Inteligência de Mercado
Muitos são os fatores que influenciam ou interferem nos resultados de uma cooperativa. Parte deles está relacionada com questões internas, de gestão e governança, por exemplo, mas outros têm mais a ver com o ambiente externo. Por isso, é fundamental, antes de tomar qualquer decisão, analisar como anda o cenário econômico, quais são as previsões para o nosso setor e atentar-se às variações no mercado. Buscar a maior quantidade de informações possíveis, prezando pela qualidade de cada uma delas. E é isso que você encontra aqui, no ConexãoCoop: análises e dados estratégicos que vão auxiliar na construção de um olhar crítico para compreender as subjetividades, sem perder o foco na tomada de decisões.

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Conheça 9 ferramentas de gestão para potencializar a sua cooperativa
A competitividade é o grande desafio para o cooperativismo na nova economia. Nesse sentido, a gestão tem um papel fundamental de potencializar os negócios com planejamento e inovação. Para tanto, uma série de ferramentas de gestão se apresentam como grandes aliadas dessa jornada. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou um segredo para ter sucesso. Mas existem diversas técnicas que podem ser usadas para aumentar as chances de crescimento das cooperativas. Muitas delas são voltadas ao alinhamento de ideias, metas e padrões, sempre com o intuito de criar um fluxo de trabalho fluido e eficiente. Neste artigo, portanto, iremos apresentar ferramentas de gestão para enriquecer o planejamento e a tomada de decisão, tornando as cooperativas mais competitivas. Boa leitura! Por que as ferramentas de gestão são importantes para as cooperativas? Em um ambiente de negócios dinâmico, as coisas mudam o tempo todo. Com tantas coisas acontecendo, é comum que as informações se percam e que o desempenho seja comprometido. As ferramentas de gestão surgem para driblar essa dificuldade, entregando soluções práticas que evidenciam pontos de melhoria e automatizam muitas das tarefas que não demandam o cuidado do olhar humano. Diante desse cenário, o NegóciosCoop separou nove ferramentas de gestão que farão a diferença no dia a dia das cooperativas. Confira a lista a seguir! 1. Plano de Negócios É praticamente impossível pensar em um empreendimento que conseguiu se desenvolver sem um plano de negócios sólido. Afinal, essa é a base para qualquer tipo de projeto, seja ele do ramo cooperativista ou não. Esse documento envolve metas, estratégias e qualquer outro recurso que seja interessante para as conquistas que você pretende ter. A partir disso, será desenvolvido o plano de ação. Se for feito corretamente, ele deve incluir alternativas sustentáveis e promissoras de evolução do seu negócio no mercado. Em nosso e-book, ensinamos como elaborar um plano de negócios. Nele, você vai ver o passo a passo para ter ótimos resultados ainda nas primeiras tentativas. 2. Radar de Financiamento A busca por financiamentos faz parte da pauta diária de diversas cooperativas. Mas para consegui-los, é necessário saber exatamente onde procurá-los e como apresentar o seu negócio. Foi nesse contexto que o Sistema OCB desenvolveu o Radar de Financiamento. Trata-se de uma ferramenta que monitora diversas fontes disponíveis e separa as melhores opções para cada segmento. A plataforma reúne diversas oportunidades para que as cooperativas obtenham recursos para suas iniciativas de inovação e sustentabilidade. O Radar do Financiamento está disponível no site de inovação do Sistema OCB, o InovaCoop, que também preparou um guia prático ensinando a usá-lo. 3. Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC) Essa ferramenta de gestão impacta diretamente as diretrizes e as boas práticas de uma cooperativa. Elementos como a governança, a estratégia, os processos internos e os resultados são avaliados e lapidados para que as próximas decisões possam ser tomadas com mais consistência. Com isso, o Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC) proporciona caminhos para que líderes consigam alcançar os requisitos do mercado competitivo de hoje em dia, mas, ao mesmo tempo, também seja condizente com os princípios e fundamentos do cooperativismo. Pensando em desmistificar esse tema e torná-lo mais acessível, o InovaCoop produziu um material mostrando como implantar o PDGC e melhorar a governança e a gestão da sua cooperativa. Nele você aprenderá a fazer diagnósticos mais assertivos no que diz respeito aos pilares de gestão e governança. Também vai descobrir como criar uma estrutura baseada em ciclos anuais, o que promove uma onda contínua de aprimoramento. 