Inteligência de Mercado
Muitos são os fatores que influenciam ou interferem nos resultados de uma cooperativa. Parte deles está relacionada com questões internas, de gestão e governança, por exemplo, mas outros têm mais a ver com o ambiente externo. Por isso, é fundamental, antes de tomar qualquer decisão, analisar como anda o cenário econômico, quais são as previsões para o nosso setor e atentar-se às variações no mercado. Buscar a maior quantidade de informações possíveis, prezando pela qualidade de cada uma delas. E é isso que você encontra aqui, no ConexãoCoop: análises e dados estratégicos que vão auxiliar na construção de um olhar crítico para compreender as subjetividades, sem perder o foco na tomada de decisões.

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O que o Censo Demográfico revela sobre as mudanças no perfil do consumidor brasileiro
O Censo Demográfico, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é responsável por contabilizar os habitantes do território nacional, identificando características de como vivem. As informações são utilizadas para o desenvolvimento de políticas públicas municipais, estaduais e federais, e para a tomada de decisão acerca de investimentos - e ainda ajudam a entender o perfil do consumidor brasileiro. Normalmente, a pesquisa acontece a cada dez anos. No entanto, devido à pandemia de Covid-19, o censo, que deveria ser realizado em 2020, atrasou dois anos. Os resultados trazem uma série de insights sobre o perfil do consumidor brasileiro e suas mudanças com o passar dos anos. Quando comparado aos dados de 2010, o Censo Demográfico 2022 evidencia o crescimento da população em 6,45%, indo de 190 milhões para 203 milhões, aproximadamente. Mas, apesar do aumento na quantidade de brasileiros, a taxa de crescimento anual foi a mais baixa da história do país: 0,52%. Esses dados refletem diretamente nas tendências de consumo e no perfil do consumidor brasileiro, influenciando a mudança das estratégias de mercado e das demandas. Vamos entender mais sobre a população brasileira e como ela influencia o consumo? A nova demografia do Brasil Em 12 anos, a demografia brasileira passou por diversas mudanças. Em 2021, o IBGE estimou que a população brasileira chegaria a 213 milhões de habitantes, e em 2022 ajustou a estimativa para 207,7 milhões. Apesar da população não ter atingido a marca especulada pelo órgão, o Censo Demográfico 2022 mostrou outros dados importantes e positivos sobre os brasileiros. Vamos conferir os destaques da pesquisa? Divisão da população: regiões, estados e municípios O aumento da população brasileira aconteceu, majoritariamente, na Região Sudeste, indo de 80 para 84 milhões de habitantes. A Região Sul ficou em segundo lugar, crescendo de 27 para mais de 29 milhões de residentes. Mas quando falamos nas regiões mais populosas, o ranking fica diferente, confira: Região Sudeste: 41,8% Região Nordeste: 26,9% Região Sul: 14,7% Região Norte: 8,5% Região Centro-Oeste: 8% A pesquisa também apontou os estados com mais habitantes. Quem está no topo do pódio é São Paulo, com mais de 44 milhões de residentes. O estado paulista é seguido por Minas Gerais, com 20 milhões, e pelo Rio de Janeiro, com 16 milhões de pessoas. Já o último lugar é ocupado por Roraima, que conta com 636 mil habitantes. Centros urbanos, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Fortaleza, ocupam os quatro primeiros lugares quando o assunto é a quantidade de residentes por município. No entanto, o Censo Demográfico 2022 aponta que 66% dos novos habitantes estão no interior, e não nas capitais e centros urbanos. Domicílios A quantidade de domicílios aumentou, indo de 67 para 90 milhões, aproximadamente, em 12 anos. Junto a isso, o IBGE identificou que a porcentagem de residências com apenas um morador foi de 12,2% para 18,9%. Uma das causas para esse aumento é o envelhecimento da população. Segundo a pesquisa, 29% dos domicílios eram comandados por pessoas com mais de 60 anos. Outra causa para o aumento de lares com uma pessoa é a mudança geracional. Atualmente, adultos não desejam se casar, ou preferem conquistar a independência financeira antes do matrimônio e, por conta disso, vivem sozinhos. Junto com o crescimento dos lares com apenas uma pessoa, temos a diminuição das famílias. Em 2010, o número médio de moradores era de 3,3 pessoas, já em 2022, o indicador caiu para 2,8. Liderança dos lares O Censo Demográfico 2022 também analisou a liderança dos domicílios, ou seja, buscaram saber quem é o responsável por manter o imóvel. A pesquisa apontou que as mulheres ocupam, cada vez mais, posições de chefia nos lares. Em 2022, cerca de 35,6 milhões de brasileiras estavam no comando, o que equivale a 49,1%. Já a porcentagem de homens liderando os domicílios caiu de 61,3% para 50,9%, aproximadamente 36,9 milhões de brasileiros. Crescimento do agronegócio Quando analisada mais detalhadamente, a taxa de crescimento de 0,52% por ano não é dividida igualmente entre as regiões brasileiras. Ao observarmos os dados, vemos que as regiões e os estados com maior crescimento estão ligados ao agronegócio. E quem lidera nesse ramo é o Centro-Oeste, com um crescimento de quase 16%. A população do Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul cresceram, respectivamente, 20,55%, 14,55% e 12,56%. Vale lembrar que o crescimento do agro não beneficia somente as regiões produtoras. Estados e municípios que também fazem parte da cadeia produtiva, seja no processamento, distribuição ou exportação, também se desenvolvem com o protagonismo do agronegócio. O que o Censo de 2022 revela sobre o perfil do consumidor brasileiro Diante de tantas mudanças na demografia, o perfil do consumidor brasileiro foi diretamente afetado. O censo revela uma nova composição etária, famílias menores e um deslocamento do crescimento da população para cidades médias e o avanço do agronegócio. Esse cenário reflete uma transformação nas prioridades de consumo, com maior foco em saúde, habitação compacta e adaptação ao aumento do custo de vida em novas regiões de destaque. Nova pirâmide etária e impacto no mercado de saúde Diante de um envelhecimento populacional, vemos uma mudança na pirâmide etária brasileira. Sua base, composta por crianças e jovens, vai se afinando, enquanto o topo, que consiste na população adulta e idosa, segue aumentando. Com uma nova dinâmica, as prioridades, necessidades e os comportamentos de consumo mudam, inclusive no setor de saúde. Por não necessitarem de procedimentos caros ou fazer consultas com frequência, os jovens subsidiam os idosos. No entanto, com a diminuição dos usuários mais novos e o aumento da expectativa de vida, podemos