esta rede é chamada de mailing. O termo, também utilizado no marketing digital, refere-se à lista com e-mails, telefones e outros dados relevantes para contatar jornalistas. O uso de plataformas específicas para assessoria de imprensa ajuda a organizar e segmentar essas informações, garantindo maior efetividade nos disparos de conteúdo. O mailing deve ser constantemente atualizado, de preferência algumas vezes por ano. Afinal, jornalistas podem trocar de veículo ou de função dentro da própria organização, e o contato que colocava suas pautas em destaque pode não ter o mesmo alcance atualmente. Esse é mais um fator que reforça a importância de comunicar-se frequentemente com os profissionais do setor. Conteúdo próprio Por mais que o release seja o formato mais tradicional de divulgação de conteúdo para a imprensa, ele não é o único. Materiais que não são necessariamente direcionados aos veículos jornalísticos, como postagens em redes sociais e publicações no site institucional, podem ajudar a emplacar a sua cooperativa em uma pauta. Assim como qualquer pessoa, jornalistas tendem a ser impactados por uma cooperativa que se destaca em sua comunicação. A produção de conteúdo próprio pode inspirar pautas jornalísticas e fornecer informações importantes – em texto, foto, material audiovisual etc. – para complementar a cobertura dos veículos. Transparência e agilidade Conforme mencionado anteriormente, uma característica essencial para as assessorias de imprensa é entender a dinâmica do trabalho jornalístico. Um eterno gargalo dessa profissão é o tempo: além de publicar informações factuais, o jornalista tem como obrigação propagá-las com agilidade. Por isso, responder rapidamente aos contatos de jornalistas ajuda a cultivar uma relação frutífera. Posicionar-se com agilidade e transparência, sempre baseando-se em fatos comprovados, é parte importante do caminho para aprimorar a reputação através da mídia. Como selecionar e capacitar um porta-voz para a sua cooperativa Além das informações fornecidas pela assessoria de imprensa, um produto jornalístico normalmente precisa de entrevistas. Colher depoimentos é uma prática fundamental na profissão. Eles adicionam credibilidade ao resultado, e ter múltiplas versões colabora para que o relato esteja o mais próximo possível da realidade. Tendo isso em vista, uma cooperativa deve ter profissionais preparados para se comunicar com a imprensa. Eles exercem o papel de porta-voz, uma pessoa qualificada e autorizada a dar informações que reflitam o pensamento oficial da cooperativa que ele está representando. Um porta-voz deve ser capaz de transmitir as mensagens da organização de forma consistente e influenciar os públicos de interesse, demonstrando domínio do tema, precisão, capacidade de improviso e argumentação. Para falar em nome de uma cooperativa, a pessoa deve entender as dinâmicas da imprensa. Um jornalista não é um inimigo da organização por fazer perguntas difíceis, ele está apenas fazendo o seu trabalho. O dever do porta-voz é responder sem perder a compostura, reforçando a reputação institucional perante o público e o próprio jornalista. Atividades para aprimorar um porta-voz Um colaborador capaz de se comunicar com clareza dentro do cotidiano de trabalho pode ser um ótimo porta-voz, mas a proficiência para falar em público não basta ao se comunicar com a imprensa. A dinâmica de uma entrevista é diferente, podendo gerar nervosismo e exigir respostas rápidas. Por isso, é necessário praticar. É comum que assessorias de comunicação ofereçam media training, um conjunto de práticas para preparar pessoas a se comunicarem melhor com a mídia. Agências especializadas utilizam psicólogos e atores para criar um treinamento imersivo. As práticas de media training podem ser estruturadas em diversos formatos. Palestras de profissionais do ramo jornalístico, oficinas com apresentações e exercícios e simulações para situações específicas são eventos especiais que ajudam a aprimorar o relacionamento com a imprensa. Mas também deve-se apostar em capacitação rotineira, com orientações frequentes, inclusive antes e depois de entrevistas. Toda vez que alguém dá depoimentos a um jornalista, a capacidade de articulação dessa pessoa é colocada em prática. Pode-se pensar que a oratória é algo natural, com a qual o