Inteligência de Mercado
Muitos são os fatores que influenciam ou interferem nos resultados de uma cooperativa. Parte deles está relacionada com questões internas, de gestão e governança, por exemplo, mas outros têm mais a ver com o ambiente externo. Por isso, é fundamental, antes de tomar qualquer decisão, analisar como anda o cenário econômico, quais são as previsões para o nosso setor e atentar-se às variações no mercado. Buscar a maior quantidade de informações possíveis, prezando pela qualidade de cada uma delas. E é isso que você encontra aqui, no ConexãoCoop: análises e dados estratégicos que vão auxiliar na construção de um olhar crítico para compreender as subjetividades, sem perder o foco na tomada de decisões.
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5 tendências para aumentar suas vendas no e-commerce
Não é segredo que vivemos uma era de revolução digital. O acesso cada vez mais facilitado à internet mudou a forma como nos comunicamos, nos informamos e consumimos. O momento é de constante transformação não somente para a humanidade, como também para os negócios, que apostam cada vez mais no e-commerce. Por isso, ter presença digital é fundamental para qualquer organização na atualidade. De acordo com pesquisa da Opinion Box em parceria com a Octadesk, 88% dos consumidores fazem compras online ao menos uma vez por mês, mostrando que o hábito já faz parte da rotina do brasileiro. Se a sua cooperativa tem um e-commerce mas ainda não obtém resultados expressivos, ou não possui uma presença digital significativa, chegou a hora de mudar isso. Conheça cinco tendências e formas de impulsionar suas vendas virtuais. 1. O brasileiro prefere acessar a internet pelo celular Usar smartphones já é mais do que um hábito consolidado para os brasileiros, é uma prioridade. De acordo com a mais recente edição do Relatório Setores E-commerce no Brasil, elaborado pela Conversion, 75,4% dos acessos a comércios virtuais ocorreram pelo celular, sendo 53,3% via navegador mobile. O dado demonstra a força dos smartphones no cenário virtual. Entretanto, esse número isolado não pode orientar todas as decisões para sua cooperativa. É necessário entender a situação de seu mercado de atuação. No ramo de educação, livros e papelaria, por exemplo, o acesso via desktop ainda prevalece (54,4%), de acordo com o mesmo relatório. Já o setor de comidas e bebidas é um dos poucos no qual a alternativa de uso mais comum são os aplicativos (41,2%). E-commerce no mobile Independentemente do nicho de atuação, fato é que o acesso via celular precisa ser levado em consideração atualmente na hora de montar ou aprimorar seu e-commerce. Por isso, é importante investir em uma interface amigável e responsiva – que adapta suas páginas e seus layouts ao tamanho da tela no qual está sendo executada, seja computador, tablet ou smartphone. O mercado percebeu a importância de montar páginas responsivas. Segundo o estudo Perfil do E-Commerce Brasileiro 2024, feito pela BigDataCorp, o índice de e-commerces adaptáveis às diferentes telas saiu de 24,2% em 2017 para 87,54% em 2023, ressaltando os avanços tecnológicos dos últimos anos. 2. SEO: como fazer seu e-commerce ser mais procurado Um aspecto fundamental para qualquer página que deseje chegar a mais pessoas através de mecanismos de busca (principalmente o Google) é o SEO, sigla em inglês para “otimização para motores de pesquisa”. Entender a utilidade e as boas práticas é essencial para melhorar o ranqueamento de seu site. Algo elementar na listagem de qualquer site nos mecanismos de busca é proporcionar uma boa experiência para o usuário. O Google não expõe publicamente todos os critérios de ranqueamento. Entretanto, sabe-se que aspectos como carregamento rápido, responsividade, título e meta-descrição, tags, URL, quantidade e qualidade de backlinks (links que levam a outros sites) e buscas diretas são levados em consideração. Se a estrutura de seu e-commerce já está montada e contempla algumas dessas boas práticas de SEO, uma forma de elevar seus resultados é definindo palavras-chave. Estas são termos e frases que os usuários digitam na hora de buscar mais informações sobre um assunto. Caminhos para ser encontrado Ao escolher as palavras-chave, é importante pensar em termos condizentes àquilo que o seu comércio entrega, o que impulsionará uma melhor taxa de conversão de cliques. Essas palavras ou frases precisam ser exploradas em cada página, mas não é necessário escrevê-las de forma excessivamente repetitiva ou antinatural – mecanismos como o Google têm inteligência para compreender qual o assunto de cada webpage. Direcionar esforços a SEO é uma maneira sustentável de expandir o alcance de seu e-commerce. Há vias mais rápidas, como o pagamento por buscas patrocinadas. Entretanto, o consumidor prioriza lojas com crescimento natural. Segundo a Conversion, 77% dos brasileiros confiam mais em resultados de busca orgânica do que em links patrocinados – que compõem uma estratégia de marketing frutífera, mas devem ser utilizados de forma complementar. A busca orgânica é o segundo canal de tráfego mais prevalente para e-commerces no Brasil, com 26,5% – o primeiro é o acesso direto à loja, com 50,3%. Isso denota como é importante impulsionar práticas de SEO em seu site. 3. Marketing digital: a presença de seu e-commerce nas redes As redes sociais fazem parte da rotina do brasileiro. Segundo a pesquisa “Brazil Consumer Expectations of Mobile App Security”, elaborada pela Appdome com a Open Worldwide Application Security Project, o segmento de aplicativos mais popular no país é justamente o de redes sociais e relacionamento. Portanto, se tantos potenciais clientes estão lá, é essencial que seu e-commerce também se faça presente. Uma forma de tornar sua cooperativa mais conhecida nas redes é através de conteúdos patrocinados. Investir em redes sociais ajuda não somente no alcance, como também no melhor conhecimento sobre seu público. Com informações sobre os usuários que clicam em seus anúncios, é possível traçar um perfil detalhado de quem são os clientes e elaborar estratégias de marketing a partir disso. A pesquisa da BigDataCorp aponta que 75,67% dos e-commerces brasileiros têm um ou mais perfis em redes sociais, número que vem em ascensão desde 2019. Social commerce As redes sociais também são um meio de troca de informações sobre produtos e serviços. De acordo com a Opinion Box, 66% dos consumidores afirmam realizar pesquisas nesses espaços antes de realizar uma compra. O Instagram se destaca nesse comportamento, com 72%. O perfil de seu e-commerce pode ser uma plataforma para divulgação de reviews de consumidores. Tal estratégia funciona como um “marketing boca a boca” virtual, atribuindo credibilidade à sua loja. Produzir conteúdos originais para redes é outro caminho de crescimento de marca. Posts relevantes podem gerar engajamento e chegar a mais usuários de forma orgânica, aumentando a base de seu perfil e, consequentemente, de seu e-commerce. 