esperar um encarecimento dos planos de saúde para os mais velhos. A alta nos preços também pode elitizar serviços de qualidade. Organização familiar A organização familiar também sofre mudanças desde 2010. O aumento de moradias com apenas um habitante evidencia uma tendência crescente de lares unipessoais e a formação de famílias menores, como mostrado pelos dados do censo. Esse cenário reflete a influência dos jovens e adultos por fatores econômicos, como aumento do custo de vida, quanto por valores sociais. Diante dessa mudança, é possível observar uma reorganização na oferta de moradias, reforçando a busca por residências mais compactas e bem localizadas. Isso incentiva o mercado imobiliário a investir em apartamentos menores e em configurações de moradia que atendam a novos perfis de consumidores, como jovens solteiros, idosos e pessoas que optam por viver sozinhas. A acessibilidade e a proximidade a serviços essenciais também deve ser fatores considerados. Custo de vida e migração ao interior No entanto, viver em áreas urbanas ou em grandes centros urbanos pode sair mais caro que o esperado. Com o alto preço dos imóveis, serviços e despesas gerais nas capitais, muitas pessoas buscam melhor qualidade de vida e um custo mais acessível em municípios menores. O movimento de êxodo urbano é incentivado e facilitado pelo crescimento de trabalhos remotos ou híbridos, permitindo que os profissionais mantenham seus empregos, enquanto vivem uma vida mais tranquila. Esse fenômeno reflete uma busca por equilíbrio entre qualidade de vida e oportunidades econômicas, tendência cada vez mais visível nos dados populacionais do país. Porém, as cidades médias devem se atentar ao planejamento urbano, tomando as melhores decisões para acomodar a população. Fim do bônus demográfico e aposentadoria O fim do bônus demográfico no Brasil representa um desafio significativo para a previdência social e para o consumo. Com a queda das taxas de natalidade e o envelhecimento populacional, esse período, caracterizado por uma maior proporção de pessoas em idade produtiva, está chegando ao fim. Em um futuro próximo, haverá menos trabalhadores ativos para sustentar um número crescente de aposentados. Esse desequilíbrio pressiona o modelo previdenciário atual, podendo exigir ajustes como aumentos nas contribuições, elevação da idade de aposentadoria, ou outras reformas. Conclusão: conhecendo o novo perfil do consumidor brasileiro Fica claro, portanto, que as mudanças na demografia da população brasileira afetam diretamente o perfil dos consumidores, seja positiva, ou negativamente. É por isso que a sua cooperativa deve estar sempre preparada para mudanças e adequar os produtos e serviços às demandas e necessidades dos consumidores. O Sistema OCB, em parceria com o Instituto Superior de Administração e Economia (ISAE), desenvolveu o estudo Tendências de mercado diante de um novo mundo. O material, que aborda as tendências de mercado e os possíveis cenários que podem surgir, auxilia a sua organização na tomada de decisões. Confira!

Perspectivas econômicas: como se preparar para 2025
O ano de 2025 chega com muitas perspectivas econômicas importantes e desafiadoras. O país vive momento em que o equilíbrio das contas públicas é prioridade, e para isso implementa um pacote de corte de gastos – proposto pelo Executivo e alterado na Câmara e no Senado. A apreensão sobre os gastos públicos gera um clima de incerteza em relação às perspectivas econômicas brasileiras, mesmo que o país venha de dois anos de crescimento acima das projeções das instituições financeiras nacionais. Nesse contexto, a tendência positiva será colocada à prova. A macroeconomia sempre afeta o mundo dos negócios. Desse modo, 2025 promete ser um ano com desafios para o Brasil, e isso pode se refletir em desaceleração econômica. Entenda quais são as principais questões nacionais neste ano e saiba como sua cooperativa pode se preparar. Juros elevados: o que significa? Uma das histórias mais importantes da economia brasileira no fim de 2024 continuará a ser ponto de atenção em 2025. A Selic, a taxa básica de juros da economia nacional, foi elevada pelo Banco Central pela terceira vez consecutiva (chegando a 12,25%). A instituição indicou que deve aumentá-la ainda mais no futuro próximo. Segundo a edição de 24 de janeiro do Boletim Focus, pesquisa promovida pelo Banco Central que afere as projeções de mais de 100 instituições financeiras, o mercado prevê que a Selic feche 2025 em 15% ao ano. Se concretizado, este seria o maior valor desde 2006. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central pela sucessiva elevação da taxa Selic tem como objetivo manter a inflação brasileira sob controle, próxima da meta de 3%. O outro lado da moeda é que a alta na taxa de juros pode frear o crescimento da economia nacional. A taxa básica de juros também exerce impacto sobre as dívidas governamentais. Segundo cálculo do Banco Central, a cada ponto percentual que a Selic cresce, a dívida líquida do setor público sobe em R$ 55,2 bilhões. Impacto sobre o cooperativismo de crédito A elevação da taxa básica de juros é utilizada por autoridades econômicas para controlar a inflação. A lógica por trás disso é que os juros mais altos encarecem o custo de se tomar empréstimos, desestimulando a atividade e controlando preços na economia como um todo. Se menos empréstimos forem concedidos devido às condições pouco favoráveis, isso significa um problema para o cooperativismo de crédito. As operações de crédito correspondem a 54% dos ativos totais do setor – segundo os dados mais recentes, relativos a 2023. Assim sendo, elas representam uma razão importante para o crescimento em ritmo superior ao restante do Sistema Financeiro Nacional. O cooperativismo já tem como marca ser mais flexível que as instituições financeiras tradicionais nas concessões de crédito. O risco de inadimplência está se materializando, e o índice de ativos problemáticos apresentou curva ascendente entre 2021 e 2023, chegando a 5,9%. A elevação na taxa básica de juros aumenta ainda mais este risco. Busca por inflação controlada Indicador econômico palpável na vida e no bolso de qualquer brasileiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2024 em 4,83%, acima dos 4,5% estabelecidos como teto da meta governamental. A partir deste ano, o cálculo da inflação será feito a partir de uma meta contínua. Ou seja, ao fim de cada mês a inflação acumulada em 12 meses será avaliada em relação à meta – que segue de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Se o IPCA permanecer fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, a meta será considerada descumprida, e