indivíduo nasce e está destinado a liderar. Porém, na realidade é essencial praticá-la. Para melhorar a oratória, são recomendados exercícios de fonoaudiologia, técnicas de locução e postura. Ter assessoria de imprensa própria ou contratar uma agência? Diante dos benefícios que o relacionamento com a mídia possibilita e da importância de trabalhar constantemente a reputação da marca, é indispensável que uma cooperativa conte com uma assessoria de imprensa. Há dois principais caminhos para resolver essa questão: montar uma equipe de comunicação própria ou contratar uma agência especializada. Qual a melhor opção? A análise varia caso a caso, a depender do contexto da sua cooperativa. Confira os benefícios que cada modelo traz. Equipe de comunicação própria Montar uma assessoria de imprensa para a sua cooperativa exige esforço para encontrar talentos capacitados e traz gastos com colaboradores. Entretanto, quando essa estratégia funciona, traz pontos positivos para a organização. Ter membros da equipe cuidando da assessoria de imprensa garante que o trabalho será feito com pessoas alinhadas aos valores organizacionais e com conhecimento interno. Profissionais dedicados exclusivamente à cooperativa terão maior capacidade para entender e, se necessário, ajustar a estratégia da organização. Além disso, os processos são mais ágeis quando ocorrem dessa forma. A comunicação entre assessoria de imprensa e outros setores da cooperativa tende a ser mais rápida. Os profissionais também enfrentam menor diversidade de demandas e, consequentemente, possuem mais tempo para se comunicar com jornalistas. Agência de assessoria Reconhecer os benefícios de uma equipe própria para cuidar da assessoria de imprensa não nega o fato que, em determinados contextos, a melhor opção seja terceirizar o serviço. Uma agência especializada em assessoria de imprensa possui expertise e experiência em estratégia de comunicação para diversas organizações. Com isso, são organizações preparadas para analisar o seu negócio e trazer uma visão externa, com elementos que ajudam a aprimorar o posicionamento institucional. Outro aspecto favorável às agências de assessoria de imprensa é seu amplo mailing. Com vivência na área jornalística, elas conhecem os atalhos para chegar aos veículos de comunicação e entendem suas demandas. Toda escolha que fazemos nos negócios tem pontos positivos e negativos, e não é diferente nessa decisão. Ao optar por uma assessoria de imprensa terceirizada, a cooperativa abre mão de controle, pode sofrer com dificuldades na comunicação entre organizações e lida com variabilidade de custos. Conclusão A assessoria de imprensa é apenas um dos vários instrumentos essenciais para a comunicação de uma cooperativa. Marketing, relacionamento com o cooperado, branding e outros aspectos ajudam a construir uma mensagem unificada que representa a marca. De olho na urgência desses temas, a Semana de Competitividade 2025, organizada pelo Sistema OCB, terá palestras, mesas redondas e labs com participação de grandes especialistas do mercado. Clique aqui e saiba mais!

Economia compartilhada: o que é, como funciona e como fazer parte dela
O avanço tecnológico modifica diariamente a maneira como as pessoas consomem. A rotina frenética que rege o mundo atual leva os consumidores a uma busca por opções cada vez mais ágeis, e nunca foi tão fácil ou prático pedir uma comida, pegar uma carona ou comprar roupa nova. A economia compartilhada é fruto desse contexto. Uma importante virada de chave para essa realidade foi a crise financeira global de 2008. É em momentos de instabilidade que nascem ideias inovadoras. Portanto, durante esse período, considerado a pior crise econômica desde a Grande Depressão, surgiu a economia compartilhada. Quando os modelos tradicionais de negócio começaram a ser questionados por conta da descrença mundial na economia falida, o novo modelo econômico surgiu como uma possível alternativa mais sustentável e estável para o consumo. Hoje, grandes marcas são exemplos famosos de economia compartilhada, como o Uber, maior empresa de compartilhamento de viagens do mundo, e o iFood, que se posiciona como uma das principais startups mundiais. Vamos entender como esse formato funciona e qual a relação entre economia compartilhada e cooperativas de plataforma? O