4. A importância da experiência do usuário no e-commerce A necessidade de montar uma página rápida e responsiva já foi mencionada neste texto durante as seções sobre a preponderância do celular e sobre SEO. Entretanto, nunca é demais destacar: a experiência do usuário é decisiva para o crescimento de seu e-commerce. Ela começa com um site amigável. A navegação na loja virtual deve ser simples, com categorizações e descrições de produtos que sejam fáceis de compreender. O processo de compra, da busca ao checkout, precisa ser otimizado, a fim de minimizar desistências. Outra parte fundamental na experiência do consumidor é o atendimento. Preocupe-se em responder o cliente de maneira rápida e eficiente, fornecendo diversos canais para tratar de dúvidas ou reclamações. O WhatsApp, aplicativo mais baixado no Brasil segundo a Opinion Box, é uma alternativa de comunicação simplificada. Transformar um potencial cliente em um comprador na sua loja é uma longa jornada. Entretanto, há outra jornada tão importante quanto: a fidelização. E, para alcançar esse objetivo, deve-se proporcionar uma experiência amigável ao consumidor. 5. Explore ferramentas do Google Sabe-se que o Google é o principal mecanismo de buscas virtuais no mundo. Entretanto, a marca vai muito além disso. A big tech fornece diversas ferramentas que podem ajudar seu comércio a impactar mais usuários. Uma delas é o Google Ads. O serviço permite que você crie e customize anúncios pagos para sua cooperativa, destacando-a no próprio site do Google ou em outras plataformas, como YouTube e Google Play. Também é possível traçar metas e analisar resultados dentro dessa ferramenta. Outra possibilidade é o Google Analytics. Lá é oferecida uma visão detalhada sobre o desempenho do seu site, com informações sobre tráfego, comportamento dos visitantes, entre outras. Esses dados ajudam no aperfeiçoamento de sua estratégia digital. Para saber como seu site está ranqueado nas buscas, recorra ao Google Search Console. Essa ferramenta permite que você envie sua webpage ao Google, caso ela ainda não tenha sido rastreada, e alerta sobre problemas de SEO. Conclusão A revolução digital segue em curso, mas seus impactos já são evidentes para qualquer cooperativa. A presença digital é um fator no mundo dos negócios na atualidade. Fazer seu e-commerce crescer é uma tarefa fundamental para alcançá-la, e isso é possível através de boas práticas, conhecimento do mercado e investimento em aspectos técnicos do site. Por mais que vivamos em um mundo digital, isso não quer dizer que todo o mercado esteja realmente inserido nesse movimento. Segundo levantamento da Data-Makers em parceria com a CDN, 77% dos negócios brasileiros não têm cultura de inovação. A pesquisa mostra ainda que 62% dos líderes se declaram despreparados para lidar com as transformações tecnológicas. Apostar na otimização de seu e-commerce é uma forma de quebrar essa tendência. Faça você a diferença para sua cooperativa, adeque sua loja virtual às diferentes demandas contemporâneas, monitore as tendências de mercado e alavanque as vendas! E para se aprofundar no tema, confira nosso e-book sobre como vender pela internet!
Por que sua cooperativa deveria ter um relatório de sustentabilidade
Em meio à agenda ESG, a sustentabilidade se tornou um fator de competitividade para os negócios. No entanto, os consumidores não se satisfazem apenas com comunicação: é preciso mostrar que a cooperativa leva a sustentabilidade a sério. Portanto, produzir um relatório de sustentabilidade é uma solução para divulgar suas atitudes ESG. Um relatório de sustentabilidade é um documento no qual empresas comunicam ao público seu desempenho em aspectos ambientais, sociais e de governança. É outra forma mais abrangente de prestação de contas, separada dos tradicionais balanços financeiros. A produção de um relatório de sustentabilidade não é obrigatória. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou em outubro de 2023 a Resolução 193, documento que inclui diretrizes para as organizações que, de forma voluntária, decidirem levar a público suas medidas ESG. As normas são baseadas no padrão internacional emitido pelo International Sustainability Standards Board (ISSB). Na União Europeia, os relatórios de sustentabilidade tornaram-se obrigatórios a partir deste ano. O bloco econômico adotou as diretrizes estabelecidas pelo European Sustainability Reporting Standards (ESRS). Elas são similares às da ISSB, com o intuito de evitar que grandes empresas europeias precisem elaborar documentos diferentes para divulgação em outras partes do planeta. Se no Brasil ainda não há obrigatoriedade de divulgar este balanço, por que então investir recursos em sua produção? Vamos conferir neste artigo. Boa leitura! 4 motivos para sua cooperativa fazer um relatório de sustentabilidade Produzir um relatório de sustentabilidade é uma ótima maneira de comunicar, aprimorar e amadurecer iniciativas ESG. Veja quatro razões para sua cooperativa fazê-lo! 1. Melhorar a própria gestão Um relatório de sustentabilidade pode ser uma ferramenta para a cooperativa melhorar sua própria gestão. Com informações sobre impacto ambiental, respeito às normas trabalhistas, ações de inclusão e outros em mãos, a cooperativa pode tomar medidas para melhorar sua eficiência operacional. Outro ponto nesse sentido é que os relatórios de sustentabilidade amplificam a compreensão acerca dos riscos e das oportunidades de mercado. Assim, a cooperativa consegue se posicionar de forma proativa diante de novas regulamentações socioambientais, tendências e desejos de seu público. Com mais detalhes, é possível traçar estratégias mais precisas. 2. Acesso a capital e mercados Não são apenas os consumidores que avaliam o impacto ESG de empresas para tomar decisões. Os investidores levam em consideração aspectos ambientais, sociais e de governança ao alocar recursos, especialmente aqueles que buscam ganhos estruturados e a longo prazo. Dessa forma, um relatório de sustentabilidade informativo e adepto às normas internacionais pode atrair capital à cooperativa. Outra forma de captação de recursos é atuar em mercados internacionais, e aí está mais um motivo para que sua cooperativa invista na produção de um relatório de sustentabilidade. É bem verdade que o documento ainda é elaborado de forma voluntária no Brasil. Todavia, a obrigatoriedade já chegou à União Europeia, e a tendência é que mais blocos e países implementem suas próprias regras ao longo dos próximos anos. À medida que países discutem medidas para frear o avanço do aquecimento global e a crise climática no planeta, a expectativa é que as nações avancem, por exemplo, na regulamentação de emissões de gases do efeito estufa. Conhecer previamente a pegada de carbono de sua cooperativa permitirá um plano de ação e poderá evitar a perda de atuação em mercados internacionais. 3. Aspecto social Como já indicado anteriormente neste texto, um relatório de sustentabilidade não é composto somente com dados ambientais da cooperativa. O documento também mensura os desempenhos social e de governança da organização. Em relação ao aspecto social, é daí que vem o “S” da sigla ESG. Ele diz respeito à aderência da organização aos direitos humanos e trabalhistas, além de iniciativas voluntárias para promover equidade e diversidade em âmbitos como gênero, raça e orientação sexual. Também se refere ao envolvimento com a comunidade, conexão direta ao sétimo princípio do cooperativismo. Uma organização com indicadores positivos no âmbito social mostrará ao mercado que está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, as ODS. As 17 diretrizes estabelecidas pela organização são um apelo à comunidade internacional em prol de paz, prosperidade e proteção ao meio ambiente. Há na lista pontos que podem guiar as iniciativas sociais de uma cooperativa, como o 5º (igualdade de gênero) e o 8º (trabalho decente e crescimento econômico). 