o Banco Central terá de se explicar publicamente. O mercado nacional demonstra pessimismo em relação à capacidade de controle sob a inflação. As projeções do Boletim Focus sobre o IPCA aumentaram em 14 semanas consecutivas. Na edição de 24 de janeiro, as instituições financeiras preveem que o índice fechará 2025 em 5,50%. O número é ainda maior que o registrado em 2024, e 1,0 ponto percentual acima do teto da meta. Entretanto, as projeções das instituições financeiras nem sempre são perfeitamente adequadas à realidade. Os bancos entraram em 2024 prevendo que o IPCA permaneceria dentro da meta, em 4,47% – o que não aconteceu. E para 2023 o prognóstico era pessimista – 5,62% –, mas este foi o único ano de 2021 em diante no qual a meta foi cumprida. O Fundo Monetário Internacional (FMI) é menos pessimista que o mercado financeiro nacional em relação às projeções da inflação brasileira. A instituição prevê que a variação nos preços de consumo será de 3,6% em 2025. Pressão sobre os preços A inflação é um indicador econômico de impacto fácil de visualizar no dia a dia. Afinal, ela impacta os preços de tudo que você irá consumir, incluindo itens essenciais como alimentos e bebidas. Quanto mais o IPCA cresce, menor é o poder de compra da população, tendo em vista que os aumentos salariais não acompanham o custo de vida. Se a inflação seguir as projeções do mercado financeiro e permanecer acima da meta, isso se refletirá em problemas para negócios de diferentes setores. Nesse cenário, as cooperativas terão de lidar com a alta nos custos operacionais, o que pressiona os preços de comercialização. Dólar manterá disparada? Outra história da economia brasileira teve capítulos importantes no final de 2024: a desvalorização cambial do real em relação ao dólar. Após o Governo anunciar seu pacote de corte de gastos em novembro do ano passado, a moeda norte-americana disparou e atingiu o patamar de R$ 6 pela primeira vez na história. As projeções de mercado indicam que a alta histórica verificada no fim de 2024 não será um período de exceção, e sim algo próximo do ‘novo normal’. O Boletim Focus prevê que o dólar fechará 2025 no mesmo patamar de R$ 6, e que este número deve permanecer estável em 2026. A desvalorização do real em relação à moeda norte-americana acelerou devido à reação do mercado ao pacote brasileiro de corte de gastos. Também há fatores externos, como a expectativa sobre a postura do recém-empossado presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele promete uma política protecionista e a elevação às tarifas de importação, o que tem potencial de fortalecer o dólar. O grau dessas medidas, entretanto, ainda é incerto. Trump não incorporou as tarifas de importação ao seu primeiro pacote de ordens executivas, prometendo implementá-las somente em fevereiro. O discurso inicial era que produtos chineses seriam taxados em 60%. Porém, após a posse, o presidente norte-americano já falou em tarifa de 10%. Como o dólar impacta a economia brasileira Dólar, inflação e juros são três indicadores econômicos que estão altamente correlacionados. A alta da moeda norte-americana afeta diretamente os valores de importação, e, consequentemente, pressiona os custos de produção. No futuro, isso se refletirá em alta nos preços de comercialização, elevando o IPCA. A resposta do Banco Central nesses casos costuma ser a elevação da taxa de juros. É exatamente neste ciclo que o Brasil pode estar em 2025. Algumas cooperativas, todavia, podem se beneficiar com a desvalorização cambial. Esta tendência resulta no crescimento do preço das commodities, gerando possibilidade de maiores ganhos no ramo agropecuário com exportação, por exemplo. O problema é que os altos valores também se refletem no mercado nacional. O momento de alta do dólar reforça a necessidade de as cooperativas adotarem medidas de hedge cambial em transações internacionais. O hedge é um instrumento para minimizar riscos, no qual o valor de um ativo – nesse caso, o dólar – é fixado. Ele pode ser aplicado em contratos de compra e venda e no investimento em fundos cambiais. Brasil com números de empregabilidade históricos Em contrapartida às preocupações com inflação, juros e dólar, a economia brasileira carrega indicadores fortes e positivos para sua população. O principal deles é a empregabilidade. Segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativos ao trimestre entre setembro e novembro de 2024, a taxa de desocupação é de 6,1%, o menor número desde o início da série histórica, em 2012. A redução na taxa de desemprego, que chegou a 14,9% durante a pandemia de Covid-19, sinaliza uma recuperação da economia brasileira. Se grande parcela da população continuar empregada, o consumo tende a se manter estável - o que é um alento em meio às incertezas econômicas que pairam sobre 2025. Apesar de benéfica à população, a redução na taxa de desocupação pode gerar pressão sobre a economia. O aumento na demanda por bens e serviços tende a elevar os preços, o que culmina em crescimento na inflação. Assim sendo, o Banco Central intervém através da taxa básica de juros, freando o progresso econômico atual em prol de maior estabilidade no futuro. O PIB pode superar expectativas de novo? Influenciado por todos esses fatores já abordados, o resultado da atividade econômica nacional culmina em um número: o Produto Interno Bruto, o famoso PIB. Os números completos sobre o ano de 2024 só serão divulgados em março, mas os resultados prévios mostram que a economia brasileira rendeu acima do esperado no período. O PIB brasileiro cresceu 3,3% nos três primeiros trimestres de 2024 em comparação ao mesmo recorte de 2023. O Fundo Monetário Internacional projeta que a variação positiva do ano completo será de 3,7%. Entre janeiro e setembro, a evolução econômica foi impulsionada pelos setores de Indústria (3,5%) e Serviços (3,8%). A valorização do PIB nacional ocorreu apesar da desconfiança das instituições financeiras. O segundo Relatório Focus de 2024 previa crescimento de apenas 1,59% ao longo do ano, menos da metade do valor registrado em três trimestres. O Brasil também superou as expectativas do mercado em 2023, registrando variação de 3,2% no PIB, contra projeção de 0,78%. Projeções do PIB para 2025 Casos recentes mostram que as projeções econômicas nem sempre são altamente precisas e condizentes com a realidade, mas elas são importantes para medir o nível de confiança de mercados nacionais e internacionais sobre a economia brasileira. O clima para 2025 não é dos mais otimistas: a expectativa é de desaceleração econômica. Na edição de 24 de janeiro, o Relatório Focus projeta que o PIB crescerá 2,06% – a previsão vem crescendo em ritmo tímido durante o início deste ano. Já o FMI tem expectativas similares e projeta alta de 2,2%. Se o produto nacional estiver neste patamar ao final de 2025, será a menor variação positiva desde 2020. Apesar do cenário de incertezas, espera-se que a agropecuária volte a crescer em 2025 e diminua o ritmo da retração geral. