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    Branding: 6 passos para construir uma marca cooperativa forte no mercado

    O que caracteriza uma marca forte e de destaque no mercado competitivo da atualidade? A resposta é complexa, mas certamente engloba aspectos como reconhecimento, diferenciação e credibilidade perante o público. Independentemente de tamanho, área de atuação ou recursos financeiros, nenhuma marca atinge tal patamar sem um cuidadoso trabalho de branding. Cuidar da própria reputação exige intenção, estratégia e consistência. Para as cooperativas, o trabalho também inclui uma comunicação clara sobre os valores e benefícios do modelo de negócio. Confira na sequência deste artigo seis passos fundamentais para fazer um branding de sucesso, formando marcas cooperativas fortes e prontas para encarar os desafios do mercado atual. Boa leitura! O que é branding? Antes de partirmos para os passos essenciais, é importante assegurar que os conceitos básicos para a compreensão do tema estejam bem definidos. Afinal, independentemente do tamanho, toda marca realiza branding. Nem toda organização, porém, entende o poder desta atividade. Branding é o conjunto de estratégias utilizadas para gerenciar uma marca. O planejamento e as ações devem posicionar a marca perante os consumidores e o mercado. Ou seja, o branding consiste nos processos realizados com o intuito de construir uma reputação positiva. Uma marca deixa sua primeira impressão no público através do nome e da identidade visual. Entretanto, ela é muito mais do que isso. A percepção imediata que uma marca gera e a reputação que ela constrói ao longo do tempo são fruto de sua história, suas ações e suas causas. Nenhuma marca é forte o suficiente para abrir mão do branding. Não é coincidência que o termo em inglês esteja no gerúndio: branding é uma ação contínua, e toda organização precisa evoluir de maneira coerente ao seu posicionamento. Agora que você já sabe mais sobre o que é branding e qual a sua importância, confira seis passos essenciais para qualquer cooperativa que busca o fortalecimento da sua marca. 1: Compreenda a razão de existir da marca Sucesso comercial, resultados financeiros, crescimento em ritmo acelerado… Tudo isso são objetivos óbvios, coisas que toda marca almeja. Mas o que torna a sua marca especial e diferente da concorrência? Por que a sua existência é importante para as pessoas? A resposta a essas questões está no propósito. Ele representa a essência de uma marca, mostrando ao mundo por que ela existe e o impacto positivo que pretende gerar. O propósito se sobrepõe à busca por desempenho financeiro, ele orienta as ações da marca e de seus colaboradores. Quando a essência é bem definida, ela inspira, gera sensação de pertencimento e conexão emocional, até mesmo com o público externo. Embora possa parecer algo pouco palpável, o propósito é um verdadeiro ativo para a organização. Para identificá-lo, é necessário olhar para dentro da organização e comunicar quem ela é de fato. Capturar a essência de uma marca fica mais simples quando o exercício é transformado em declarações formais de missão, visão e valores. Missão A missão de uma marca deve compreender duas dimensões: como ela pretende beneficiar a sociedade e quais são as suas bases para alcançar vantagens competitivas. A missão se relaciona a negócios e estratégias, sendo uma materialização do propósito. Exemplo: declaração de missão da Aurora Coop “Fornecer alimentos de excelência, despertando a prosperidade no campo e na cidade” Visão A declaração de visão mostra onde a cooperativa deseja chegar, traçando uma ou mais metas que a marca deseja alcançar em determinado período. Uma visão que carrega emoção e, simultaneamente, concretude ajuda a engajar a organização em prol de seus objetivos. Exemplo: declaração de visão do Sicredi “Ser reconhecida como instituição financeira cooperativa com excelência em relacionamento e soluções que beneficiam nossos associados e a sociedade” Valores Os valores são os princípios e crenças que orientam os membros de uma cooperativa a tomarem decisões no dia a dia, pensando tanto em seu impacto presente quanto futuro. Eles refletem a cultura organizacional e devem alinhar-se às declarações de missão e visão. Exemplo: declaração de valores da Coamo Ética, transparência e honestidade de princípios Equidade, respeito e valorização ao ser humano Responsabilidade, segurança e solidez Qualidade e inovação sustentável Cooperativismo de resultado 2: Mostre o que torna a marca única Além de orientar as ações da organização, o propósito ajuda a alcançar outro pilar para qualquer estratégia de branding: o posicionamento. Este se refere a como uma marca deseja ser percebida pelo público, de maneira que a destaque e diferencie em relação à concorrência. Montar uma estratégia de posicionamento exige avaliação do mercado. Deve-se compreender o que o público deseja, o que os concorrentes já oferecem e o que a sua cooperativa pode fazer de diferente para se destacar nesse cenário. A