4. Reputação e transparência Outro motivo pelo qual produzir um relatório de sustentabilidade pode ser positivo para sua cooperativa é a reputação. Estabelecer publicamente a imagem de uma organização preocupada e com ações efetivas em direção à agenda ESG aproxima-a até de outros objetivos já mencionados, como melhorar a governança e atrair investidores. Realizar prestação de contas com informações verificáveis ajuda a estabelecer um ambiente de transparência na cooperativa, tanto internamente quanto para os stakeholders. É necessário que o relatório passe por uma revisão apurada antes de ser publicado, sendo submetido inclusive a auditoria externa. Um relatório de sustentabilidade bem redigido e com indicadores positivos é uma forma de comunicar aos stakeholders os ideais que regem as ações da cooperativa. Como em qualquer processo comunicativo, a emissão pode gerar uma resposta: o feedback interno e externo pode trazer sugestões importantes para melhorias, ajudando na construção de marca de uma cooperativa ambientalmente e socialmente sustentável. Conclusão: a importância de redigir um relatório de sustentabilidade Hoje, a sustentabilidade é um elemento essencial para garantir a perenização dos negócios. No entanto, não basta apenas ficar no discurso: é importante mostrar as iniciativas sustentáveis com transparência. O relatório de sustentabilidade, dessa forma, é uma ferramenta para consolidar e divulgar a adesão da cooperativa à agenda ESG. Caso você não saiba por onde começar, o InovaCoop está aqui para te ajudar! Confira o e-book “Guia Prático: Como relatar práticas de inovação nos relatórios de sustentabilidade”, repleto de dicas e lições sobre a produção desse tipo de documento.
Sua cooperativa depende de poucos clientes? Entenda os riscos e veja soluções
Uma relação comercial de sucesso tende a crescer, no entanto, se acomodar com clientes frequentes pode ser um grande perigo para as organizações. As cooperativas podem acabar se dedicando demasiadamente a um ou poucos clientes. Esse cenário pode representar uma armadilha perigosa para os negócios - e é importante saber os caminhos para não cair nela. A saúde financeira e a perenização da cooperativa ficam fragilizadas quando há a dependência de poucos clientes. Neste artigo, portanto, vamos conhecer os principais riscos de depender de poucos clientes e veremos caminhos para mudar isso! Boa leitura! Os perigos de ter um ou poucos clientes A dependência de poucos clientes pode até parecer vantajosa, já que oferece estabilidade e previsibilidade de resultados. Entretanto, essa situação, a longo prazo, é muito perigosa, já que apresenta riscos significativos para o crescimento e desenvolvimento da cooperativa. Além de ficarem vulneráveis, as cooperativas podem perder o poder de negociação e ter a reputação impactada. Confira, a seguir, quais são os riscos de se ter um ou poucos clientes. Impacto da inadimplência A inadimplência consiste no não cumprimento de uma obrigação financeira em um prazo pré-definido entre duas partes, o contratante e o contratado. Nesse caso, as cooperativas assumem o papel de contratadas e oferecem seus produtos e serviços para outras organizações. No entanto, as cooperativas precisam se atentar ao risco de inadimplência, principalmente se tiverem uma rede pequena de clientes. Esse comportamento pode comprometer os resultados da cooperativa, a remuneração dos fornecedores e colaboradores, além de reduzir a capacidade de focar e investir em projetos inovadores. Qualquer taxa de inadimplência é perigosa, porém, organizações que possuem poucos clientes estão mais suscetíveis a serem impactadas. Vulnerabilidade à perda de clientes Depender exclusivamente de uma pequena quantidade de clientes pode deixar sua cooperativa vulnerável. A perda de um cliente desestabiliza a organização, resultando em quedas nos resultados e dificuldade para manter o trabalho eficiente. A organização também não pode esquecer da concorrência, afinal, seus clientes podem trocar de fornecedores, deixando uma lacuna na receita. Menor poder de barganha Com poucos clientes, o poder de barganha da cooperativa é menor, e o dos consumidores, maior. Quando os clientes possuem vantagem na barganha, eles podem pressionar os fornecedores a reduzirem os preços e fazer outros tipos de exigência para a continuidade da relação comercial. Ao ter uma quantidade reduzida de consumidores, a cooperativa acaba refém desses pedidos. Isso porque, se não acatarem o que foi solicitado, podem perder seus clientes para concorrentes. Impacto na reputação A queda na reputação também é um perigo para cooperativas com poucos clientes. A perda de um cliente importante ou dificuldades financeiras decorrentes da dependência de poucos clientes podem afetar negativamente a reputação da cooperativa, dificultando a atração de novos clientes e parceiros de negócios. Para evitar esse problema, confira o material do InovaCoop sobre o papel da liderança na reputação e imagem da cooperativa! Suscetibilidade a mudanças de mercado e concentração de risco setorial O mercado está em constante mudança - e essa oscilação pode ser um perigo para as organizações com uma pequena carteira de clientes. Com poucos clientes, a cooperativa não tem muita diversificação e, durante mudanças rápidas, a organização é impactada diretamente. Essa falta de diversidade também cria riscos setoriais, já que crises em um único setor podem reduzir a demanda, afetando diretamente os negócios. Dicas para deixar de depender de um ou poucos clientes Para que a sua cooperativa saia da incerteza e evite os riscos de ter um ou poucos clientes, é necessário fazer certas mudanças. Além de buscar a diversificação da carteira de clientes, os cooperados e colaboradores devem se atentar aos resultados e colocar em prática novas estratégias. Junto a isso, é interessante repensar a cultura interna da cooperativa e incentivar novos costumes e comportamentos. Só assim a organização se afasta dos perigos de ter poucos clientes. Entenda, em detalhes, como a sua cooperativa pode deixar de depender de uma rede pequena de clientes e prosperar! Prospecte para diversificar a carteira de clientes Não é sempre que os clientes vão até você buscando uma solução para um problema. Por vezes, é necessário prospectar leads, oferecendo soluções que resolvam as dores evidenciadas. Para isso, é interessante participar de eventos, como feiras e missões. Outra opção interessante são as rodadas de negócios, que criam um ambiente propício para a troca de ideias, contatos e propostas. Vale pontuar que a diversificação da carteira deve ser feita com cautela, buscando clientes que possam se beneficiar com os serviços e produtos oferecidos. Repense a cultura da cooperativa Mas, nem sempre a prospecção é suficiente para aumentar o número de clientes. Outra opção para aumentar a carteira é fazer algumas mudanças internas na cooperativa, como a criação de novos produtos e serviços. A gerência também pode promover mudanças na cultura da organização e alterações na forma que a equipe de vendas aborda os possíveis clientes. É nesse momento que a cooperativa deve aproveitar a tecnologia e agilizar processos, enquanto explora novos mercados. Revise os resultados periodicamente Outra maneira de aumentar a quantidade de clientes da sua cooperativa é revisar os resultados