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta safra recorde em 2024/25, com produção de 322,47 milhões de toneladas. Já a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), por sua vez, espera aumento de até 5% no PIB do agronegócio. Como se preparar diante das perspectivas econômicas para 2025 As dúvidas acerca dos principais elementos da macroeconomia brasileira indicam que 2025 será um ano desafiador. O crescimento dos últimos anos será posto à prova, assim como a capacidade governamental de equilibrar as contas públicas enquanto promove o desenvolvimento socioeconômico. Não se espera que os problemas alcancem o status de uma crise econômica, mas a desaceleração parece iminente. As cooperativas, portanto, precisam estar prontas para esse cenário. Monitorar a Selic pode ajudar a economizar. Avalie se as alterações na taxa básica de juros impactam as dívidas já contraídas e planeje-se para cumprir com as novas pendências. Acompanhe o noticiário sobre as reuniões do Copom, e utilize as informações disponíveis para realizar operações de crédito no momento mais apropriado. Em momentos de recessão, gerenciar recursos de maneira inteligente torna-se ainda mais importante. Se a sua cooperativa ainda não se beneficia de análises de dados, aproveite para mudar isso em 2025. Implementar uma cultura data driven demanda recursos, mas os gastos se converterão em resultados com o passar do tempo. A organização terá informações concretas para identificar desperdícios, aprimorar processos e tomar decisões assertivas. Ano de inovação Outro ponto essencial para nunca perder de vista, principalmente em contextos adversos, é que inovar é um caminho sustentável para obter resultados. Não encare a inovação como uma prática secundária, que deixa de receber recursos em momentos de austeridade. Quando a demanda por produtos ou serviços cai devido ao contexto macroeconômico, quem se destaca são as organizações que oferecem algo diferente. Inovar te prepara para o futuro e cria vantagens competitivas essenciais em tempos de crise. Mas não se esqueça de inovar com propósito e conhecimento do mercado. Os passos devem ser muito bem avaliados em momentos de instabilidade. Ao planejar a gestão de riscos da sua cooperativa, analise o contexto macroeconômico. Entenda se este é o momento adequado para executar suas estratégias e fique atento às janelas de oportunidades. Conclusão: de olho nas perspectivas econômicas O ano de 2025 será desafiador para a macroeconomia brasileira. A conexão entre inflação, juros e dólar alto pode culminar em desaceleração do crescimento nacional. Diante desse cenário, é essencial que sua cooperativa se prepare para lidar com as adversidades externas. Aumente a competitividade de sua organização com o e-book “Como elaborar um plano de negócios para sua cooperativa”, do NegóciosCoop! Aprenda como pesquisas de mercado, análises mercadológicas, estratégia de marketing e outros conceitos podem ajudar na elaboração de um plano de negócios.

Perfil empreendedor: conheça as principais características
Empreendedorismo e cooperativismo têm tudo a ver. A estrutura bem definida das cooperativas pode ser um alicerce para um ambiente de ideias inovadoras e para o surgimento de soluções à frente do mercado. Por isso, cooperados e dirigentes podem - e devem - ser empreendedores! Ter um perfil empreendedor é um grande trunfo nos negócios. Seja iniciando sua própria cooperativa em conjunto com outras pessoas ou colaborando com ideias para uma organização já estabelecida, indivíduos com perfil empreendedor agregam muito para a perenização e a competitividade das cooperativas. Mas o que constitui um perfil empreendedor? Confira neste texto as principais características desejáveis e fundamentais para quem deseja empreender, no cooperativismo ou em qualquer tipo de negócio. 8 características do perfil empreendedor O perfil empreendedor é composto por uma série de características importantes para identificar oportunidades de negócios, inovar e, sobretudo, agir - mas com planejamento. Confira essas oito habilidades que compõem o perfil empreendedor! 1. Iniciativa Ter boas ideias é elementar para qualquer empreendedor, porém mais importante que isso é colocá-las em prática. De nada adianta pensar em um negócio inovador ou em uma solução adequada ao mercado, mas guardar esse plano no mundo das intenções e não materializar seu possível impacto. Iniciativa também está relacionada à constante busca por compreender o mercado no qual sua cooperativa está inserida ou deseja atuar. Um olhar atento e consistente ajuda na identificação de oportunidades em nichos inexplorados. 2. Visão Algo que parece intangível, mas não é nada abstrato. Uma pessoa com visão empreendedora é alguém que pode transformar qualquer boa ideia em um negócio, é capaz de agir com rapidez e sempre parece à frente do restante do mercado. A visão empreendedora ajuda a encontrar e destacar o diferencial de seu produto, serviço ou experiência em relação à concorrência. Não necessariamente toda ideia traz algo totalmente novo, mas ela precisa carregar consigo distinções que a tornem única. Uma visão apurada é capaz de trabalhar em cima disso, muitas vezes promovendo ajustes no projeto antes de ele chegar ao mercado. 3. Planejamento Executar ideias e enxergar o mercado é importante, mas nada disso vai para a frente sem planejamento. Uma pessoa com perfil empreendedor precisa ser organizada, calcular gastos e riscos e gerenciar a própria rotina. É preciso encarar as questões com perspectiva abrangente, atenta a todos os aspectos do seu negócio. Planejar-se é fundamental para qualquer pessoa em posição de liderança: é a munição necessária para colocar qualquer projeto em prática e lidar com adversidades e crises. 4. Persistência Muitas vezes, uma pessoa com visão, iniciativa e planejamento empreende, mas não obtém o sucesso esperado. O mundo dos negócios é altamente competitivo e diferentes fatores podem causar falhas. Entretanto, alguém com perfil empreendedor não desiste nesse momento. A persistência é fundamental para qualquer empreendedor. Quem pretende transformar suas ideias em negócios precisa lidar com dificuldades – cedo ou tarde elas virão – e aprender com elas, transformando erros do passado em lições para um futuro próspero. Diante de problemas, uma pessoa com perfil empreendedor busca soluções, utilizando seu repertório de mercado, sua visão e seu planejamento. É necessário ter comprometimento ao resolver as questões e não prometer aquilo que não se pode cumprir. 