4. Sistema Desempenho: benchmarking para cooperativas O benchmarking é uma avaliação que captura quais práticas estão sendo feitas com mais efetividade em diversas empresas de um segmento para interpretar quais estratégias são mais interessantes. Diferentemente de uma pesquisa de concorrência, o objetivo não é necessariamente a competição, mas sim o aprendizado. Ao invés de copiar outras cooperativas ou tentar sair na frente delas, a intenção é criar uma rede de compartilhamento para beneficiar o consumidor final e os colaboradores. Esse é o mecanismo por trás do Sistema Desempenho, o Programa de Desenvolvimento Econômico Financeiro. Trata-se de uma plataforma de cadastro de dados de benchmarking realizado pelo Sistema OCB especificamente para as cooperativas brasileiras. Nele você encontra dados que não conseguiria acessar de outra forma, como balanços contábeis, financeiros e sociais: tudo fornecido por cooperativas participantes que optaram por trocar informações. Basicamente, ao invés de se limitar ao que sua a sua cooperativa aprendeu durante um ano, você pode também absorver os ensinamentos de outras em uma grande intercooperação. 5. Metodologias Ágeis Para muitos líderes, essa é a realidade: até que haja uma adaptação na cooperativa, o cenário já se transformou outras dezenas de vezes e o esforço parece ter sido perdido no meio do caminho. É aí, então, ter ferramentas de gestão dinâmicas faz a diferença. As metodologias ágeis trazem flexibilidade e foco para os valores dos cooperados, ensinando técnicas que inserem a cultura de melhoria no dia a dia de uma marca. Além disso, também são ótimas para aumentar a produtividade. Algumas delas são: Kanban: é uma ferramenta que foca na organização visual dos processos por meio de cartões e colunas. Cada cartão é uma tarefa e as colunas são as fases de desenvolvimento. Conforme o projeto avança, o cartão caminha pelas colunas até a conclusão. Scrum: criada para otimizar o desenvolvimento de software, essa ferramenta de gestão de projetos foi adotada por diversas outras áreas com o tempo. Essa metodologia possibilita ajustes de rota com rapidez, permitindo que problemas complexos sejam solucionados com flexibilidade. OKR: a sigla significa Objectives and Key Results - isto é: objetivos e resultados-chave. A ideia é estabelecer metas e indicar quais são os resultados que indicam o cumprimento dessas metas. Lean startup: visa potencializar a chance de uma ideia dar certo com agilidade e eficiência por meio de um conjunto de métodos e boas práticas. Essa ferramenta de gestão propõe que a inovação contínua é o resultado de um processo bem executado, e não somente fruto de uma grande ideia. 6. 5W2H A 5W2H é, com certeza, uma das principais opções de ferramentas de gestão, se diferenciando pelo perfil excelente para o formato de cooperativismo. Ela consiste em convidar o líder a se fazer as seguintes perguntas: What: o que será feito? Why: por que será feito? Where: onde será feito? When: quando será feito? Who: quem fará? How: como será feito? How Much: quanto custará? Parece simples, mas a eficiência do sistema 5W2H é realmente impressionante. Com ele, a ideia é que todos os temas debatidos sejam esclarecidos sem a necessidade de conversas longas e sem deixar brechas. 7. Ferramentas de Gestão de Dados Discretos e invisíveis, mas extremamente valiosos para uma cooperativa: assim são os dados. Em um tempo em que as informações são capazes de contribuir significativamente na tomada de decisões de líderes, é essencial saber ler padrões e tendências para criar estratégias orientadas por dados. Existem centenas de formas de trabalhar com isso, e escolher a melhor depende de uma visão clara de objetivos e interesses. Mas para ajudar, confira o nosso artigo dedicado às principais ferramentas de gestão de dados. 8. ISO 56002: Diretrizes de Gestão da Inovação Existem muitas teorias sobre como a inovação exige liberdade para acontecer. No entanto, certos padrões existem para ajudá-la a se tornar real. A norma ISO 56002 é uma delas, já que oferece orientações para que os processos implementados sejam mais efetivos e consigam, de fato, cumprir com o propósito de geração de soluções. Se você está sem tempo para ler sobre ela, não se preocupe: o Guia Prático ISO 56002: Diretrizes para gestão da inovação, do InovaCoop, oferece um resumo muito interessante sobre o tema, trazendo os principais pontos de atenção para quem busca por ferramentas de gestão com bons resultados. 9. Business Model Canvas O sistema mais visual, claro e lúdico da nossa lista. Com o Business Model Canvas, você vai poder categorizar clientes por segmentos, propostas de valor, canais de distribuições, relacionamentos, fontes de receita, recursos-chave, atividades-chave, parcerias e estruturas de custo. Visto como um coringa da gestão, ele é indicado para quem precisa ter uma visão ampla e acessível de como está acontecendo o fluxo de trabalho, apontando possíveis falhas de andamento e espaços que podem ser mais bem trabalhados. O que todas essas ferramentas de gestão têm em comum? A capacidade de trazer flexibilidade para todas as cooperativas: esse é o grande diferencial que vem sendo buscado por líderes que lutam pelo crescimento. Apesar de ser uma modalidade com séculos de história, o cooperativismo vem mostrando que pode ser um pioneiro da mudança. No entanto, é preciso conhecer os caminhos certos para isso. A ideia da nossa lista é justamente facilitar o acesso aos recursos que vão simplificar, organizar e otimizar a rotina de trabalho, gerando mais produtividade e bem-estar aos envolvidos. E já que você se interessa pelo tema de ferramentas de gestão, dê também uma olhada no nosso e-book Competitividade: como tornar sua cooperativa competitiva!