periodicamente. A ideia é verificar se as estratégias implementadas estão revertendo em possíveis clientes e se a atual carteira está dando os resultados esperados. Assim, a cooperativa entende mais sobre a carteira que possui e pode traçar estratégias mais certeiras em busca de soluções para melhorá-la e diversificá-la. Desenvolva uma estratégia de marketing eficiente Desenvolver estratégias de marketing eficientes também é essencial para não depender de um ou poucos clientes. Para isso, a cooperativa deve segmentar o mercado em que atua, dividindo o público-alvo em grupos. A organização também deve aproveitar as ferramentas de marketing e os inúmeros canais de divulgação, como redes sociais, marketing de conteúdo, SEO e anúncios pagos. Dessa maneira, a coop alcança maior visibilidade e atinge públicos diversos. Conclusão: escapando da armadilha de ter poucos clientes Depender de um ou poucos clientes pode ser perigoso para a sua cooperativa. Os perigos atrelados a essa cultura podem desestruturar a organização e ameaçar seu desenvolvimento. Mas, sempre é hora de mudar e inovar! Para fazer essa transição, você pode contar com o auxílio do e-book Ampliando Horizontes e Conexões: como participar de feiras, missões e rodadas de negócios do NegóciosCoop. Nele, você encontra dicas de como expandir seu negócio da melhor maneira possível, além de entender como participar de feiras, missões e rodadas de negócios. Não deixe de conferir!
Planejamento de vendas: 7 dicas para potencializar o comercial da sua cooperativa
Mais do que definir metas comerciais, um bom planejamento de vendas envolve uma profunda análise de mercado (e interna), a identificação das melhores estratégias de prospecção e a constante adaptação às mudanças do ambiente externo. Para estruturar um plano de vendas sólido e alinhado com os objetivos da sua cooperativa, é importante se atentar a algumas dicas. Neste artigo, selecionamos mecanismos que, quando corretamente aplicados, alavancam o desempenho comercial de qualquer organização. Planejamento de vendas: o que é e para que serve? Em geral, o planejamento de vendas é uma ferramenta responsável por organizar todas as etapas de venda e orientar os colaboradores em prol de um objetivo comum. Por ser um cronograma completo, o planejamento é considerado quase um guia prático, já que conta com inúmeras técnicas, dicas e passo a passo. Além de nortear o processo de vendas, o planejamento foca em transformar leads e prospects em clientes. A ideia é entender os anseios dos consumidores, oferecer uma boa experiência de venda e implementar melhorias aos processos. Com um cronograma completo e repleto de ações, alcançar resultados melhores em menos tempo pode se tornar mais fácil. Além disso, o planejamento pode encurtar o ciclo de vendas e aumentar as taxas de conversão. Mas não adianta ter apenas um cronograma de vendas. É necessário saber vender e negociar. Pensando nisso, aqui vai uma dica valiosa: o CapacitaCoop disponibilizou o curso on-line Negociação em Vendas, focado em oferecer melhorias para a gestão de vendas em cooperativas por meio de três etapas: preparação, execução e controle. Por que é importante? Implementar o planejamento de vendas traz inúmeros benefícios para a sua cooperativa, como a direção estratégica, oportunidades de venda, direcionamento claro e motivação do time. Com um plano de ação traçado, tenha em mente que gestores e equipe de vendas podem tomar boas decisões e sempre estarão alinhados aos objetivos. Diante de um plano de vendas repleto de informações e diretrizes, o aumento da produtividade é outra vantagem observada. E vale lembrar que o planejamento também pode oferecer certa previsibilidade de caixa, auxiliando a cooperativa a traçar planos para o futuro. Como fazer um bom planejamento de vendas O desenvolvimento do planejamento de vendas da sua cooperativa se inicia no processo de entender a situação atual da organização. Em seguida, é hora traçar metas, objetivos e estratégias. Por fim, a equipe deve ficar atenta a possíveis obstáculos, monitorando constantemente o plano. É importante notar que o modelo de negócio da sua cooperativa influencia diretamente em como o planejamento de vendas será construído. Por exemplo, as estratégias de vendas em um negócio B2B - organizações que vendem produtos para outras organizações - podem ser totalmente diferentes do B2C - no qual a cooperativa vende diretamente para o consumidor final. Essa simples diferença deve ser levada em conta quando o plano de vendas é desenhado. Fatores como o comportamento de compra, tomada de decisões e o relacionamento com a organização ou cliente final devem ser observados. Comece entendendo a situação comercial atual Para entender a situação atual da cooperativa, o primeiro passo é a análise dos resultados do ano anterior. Ou seja, analisar todas as métricas comerciais, como: número de leads, taxas de conversão, tempo de negociação, etapas do funil de vendas, descontos concedidos, negócios fechados etc. É a partir da análise das métricas atuais - sejam elas semestrais, trimestrais, mensais ou até semanais - que o planejamento precisa ser iniciado. Porque é nessa fase que a sua cooperativa pode identificar gargalos e avaliar como resolvê-los. Mas caso sua cooperativa não tenha poucos dados para avaliar, ela passa a ter a oportunidade de começar a fazê-lo de forma estruturada agora. E, nessa fase, a recomendação é ouvir todo o seu time comercial, incluindo a pré-venda. Afinal, eles podem ter insights valiosos sobre o processo de venda e estão em contato direto com os clientes, ouvindo seus desejos, elogios e reclamações. Tenha metas e objetivos claros Imagine que a sua cooperativa tenha o desejo de aumentar as vendas em 25% durante o próximo ano e coloque essa meta para todo o time comercial. A primeira pergunta a ser feita é: o que será preciso fazer para alcançar tal meta? A resposta para essa pergunta pode mostrar se a meta é factível num primeiro momento ou se demandará mais tempo. Por exemplo, pode ser necessário contratar novas ferramentas, aumentar o número de pré-vendas e/ou vendedores, adaptar ou criar formas de prospecção, capacitar o time, entre outras ações que demandam investimento da cooperativa. Portanto, ao estabelecer tais metas, tenha clareza se elas são alcançáveis ou se devem ser mais modestas, considerando a atual situação da cooperativa. Além disso, os objetivos também podem estar relacionados com a otimização do ciclo de vendas, para torná-lo mais eficiente e ágil. Você e sua equipe também podem inovar no momento de sugerir estratégias. Além das táticas de marketing já conhecidas, ideias inovadoras, provenientes de simples questionamentos, podem alavancar o plano de ação proposto e auxiliar no cumprimento das metas. Monitore constantemente - e faça ajustes de rota, se necessários Para que o planejamento de vendas continue alavancando a cooperativa, é imprescindível que ele seja monitorado constantemente. Isso pode evitar falhas, antecipar riscos e otimizar o trabalho como um todo. Diante de imprevistos e ameaças em potencial, por exemplo, é possível elaborar soluções e planos para conter o problema rapidamente. Um exemplo de ferramenta útil no monitoramento de metas é a metodologia OKR (Objectives and Key Results ou Objetivos e Resultados-Chave). Em resumo, os OKRs se dedicam a definir objetivos que devem ser cumpridos em determinado período. No geral, o OKR