5. Autoconfiança Empreender exige diferentes tipos de interação: com colaboradores, outros cooperados, parceiros, potenciais clientes. Para lidar com tantas demandas diferentes, é preciso desenvolver a habilidade da autoconfiança. A autoconfiança é fundamental na hora de transmitir opiniões. Apresentar seus argumentos com clareza e segurança atribui credibilidade ao que é falado. Isso é especialmente importante no modelo de gestão cooperativista, no qual a interação entre diferentes pessoas constrói uma gestão verdadeiramente democrática e de impacto social. Ser autoconfiante ajuda na construção de networking. Uma pessoa com essa competência possui mais facilidade para se aproximar de clientes, trocar informações com colegas de mercado e construir uma rede de relacionamentos que pode beneficiar seu empreendimento. 6. Liderança Característica associada aos comandantes de grandes empresas mercantis, a liderança também é necessária para um empreendedor. Ser um bom líder torna-se cada vez mais importante à medida que o empreendimento cresce e agrega mais colaboradores e cooperados. Liderar é diferente de ser um chefe. Um bom líder é capaz de se conectar com seus liderados, interagindo com empatia nessas relações. A partir disso, pode motivá-los e conduzir sua cooperativa ao sucesso, disseminando um objetivo comum entre todas as partes. Liderar também não é trazer todas as responsabilidades para si. Isso pode ser necessário por vezes, quando se trata de um micro ou pequeno empreendimento. Mas, especialmente ao se tratar de uma cooperativa, é necessário saber delegar e confiar no trabalho de sua equipe, o que é mais fácil quando há uma cultura corporativa na qual todos estão inseridos. 7. Capacitação Não é por que você alcançou sucesso como empreendedor que deve ficar parado e apostar sempre nas mesmas fórmulas. Uma pessoa com perfil empreendedor sabe que precisa estar em processo constante de aprendizado. Há diversas alternativas, como cursos de especialização e conteúdos multimídias, para se inteirar sobre novidades no ambiente de mercado, administração e liderança. Estudar ajuda na evolução em todas as características mencionadas do perfil empreendedor. Diante de um mundo cada vez mais tecnológico e em constante evolução, é necessário estar sempre disposto a aprender. Métodos e práticas atualizadas contribuem para posicionar seu negócio um passo à frente da concorrência. Para seguir aprendendo temas importantes para gerir a sua cooperativa, confira os cursos do NegóciosCoop! 8. Foco em resultados Outra característica marcante de uma pessoa com perfil empreendedor é analisar seu negócio de maneira racional e objetiva. Esse tipo de líder não se apega a ideias que em sua mente são ótimas, mas não são capazes de materializar resultados positivos sem ajustes. É importante para um empreendedor estar disposto a correr riscos, mas as decisões “fora da caixa” precisam ser baseadas em elementos palpáveis. Projetos que não se convertem em resultados dentro do prazo esperado precisam de alterações. Analisar relatórios, métricas e projeções de mercado é um caminho para tomar decisões embasadas. Conclusão: construindo o perfil empreendedor São diversas as características que constituem um perfil empreendedor. Fica evidente que, por mais que uma pessoa tenha aptidão “natural” para os negócios, ela não vai conseguir sucesso sustentável sem praticar e evoluir constantemente nessas competências. Com boas ideias e vontade de aprender, é possível se desenvolver como empreendedor. O papel de um líder está em transformação, e é fundamental entender esse processo para adequar seu modo de gestão e sua cooperativa à modernidade. Para isso, leia este artigo que preparamos com as as sete características essenciais do líder moderno!

5 tendências para aumentar suas vendas no e-commerce
Não é segredo que vivemos uma era de revolução digital. O acesso cada vez mais facilitado à internet mudou a forma como nos comunicamos, nos informamos e consumimos. O momento é de constante transformação não somente para a humanidade, como também para os negócios, que apostam cada vez mais no e-commerce. Por isso, ter presença digital é fundamental para qualquer organização na atualidade. De acordo com pesquisa da Opinion Box em parceria com a Octadesk, 88% dos consumidores fazem compras online ao menos uma vez por mês, mostrando que o hábito já faz parte da rotina do brasileiro. Se a sua cooperativa tem um e-commerce mas ainda não obtém resultados expressivos, ou não possui uma presença digital significativa, chegou a hora de mudar isso. Conheça cinco tendências e formas de impulsionar suas vendas virtuais. 1. O brasileiro prefere acessar a internet pelo celular Usar smartphones já é mais do que um hábito consolidado para os brasileiros, é uma prioridade. De acordo com a mais recente edição do Relatório Setores E-commerce no Brasil, elaborado pela Conversion, 75,4% dos acessos a comércios virtuais ocorreram pelo celular, sendo 53,3% via navegador mobile. O dado demonstra a força dos smartphones no cenário virtual. Entretanto, esse número isolado não pode orientar todas as decisões para sua cooperativa. É necessário entender a situação de seu mercado de atuação. No ramo de educação, livros e papelaria, por exemplo, o acesso via desktop ainda prevalece (54,4%), de acordo com o mesmo relatório. Já o setor de comidas e bebidas é um dos poucos no qual a alternativa de uso mais comum são os aplicativos (41,2%). E-commerce no mobile Independentemente do nicho de atuação, fato é que o acesso via celular precisa ser levado em consideração atualmente na hora de montar ou aprimorar seu e-commerce. Por isso, é importante investir em uma interface amigável e responsiva – que adapta suas páginas e seus layouts ao tamanho da tela no qual está sendo executada, seja computador, tablet ou smartphone. O mercado percebeu a importância de montar páginas responsivas. Segundo o estudo Perfil do E-Commerce Brasileiro 2024, feito pela BigDataCorp, o índice de e-commerces adaptáveis às diferentes telas saiu de 24,2% em 2017 para 87,54% em 2023, ressaltando os avanços tecnológicos dos últimos anos. 2. SEO: como fazer seu e-commerce ser mais procurado Um aspecto fundamental para qualquer página que deseje chegar a mais pessoas através de mecanismos de busca (principalmente o Google) é o SEO, sigla em inglês para “otimização para motores de pesquisa”. Entender a utilidade e as boas práticas é essencial para melhorar o ranqueamento