que é economia compartilhada? Com a necessidade de encontrar modelos de negócios mais flexíveis, sustentáveis e viáveis, a economia compartilhada surge como uma solução impulsionada pela tecnologia. A expansão da internet e dos smartphones permitiu a criação de plataformas e aplicativos que conectam prestadores de serviços com clientes, a apenas um clique de distância. Nesse modelo de negócio, as empresas deixam de ser as principais fornecedoras e passam a atuar como facilitadoras do negócio. Ou seja, elas se tornam o meio de contato entre o consumidor e o comerciante, e não mais as provedoras de serviços ou de produtos. Com isso, nasceram diversas marcas que, por meio de aplicativos e plataformas digitais, abriram espaço para o compartilhamento de serviços, carros, casas, alimentos e muito mais. Plataformas como OLX, Airbnb e BlaBlaCar são grandes exemplos de economia compartilhada. Além dos nomes de marcas famosas, os números também representam como esse modelo de negócio se tornou bem-sucedido. Em 2023, a economia compartilhada já movimentava cerca de US$ 150 bilhões por ano, segundo levantamento da plataforma de dados Statista. No Brasil, o cenário não é diferente. Pelo menos 74% das pessoas já utilizaram algum produto ou serviço via plataformas de economia compartilhada, de acordo com pesquisa promovida pela Confederação de Dirigentes Lojistas (CNDL). A economia compartilhada e cooperativismo Apesar do inegável sucesso da economia compartilhada, algumas questões a respeito do modelo de negócio ainda são alvo de debate. A falta de transparência com o uso dos dados dos usuários e a precarização do trabalho geram incômodo, tanto para os usuários, quanto para os trabalhadores dos aplicativos. Apesar desses problemas, existe uma solução sustentável e justa para se trabalhar com as plataformas. Muito antes do surgimento da economia compartilhada, outro modelo de negócio já oferecia uma forma viável e duradoura de consumo: o cooperativismo. Cooperativismo de plataforma O modelo cooperativo se baseia na colaboração entre todos os cooperados para fomentar a economia e incentivar o crescimento mútuo dos associados. Nesse contexto, o cooperativismo de plataforma representa uma alternativa mais justa para a economia compartilhada. O pesquisador Trebor Scholz, professor associado da The New School, em Nova York, definiu o cooperativismo de plataforma como um modelo que “refere-se a um projeto ou negócio que usa principalmente um site, aplicativo móvel ou protocolo para vender mercadorias (por exemplo, dados) ou serviços, e depende de uma tomada de decisão democrática e propriedade comunitária compartilhada por trabalhadores e usuários.” Ou seja, no cooperativismo de plataforma, os usuários e trabalhadores são, também, os donos do negócio. Dentro desse modelo, é garantida uma governança democrática sobre o funcionamento da plataforma e todos os participantes ajudam nas tomadas de decisões. Benefícios da economia compartilhada Unindo a praticidade, os avanços tecnológicos e a troca entre pessoas, a economia compartilhada criou um modelo que preza pela sustentabilidade e pela colaboração de trabalhadores, plataformas e consumidores. Seu sucesso é resultado dos diversos benefícios que esse modelo de negócio oferece. Listamos alguns exemplos: Menores custos e maior acessibilidade Com as plataformas de compartilhamento, os custos para adquirir um serviço ou produto diminuem consideravelmente. Em vez de comprar um carro ou se hospedar em um hotel, que costuma ser uma opção cara, é possível aproveitar caronas compartilhadas e alugar casas para fazer uma viagem mais acessível, por exemplo. Ou então, ao pedir comida, as corridas disponibilizadas pela grande rede de motoristas de aplicativo oferecem uma opção mais em conta e prática do que buscar o pedido no restaurante. Essas e outras possibilidades fazem dos aplicativos de compartilhamento um meio fácil e barato de consumo. Maior produtividade O aumento da produtividade é outra vantagem desse modelo de negócio. A economia compartilhada facilita a criação de novas formas de trabalho e maneiras inovadoras de gerar uma renda extra. A venda ou o aluguel de bens, por exemplo, possibilita a reutilização de objetos, casas, carros e outros produtos que estavam em desuso ou sem uma utilidade realmente