funciona em ciclos que, na maioria das vezes, dura cerca de três meses - tempo considerado ideal para ajustes de rota, quando necessários. Os OKRs são interessantes porque mesclam objetivos qualitativos e métricas quantitativas pensando no resultado futuro. Ou seja, estamos falando de uma metodologia que pensa no futuro, indicando os caminhos para cumprir uma meta pré-definida - seja ela para aumentar as vendas ou otimizar qualquer item do planejamento de vendas. No CapacitaCoop, você encontra o curso de OKR gratuito. E para que o processo de planejamento de vendas seja esboçado com mais facilidade, você e sua equipe também podem acessar o curso sobre Funil de Vendas. Com ele, você aprenderá a criar um funil de vendas que aumente suas conversões. Dicas para melhorar o seu planejamento de vendas Não é uma tarefa fácil construir um planejamento de vendas, e também não existe uma fórmula ou modelo pronto para isso. Porque cada organização tem suas próprias características, modelo de negócio e objetivos. Mas algumas dicas podem ser universais, contribuindo pontualmente em qualquer planejamento. Confira algumas a seguir! 1. Análise SWOT Para ter um contexto completo da sua cooperativa, olhando para dentro e para fora da organização, uma técnica bastante recomendada é a análise SWOT, uma matriz que levanta as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças de cada negócio. É possível aplicar essa matriz no setor de vendas, a fim de obter uma visão clara das forças e fraquezas dele, tendo a oportunidade de aproveitar as virtudes e corrigir as fragilidades. Além disso, o time também alinha as capacidades internas às condições do mercado. Assim, o processo de vendas pode se tornar mais robusto, dinâmico e detalhado, contando com um plano de ação para enfrentar as adversidades do mercado e a concorrência. 2. Inteligência Artificial A Inteligência Artificial (IA) pode ser usada em diversas áreas e situações, inclusive no planejamento de vendas. A ferramenta pode fazer parte da construção do plano de ação, organizando ideias, montando cronogramas e até sugerindo melhorias. Além disso, a IA também pode agilizar o processo de venda e aumentar a produtividade ao assumir tarefas repetitivas. Um relatório da McKinsey aponta um aumento na receita de 5% a 15%, e redução de custos de 10% a 20%, em empresas que passaram a usar a ferramenta no processo de vendas. 3. Marketing de performance Ao contrário do marketing tradicional, o marketing de performance é focado em analisar e otimizar os resultados e introduzir ferramentas capazes de aumentar as vendas. O método também é conhecido por sua precisão, captação de dados e foco em métricas e metas. Implementar o marketing de performance no planejamento de vendas da sua cooperativa é uma ótima estratégia para aumentar os resultados. Para isso, você deve estabelecer metas palpáveis, selecionar os canais de divulgação e proporcionar uma ótima experiência aos clientes. Durante esse processo, é interessante monitorar e analisar as métricas. E, diante dos dados, a gestão conseguirá tomar decisões assertivas e que melhorem, cada vez mais, o planejamento de vendas. 4. Design Thinking O Design Thinking é uma metodologia inovadora que promete resolver problemas complexos com o foco nos clientes. Integrar o Design Thinking no planejamento de vendas vai além de criar estratégias tradicionais, significa desenvolver técnicas que realmente atendam às necessidades dos clientes, ao invés de focar apenas nos objetivos internos. A aplicação dessa metodologia proporciona uma abordagem mais eficaz e humanizada que conquista e fideliza clientes. Com o Design Thinking implementado, é possível observar, além da criação de soluções inovadoras, empatia com o cliente e maior flexibilidade. A equipe é estimulada a entender os problemas e expectativas do público-alvo e, a partir desses insights, adaptam o planejamento. Em resumo, ao implementar a metodologia, o time comercial pode buscar respostas de maneira criativa, elevar a satisfação dos clientes, fomentar a cultura da inovação e a colaboração interdisciplinar. 5. Software de CRM A função dos softwares de CRM é automatizar tarefas relacionadas à gestão de relacionamento com o cliente. Ao criar um sistema de dados integrados, o software consegue gerenciar as informações, analisá-las e oferecer alternativas relevantes para o sucesso comercial. Sendo assim, caso sua cooperativa não utilize um ainda, é interessante considerar o investimento. Com ele, é possível realizar a gestão de todo o funil de vendas e obter inúmeros dados importantes, especialmente a previsão de vendas. O Sicredi, por exemplo, implementou o WhatsApp Enterprise ao CRM da cooperativa. A ideia é oferecer experiências personalizadas e melhorar o relacionamento com os cooperados. Confira aqui como foi a experiência do Sicredi. 6. Pesquisas, troca de ideias e brainstorming Além de investir em novas tecnologias e ferramentas, a gestão deve escutar seus clientes e time de vendas. Ao conversarem com ambos os grupos, os gestores conseguem identificar falhas no processo e corrigi-las. Essa troca de informações pode ser feita de diversas maneiras, desde pesquisas e enquetes, até reuniões e workshops. A ideia é oferecer um ambiente propício para a troca de informações essenciais para a evolução do planejamento de vendas. Mas não é só quando a equipe precisa de uma solução imediata que as reuniões devem acontecer. Fomentar trocas de ideias constantemente é uma ótima prática para manter a criatividade e melhorar os serviços oferecidos. É interessante, portanto, marcar reuniões de brainstorming para ouvir as ideias e opiniões da equipe. Esses encontros não apenas incentivam a colaboração, mas também permitem que diferentes perspectivas contribuam para inovações no processo de vendas. 7. Qualificação e relacionamento do time de vendas O time também precisa estar atento e conhecer o passo a passo de todos os processos, e isso só é possível com a qualificação e atualização constante da equipe. Com cursos de capacitação, palestras, workshops e eventos, os colaboradores podem se aprofundar nas inúmeras fases do planejamento de vendas. E essa qualificação pode ocorrer a partir da experiência de outras organizações, ou seja, por meio de muito networking e benchmarking. Diante de diferentes pontos de vista, o time consegue resolver problemas com mais agilidade e criatividade. Para isso, além dos treinamentos, a equipe deve organizar reuniões e encontros periódicos - internos e externos, quando possível - para discutir alternativas para as adversidades. Construir uma rede sólida de contatos também é uma estratégia poderosa para atualização e qualificação. Sendo assim, integrar o networking ao planejamento de vendas não só potencializa as oportunidades de negócio, mas também fortalece a estratégia de vendas. Conclusão Um planejamento de vendas bem elaborado é a base para o sucesso comercial. Ao seguir as dicas e boas práticas apresentadas neste texto, sua cooperativa estará mais preparada para enfrentar os desafios do mercado e alcançar resultados expressivos. E é claro que você pode contar com ajuda externa para dominar as dicas e boas práticas. Para se tornar um expert no Design Thinking e fomentar um ambiente de trabalho mais dinâmico e inovador, confira o guia prático Como Aplicar o Design Thinking na Prática, do InovaCoop. Afinal, sua jornada de transformação está só começando!