de seu site. Algo elementar na listagem de qualquer site nos mecanismos de busca é proporcionar uma boa experiência para o usuário. O Google não expõe publicamente todos os critérios de ranqueamento. Entretanto, sabe-se que aspectos como carregamento rápido, responsividade, título e meta-descrição, tags, URL, quantidade e qualidade de backlinks (links que levam a outros sites) e buscas diretas são levados em consideração. Se a estrutura de seu e-commerce já está montada e contempla algumas dessas boas práticas de SEO, uma forma de elevar seus resultados é definindo palavras-chave. Estas são termos e frases que os usuários digitam na hora de buscar mais informações sobre um assunto. Caminhos para ser encontrado Ao escolher as palavras-chave, é importante pensar em termos condizentes àquilo que o seu comércio entrega, o que impulsionará uma melhor taxa de conversão de cliques. Essas palavras ou frases precisam ser exploradas em cada página, mas não é necessário escrevê-las de forma excessivamente repetitiva ou antinatural – mecanismos como o Google têm inteligência para compreender qual o assunto de cada webpage. Direcionar esforços a SEO é uma maneira sustentável de expandir o alcance de seu e-commerce. Há vias mais rápidas, como o pagamento por buscas patrocinadas. Entretanto, o consumidor prioriza lojas com crescimento natural. Segundo a Conversion, 77% dos brasileiros confiam mais em resultados de busca orgânica do que em links patrocinados – que compõem uma estratégia de marketing frutífera, mas devem ser utilizados de forma complementar. A busca orgânica é o segundo canal de tráfego mais prevalente para e-commerces no Brasil, com 26,5% – o primeiro é o acesso direto à loja, com 50,3%. Isso denota como é importante impulsionar práticas de SEO em seu site. 3. Marketing digital: a presença de seu e-commerce nas redes As redes sociais fazem parte da rotina do brasileiro. Segundo a pesquisa “Brazil Consumer Expectations of Mobile App Security”, elaborada pela Appdome com a Open Worldwide Application Security Project, o segmento de aplicativos mais popular no país é justamente o de redes sociais e relacionamento. Portanto, se tantos potenciais clientes estão lá, é essencial que seu e-commerce também se faça presente. Uma forma de tornar sua cooperativa mais conhecida nas redes é através de conteúdos patrocinados. Investir em redes sociais ajuda não somente no alcance, como também no melhor conhecimento sobre seu público. Com informações sobre os usuários que clicam em seus anúncios, é possível traçar um perfil detalhado de quem são os clientes e elaborar estratégias de marketing a partir disso. A pesquisa da BigDataCorp aponta que 75,67% dos e-commerces brasileiros têm um ou mais perfis em redes sociais, número que vem em ascensão desde 2019. Social commerce As redes sociais também são um meio de troca de informações sobre produtos e serviços. De acordo com a Opinion Box, 66% dos consumidores afirmam realizar pesquisas nesses espaços antes de realizar uma compra. O Instagram se destaca nesse comportamento, com 72%. O perfil de seu e-commerce pode ser uma plataforma para divulgação de reviews de consumidores. Tal estratégia funciona como um “marketing boca a boca” virtual, atribuindo credibilidade à sua loja. Produzir conteúdos originais para redes é outro caminho de crescimento de marca. Posts relevantes podem gerar engajamento e chegar a mais usuários de forma orgânica, aumentando a base de seu perfil e, consequentemente, de seu e-commerce. 4. A importância da experiência do usuário no e-commerce A necessidade de montar uma página rápida e responsiva já foi mencionada neste texto durante as seções sobre a preponderância do celular e sobre SEO. Entretanto, nunca é demais destacar: a experiência do usuário é decisiva para o crescimento de seu e-commerce. Ela começa com um site amigável. A navegação na loja virtual deve ser simples, com categorizações e descrições de produtos que sejam fáceis de compreender. O processo de compra, da busca ao checkout, precisa ser otimizado, a fim de minimizar desistências. Outra parte fundamental na experiência do consumidor é o atendimento. Preocupe-se em responder o cliente de maneira rápida e eficiente, fornecendo diversos canais para tratar de dúvidas ou reclamações. O WhatsApp, aplicativo mais baixado no Brasil segundo a Opinion Box, é uma alternativa de comunicação simplificada. Transformar um potencial cliente em um comprador na sua loja é uma longa jornada. Entretanto, há outra jornada tão importante quanto: a fidelização. E, para alcançar esse objetivo, deve-se proporcionar uma experiência amigável ao consumidor. 5. Explore ferramentas do Google Sabe-se que o Google é o principal mecanismo de buscas virtuais no mundo. Entretanto, a marca vai muito além disso. A big tech fornece diversas ferramentas que podem ajudar seu comércio a impactar mais usuários. Uma delas é o Google Ads. O serviço permite que você crie e customize anúncios pagos para sua cooperativa, destacando-a no próprio site do Google ou em outras plataformas, como YouTube e Google Play. Também é possível traçar metas e analisar resultados dentro dessa ferramenta. Outra possibilidade é o Google Analytics. Lá é oferecida uma visão detalhada sobre o desempenho do seu site, com informações sobre tráfego, comportamento dos visitantes, entre outras. Esses dados ajudam no aperfeiçoamento de sua estratégia digital. Para saber como seu site está ranqueado nas buscas, recorra ao Google Search Console. Essa ferramenta permite que você envie sua webpage ao Google, caso ela ainda não tenha sido rastreada, e alerta sobre problemas de SEO. Conclusão A revolução digital segue em curso, mas seus impactos já são evidentes para qualquer cooperativa. A presença digital é um fator no mundo dos negócios na atualidade. Fazer seu e-commerce crescer é uma tarefa fundamental para alcançá-la, e isso é possível através de boas práticas, conhecimento do mercado e investimento em aspectos técnicos do site. Por mais que vivamos em um mundo digital, isso não quer dizer que todo o mercado esteja realmente inserido nesse movimento. Segundo levantamento da Data-Makers em parceria com a CDN, 77% dos negócios brasileiros não têm cultura de inovação. A pesquisa mostra ainda que 62% dos líderes se declaram despreparados para lidar com as transformações tecnológicas. Apostar na otimização de seu e-commerce é uma forma de quebrar essa tendência. Faça você a diferença para sua cooperativa, adeque sua loja virtual às diferentes demandas contemporâneas, monitore as tendências de mercado e alavanque as vendas! E para se aprofundar no tema, confira nosso e-book sobre como vender pela internet!