produtiva. Para quem está planejando uma viagem de carro, por exemplo, ao oferecer uma carona, o trajeto se torna uma forma de trabalho e renda extra, facilitando consequentemente a viagem de mais pessoas. No fim, todos os envolvidos saem ganhando. Sustentabilidade A reutilização e compartilhamento de objetos, carros, casas e outros bens também contribui para um modelo de negócio que é mais sustentável do que os tradicionais. Além de aplicativos como Enjoei e OLX, que incentivam a venda de bens usados e ajudam a reduzir o desperdício, outras plataformas possibilitam o compartilhamento de carros e bicicletas, diminuindo a necessidade de veículos particulares. Esse compartilhamento diminui a demanda por comprar novos produtos e a obrigação de descartar produtos antigos, favorecendo a sustentabilidade e preservando o meio ambiente. Conexão entre pessoas e negócios A socialização é um dos pilares da economia compartilhada, afinal, é por meio da união de diversas pessoas que qualquer negócio baseado no compartilhamento se sustenta. Nesse sentido, as plataformas surgem para facilitar a conexão entre os usuários, os negócios e os trabalhadores, possibilitando que a troca ocorra de forma mais fácil e ágil. Assim, a economia compartilhada fortalece os trabalhadores e os fornecedores locais, criando conexões mais fortes e verdadeiras dentro de comunidades. Autonomia e liberdade de trabalho Por serem autônomos, os trabalhadores das plataformas possuem a liberdade de definir seus horários e ditarem como e quando será sua jornada de trabalho. Isso garante maior autonomia, podendo conciliar o trabalho nas plataformas com outros empregos. Pilares da economia compartilhada Além das diversas vantagens, a economia compartilhada também apresenta três pilares que são essenciais para a sua durabilidade e sucesso: o social, o econômico e o tecnológico. O primeiro é o elemento social. O compartilhamento pelas plataformas garante que esse modelo promova a conexão entre pessoas, tanto as que oferecem quanto as que adquirem produtos e serviços. É por meio dessas conexões sociais fortalecidas que a economia compartilhada se mantém. Já o pilar econômico assegura que esse modelo seja sustentável e viável a longo prazo. Com o compartilhamento de bens, espaços e serviços, as plataformas possibilitam um consumo com gastos menores do que outros modelos econômicos no mercado. É justamente tal acessibilidade e economia de custos que garante uma alta demanda nessas plataformas. E a tecnologia, terceiro pilar, é a base desse modelo. Afinal, é graças aos avanços tecnológicos que a economia compartilhada surgiu e se mantém potente até hoje. Esse modelo de negócio aproveita o poder da internet, das plataformas digitais, dos aplicativos e dos métodos de pagamento online para viabilizar essas trocas de forma rápida e simples. Com apenas um smartphone, qualquer um tem acesso a diversas plataformas que oferecem desde o aluguel de uma roupa, até a possibilidade de pegar um carro emprestado. Esses pilares unem ainda mais a economia compartilhada ao modelo cooperativo, uma vez que cooperativismo também se baseia na inclusão social e econômica de seus associados. Além disso, em ambos os modelos, a peça central que impulsiona o crescimento das marcas e gera impactos verdadeiramente significativos na sociedade é a coletividade. Tanto a economia compartilhada quanto o cooperativismo sabem o poder da união e cooperação para se destacar no mercado. Conclusão Entendendo tais semelhanças, é possível enxergar não apenas como os modelos de negócio se parecem, mas como eles podem ser fortalecidos ao se unirem. Afinal, o cooperativismo já pratica uma verdadeira economia compartilhada há anos, incentivando a partilha entre seus cooperados. Dessa maneira, as cooperativas de plataformas surgem como forma de aprimorar a economia compartilhada, impulsionando um modelo de negócio que já se consolidou como um dos principais do mundo. Economia compartilhada e cooperativismo mostram que, com a união entre pessoas e o fortalecimento de conexões, os negócios tendem a crescer e a economia a se reinventar - sempre para melhor. Para se aprofundar ainda mais no tema e saber como o cooperativismo tem tudo a ver com as plataformas digitais, confira o e-book Cooperativismo de Plataforma: desafios e oportunidades!