Fits nos negócios: aprenda como buscar os encaixes perfeitos
O sucesso de um novo negócio ou ideia depende de vários fatores que precisam estar em harmonia. Esses fatores incluem não só o produto ou serviço oferecido, mas também o mercado alvo, os canais de distribuição e o modelo de negócio. A falta de alinhamento entre esses elementos pode abalar as estruturas do empreendimento ou nem colocá-lo no mercado. No entanto, é possível driblar as adversidades e buscar os devidos fits ou encaixes de negócios - e é sobre isso que falaremos neste artigo. Boa leitura! Afinal, o que são fits nos negócios? Para prosperar, uma cooperativa deve oferecer um produto ou serviço que atenda às necessidades do mercado. Todavia, cumprir essa exigência não é o suficiente para a sobrevivência do negócio. As ligações entre o produto oferecido, o mercado, os canais de distribuição e o modelo de negócio precisam ser robustas. Quando esses fatores, conhecidos como mix de marketing, estão alinhados, temos o market fit ou encaixe de mercado ideal. Isso significa que os elementos estão em sintonia e que a solução cumpre todos os requisitos: atende às necessidades do mercado, entrega valor aos clientes, é distribuída pelos canais mais eficazes e gera resultados de maneira eficiente. Para aprofundar um pouco mais, vamos explicar os fits ou encaixes mais comuns de mercado - e que a sua cooperativa deveria se atentar a eles, começando pelo Problem Solution Fit. Problem Solution Fit: seu produto ou serviço resolve uma dor? A fase do Problem Solution Fit (PSF) - encaixe de solução de problema, na tradução livre - ocorre quando uma organização, seja uma startup, empresa ou cooperativa, comprova que realmente possui uma solução viável para um problema importante enfrentado por um grupo de usuários. Portanto, o objetivo aqui é criar e validar soluções, sejam elas novos produtos ou serviços, que sanem os problemas dos possíveis clientes. E essa validação, em geral, é feita por meio de um Produto Mínimo Viável - também conhecido como MVP - e pela existência de pessoas ou organizações dispostas a pagar por esse MVP. É nessa fase também que são realizadas pesquisas, entrevistas e testes para entender mais sobre as necessidades e dores dos clientes. Fatores que indicam que você está no caminho certo: Feedbacks positivos dos clientes ou usuários, incluindo sugestões de melhorias. Boas taxas de retenção e engajamento do público-alvo. Aumento da demanda e indicações para novos clientes. Product Market Fit: transformando a solução em produto Depois de validar a solução para um problema, a próxima etapa é o Product Market Fit (PMF) - ou, na tradução livre, adequação do produto no mercado. Aqui já é possível avaliar se o produto ou serviço atende às demandas de um número maior de clientes em um determinado segmento. É a fase em que o MVP começa a ser refinado para, de fato, se tornar um produto. Por exemplo, aqui deve-se observar se há crescimento orgânico na base de clientes, aumento de ticket-médio ou receita, menor sensibilidade dos clientes a aumento de preços, entre outras coisas. Em resumo, o conceito de PMF é importante para direcionar sua cooperativa para o caminho certo. Afinal, não basta desenvolver um novo produto, é preciso garantir que ele esteja inserido no mercado correto. Por isso, ligue o alerta se perceber baixa frequência de uso pelos consumidores, dificuldade de realizar novas vendas ou até perder público para a concorrência. Tudo isso pode significar a inexistência de um PMF. Product Channel Fit: definindo os canais corretos Com a solução desenvolvida e ajustada ao mercado, a preocupação seguinte é adaptar a solução aos canais de comercialização. O foco é maximizar o alcance e distribuir o produto ou serviço nos canais onde está o público-alvo. Esse é o conceito de Product Channel Fit (PCF) - ou adequação de produto ao canal. Ao prezar pelo PCF, sua cooperativa aperfeiçoa a experiência dos clientes, minimiza os custos e otimiza os resultados. Além disso, o encaixe entre o produto oferecido e os canais de distribuição traz mais vantagem competitiva. Afinal, atrai mais clientes, conquista uma fatia maior do mercado e, consequentemente, leva ao aumento de vendas e receita. Em relação à experiência do cliente, a adequação de produto e canal permite oferecer uma experiência perfeita e otimizada ao cliente em todos os pontos de contato. Isso porque é possível entender o tipo e o momento de contato mais adequados. Mas como saber se meus canais estão adequados? Fique de olho nos seguintes indicadores para saber se realmente possui um fit de canal: boas taxas de conversão de vendas; baixo custo de aquisição de clientes (também chamado de CAC); e aumento consistente da base de clientes e/ou cooperados. Model Market Fit: hora de consolidar o modelo de negócio Por fim, outro fit de negócio bastante difundido é o de Model Market Fit (MMF), que preza pelo encaixe ou aderência entre o mercado e o seu modelo de negócio. E o melhor indicador de MMF é quando o negócio atinge um crescimento orgânico, sem precisar de grandes esforços ou investimentos em marketing. Ou seja, o modelo de negócio atinge um estágio em que os seus clientes ou cooperados enxergam valor no modelo de negócio e, naturalmente, estão dispostos a pagar pelo produto ou serviço oferecido. Isso pode ficar claro, por exemplo, se houver: Indicações e recompras por parte dos clientes. Equilíbrio entre tomada de custos e crescimento contínuo de receita. Facilidade para atrair e reter parcerias. Conclusão: os fits nos negócios são essenciais para o sucesso Entender e alcançar os fits é essencial para que um negócio prospere em um mercado tão competitivo. Quando elementos como produto, mercado, canais de distribuição e modelo de negócios estão perfeitamente alinhados, as chances de sucesso aumentam significativamente. E para que o processo seja feito de maneira organizada e eficiente, você também precisa investir em planejamento. Com o e-book Como elaborar um plano de negócios para a sua cooperativa, do NegóciosCoop, você aprende sobre a metodologia do plano de negócios e como elaborá-lo na prática. Baixe agora!