Por que sua cooperativa deveria ter um relatório de sustentabilidade
Em meio à agenda ESG, a sustentabilidade se tornou um fator de competitividade para os negócios. No entanto, os consumidores não se satisfazem apenas com comunicação: é preciso mostrar que a cooperativa leva a sustentabilidade a sério. Portanto, produzir um relatório de sustentabilidade é uma solução para divulgar suas atitudes ESG. Um relatório de sustentabilidade é um documento no qual empresas comunicam ao público seu desempenho em aspectos ambientais, sociais e de governança. É outra forma mais abrangente de prestação de contas, separada dos tradicionais balanços financeiros. A produção de um relatório de sustentabilidade não é obrigatória. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou em outubro de 2023 a Resolução 193, documento que inclui diretrizes para as organizações que, de forma voluntária, decidirem levar a público suas medidas ESG. As normas são baseadas no padrão internacional emitido pelo International Sustainability Standards Board (ISSB). Na União Europeia, os relatórios de sustentabilidade tornaram-se obrigatórios a partir deste ano. O bloco econômico adotou as diretrizes estabelecidas pelo European Sustainability Reporting Standards (ESRS). Elas são similares às da ISSB, com o intuito de evitar que grandes empresas europeias precisem elaborar documentos diferentes para divulgação em outras partes do planeta. Se no Brasil ainda não há obrigatoriedade de divulgar este balanço, por que então investir recursos em sua produção? Vamos conferir neste artigo. Boa leitura! 4 motivos para sua cooperativa fazer um relatório de sustentabilidade Produzir um relatório de sustentabilidade é uma ótima maneira de comunicar, aprimorar e amadurecer iniciativas ESG. Veja quatro razões para sua cooperativa fazê-lo! 1. Melhorar a própria gestão Um relatório de sustentabilidade pode ser uma ferramenta para a cooperativa melhorar sua própria gestão. Com informações sobre impacto ambiental, respeito às normas trabalhistas, ações de inclusão e outros em mãos, a cooperativa pode tomar medidas para melhorar sua eficiência operacional. Outro ponto nesse sentido é que os relatórios de sustentabilidade amplificam a compreensão acerca dos riscos e das oportunidades de mercado. Assim, a cooperativa consegue se posicionar de forma proativa diante de novas regulamentações socioambientais, tendências e desejos de seu público. Com mais detalhes, é possível traçar estratégias mais precisas. 2. Acesso a capital e mercados Não são apenas os consumidores que avaliam o impacto ESG de empresas para tomar decisões. Os investidores levam em consideração aspectos ambientais, sociais e de governança ao alocar recursos, especialmente aqueles que buscam ganhos estruturados e a longo prazo. Dessa forma, um relatório de sustentabilidade informativo e adepto às normas internacionais pode atrair capital à cooperativa. Outra forma de captação de recursos é atuar em mercados internacionais, e aí está mais um motivo para que sua cooperativa invista na produção de um relatório de sustentabilidade. É bem verdade que o documento ainda é elaborado de forma voluntária no Brasil. Todavia, a obrigatoriedade já chegou à União Europeia, e a tendência é que mais blocos e países implementem suas próprias regras ao longo dos próximos anos. À medida que países discutem medidas para frear o avanço do aquecimento global e a crise climática no planeta, a expectativa é que as nações avancem, por exemplo, na regulamentação de emissões de gases do efeito estufa. Conhecer previamente a pegada de carbono de sua cooperativa permitirá um plano de ação e poderá evitar a perda de atuação em mercados internacionais. 3. Aspecto social Como já indicado anteriormente neste texto, um relatório de sustentabilidade não é composto somente com dados ambientais da cooperativa. O documento também mensura os desempenhos social e de governança da organização. Em relação ao aspecto social, é daí que vem o “S” da sigla ESG. Ele diz respeito à aderência da organização aos direitos humanos e trabalhistas, além de iniciativas voluntárias para promover equidade e diversidade em âmbitos como gênero, raça e orientação sexual. Também se refere ao envolvimento com a comunidade, conexão direta ao sétimo princípio do cooperativismo. Uma organização com indicadores positivos no âmbito social mostrará ao mercado que está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, as ODS. As 17 diretrizes estabelecidas pela organização são um apelo à comunidade internacional em prol de paz, prosperidade e proteção ao meio ambiente. Há na lista pontos que podem guiar as iniciativas sociais de uma cooperativa, como o 5º (igualdade de gênero) e o 8º (trabalho decente e crescimento econômico). 4. Reputação e transparência Outro motivo pelo qual produzir um relatório de sustentabilidade pode ser positivo para sua cooperativa é a reputação. Estabelecer publicamente a imagem de uma organização preocupada e com ações efetivas em direção à agenda ESG aproxima-a até de outros objetivos já mencionados, como melhorar a governança e atrair investidores. Realizar prestação de contas com informações verificáveis ajuda a estabelecer um ambiente de transparência na cooperativa, tanto internamente quanto para os stakeholders. É necessário que o relatório passe por uma revisão apurada antes de ser publicado, sendo submetido inclusive a auditoria externa. Um relatório de sustentabilidade bem redigido e com indicadores positivos é uma forma de comunicar aos stakeholders os ideais que regem as ações da cooperativa. Como em qualquer processo comunicativo, a emissão pode gerar uma resposta: o feedback interno e externo pode trazer sugestões importantes para melhorias, ajudando na construção de marca de uma cooperativa ambientalmente e socialmente sustentável. Conclusão: a importância de redigir um relatório de sustentabilidade Hoje, a sustentabilidade é um elemento essencial para garantir a perenização dos negócios. No entanto, não basta apenas ficar no discurso: é importante mostrar as iniciativas sustentáveis com transparência. O relatório de sustentabilidade, dessa forma, é uma ferramenta para consolidar e divulgar a adesão da cooperativa à agenda ESG. Caso você não saiba por onde começar, o InovaCoop está aqui para te ajudar! Confira o e-book “Guia Prático: Como relatar práticas de inovação nos relatórios de sustentabilidade”, repleto de dicas e lições sobre a produção desse tipo de documento.