Financiamento sustentável gera oportunidades de negócios para cooperativas
A relevância da sustentabilidade para os negócios nunca foi tão grande quanto agora. A agenda ESG (Ambiental, Social e Governança, em inglês) ganha evidência, o consumidor está cada vez mais consciente e os posicionamentos institucionais em relação ao meio ambiente estão sob o interesse da sociedade. Promover iniciativas sustentáveis é, portanto, um ótimo negócio tanto para as cooperativas quanto para o planeta. Não somente do ponto de vista reputacional, como também do financeiro. Mas é justamente esse aspecto que trava ótimas ideias: a falta de recursos. Captar recursos é, portanto, uma ótima alternativa para tirar iniciativas verdes do papel sem prejudicar as finanças da cooperativa. Conheça formas de captar financiamento sustentável para dar vida a projetos e veja exemplos de cooperativas que se beneficiaram dessas oportunidades. Por que iniciativas sustentáveis são bom negócio Antes de nos aprofundarmos em formas de obter financiamento para viabilizar iniciativas sustentáveis e em exemplos de cooperativas que operam dessa forma, vamos nos ater à pergunta que toda cooperativa já se fez ou questionará em algum momento: direcionar esforços para conduzir projetos verdes traz resultados? A resposta é, inquestionavelmente, sim. Claro que o argumento ambiental é fundamental para justificar essa resposta, tendo em vista o papel destes projetos para a preservação dos recursos naturais e pela construção de um mundo melhor para as gerações futuras. O impacto, porém, também é válido para os negócios da cooperativa. Sustentabilidade é uma vantagem competitiva que ajuda empresas a crescerem. De acordo com estudo da McKinsey divulgado em 2019, organizações com propostas ESG bem definidas são melhor avaliadas financeiramente, têm acesso facilitado a entidades governamentais e podem conquistar a preferência do público a partir de seus valores. O mesmo artigo aponta também que ser sustentável é uma forma de reduzir custos. Reformular a produção, recorrer a materiais reciclados e investir em energias limpas e eficientes são exemplos de como o ecologicamente correto também é saudável para o orçamento das organizações. A reputação da cooperativa também está em jogo. A imagem de uma organização preocupada com o desenvolvimento sustentável atrai pessoas e instituições, tanto para trabalhar em conjunto quanto para fechar negócios. Todos esses fatores demonstram que transformar a preocupação com o meio ambiente em medidas efetivas é um investimento e tanto para qualquer cooperativa. Como práticas ESG facilitam o acesso a financiamento sustentável Agora que você já tem diversos motivos para apoiar a implementação de projetos verdes na sua cooperativa, é hora de pensar em como executá-los. E, seja qual for a sua ideia, há algo necessário para fazê-la sair do papel: recursos financeiros. Este é um problema real do qual não há escapatória, afinal, a falta de recursos é a principal barreira para a inovação em cooperativas. É preciso, portanto, encontrar formas de contornar este empecilho. Uma alternativa viável para captação de recursos é através de linhas de crédito. Encontrar a melhor alternativa e acessar esses recursos demanda análise de risco por parte do tomador. O aspecto ambiental precisa entrar na análise. Segundo estudo da Bain & Company, o financiamento ligado a projetos ESG está correlacionado ao desempenho consistente e à menor inadimplência. Sustentabilidade e saúde financeira parecem realmente caminhar lado a lado. Um estudo da Brazilian Business Review verifica que o desempenho ESG reduz o custo de capital e as restrições financeiras para empréstimos mais baratos em países do BRICS. Linhas de crédito verde O desempenho e as facilidades encontradas para empréstimos atrelados a iniciativas sustentáveis ocorrem porque as instituições financeiras consideram o impacto ambiental em suas avaliações. Também preocupadas com o meio ambiente e atentas à própria reputação, essas organizações têm mostrado seu lado ESG através de linhas de crédito especiais. O BNDES, banco federal que é parceiro do cooperativismo, possui vasto portfólio de produtos sustentáveis. O BNDES Finem apresenta diversas alternativas de financiamento para projetos verdes e geração de energia renovável, por exemplo. O Fundo Clima é uma alternativa com várias modalidades de financiamento de projetos para redução de gases aceleradores do efeito estufa. Há, ainda, os Debêntures em Ofertas Públicas, títulos de dívida que têm como um de seus principais objetivos investir em sustentabilidade. O cooperativismo manifesta seu interesse pela comunidade através de linhas verdes com condições favoráveis. Ao longo dos últimos anos, o setor fomentou, por exemplo, o acesso a água tratada e a rede de esgoto, a instalação de fontes de energia renováveis e a redução das emissões de carbono no agronegócio. Instituições como Sicredi, Unicred e Viacredi são protagonistas nessa missão. Plano Safra e a sustentabilidade no campo Já é de conhecimento das cooperativas e de organizações agropecuárias em geral que o Plano Safra é o principal instrumento governamental de apoio a este importante ramo da economia brasileira. Lançado em 2002, o