partir desses elementos, a marca se posiciona através de uma promessa de valor, destacando por que um cliente deve escolher seu produto ou serviço ao invés do oferecido pela concorrência. A promessa, portanto, precisa se materializar em valor concreto para o público. Só assim uma marca alcança credibilidade e fortalece o seu branding. Um bom posicionamento orienta as estratégias de marketing. Todo ponto de contato ou peça de comunicação deve refletir a ‘cara’ da marca, a identidade. O posicionamento pode ser revisado e reformulado, mas a história da organização nunca deve ser deixada de lado. 3: Conheça o seu público Todo processo comunicativo possui um emissor, uma mensagem e um receptor. Portanto, quando uma marca deseja transmitir uma mensagem, é essencial conhecer o público ao qual a instituição está comunicando. Definir qual é o público-alvo de uma marca exige pesquisa. Por mais abrangente que uma organização queira ser, segmentar o seu mercado de atuação torna a comunicação mais assertiva e direcionada a nichos específicos. Características como idade, gênero, localização geográfica e renda são essenciais para a definição de um público-alvo. Entretanto, a elaboração de estratégias que criam vínculo emocional com o consumidor exige mais do que dados demográficos. Uma boa pesquisa indicará aspectos mais profundos sobre o público-alvo, como seus desejos, preocupações, motivações e valores. Para lidar com todas essas variáveis, uma prática comum no meio do marketing é a criação de personas – personagens semifictícias baseadas em informações reais demográficas e de comportamento. O procedimento ajuda a orientar campanhas e a comunicação institucional como um todo. 4: Construa uma identidade Todos os passos essenciais para o branding visam a construção de uma identidade forte.  Quando uma marca é rapidamente reconhecida e associada a determinados valores ou sensações, é porque ela possui uma identidade consolidada e coerente ao seu posicionamento. Confira a seguir alguns elementos fundamentais para a construção da identidade de uma marca. Nome Esta é uma etapa obrigatória para qualquer organização. O nome é o primeiro ponto de contato entre a marca e o consumidor. Por isso, um bom nome é simples de lembrar e dizer. Ele também precisa se diferenciar em relação à concorrência, representar a essência e se sustentar no longo prazo. Símbolo e logotipo Estes são os elementos básicos da identidade visual de qualquer marca. O logotipo é a representação gráfica do nome, comunicando de maneira dinâmica quem a marca é e como se posiciona. Símbolo e logotipo muitas vezes são utilizados como termos intercambiáveis, mas na realidade têm significados distintos. O símbolo se refere à combinação de elementos gráficos que representam e identificam a marca, enquanto o logotipo é um distintivo formado por letras com uma tipografia característica. Identidade visual Para além de símbolo e logotipo, uma identidade visual marcante reflete o posicionamento e torna a marca reconhecível ao olhar. O uso consistente de determinados elementos traz coesão e alinhamento à comunicação visual. Cores: além do aspecto estético, elas são facilmente reconhecíveis e podem dar a ‘cara’ da sua marca a qualquer material. Por mais que cada indivíduo reaja às cores de maneira singular, existe uma compreensão coletiva por trás de seus significados e sensações geradas. Portanto, a definição das cores de uma marca precisa levar em consideração o posicionamento. Tipografias: a fonte selecionada afeta a mensagem verbal que está sendo transmitida. Assim como outros elementos da identidade, a tipografia também precisa se conectar à essência da marca. Com quem ela quer conversar? Seu posicionamento é mais sério ou descontraído? Perguntas como essas ajudam na seleção de uma ou mais fontes a serem utilizadas de forma recorrente na comunicação institucional. Identidade verbal Uma marca também se expressa através das suas palavras. Não apenas com o que diz, mas como diz. O tom de voz é como a organização escolhe se comunicar com o seu público, idealmente refletindo seu posicionamento e demonstrando autenticidade. O tom de voz deve ser adaptado a cada canal, mas, ao mesmo tempo, propagar uma mensagem alinhada e consistente. Outro elemento relevante para a construção de uma identidade verbal é o tagline – uma frase curta que reflete a essência da marca. Nem toda organização adota essa estratégia, mas há diversos exemplos de tagline que viraram um verdadeiro sinônimo dos valores da marca. A nível mundial, o caso mais famoso provavelmente é da Nike. É impossível ler ou ouvir a frase “Just Do It” sem associá-la à fabricante de materiais esportivos, por exemplo. 