ConexãoCoop agora é NegóciosCoop
O site recheado de conteúdo para impulsionar os negócios das cooperativas ConexãoCoop passará a se chamar NegóciosCoop a partir desta segunda-feira (14). A antiga plataforma NegóciosCoop será retirada do ar. Ela foi criada durante a pandemia para facilitar, especialmente, a intercooperação por meio da compra e venda de produtos e serviços entre as cooperativas. Os cooperativistas que acessarem a nova roupagem do site encontrarão áreas especificas para cada situação. Em Intercooperação, ações desenvolvidas pelo Sistema OCB para promover a intercooperação de cooperativas. Em Acesso a Mercados é possível verificar os conteúdos voltados para os negócios nacionais e internacionais. Na esfera nacional, há oportunidades mapeadas e espaço com destaque para as principais feiras, missões e rodadas de negócios. Há ainda o espaço Compras Públicas que monitora e envia alertas sobre e editais e licitações de compras governamentais para as cooperativas inscritas. Para internacionalizar os produtos e serviços, o menu de acesso ao Mercado Internacional traz catálogo de coops que já exportam como em uma vitrine online e que permite que embaixadas, consulados e outros atores internacionais encontrarem as cooperativas e fechem bons negócios. Em Inteligência De Mercado, o usuário tem acesso a análises econômicas, estudos e publicações, além de indicadores diversos (em dashboard). Por fim, em Aprenda Mais, estão disponíveis opções de aprendizagem por meio de cursos EAD, e-books e cases de sucesso para inspirar.

Cooperativismo tem mais de 43 milhões de potenciais consumidores digitais
Estimativa foi apresentada em painel sobre marketplace durante a Semana de Competitividade As tendências do comércio digital e o futuro do marketplace foram temas de painel exclusivo da trilha de Inteligência de Mercado durante a Semana de Competitividade 2023. O diretor de Vendas da empresa de consultoria Yalo, Isac Pessanha, e o gerente de Mercado do Café da Nater Coop, Jozeilton dos Reis Freire apresentaram, na quarta-feira (8) dados estatísticos sobre os potenciais do WhatsApp como ferramenta de vendas, desafios e oportunidades do comércio digital, estratégias que podem ser adotadas para o sucesso no uso das plataformas de venda e o case de sucesso na comercialização dos cafés Pronova nas plataformas da Amazon Brasil. De acordo com Isaac, 84% da população brasileira tem acesso a internet atualmente, além de ser proprietária de mais de 240 milhões de celulares inteligentes. O número de consumidores digitais superou os 108 milhões em 2022 e é fato que 99% deles conta com o WhatsApp instalado. “O aplicativo é aberto pelo menos uma vez ao dia por 86% das pessoas que possuem celulares inteligentes. Os dados demonstram, por si só, o grande potencial do aplicativo para o comércio digital”, afirmou. Desta forma, segundo ele, o cooperativismo precisa conhecer melhor seus potenciais consumidores para saber quantos deles já são adeptos do comércio digital e investir em plataformas que impulsionem novos cooperados a aderirem ao processo também. “Com base nos dados estatísticos do cooperativismo em 2022, calculamos que o movimento tem 43,6 milhões de potenciais consumidores. São inúmeras oportunidades que precisam ser consideradas e que podem ampliar de forma significativa os resultados”, considerou. Isaac considerou que o comércio digital tem a capacidade de promover uma maior colaboração e impulsionar o crescimento sustentável das cooperativas. Exemplos citados por ele nesse sentido foram o compartilhamento de recursos, conhecimento e experiências; a união de forças em busca de objetivos comuns; a exploração conjunta de nichos de mercado; a redução de riscos e a troca de ideias para melhorias contínuas. “É necessário vencer desafios como o aumento do conhecimento sobre o comércio digital, o alcance da maturidade nos processos internos e a efetiva capacidade de atendimento em escala, entre outros, mas eles fazem parte de um caminho sem volta”, acrescentou. Para Isaac, os Ramos Transporte e Crédito são, a princípio, os que mais apresentam potencialidades para a adoção de estratégias que envolvam o comércio digital. “No Transporte, por exemplo, é possível reduzir prazo e custos de entrega ao mesmo tempo em que se gera grande satisfação aos clientes, criando assim um ecossistema ímpar de prosperidade”, concluiu. Sucesso em vendas A Nater Coop é uma cooperativa capixaba com 58 anos de existência, 20 mil cooperados e mais de 30 mil clientes. Os cafés Pronova, de acordo com Jozeiton, figura entre os mais vendidos da Amazon Brasil e tem sua qualidade atestada pelos próprios consumidores da plataforma. O tipo blend Arábica, por exemplo, vendeu mais de 4 mil embalagens de 500gr somente no mês de julho. “Mas o que ele tem de tão especial? Em resumo, podemos dizer que a nossa história, o fato de o grão ser originado 100% da agricultura familiar, a possibilidade de rastreabilidade de toda a cadeia, a qualidade da torra e a qualidade sensorial que o café proporciona são alguns dos fatores”, relatou. Outros pontos destacados por Jozeilton para explicar o sucesso nas vendas do Pronova são a matéria prima selecionada, a constância na qualidade, o cumprimento de prazos e acordos, o layout das embalagens e o fato de o produto ser entregue sempre fresco ao cliente. Para ele, além do produto em si, também contribuem para efetividade do processo a equipe qualificada, a capacidade produtiva, a logística eficiente e a manutenção do canal de vendas.