projeto seguirá ativo para a safra 2025/2026. Na safra 2024/2025, mais de R$ 107,3 bilhões foram destinados a linhas de financiamento para investimentos, programas que viabilizam a inovação e a modernização das atividades produtivas. Nesse cenário, a produção amigável ao meio ambiente entra na balança na hora de buscar acesso a tais recursos. De acordo com o Governo Federal, incentivar sistemas de produção ambientalmente amigáveis é uma prioridade. Ter o Cadastro Ambiental Rural (CAR) regularizado e analisado é um critério para contemplar os pedidos de produtores rurais. A adoção de práticas sustentáveis pode, inclusive, proporcionar redução de até um ponto percentual na taxa de juros de custeio. O Plano Safra já é capaz, portanto, de impulsionar o agronegócio rumo à produtividade ecologicamente sustentável. Porém o Sistema OCB enxerga potencial ainda maior para contemplar as necessidades das cooperativas. Por isso, a entidade apresentou propostas ao Ministério da Agricultura e Pecuária, incluindo um pedido por redução nas taxas de juros. Outras opções de financiamento sustentável O crédito é, certamente, a forma mais consagrada para uma cooperativa obter recursos para o financiamento sustentável para seus projetos. O aspecto sustentável abre caminhos e diminui entraves, mas o crédito nem sempre é uma opção viável. Caso contrair novas dívidas não seja possível dentro do atual contexto da organização, não desista: é possível encontrar alternativas para alavancar iniciativas verdes. Um meio para captação de recursos é a entrada no mercado de créditos de carbono. Foi sancionada em dezembro do ano passado a lei que institui um mercado regulado, no qual empresas e cooperativas com projetos que reduzem emissões de carbono podem vender créditos para aquelas que ficam acima da meta. O agronegócio não está incluído nas obrigatoriedades, mas pode participar do mercado voluntário através de atividades como recomposição e manutenção de vegetação nativa. Outra opção para financiar projetos sustentáveis é através de editais de fomento. Diversas instituições ligadas ao Governo promovem editais de recursos reembolsáveis – nos quais o capital precisa ser devolvido – e até mesmo os não reembolsáveis – quando o capital não precisa ser devolvido. Para saber mais detalhes sobre como funciona esta forma de captação de recursos, confira este artigo do NegóciosCoop. Cooperativas e o financiamento sustentável na prática Agora que você já sabe diversas possibilidades de captação de recursos para iniciativas verdes e entende formas de acessá-las, é hora de conhecer exemplos de cooperativas que conquistaram apoio financeiro para executar seus projetos sustentáveis – um caso é no ramo agropecuário e o outro é em infraestrutura. Intercooperação viabiliza hidrelétrica da Certel A Certel, cooperativa gaúcha do ramo de infraestrutura, sempre busca formas de impulsionar o desenvolvimento regional através do fornecimento de energia elétrica. Ao identificar os benefícios que uma hidrelétrica traria, tanto do ponto de vista econômico quanto ambiental, a cooperativa decidiu se esforçar para tirá-la do papel. A grande questão passou a ser a captação de recursos: eram necessários R$ 50 milhões. Devido à familiaridade com o sistema Sicredi, a Certel procurou a instituição de crédito em busca de soluções. Como o projeto era grande demais para uma cooperativa financiar sozinha, outras singulares se uniram à iniciativa, constituindo um grande grupo: Certel, Sicredi Região dos Vales, Sicredi Ouro Branco, Sicredi Integração RS/MG e Sicredi Botucaraí. As cinco cooperativas dividiram igualmente os custos para a construção da estrutura, com o Sicredi fornecendo boas condições de crédito, garantias adequadas e conta reserva nula. A Hidrelétrica Vale do Leite pode atender a 19.200 pessoas e gera eletricidade de forma renovável. Cooabriel leva energia renovável à sua comunidade A Cooperativa Agrária de Cafeicultores de São Gabriel (Cooabriel) atua há 61 anos no Espírito Santo e tem como seu carro chefe a produção de café conilon. A cooperativa também tem como foco estimular o desenvolvimento de sua região, e detectou a necessidade de apoiar a geração de energia elétrica. O telhado do armazém da Cooabriel abrigará um complexo de usinas de geração de energia fotovoltaica em São Miguel da Palha. O projeto, lançado em 2023, tem potência suficiente para atender mais de 300 residências de forma sustentável. Para o projeto ganhar vida, a Cooabriel contou com aporte da cooperativa Ciclos, que concedeu recursos na ordem de R$ 3 milhões. O Sicoob ES também faz parte da operação, atuando como agente financeiro que permite aquisição de cotas da usina. Conclusão: a jornada pelo financiamento sustentável Com detalhes sobre os modelos e exemplos práticos, fica fácil de perceber que projetos sustentáveis podem ser viáveis financeiramente e trazer incontáveis benefícios para a cooperativa, seja nos negócios ou na reputação perante a sociedade. Se sua cooperativa já tem um projeto verde e só precisa encontrar uma fonte de recursos, não perca tempo e acesse já o Radar de Financiamento do InovaCoop! Nesta plataforma você terá acesso a um painel exclusivo e poderá encontrar os recursos mais adequados à sua realidade.