5: Seja consistente A essa altura do artigo você já deve ter identificado esta tendência, mas nunca é demais ressaltar: uma marca só se fortalece quando é coerente em tudo o que faz. Isso significa que o posicionamento definido deve integrar cada aspecto da comunicação institucional. Todos os elementos, das campanhas de marketing ao atendimento ao cliente, devem carregar uma mensagem unificada e autêntica. A consistência influencia diretamente na confiança que o público deposita na marca. Quando a comunicação é alinhada ao propósito e ao posicionamento, a marca se torna mais reconhecível, confiável e relevante. A experiência do cliente também entra nessa equação. Ela deve ser condizente com o que a marca promete, gerando valor e tratando o consumidor de maneira adequada. De nada adianta uma cooperativa falar em proximidade, mas não gerar essa sensação durante o atendimento, por exemplo. É por meio da conexão entre promessa e realidade que uma marca constrói sua reputação ao longo do tempo. 6: Aproveite os valores do cooperativismo Você certamente já sabe que o cooperativismo é um modelo de negócio diferente das empresas mercantis, que nasce com princípios definidos, além do foco no desenvolvimento econômico e social dos cooperados e da comunidade. Carregar esse legado do movimento é um mérito para qualquer cooperativa, e isso deve ser explorado em sua estratégia de branding. Transmitir um propósito bem definido é essencial para se destacar em um mercado cada vez mais atento às causas defendidas pela organização. Nesse sentido, as cooperativas já partem de uma posição vantajosa ao fazerem parte de um movimento que preza por gestão democrática, interesse na comunidade e atuação sustentável. Posicionar-se como cooperativista é, portanto, atrelar valores e impactos positivos à sua marca. Ou seja: o cooperativismo é, por essência, fruto da mobilização coletiva. O envolvimento direto dos associados e a participação ativa nas decisões mostram que a organização não é apenas uma fornecedora de produtos ou serviços, mas uma rede de pessoas engajadas em um objetivo comum. Explorar esse caráter humano é uma ótima maneira de alcançar conexão emocional com o público. O carimbo que unifica o cooperativismo O cooperativismo já é muito poderoso e gera impacto socioeconômico positivo para o Brasil, mas tem potencial para fazer ainda mais. Pensando nisso, o Sistema OCB desenvolveu o SomosCoop: um movimento para tornar o cooperativismo mais conhecido e reconhecido, colaborando para a construção de uma sociedade mais colaborativa. O movimento se relaciona ao branding por meio do carimbo SomosCoop, uma representação visual que ajuda o público a identificar produtos que são de cooperativas. O carimbo SomosCoop atua como uma unificadora do movimento cooperativista, gerando um senso de unidade através da sua identidade visual. Se o seu produto é cooperativo, ele pode carregar o carimbo SomosCoop. Basta acessar a Central da Marca, fazer seu cadastro e baixar diversas opções do carimbo para usar em embalagens, materiais de comunicação, frotas e tantas outras possibilidades. Quando é a hora do rebranding? Depois de aprender seis passos essenciais para o branding, já deu para perceber que a gestão de marca dá um trabalho e tanto. Por isso, o processo deve ser feito com muito cuidado, visando construir uma base sólida para orientar a marca por anos. Todavia, há momentos em que é necessário recalcular a rota. Quando uma organização muda seu ramo de atuação, deseja conversar com um novo público ou pretende superar uma crise de reputação, não faz sentido preservar o posicionamento formulado para outro contexto. Essa é a hora de executar o rebranding. Muitas vezes, o rebranding ocorre por uma motivação estética. A identidade da marca pode não acompanhar as tendências atuais de design, parecer ultrapassada ou pouco atrativa em canais digitais. Nesses casos, a modernização da identidade visual pode trazer mais coerência e impacto, reposicionando a marca. Em outras ocasiões, o rebranding surge a partir da necessidade de se conectar com um novo público. Isso ocorre quando a marca percebe que sua proposta já não representa mais quem ela é ou quem ela deseja alcançar. Revisar o propósito da organização, seus valores e sua identidade visual e verbal é um caminho interessante para dialogar com outros segmentos da população. O rebranding precisa respeitar a história da marca. Isso significa que a essência construída ao longo dos anos não deve ser descartada, mas sim reinterpretada. A mudança deve ser percebida como evolução, não como ruptura. Seu objetivo sempre é manter a marca relevante, competitiva e fiel à sua essência. Marcas cooperativas que mostram como fazer branding Ficou curioso para saber como os fundamentos do branding são aplicáveis no contexto cooperativista e ajudam a construir marcas fortes? O NegóciosCoop traz para você dois exemplos de cooperativas brasileiras que alcançaram diferentes objetivos através do posicionamento. Aurora Coop reforça conexão com o cooperativismo Em 56 anos de história, a Aurora Coop alcançou posição de destaque no mercado alimentício brasileiro. A marca é forte e consolidada há muito tempo, mas identificou um problema por meio de pesquisas: o público não associava a Aurora ao cooperativismo. Inicialmente, a organização temia que a conexão direta ao cooperativismo atribuísse