Cases de sucesso na exportação são destaque na Semana de Competitividade
Qualificação das cooperativas é vista como fundamental para a abertura de novos mercados A internacionalização dos produtos coop brasileiro tem sido incentivada de forma constante pelo Sistema OCB, pela ApexBrasil e pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) por meio de programas, rodadas de negócios e missões internacionais. Na última terça-feira (9), a Semana de Competitividade do Cooperativismo 2023 reservou um painel para ouvir os cases de sucesso de duas cooperativas que já exportam cafés. A gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, Débora Ingrisano, participou do encontro e falou sobre o Programa de Negócios do Sistema OCB, que promove o comércio de produtos e serviços das cooperativas dentro e fora do país. Ela evidenciou o Programa de Qualificação para Exportação direcionado às cooperativas (PeiexCoop), e a parceria com a ApexBrasil para que as coops finalizem o plano de internacionalização e coloquem suas produções nas prateleiras do mundo. “Temos até agora quatro dos 22 projetos-piloto finalizados e com plano de exportação sendo aplicado. Vamos preparar o material bilíngue para atuação internacional, que envolve feiras, rodadas e missões. Para este ano ainda temos três vagas e, em 2024, serão abertas 25 novas vagas para atender nossas cooperativas. Tem muita coisa bacana acontecendo com parceiros qualificados e o presidente da ApexBrasil tem incentivado a diversificação dos produtos exportados pelas coops”, declarou a gerente. O painel foi mediado pela coordenadora de Qualificação da ApexBrasil, Rita Albuquerque. Ela destacou as iniciativas da agência para promover as importações e atrair investimentos diretos. “Temos parcerias com mais de 50 entidades setoriais e cerca de 35 instituições de ensino em todo o Brasil, além de rede de cooperação com as principais instituições públicas e privadas dentro e fora do país. Temos ainda bom diálogo e estratégias junto às embaixadas. Por outro lado, temos estudos robustos sobre inteligência de mercado, qualificação, promoção e expansão internacional, atração de investimentos e promoção da imagem do Brasil”, descreveu. Rita explicou que o PeiexCoop é gratuito e customizado para as cooperativas se estruturarem ou refletirem sobre o que precisam para internacionalizar os negócios. “Ano passado entraram mais de R$ 1 bilhão no Brasil oriundos dessas transações. Aliás, 36% das exportações são produtos alimentícios. Hoje, as cooperativas disponibilizam para o mundo cafés especiais, cacau, chocolate, frutas frescas, proteína animal, lácteos, mel e cachaça. Quando uma cooperativa decide exportar e ganhar visibilidade, mercado, novos recursos, competitividade e inovação, o país ganha junto. Por isso, essa parceria também é muito importante para agência”, acrescentou. O gerente corporativo de Finanças, Contabilidade e Cooperados da Cooabriel, Samuel Lopes Fontes; e o diretor-presidente da Coopervass, Alessandro Alves Hervaz, abordaram as experiências vivenciadas pelas organizações nas exportações. Segundo ele, a participação em feiras e missões internacionais contribuíram para que as marcas de cafés que ambas exportam ficassem cada vez mais conhecidas e requisitadas pelos compradores de fora. “Tem apenas três anos que exportamos e, logo em 2020, na primeira vez, comercializamos cinco mil sacas de café. Hoje já são mais de 110 mil. Os principais destinos são EUA, Equador, Colômbia, República Dominicana, França, Inglaterra e Emirados Árabes. Percorremos uma jornada para agregar valor e ver o café conilon sendo consumido como bebida de qualidade. Historicamente ele era exportado apenas na forma solúvel e aproveitamos a oportunidade para exportar o grão”, relatou Samuel. Alessandro Hervaz também ressaltou a importância do programa PeiexCoop para o acesso ao mercado externo. “Participamos de vários módulos técnicos e foi muito valioso porque o mentor tinha muita experiência com o café, isso nos fez perceber que além de possível, era importante exportar. Hoje temos clientes na Holanda, Dinamarca, Inglaterra e Irlanda, todos fidelizando os negócios”. Ainda segundo ele, a coop também quer buscar o elo final da cadeia produtiva, incluindo a torrefação e as cafeterias. Trabalhamos há muitos anos para termos essa importante agregação de valor e rastreabilidade”.