Sua cooperativa depende de poucos clientes? Entenda os riscos e veja soluções
Uma relação comercial de sucesso tende a crescer, no entanto, se acomodar com clientes frequentes pode ser um grande perigo para as organizações. As cooperativas podem acabar se dedicando demasiadamente a um ou poucos clientes. Esse cenário pode representar uma armadilha perigosa para os negócios - e é importante saber os caminhos para não cair nela. A saúde financeira e a perenização da cooperativa ficam fragilizadas quando há a dependência de poucos clientes. Neste artigo, portanto, vamos conhecer os principais riscos de depender de poucos clientes e veremos caminhos para mudar isso! Boa leitura! Os perigos de ter um ou poucos clientes A dependência de poucos clientes pode até parecer vantajosa, já que oferece estabilidade e previsibilidade de resultados. Entretanto, essa situação, a longo prazo, é muito perigosa, já que apresenta riscos significativos para o crescimento e desenvolvimento da cooperativa. Além de ficarem vulneráveis, as cooperativas podem perder o poder de negociação e ter a reputação impactada. Confira, a seguir, quais são os riscos de se ter um ou poucos clientes. Impacto da inadimplência A inadimplência consiste no não cumprimento de uma obrigação financeira em um prazo pré-definido entre duas partes, o contratante e o contratado. Nesse caso, as cooperativas assumem o papel de contratadas e oferecem seus produtos e serviços para outras organizações. No entanto, as cooperativas precisam se atentar ao risco de inadimplência, principalmente se tiverem uma rede pequena de clientes. Esse comportamento pode comprometer os resultados da cooperativa, a remuneração dos fornecedores e colaboradores, além de reduzir a capacidade de focar e investir em projetos inovadores. Qualquer taxa de inadimplência é perigosa, porém, organizações que possuem poucos clientes estão mais suscetíveis a serem impactadas. Vulnerabilidade à perda de clientes Depender exclusivamente de uma pequena quantidade de clientes pode deixar sua cooperativa vulnerável. A perda de um cliente desestabiliza a organização, resultando em quedas nos resultados e dificuldade para manter o trabalho eficiente. A organização também não pode esquecer da concorrência, afinal, seus clientes podem trocar de fornecedores, deixando uma lacuna na receita. Menor poder de barganha Com poucos clientes, o poder de barganha da cooperativa é menor, e o dos consumidores, maior. Quando os clientes possuem vantagem na barganha, eles podem pressionar os fornecedores a reduzirem os preços e fazer outros tipos de exigência para a continuidade da relação comercial. Ao ter uma quantidade reduzida de consumidores, a cooperativa acaba refém desses pedidos. Isso porque, se não acatarem o que foi solicitado, podem perder seus clientes para concorrentes. Impacto na reputação A queda na reputação também é um perigo para cooperativas com poucos clientes. A perda de um cliente importante ou dificuldades financeiras decorrentes da dependência de poucos clientes podem afetar negativamente a reputação da cooperativa, dificultando a atração de novos clientes e parceiros de negócios. Para evitar esse problema, confira o material do InovaCoop sobre o papel da liderança na reputação e imagem da cooperativa! Suscetibilidade a mudanças de mercado e concentração de risco setorial O mercado está em constante mudança - e essa oscilação pode ser um perigo para as organizações com uma pequena carteira de clientes. Com poucos clientes, a cooperativa não tem muita diversificação e, durante mudanças rápidas, a organização é impactada diretamente. Essa falta de diversidade também cria riscos setoriais, já que crises em um único setor podem reduzir a demanda, afetando diretamente os negócios. Dicas para deixar de depender de um ou poucos clientes Para que a sua cooperativa saia da incerteza e evite os riscos de ter um ou poucos clientes, é necessário fazer certas mudanças. Além de buscar a diversificação da carteira de clientes, os cooperados e colaboradores devem se atentar aos resultados e colocar em prática novas estratégias. Junto a isso, é interessante repensar a cultura interna da cooperativa e incentivar novos costumes e comportamentos. Só assim a organização se afasta dos perigos de ter poucos clientes. Entenda, em detalhes, como a sua cooperativa pode deixar de depender de uma rede pequena de clientes e prosperar! Prospecte para diversificar a carteira de clientes Não é sempre que os clientes vão até você buscando uma solução para um problema. Por vezes, é necessário prospectar leads, oferecendo soluções que resolvam as dores evidenciadas. Para isso, é interessante participar de eventos, como feiras e missões. Outra opção interessante são as rodadas de negócios, que criam um ambiente propício para a troca de ideias, contatos e propostas. Vale pontuar que a diversificação da carteira deve ser feita com cautela, buscando clientes que possam se beneficiar com os serviços e produtos oferecidos. Repense a cultura da cooperativa Mas, nem sempre a prospecção é suficiente para aumentar o número de clientes. Outra opção para aumentar a carteira é fazer algumas mudanças internas na cooperativa, como a criação de novos produtos e serviços. A gerência também pode promover mudanças na cultura da organização e alterações na forma que a equipe de vendas aborda os possíveis clientes. É nesse momento que a cooperativa deve aproveitar a tecnologia e agilizar processos, enquanto explora novos mercados. Revise os resultados periodicamente Outra maneira de aumentar a quantidade de clientes da sua cooperativa é revisar os resultados periodicamente. A ideia é verificar se as estratégias implementadas estão revertendo em possíveis clientes e se a atual carteira está dando os resultados esperados. Assim, a cooperativa entende mais sobre a carteira que possui e pode traçar estratégias mais certeiras em busca de soluções para melhorá-la e diversificá-la. Desenvolva uma estratégia de marketing eficiente Desenvolver estratégias de marketing eficientes também é essencial para não depender de um ou poucos clientes. Para isso, a cooperativa deve segmentar o mercado em que atua, dividindo o público-alvo em grupos. A organização também deve aproveitar as ferramentas de marketing e os inúmeros canais de divulgação, como redes sociais, marketing de conteúdo, SEO e anúncios pagos. Dessa maneira, a coop alcança maior visibilidade e atinge públicos diversos. Conclusão: escapando da armadilha de ter poucos clientes Depender de um ou poucos clientes pode ser perigoso para a sua cooperativa. Os perigos atrelados a essa cultura podem desestruturar a organização e ameaçar seu desenvolvimento. Mas, sempre é hora de mudar e inovar! Para fazer essa transição, você pode contar com o auxílio do e-book Ampliando Horizontes e Conexões: como participar de feiras, missões e rodadas de negócios do NegóciosCoop. Nele, você encontra dicas de como expandir seu negócio da melhor maneira possível, além de entender como participar de feiras, missões e rodadas de negócios. Não deixe de conferir!