um olhar crítico à marca. O que se verifica atualmente, no entanto, é que o público tem percepção positiva sobre o movimento, associando-o inclusive à inovação. Tendo isso em vista, a Aurora reformulou sua marca institucional em 2022, passando a chamá-la de Aurora Coop – separando-a da marca comercial Aurora Alimentos. Com apoio de uma agência especializada, a Aurora Coop alterou sua identidade visual, logotipos e embalagens, além de definir um propósito para a marca (“Cuidar de cada um para despertar a prosperidade de todos”). Esforçando-se para comunicar a mudança e engajar públicos internos e externos, a Aurora Coop avançou em seu objetivo. De 2022 para 2024, uma pesquisa contratada mostrou que o número de consumidores que reconhecem a marca Aurora como uma cooperativa cresceu de 25% para 27%. Unimed preserva identidade em meio à abrangência nacional O movimento cooperativista apresenta particularidades em seu modelo de negócio. Algumas cooperativas se organizam em sistemas, no qual há uma marca central e diversas instituições singulares, com atuação regionalizada. Como preservar a identidade e o posicionamento de uma marca e, simultaneamente, permitir que cada singular comunique-se à sua maneira? Esse é um dilema que a Unimed enfrenta. O sistema de saúde possui 339 cooperativas espalhadas ao redor do país, e cada uma delas possui autonomia para se relacionar com o beneficiário. Como preservar a coerência da marca diante de tamanha pluralidade? Através de um propósito em comum e da coordenação da Unimed do Brasil. A confederação nacional atua como guardiã da marca, estabelecendo diretrizes estratégicas e de comunicação que orientam todas as singulares. O processo de reposicionamento iniciado em 2021 reforça seus atributos centrais – como a autoridade em saúde e a essência cooperativista –, sempre comunicados com um tom de voz humano, próximo e propositivo. Através dos esforços de todas as singulares, essa abordagem mantém a Unimed como uma marca de referência no setor. Conclusão: o poder do branding no cooperativismo Construir uma marca cooperativista forte exige valores, propósito e diferenciais notáveis em experiências reais para o público. O branding, quando bem aplicado, é uma poderosa ferramenta de conexão, reconhecimento e confiança. Se você quer saber ainda mais sobre como a comunicação pode impulsionar a sua cooperativa, leia o livro “Comunicação e Marketing no Cooperativismo”, publicado digitalmente pelo Sistema OCB! Clique aqui e acesse o conteúdo gratuitamente.
    Inteligência de Mercado 09/09/2025
    Branding: 6 passos para construir uma marca cooperativa forte no mercado

    O que caracteriza uma marca forte e de destaque no mercado competitivo da atualidade? A resposta é complexa, mas certamente engloba aspectos como reconhecimento, diferenciação e credibilidade perante o público. Independentemente de tamanho, área de atuação ou recursos financeiros, nenhuma marca atinge tal patamar sem um cuidadoso trabalho de branding. Cuidar da própria reputação exige intenção, estratégia e consistência. Para as cooperativas, o trabalho também inclui uma comunicação clara sobre os valores e benefícios do modelo de negócio. Confira na sequência deste artigo seis passos fundamentais para fazer um branding de sucesso, formando marcas cooperativas fortes e prontas para encarar os desafios do mercado atual. Boa leitura! O que é branding? Antes de partirmos para os passos essenciais, é importante assegurar que os conceitos básicos para a compreensão do tema estejam bem definidos. Afinal, independentemente do tamanho, toda marca realiza branding. Nem toda organização, porém, entende o poder desta atividade. Branding é o conjunto de estratégias utilizadas para gerenciar uma marca. O planejamento e as ações devem posicionar a marca perante os consumidores e o mercado. Ou seja, o branding consiste nos processos realizados com o intuito de construir uma reputação positiva. Uma marca deixa sua primeira impressão no público através do nome e da identidade visual. Entretanto, ela é muito mais do que isso. A percepção imediata que uma marca gera e a reputação que ela constrói ao longo do tempo são fruto de sua história, suas ações e suas causas. Nenhuma marca é forte o suficiente para abrir mão do branding. Não é coincidência que o termo em inglês esteja no gerúndio: branding é uma ação contínua, e toda organização precisa evoluir de maneira coerente ao seu posicionamento. Agora que você já sabe mais sobre o que é branding e qual a sua importância, confira seis passos essenciais para qualquer cooperativa que busca o fortalecimento da sua marca. 