Cenário econômico 2023: o que esperar e como se planejar para o 2° semestre
As discussões sobre a taxa de juros estão protagonizando os debates sobre o cenário econômico no decorrer de todo o primeiro semestre de 2023. Governo e Banco Central estão em lados opostos sobre as perspectivas sobre a Selic e, até aqui, o BC não cedeu às pressões do Executivo. Com isso, o primeiro semestre do ano vai fechar com a Selic a 13,75% ao ano. O valor foi mantido na última reunião do Copom, o Comitê de Política Monetária, do primeiro semestre. A manutenção da taxa de juros nesse patamar resultou em baixa nas estimativas de inflação para 2023. O dólar também encerra o período abaixo dos R$ 5. Os dados mais recentes do IBGE apontam uma leve alta no desemprego no primeiro trimestre deste ano. O cenário econômico, que reúne quedas na indústria e nos serviços, indica que o desemprego está em 8,8% em 2023. Ao fim do ano passado, esse número era de 7,9%. O PIB do primeiro trimestre cresceu 1,9%. Frente ao mesmo trimestre de 2022, o PIB cresceu 4,0%, dando sinais de retomada econômica do pós-pandemia. Boa parte desse crescimento se deve ao agro, que cresceu 18,8% em relação a igual período do ano anterior. A partir desse cenário, o ConexãoCoop reuniu algumas perspectivas para o cenário econômico do segundo semestre de 2023, confira! Cenário Econômico de 2023: no que ficar de olho O cenário econômico é complexo tanto no Brasil quanto no contexto global. Afinal, os desafios impostos pela pandemia ainda ecoam na economia global e o conflito entre Rússia e Ucrânia desacelerou a retomada em polos econômicos importantes, sobretudo na Europa. Dessa forma, reunimos alguns dos temas relevantes do cenário econômico de 2023 que podem impactar os negócios e as decisões das cooperativas no decorrer do segundo semestre. Inflação no Brasil e no mundo Os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação deste ano de 5,42% para 5,12%, aponta o Boletim Focus, um relatório compilado pelo Banco Central a partir de expectativas do mercado. O valor, entretanto, segue acima do teto da meta estipulada, que é 4,75% - o centro da meta é 3,25%. Caso tal projeção for confirmada, este será o terceiro ano seguido de estouro da meta. A inflação, com isso, reduz o poder de compra das pessoas e encarece, também, matérias-primas e serviços para as cooperativas. A inflação é um problema que está mostrando resistência não só no Brasil. Bancos Centrais do mundo todo estão de olho no avanço da inflação. No Reino Unido, por exemplo, as altas dos preços seguem acima de 8%. Com isso, diversos bancos centrais estão agindo e aumentando a taxa de juros. Taxa de juros As taxas de juros, afinal, são o principal instrumento que os bancos centrais têm para controlar a inflação e a desvalorização de suas moedas. Contudo, enquanto boa parte do mundo vive um movimento de alta em suas taxas de juros, no Brasil as perspectivas são outras. Isso acontece porque o Brasil já passou por um movimento de seguidas altas da Selic desde 2021. Por enquanto, o Banco Central está mantendo a taxa estável, apesar da pressão feita pelo Governo Federal. Para o segundo semestre, no entanto, a tendência é de que, em algum momento, a taxa de juros comece a cair levemente. A maior parte das projeções antecipa que o Comitê irá fazer a primeira redução da Selic somente em agosto. A possível redução poderá ser acelerada pela queda de preços das commodities, pela desaceleração da atividade econômica global e, por fim, pela redução na concessão de crédito doméstico. Dólar Desde o começo do ano, o real vem apresentando um movimento de valorização perante o dólar. A Selic alta ajuda a atrair investidores internacionais e, com isso, a oferta de dólares aumenta no Brasil. Isso, portanto, faz com que o preço da moeda americana caia. Boa parte das instituições financeiras ainda acham que há espaço para que o real continue se valorizando perante a moeda americana. Mas também há analistas mais pessimistas em relação ao real até o final do ano. Essa perspectiva merece atenção especial das cooperativas que atuam com força no mercado externo, uma vez que as flutuações do dólar afetam as receitas obtidas nas exportações. O alto nível de incerteza do cenário econômico global de 2023, todavia, torna essa previsão uma tarefa bastante difícil. Crescimento e atividade econômica A última ata do Copom aponta que o conjunto de indicadores recentes segue corroborando o cenário de desaceleração gradual do crescimento doméstico. Um dos indícios dessa percepção é a desaceleração na margem no mercado de crédito. Com isso, os dados de atividade no Brasil indicam um ritmo de crescimento moderado sustentado pelo setor agropecuário. Por outro lado, a manutenção da taxa de juros desacelera o comércio, sobretudo em relação aos bens duráveis de maior valor agregado, como móveis e eletrodomésticos. Dessa forma, a economia brasileira deve seguir um movimento de crescimento de pouco ímpeto. O