Como monitorar e melhorar a eficiência operacional da cooperativa
Em um mercado altamente competitivo, as cooperativas precisam ser eficientes em seus processos produtivos. Esse é um caminho importante para manter a qualidade da operação e otimizar os custos. Ou seja: a eficiência operacional não pode ser deixada de lado. Eficiência operacional não quer dizer, necessariamente, produzir muito. A qualidade dos processos é mais importante do que a quantidade da produção. É perfeitamente possível ter uma alta taxa de volume de produção com baixa eficiência operacional. Neste artigo, você vai entender o que é eficiência operacional, entender por que as cooperativas devem buscar aprimorá-la e quais são os caminhos para isso. Tenha uma boa leitura! Eficiência operacional: o que é e por que ela importa Eficiência operacional é a capacidade de um negócio produzir bens ou serviços da maneira mais otimizada possível, minimizando custos e desperdícios sem comprometer a qualidade do produto final. Nesse contexto, a eficiência operacional não tem a ver apenas com a questão financeira, mas também com a gestão inteligente do tempo dos colaboradores e cooperados. A alocação estratégica de recursos humanos, evitando tarefas manuais desnecessárias em processos passíveis de automação, é um exemplo de eficiência operacional. Alcançar a eficiência operacional demanda um monitoramento constante de todos os aspectos da operação, desde o desempenho individual até a eficácia dos processos. Trata-se, ainda, de um processo contínuo de aperfeiçoamento que impacta diretamente na competitividade das cooperativas. Por que se importar com a eficiência operacional A eficiência operacional traz uma série de benefícios para a cooperativa, tais como: Melhora na qualidade: ao aprimorar a eficiência operacional, a cooperativa vai conseguir reduzir erros no processo produtivo e, consequentemente, gerar melhores produtos. Gestão de tempo: ao otimizar processos, a eficiência operacional resulta na melhor alocação de recursos - inclusive do tempo. Com isso, é possível produzir mais rapidamente. Além disso, cooperados e colaboradores têm mais tempo para se dedicar a outras atividades. Aumento na receita: uma vez que os processos são realizados de forma eficiente, é possível diminuir os custos com desperdícios de insumos e retrabalhos. Além disso, produtos melhores são mais atrativos para os consumidores. Formas de monitorar eficiência operacional Um dos grandes desafios que as cooperativas enfrentam nesta jornada é mensurar e monitorar a eficiência operacional dos processos. Existem indicadores adequados e ferramentas importantes para lidar com essa etapa, como: Overall Equipment Effectiveness (OEE) O Overall Equipment Effectiveness (Eficiência Global de Equipamentos, em português) é o indicador de produtividade mais utilizado em todo o mundo, sobretudo nas indústrias de manufatura. Fortemente ligado à metodologia de manufatura enxuta, que busca otimizar processos, o OEE avalia a performance de um determinado equipamento. Para isso, o indicador mensura o quão efetivamente um equipamento produziu em comparação com a sua capacidade em relação ao tempo. Para calcular o OEE, é necessário compreender três fatores: Disponibilidade: mede o tempo em que o equipamento está realmente produzindo em relação ao tempo planejado para produção. É afetada por paradas não planejadas (falhas, quebras) e paradas planejadas (manutenção, troca de ferramentas). Performance: avalia a velocidade de produção em relação à velocidade ideal do equipamento. É impactada por pequenas paradas e ciclos lentos. Qualidade: analisa a proporção de produtos bons produzidos em relação ao total produzido. Reflete perdas por produção de peças defeituosas ou que requerem retrabalho. O Cálculo do OEE Esses elementos se combinam na fórmula: OEE = Disponibilidade x Performance x Qualidade. Veja um exemplo de como esse cálculo pode ser feito na prática. Vamos supor que uma máquina de empacotamento teve os seguintes dados em um turno de 8 horas - isto é, 480 minutos: Tempo de parada planejada: 30 minutos para manutenção preventiva. Tempo de parada não planejada: 20 minutos devido a um problema elétrico. Tempo de ciclo ideal: 10 segundos por embalagem. Total de embalagens produzidas: 2500 Embalagens defeituosas: 50 A lógica do cálculo leva em consideração os três elementos que vimos acima. A disponibilidade mede o tempo de operação, que é Tempo total - Tempo de parada planejada - Tempo de parada não planejada. Na prática, é assim: Tempo de operação = 480 - 30 - 20 = 430 minutos Tempo de produção planejado = Tempo total - Tempo de parada planejada Tempo de produção planejado = 480 - 30 = 450 minutos Disponibilidade = (Tempo de operação / Tempo de produção planejado) * 100 Disponibilidade = (430 / 450) * 100 = 95,56% A performance, por sua vez, consiste no tempo de ciclo real, que é: Tempo de operação / Total de embalagens produzidas Tempo de ciclo real = (430 * 60) / 2500 = 10,32 segundos Performance = (Tempo de ciclo ideal / Tempo de ciclo real) * 100 Performance = (10 / 10,32) * 100 = 96,90% Também é necessário calcular a qualidade com a lógica a seguir: Total de embalagens produzidas - Embalagens defeituosas) / Total de embalagens produzidas * 100. Qualidade = (2500 - 50) / 2500 * 100 = 98% O cálculo final do OEE, portanto, é o seguinte, levando em consideração a fórmula que que aprendemos há pouco: OEE = 0,9556 x 0,9690 x 0,98 = 0,904 ou 90,4% O OEE de 90,4% indica que a máquina de empacotamento operou com 90,4% de sua eficiência máxima durante o turno. Há espaço para melhorias, principalmente na disponibilidade, reduzindo paradas não planejadas, e na performance, otimizando a velocidade de produção. Outras métricas relevantes Há outras maneiras de mensurar e acompanhar a eficiência operacional da sua cooperativa. Uma delas tem a ver com calcular o valor das entradas e saídas dos processos, na fórmula Eficiência Operacional = Despesas / Receitas. Quanto maior o resultado, pior é a eficiência operacional. Os KPIs (Key Performance Indicators, ou indicadores-chave de performance) também podem ser usados em situações mais específicas para mensurar a eficiência operacional. Na prática, KPIs são as métricas selecionadas