1: Compreenda a razão de existir da marca Sucesso comercial, resultados financeiros, crescimento em ritmo acelerado… Tudo isso são objetivos óbvios, coisas que toda marca almeja. Mas o que torna a sua marca especial e diferente da concorrência? Por que a sua existência é importante para as pessoas? A resposta a essas questões está no propósito. Ele representa a essência de uma marca, mostrando ao mundo por que ela existe e o impacto positivo que pretende gerar. O propósito se sobrepõe à busca por desempenho financeiro, ele orienta as ações da marca e de seus colaboradores. Quando a essência é bem definida, ela inspira, gera sensação de pertencimento e conexão emocional, até mesmo com o público externo. Embora possa parecer algo pouco palpável, o propósito é um verdadeiro ativo para a organização. Para identificá-lo, é necessário olhar para dentro da organização e comunicar quem ela é de fato. Capturar a essência de uma marca fica mais simples quando o exercício é transformado em declarações formais de missão, visão e valores. Missão A missão de uma marca deve compreender duas dimensões: como ela pretende beneficiar a sociedade e quais são as suas bases para alcançar vantagens competitivas. A missão se relaciona a negócios e estratégias, sendo uma materialização do propósito. Exemplo: declaração de missão da Aurora Coop “Fornecer alimentos de excelência, despertando a prosperidade no campo e na cidade” Visão A declaração de visão mostra onde a cooperativa deseja chegar, traçando uma ou mais metas que a marca deseja alcançar em determinado período. Uma visão que carrega emoção e, simultaneamente, concretude ajuda a engajar a organização em prol de seus objetivos. Exemplo: declaração de visão do Sicredi “Ser reconhecida como instituição financeira cooperativa com excelência em relacionamento e soluções que beneficiam nossos associados e a sociedade” Valores Os valores são os princípios e crenças que orientam os membros de uma cooperativa a tomarem decisões no dia a dia, pensando tanto em seu impacto presente quanto futuro. Eles refletem a cultura organizacional e devem alinhar-se às declarações de missão e visão. Exemplo: declaração de valores da Coamo Ética, transparência e honestidade de princípios Equidade, respeito e valorização ao ser humano Responsabilidade, segurança e solidez Qualidade e inovação sustentável Cooperativismo de resultado 2: Mostre o que torna a marca única Além de orientar as ações da organização, o propósito ajuda a alcançar outro pilar para qualquer estratégia de branding: o posicionamento. Este se refere a como uma marca deseja ser percebida pelo público, de maneira que a destaque e diferencie em relação à concorrência. Montar uma estratégia de posicionamento exige avaliação do mercado. Deve-se compreender o que o público deseja, o que os concorrentes já oferecem e o que a sua cooperativa pode fazer de diferente para se destacar nesse cenário. A partir desses elementos, a marca se posiciona através de uma promessa de valor, destacando por que um cliente deve escolher seu produto ou serviço ao invés do oferecido pela concorrência. A promessa, portanto, precisa se materializar em valor concreto para o público. Só assim uma marca alcança credibilidade e fortalece o seu branding. Um bom posicionamento orienta as estratégias de marketing. Todo ponto de contato ou peça de comunicação deve refletir a ‘cara’ da marca, a identidade. O posicionamento pode ser revisado e reformulado, mas a história da organização nunca deve ser deixada de lado. 3: Conheça o seu público Todo processo comunicativo possui um emissor, uma mensagem e um receptor. Portanto, quando uma marca deseja transmitir uma mensagem, é essencial conhecer o público ao qual a instituição está comunicando. Definir qual é o público-alvo de uma marca exige pesquisa. Por mais abrangente que uma organização queira ser, segmentar o seu mercado de atuação torna a comunicação mais assertiva e direcionada a nichos específicos. Características como idade, gênero, localização geográfica e renda são essenciais para a definição de um público-alvo. Entretanto, a elaboração de estratégias que criam vínculo emocional com o consumidor exige mais do que dados demográficos. Uma boa pesquisa indicará aspectos mais profundos sobre o público-alvo, como seus desejos, preocupações, motivações e valores. Para lidar com todas essas variáveis, uma prática comum no meio do marketing é a criação de personas – personagens semifictícias baseadas em informações reais demográficas e de comportamento. O procedimento ajuda a orientar campanhas e a comunicação institucional como um todo. 4: Construa uma identidade Todos os passos essenciais para o branding visam a construção de uma identidade forte.  