Ministério da Fazenda, por exemplo, estima que o crescimento da economia brasileira em 2023 será de 1,9%, apostando forte em um crescimento de 11% no agro. Os serviços e a indústria, porém, progridem timidamente. Mercado de trabalho O Copom prevê resiliência no mercado de trabalho até o final do ano. Após um período de desemprego acima dos 10%, o mercado de trabalho se estabilizou e completou quatro trimestres abaixo dos dois dígitos. O IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) entende que há um crescimento do emprego formal de forma mais consistente e menos errático que o do emprego informal. Geopolítica A guerra na Ucrânia segue sendo um fator econômico relevante para o cenário econômico global de 2023. O conflito segue indefinido e reconfigurando as cadeias energéticas e produtivas, sobretudo na Europa. Sem perspectivas para o fim do embate, o mundo segue em busca de suprir as lacunas de abastecimento dos insumos provenientes dos dois países em guerra. Além disso, como vimos, boa parte do mundo enfrenta uma pressão inflacionária e, consequentemente, estão iniciando um movimento de alta nos juros. Um estudo do BB Assessoramento Econômico, órgão do Banco do Brasil, descreve um cenário econômico global incerto. Assim, as perspectivas para os principais polos econômicos são: Estados Unidos: os juros devem seguir um leve movimento de alta na economia americana até o próximo ano, com possibilidade de recessão a partir do segundo semestre de 2023. A maior economia do mundo precisa enfrentar, ainda, um cenário adverso em relação à dívida pública, o que aumenta a percepção de risco dos investidores e desvaloriza o dólar. China: a retomada após o fim da pandemia ainda é alvo de dúvidas, uma vez que os indicadores são ambíguos. Por um lado, o crescimento no primeiro trimestre foi maior que o esperado; por outro, os dados da indústria local são ruins e as importações foram abaixo do esperado. Isso pode significar diminuição nas oportunidades de exportação ao país asiático, que é o principal parceiro comercial do Brasil. Europa: o crescimento europeu deve enfraquecer no decorrer do segundo semestre de 2023, em decorrência de medidas para controlar a inflação elevada do bloco econômico. Apesar disso, o continente tem conseguido lidar com as dificuldades do setor energético ao ampliar os fornecedores de gás natural e com a adoção de outras fontes de energia. Conclusão: de olho no cenário econômico de 2023 Ficar de olho no cenário econômico é muito importante para que as cooperativas consigam analisar os riscos e oportunidades de negócios tanto no contexto interno quanto para quem explora o mercado internacional. Em um ambiente de negócios cada vez mais competitivo, informação é poder. Portanto, manter a sua cooperativa atualizada sobre as principais perspectivas do cenário econômico faz toda a diferença. E você sabe, então, onde encontrar análises econômicas centradas no ponto de vista do cooperativismo? Aqui, no ConexãoCoop! Periodicamente, publicamos análises econômicas sobre diversos temas relevantes para as cooperativas, como gestão, tendências de negócios e oportunidades comerciais. Clique aqui e fique por dentro!

Créditos de carbono geram oportunidades de negócios sustentáveis para o cooperativismo
O mundo emite cerca de 50 bilhões de toneladas de gases do efeito estufa (GEE) por ano. Entre eles, está o vilão dióxido de carbono (CO²), principal causador do efeito estufa, provocador do aquecimento global. Não à toa, há um movimento mundial, liderado pela ONU (Organização das Nações Unidas), na direção da redução da emissão dos gases do efeito estufa (GEE). É nesse cenário que o mercado de créditos de carbono surge como uma oportunidade de gerar receita e reduzir emissões. Tudo isso ocorre, ainda, em meio ao crescimento da agenda ESG. Segundo projeção da WayCarbon e ICC Brasil, até 2030, o Brasil pode atender de 22,3% a 48,7% da demanda global por créditos de carbono do mercado voluntário. Assim, o potencial para gerar receitas com essa demanda é de até US$ 120 bilhões. Hoje, o país atende apenas 12% da demanda mundial. Diante desse mercado bilionário, as cooperativas, pautadas pelos princípios de intercooperação e o interesse pela comunidade, tornam-se viabilizadoras de projetos voltados à geração de créditos de carbono. Isso ajuda na agenda mundial de sustentabilidade e, ao mesmo tempo, gerando empregos e renda. Neste artigo iremos entender o que são os créditos de carbono; o que é o mercado voluntário e o regulado; conhecer o cenário de oportunidades que esse mercado oferece, além de ver exemplos de cooperativas que já atuam nesse mercado. Aproveite a leitura! Créditos de carbono: o que são O mercado de créditos de carbono começou a ser discutido a partir da Cúpula do Clima e do Aquecimento Global (COP3), realizada em Kyoto, em 1997. Foi durante o evento que os países participantes assumiram compromissos com a redução de emissão de gases do efeito estufa (GEE) e