para avaliar o sucesso de algum processo da cooperativa. Um KPI relevante nesse cenário é o Overall Labor Effectiveness (OLE), que mensura a eficácia do trabalho. Ele funciona pela fórmula OLE = Disponibilidade x Performance x Qualidade, em que os elementos são: Disponibilidade: mensura o tempo em que os funcionários estão realmente trabalhando em relação ao tempo planejado para trabalho. É afetada por faltas, atrasos, e outras interrupções não planejadas. Performance: avalia a velocidade de produção em relação à velocidade padrão esperada. É influenciada por fatores como treinamento, motivação e organização do trabalho. Qualidade: mede a proporção de produtos ou serviços entregues sem defeitos em relação ao total produzido/entregue. Reflete o impacto de erros, retrabalho e desperdícios. Caminhos para melhorar a eficiência operacional nas cooperativas Agora é hora de conhecermos as maneiras de aprimorar a eficiência operacional das cooperativas. Confira essas dicas para aplicar na sua cooperativa! Conheça seus processos a fundo A eficiência operacional começa com um profundo entendimento de como cada processo funciona dentro da cooperativa. Por isso, é crucial mapear as etapas, identificar gargalos e encontrar pontos de ineficiência. Ao conhecer seus processos a fundo, é possível ter uma visão clara de onde estão as oportunidades de melhoria e, assim, tomar decisões mais assertivas para aumentar a produtividade e reduzir custos. Além disso, analisar os processos em detalhes ajuda a identificar atividades que não agregam valor e podem ser eliminadas, liberando recursos para atividades mais estratégicas. Conhecer os processos a fundo também permite encontrar pontos críticos que exigem maior atenção e controle, garantindo a qualidade do produto ou serviço. Padronize os processos Uma vez que você conhece seus processos a fundo, é hora de padronizá-los. A padronização garante que as atividades sejam executadas da mesma forma, sempre, por todos os envolvidos. Isso reduz a variabilidade, minimiza erros e retrabalhos, e torna os resultados mais previsíveis. Processos padronizados também facilitam o treinamento de novos colaboradores e a integração de equipes, garantindo que todos estejam alinhados. A padronização também permite o monitoramento e controle do desempenho dos processos de forma mais eficaz. Dessa maneira, é mais fácil identificar falhas e corrigi-las. Aposte na automação A automação é uma ferramenta poderosa para aumentar a eficiência operacional, eliminando tarefas repetitivas e manuais, liberando seus funcionários e cooperados para atividades mais estratégicas e criativas. A automação também reduz erros, aumenta a velocidade de execução e permite o processamento de um volume maior de trabalho em menos tempo. Ao automatizar seus processos, as cooperativas ganham escalabilidade, podendo facilmente aumentar ou diminuir a capacidade de produção de acordo com a demanda. Ademais, a automação também habilita a coleta de dados valiosos sobre os processos, que podem ser usados para identificar oportunidades de melhoria contínua e otimizar processos. Inovação e tecnologia são aliadas A busca por inovação e a adoção de novas tecnologias são fundamentais para se manter competitivo no mercado. Assim sendo, as cooperativas devem estar sempre atentas às novidades e tendências do seu setor. É importante avaliar como novas tecnologias podem ser aplicadas para aprimorar processos e, consequentemente, aumentar a eficiência operacional. A tecnologia pode trazer soluções inovadoras para problemas antigos, permitindo que você faça mais com menos recursos. Desde a implementação de softwares de gestão até a adoção de inteligência artificial e machine learning, a tecnologia pode transformar a maneira como você opera, tornando sua empresa mais ágil, eficiente e competitiva. Faça treinamentos e incentive o aperfeiçoamento Investir no desenvolvimento de colaboradores e cooperados é essencial para garantir a eficiência operacional. As cooperativas que estão nessa jornada devem proporcionar treinamentos regulares para aprimorar habilidades das equipes, mantê-las atualizadas com as melhores práticas do mercado e motivar as pessoas a buscarem o aperfeiçoamento contínuo. Portanto, a busca pela eficiência operacional passa por construir uma cultura de aprendizado e desenvolvimento. Outro ponto relevante é encorajar colaboradores e cooperados a contribuir com ideias e sugestões para melhorar os processos. Acompanhe métricas para identificar fragilidades Vimos algumas maneiras de calcular a eficiência operacional nas cooperativas. Acompanhar métricas de desempenho é fundamental para identificar fragilidades e oportunidades de melhoria nos processos. Assim, as cooperativas devem definir indicadores relevantes para cada processo e monitorá-los de perto, buscando entender as causas dos problemas. Utilize ferramentas de análise de dados para extrair insights valiosos e tomar decisões baseadas em evidências. Ao acompanhar suas métricas de perto, você poderá identificar gargalos, ineficiências e problemas de qualidade antes que eles causem grandes impactos na sua operação, permitindo que você aja de forma proativa para corrigir o curso e garantir a eficiência operacional. Use o ciclo PDCA Sempre que algo não estiver dentro das conformidades, a cooperativa que busca aprimorar a eficiência operacional deve aplicar o Ciclo PDCA. Trata-se de uma técnica para lidar com o problema de forma sistemática a fim de que ele seja resolvido e não volte a ocorrer. As quatro etapas do Ciclo PDCA são: Plan (planejar): identificar um problema, analisar qual é a raiz e planejar uma solução. Do (fazer): executar as medidas necessárias planejadas. Check (conferir): avaliar a eficácia da solução aplicada. Act (agir): acompanhar oportunidades de melhoria, novos riscos e mudanças necessárias. Conclusão A busca pela eficiência operacional é central na jornada das cooperativas rumo à competitividade. A enorme concorrência em diversos setores da economia faz com que seja necessário buscar constantemente maneiras de tornar a operação mais eficiente. Para conferir outras estratégias de competitividade, confira o nosso e-book que mostra formas de tornar sua cooperativa mais competitiva!