Quando uma marca é rapidamente reconhecida e associada a determinados valores ou sensações, é porque ela possui uma identidade consolidada e coerente ao seu posicionamento. Confira a seguir alguns elementos fundamentais para a construção da identidade de uma marca. Nome Esta é uma etapa obrigatória para qualquer organização. O nome é o primeiro ponto de contato entre a marca e o consumidor. Por isso, um bom nome é simples de lembrar e dizer. Ele também precisa se diferenciar em relação à concorrência, representar a essência e se sustentar no longo prazo. Símbolo e logotipo Estes são os elementos básicos da identidade visual de qualquer marca. O logotipo é a representação gráfica do nome, comunicando de maneira dinâmica quem a marca é e como se posiciona. Símbolo e logotipo muitas vezes são utilizados como termos intercambiáveis, mas na realidade têm significados distintos. O símbolo se refere à combinação de elementos gráficos que representam e identificam a marca, enquanto o logotipo é um distintivo formado por letras com uma tipografia característica. Identidade visual Para além de símbolo e logotipo, uma identidade visual marcante reflete o posicionamento e torna a marca reconhecível ao olhar. O uso consistente de determinados elementos traz coesão e alinhamento à comunicação visual. Cores: além do aspecto estético, elas são facilmente reconhecíveis e podem dar a ‘cara’ da sua marca a qualquer material. Por mais que cada indivíduo reaja às cores de maneira singular, existe uma compreensão coletiva por trás de seus significados e sensações geradas. Portanto, a definição das cores de uma marca precisa levar em consideração o posicionamento. Tipografias: a fonte selecionada afeta a mensagem verbal que está sendo transmitida. Assim como outros elementos da identidade, a tipografia também precisa se conectar à essência da marca. Com quem ela quer conversar? Seu posicionamento é mais sério ou descontraído? Perguntas como essas ajudam na seleção de uma ou mais fontes a serem utilizadas de forma recorrente na comunicação institucional. Identidade verbal Uma marca também se expressa através das suas palavras. Não apenas com o que diz, mas como diz. O tom de voz é como a organização escolhe se comunicar com o seu público, idealmente refletindo seu posicionamento e demonstrando autenticidade. O tom de voz deve ser adaptado a cada canal, mas, ao mesmo tempo, propagar uma mensagem alinhada e consistente. Outro elemento relevante para a construção de uma identidade verbal é o tagline – uma frase curta que reflete a essência da marca. Nem toda organização adota essa estratégia, mas há diversos exemplos de tagline que viraram um verdadeiro sinônimo dos valores da marca. A nível mundial, o caso mais famoso provavelmente é da Nike. É impossível ler ou ouvir a frase “Just Do It” sem associá-la à fabricante de materiais esportivos, por exemplo. 5: Seja consistente A essa altura do artigo você já deve ter identificado esta tendência, mas nunca é demais ressaltar: uma marca só se fortalece quando é coerente em tudo o que faz. Isso significa que o posicionamento definido deve integrar cada aspecto da comunicação institucional. Todos os elementos, das campanhas de marketing ao atendimento ao cliente, devem carregar uma mensagem unificada e autêntica. A consistência influencia diretamente na confiança que o público deposita na marca. Quando a comunicação é alinhada ao propósito e ao posicionamento, a marca se torna mais reconhecível, confiável e relevante. A experiência do cliente também entra nessa equação. Ela deve ser condizente com o que a marca promete, gerando valor e tratando o consumidor de maneira adequada. De nada adianta uma cooperativa falar em proximidade, mas não gerar essa sensação durante o atendimento, por exemplo. É por meio da conexão entre promessa e realidade que uma marca constrói sua reputação ao longo do tempo. 6: Aproveite os valores do cooperativismo Você certamente já sabe que o cooperativismo é um modelo de negócio diferente das empresas mercantis, que nasce com princípios definidos, além do foco no desenvolvimento econômico e social dos cooperados e da comunidade. Carregar esse legado do movimento é um mérito para qualquer cooperativa, e isso deve ser explorado em sua estratégia de branding. Transmitir um propósito bem definido é essencial para se destacar em um mercado cada vez mais atento às causas defendidas pela organização. Nesse sentido, as cooperativas já partem de uma posição vantajosa ao fazerem parte de um movimento que preza por gestão democrática, interesse na comunidade e atuação sustentável. Posicionar-se como cooperativista é, portanto, atrelar valores e impactos positivos à sua marca. Ou seja: o cooperativismo é, por essência, fruto da mobilização coletiva. O envolvimento direto dos associados e a participação ativa nas decisões mostram que a organização não é apenas uma fornecedora de produtos ou serviços, mas uma rede de pessoas engajadas em um objetivo comum. Explorar esse caráter humano é uma ótima maneira de alcançar conexão emocional com o público. O carimbo que unifica o cooperativismo O cooperativismo já é muito poderoso e gera impacto socioeconômico positivo para o Brasil, mas tem potencial para fazer ainda mais. Pensando nisso, o Sistema OCB desenvolveu o SomosCoop: um movimento para tornar o cooperativismo mais conhecido e reconhecido, colaborando para a construção de uma sociedade mais colaborativa. O movimento se relaciona ao branding por meio do carimbo SomosCoop, uma representação visual que ajuda o público a identificar produtos que são de cooperativas. O carimbo SomosCoop atua como uma unificadora do movimento cooperativista, gerando um senso de unidade através da sua identidade visual. Se o seu