assinaram o Protocolo de Kyoto. Com a assinatura do Protocolo, foi criado o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que validaria e certificaria as ações adotadas pelos países signatários. Assim, ficou definido que a cada tonelada de carbono que deixa de ser emitido, o MDL gera um crédito que pode ser comercializado entre os países, a fim de atingir a meta de redução de emissão. Mercado regulado e mercado voluntário de créditos de carbono Hoje, há dois mercados de créditos de carbono que existem paralelamente. Um deles é o mercado regulado, oriundo do Protocolo de Kyoto, em que a comercialização de crédito de carbono ocorre entre países. Esse mercado é regulado pela ONU e tem como fim o cumprimento das metas de redução da emissão de carbono. O outro é o mercado voluntário. Nele, as transações ocorrem por meio de iniciativas da sociedade civil, cidadãos, cooperativas, empresas mercantis e ONGs, entre outras instituições, que não estão atreladas ao Protocolo de Kyoto e suas metas. Para isso, essas iniciativas precisam ser auditadas por entidades independentes e, com isso, também poderem comercializar créditos de carbono. No mercado voluntário, por exemplo, uma cooperativa pode decidir iniciar um projeto de redução de emissão de CO² por meio de ações de preservação de floresta ou replantio de árvores. Desse modo, a cada tonelada de carbono reduzida é gerado um crédito que pode ser vendido, tal como é feito entre países. Créditos de carbono na COP27 A ONU prevê que, até 2030, haverá um aumento de 10,6% na emissão de gases do efeito estufa. Isso significa, também, que 43% das emissões precisam ser reduzidas. Durante a 27ª Conferência do Clima das Nações Unidas – COP 27, o tema foi o centro das atenções das discussões sobre de que forma os países estão reduzindo suas emissões e de que maneira é viável financiar o enfrentamento à deterioração climática e ambiental do planeta. Um dos debates girou em torno de como os créditos de carbono podem viabilizar o cumprimento dos planos de mitigação das mudanças climáticas. A estimativa é que o mercado voluntário precise crescer mais de 15 vezes até 2030 para cumprir o Acordo de Paris, por exemplo, que prevê metas até 2050. É por isso que o mercado de crédito de carbono tornou-se uma alternativa para empresas e países atingirem suas metas. Oportunidades no mercado de créditos de carbono Segundo pesquisa da WayCarbon, entre os setores mais promissores para gerar créditos de carbono no Brasil, estão o agropecuário e o de energia, também fortemente presentes no cooperativismo. Laura Albuquerque, mestre em planejamento energético e ambiental e gerente sênior da WayCarbon, diz que o país pode movimentar entre US$ 493 milhões a US$ 100 bilhões com o mercado de carbono e gerar 8,5 milhões de empregos até 2050. “Reduzir as emissões é uma oportunidade de novos negócios e fonte de renda para diversos públicos, inclusive pequenos produtores rurais e povos tradicionais, com o fortalecimento das cadeias produtivas”, ressalta Laura durante palestra no evento Fronteiras e Tendências 2022. De acordo com a especialista, no agronegócio a adoção de uma economia de baixo carbono pode estar voltada a circunstâncias como: Redução do desmatamento. Melhores condições de trabalho. Contribuição para a garantia de segurança alimentar do planeta. Já no setor de energia, a adoção torna-se importante para a segurança energética e a geração de empregos e de renda. Isso ocorre com a adoção de tecnologias mais modernas, como os biocombustíveis de segunda geração, de energia solar flutuante e eólica offshore. Títulos verdes Um outro segmento promissor é o da floresta. Um relatório divulgado pelo Banco Mundial em 2022, indica que o valor de manter a Floresta Amazônica em pé é cerca de sete vezes superior ao lucro que pode ser obtido através de diferentes atividades de exploração econômica da região. O estudo estima que a preservação da floresta vale, ao menos, US$ 317 bilhões por ano, algo equivalente a R$ 1,5 trilhão. Segundo o relatório, em pouco anos, a conservação da floresta pode valer mais que a criação de gado, um dos principais causadores do avanço do desmatamento na Amazônia. Além disso, soluções baseadas na conservação florestal promovem uma economia de baixo carbono, o que pode abrir oportunidade para a geração de títulos verdes, que são títulos de renda fixa emitidos por empresas, governos e organizações para promover iniciativas econômicas de sustentabilidade. BNDES Créditos de Carbono O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou, em 2022, um programa de compra de créditos de carbono. Dessa forma, a iniciativa tem o objetivo de estimular projetos que visem a preservação do meio ambiente através da redução de emissão de CO². O BNDES Créditos de Carbono, aliás, é o primeiro do tipo feito por um banco no Brasil. O programa prevê a comercialização de carbono no mercado voluntário através da aplicação de recursos em projetos que geram a