produto é cooperativo, ele pode carregar o carimbo SomosCoop. Basta acessar a Central da Marca, fazer seu cadastro e baixar diversas opções do carimbo para usar em embalagens, materiais de comunicação, frotas e tantas outras possibilidades. Quando é a hora do rebranding? Depois de aprender seis passos essenciais para o branding, já deu para perceber que a gestão de marca dá um trabalho e tanto. Por isso, o processo deve ser feito com muito cuidado, visando construir uma base sólida para orientar a marca por anos. Todavia, há momentos em que é necessário recalcular a rota. Quando uma organização muda seu ramo de atuação, deseja conversar com um novo público ou pretende superar uma crise de reputação, não faz sentido preservar o posicionamento formulado para outro contexto. Essa é a hora de executar o rebranding. Muitas vezes, o rebranding ocorre por uma motivação estética. A identidade da marca pode não acompanhar as tendências atuais de design, parecer ultrapassada ou pouco atrativa em canais digitais. Nesses casos, a modernização da identidade visual pode trazer mais coerência e impacto, reposicionando a marca. Em outras ocasiões, o rebranding surge a partir da necessidade de se conectar com um novo público. Isso ocorre quando a marca percebe que sua proposta já não representa mais quem ela é ou quem ela deseja alcançar. Revisar o propósito da organização, seus valores e sua identidade visual e verbal é um caminho interessante para dialogar com outros segmentos da população. O rebranding precisa respeitar a história da marca. Isso significa que a essência construída ao longo dos anos não deve ser descartada, mas sim reinterpretada. A mudança deve ser percebida como evolução, não como ruptura. Seu objetivo sempre é manter a marca relevante, competitiva e fiel à sua essência. Marcas cooperativas que mostram como fazer branding Ficou curioso para saber como os fundamentos do branding são aplicáveis no contexto cooperativista e ajudam a construir marcas fortes? O NegóciosCoop traz para você dois exemplos de cooperativas brasileiras que alcançaram diferentes objetivos através do posicionamento. Aurora Coop reforça conexão com o cooperativismo Em 56 anos de história, a Aurora Coop alcançou posição de destaque no mercado alimentício brasileiro. A marca é forte e consolidada há muito tempo, mas identificou um problema por meio de pesquisas: o público não associava a Aurora ao cooperativismo. Inicialmente, a organização temia que a conexão direta ao cooperativismo atribuísse um olhar crítico à marca. O que se verifica atualmente, no entanto, é que o público tem percepção positiva sobre o movimento, associando-o inclusive à inovação. Tendo isso em vista, a Aurora reformulou sua marca institucional em 2022, passando a chamá-la de Aurora Coop – separando-a da marca comercial Aurora Alimentos. Com apoio de uma agência especializada, a Aurora Coop alterou sua identidade visual, logotipos e embalagens, além de definir um propósito para a marca (“Cuidar de cada um para despertar a prosperidade de todos”). Esforçando-se para comunicar a mudança e engajar públicos internos e externos, a Aurora Coop avançou em seu objetivo. De 2022 para 2024, uma pesquisa contratada mostrou que o número de consumidores que reconhecem a marca Aurora como uma cooperativa cresceu de 25% para 27%. Unimed preserva identidade em meio à abrangência nacional O movimento cooperativista apresenta particularidades em seu modelo de negócio. Algumas cooperativas se organizam em sistemas, no qual há uma marca central e diversas instituições singulares, com atuação regionalizada. Como preservar a identidade e o posicionamento de uma marca e, simultaneamente, permitir que cada singular comunique-se à sua maneira? Esse é um dilema que a Unimed enfrenta. O sistema de saúde possui 339 cooperativas espalhadas ao redor do país, e cada uma delas possui autonomia para se relacionar com o beneficiário. Como preservar a coerência da marca diante de tamanha pluralidade? Através de um propósito em comum e da coordenação da Unimed do Brasil. A confederação nacional atua como guardiã da marca, estabelecendo diretrizes estratégicas e de comunicação que orientam todas as singulares. O processo de reposicionamento iniciado em 2021 reforça seus atributos centrais – como a autoridade em saúde e a essência cooperativista –, sempre comunicados com um tom de voz humano, próximo e propositivo. Através dos esforços de todas as singulares, essa abordagem mantém a Unimed como uma marca de referência no setor. Conclusão: o poder do branding no cooperativismo Construir uma marca cooperativista forte exige valores, propósito e diferenciais notáveis em experiências reais para o público. O branding, quando bem aplicado, é uma poderosa ferramenta de conexão, reconhecimento e confiança. Se você quer saber ainda mais sobre como a comunicação pode impulsionar a sua cooperativa, leia o livro “Comunicação e Marketing no Cooperativismo”, publicado digitalmente pelo Sistema OCB! Clique aqui e acesse o conteúdo gratuitamente.