redução ou a captura de carbono. O BNDES espera, portanto, conduzir um processo de descarbonização da economia brasileira. Saneamento e os créditos de carbono Para o diretor de sustentabilidade da BRK Ambiental, Carlos Almiro, o tratamento de esgoto também representa uma ótima oportunidade para a geração de créditos de carbono. Segundo o executivo, cada estação de tratamento de esgoto tem potencial para ser uma geradora de energia a partir do gás metano, retirado do lodo resultante do tratamento. Almiro explica que, com o marco regulatório do saneamento, aprovado em 2022, houve um aumento nos investimentos em tratamento de esgoto. Esse processo abre um leque de oportunidades para compensar as emissões de outros setores, como o agronegócio, por exemplo. Cooperativismo atua no mercado de créditos de carbono dentro e fora do Brasil De fato, o mercado de créditos de carbono tem encontrado no cooperativismo um caminho viável para desenvolver projetos que consigam gerar crédito e também ser rentável, sobretudo diante dos custos ainda considerados elevados. A seguir, confira três exemplos de iniciativas de sucesso no cooperativismo no mercado de créditos de carbono. Ceriluz: usinas habilitadas para venda de créditos de carbono Em 2022, a Ceriluz, cooperativa de energia presente em Ijuí/RS, teve dois projetos credenciados pela Organização das Nações Unidas para negociar créditos de carbono no mercado internacional. Um deles é a usina Linha Onze, uma pequena central hidrelétrica com potencial instalado de até 30 megawatts. O outro é a Usina Augusto Pestana, com potencial para gerar até 1 MG de energia elétrica. Com o credenciamento na ONU, a Ceriluz poderá negociar os créditos de carbono gerados pelas usinas com países ou instituições que não consigam alcançar suas metas de redução de emissão de CO² e que desejam compensar o impacto de suas atividades na natureza. Mas essa não será a primeira experiência da cooperativa no mercado de créditos de carbono. Em 2004, a Ceriluz pôs em operação a Usina José Barasuol, que, três anos depois, gerou uma receita de R$ 600 mil referentes à venda de créditos de carbono para uma companhia holandesa. Cooperación Verde: intercooperação colombiana enfrenta mudanças climáticas Na Colômbia, 52 cooperativas se reuniram em 2009 para fundarem o Projeto Cooperación Verde, um programa de intercooperação que visa o reflorestamento de regiões atingidas por conflitos armados, comercialização de crédito de carbono e recuperação de solos. Assim, o projeto promove a compensação das emissões de carbono e, consequentemente, gera trabalho e renda para as populações locais. Ao todo, são cerca de 280 mil toneladas de CO² já capturados, o que gerou uma receita de US$ 2,4 milhões em créditos de carbono e cerca de 100 mil postos de trabalho. Land O’ Lakes: gigante do agro americano tem programa de créditos de carbono A cooperativa agrícola norte-americana Land O’Lakes lançou um programa de geração e comercialização de créditos de carbono em 2021. O foco foi na recuperação de solo, através de uma parceria com a Soil Health Institute. O resultado foi 100 mil toneladas métricas de créditos de carbono vendidas para a Microsoft Corp. Segundo estimativa da cooperativa, os agricultores receberão até US$ 20 por tonelada de carbono na primeira parcela de créditos. Além disso, os cooperados podem acessar os dados históricos disponibilizados pelo projeto, com o fim de obter créditos adicionais para até cinco anos anteriores ao cultivo. Conclusão Para implantar um projeto voltado à redução de emissões de carbono, o Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), aponta quatro etapas: elaboração, validação, registro e monitoramento/ certificação. Primeiro é preciso identificar o potencial da atividade redutora de emissões de CO² e definir a metodologia para a sua quantificação, assim será possível definir a capacidade da geração de créditos carbono. Após isso, o projeto necessita, ainda, ser validado por auditorias independentes e credenciado por certificações padrões de crédito de carbono. Uma vez auditada e credenciada, é feito o registro do projeto nos mesmos padrões de certificação aplicadas. A partir daí, é possível entrar em operação para emitir os créditos de carbono no mercado voluntário. É importante, ainda, que o monitoramento e a contabilização da redução de emissões de CO² seja validado por auditoria independente, com o fim de garantir a integridade dos dados e obter a certificação dos créditos gerados, necessária à comercialização. Por fim, a Análise Econômica 78 traz uma edição especial do Panorama do Coop, que destaca as medidas para conter os avanços das modificações no clima, por meio da economia de baixo carbono. Confira os principais temas de discussão na COP27, as recomendações do relatório de riscos climáticos, os pontos fortes e os desafios do Brasil para o cumprimento das metas do pacto global e as soluções sustentáveis implementadas pelo cooperativismo!