    24 min de leitura

    Mercado Nacional 04/09/2025
    Agricultura regenerativa e cooperativismo: como práticas sustentáveis geram valor e oportunidades

    As práticas agropecuárias precisam, cada vez mais, se adequarem às demandas sustentáveis do mercado. Os consumidores buscam marcas que sejam responsáveis com o meio ambiente e com o planeta em que vivemos, e a agricultura regenerativa é um caminho a se seguir pelas cooperativas. A agricultura regenerativa, desse modo, representa uma alternativa para aliar produtividade com respeito à natureza. Ao mesmo tempo, a produção ambientalmente responsável agrega valor aos produtos das cooperativas. Neste artigo, portanto, vamos entender o que é a agricultura regenerativa, como ela funciona na prática, quais seus benefícios, seus desafios e ainda conheceremos cooperativas agropecuárias brasileiras que adotam práticas de agricultura regenerativa. Boa leitura! O que é agricultura regenerativa? O termo “agricultura regenerativa” é antigo, mas segue extremamente atual. Esse conceito foi popularizado pela organização sem fins lucrativos Rodale Institute, que apoia pesquisas para o desenvolvimento da agricultura orgânica. A instituição definiu agricultura regenerativa como a construção de sistemas que, além de terem métodos sustentáveis, trabalham para a regeneração do solo. Assim sendo, esses métodos protegem a biodiversidade e a saúde dos ecossistemas impactados. Tal abordagem emprega ações que reduzem o impacto da atividade agrícola no meio ambiente, como rotação de culturas, processos de revolvimento e plantio em nível, por exemplo. Em vez de focar apenas na produtividade, a agricultura regenerativa também considera o impacto no ecossistema. Práticas agropecuárias da agricultura regenerativa Para garantir a responsabilidade ecológica dos negócios, diversas estratégias integram a rotina de uma produção agrícola regenerativa. Entre elas: Agricultura de conservação A agricultura de conservação garante uma produção resistente e ambientalmente responsável. Ela visa conservar os recursos naturais e a biodiversidade do meio ambiente durante todo o processo. Também conhecida como agricultura conservacionista, essa metodologia trabalha com tecnologias para a manutenção do solo, o plantio direto e a diversificação de espécies de plantas em regiões de atividade do campo. Integração de culturas e árvores com a pecuária A integração de culturas e árvores com a pecuária, também nomeada de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), é uma estratégia que reúne o cultivo de plantas (lavoura), a criação de animais (pecuária) e o plantio de árvores (floresta) em uma mesma região. Essa técnica busca aproveitar ao máximo a área de cultivo, aumentando a sustentabilidade e a produtividade, paralelamente. Restauração da saúde do solo Uma prática essencial para a agricultura regenerativa é a restauração dos solos usados para plantios. Afinal, o terreno é a base de todas as atividades agrícolas e, se bem cuidado, pode impulsionar a produtividade e a qualidade da produção agropecuária. Há diversas maneiras de proteger e preservar a qualidade da terra, como: Rotação de culturas com diferentes cultivos em um mesmo terreno. Adubação verde, que utiliza plantas específicas para tornar o solo mais fértil. Plantio direto, no qual as sementes são colocadas sem prévia aração ou gradagem. Absorção de carbono da biosfera terrestre Essas e outras estratégias melhoram a qualidade do solo e aumentam o potencial da terra de absorver carbono, contribuindo para mitigar as mudanças climáticas. O plantio direto, por exemplo, evita a liberação do carbono armazenado no solo. Já na adubação verde, as plantas mantêm a terra saudável, alimentando os microrganismos. Outra ação que favorece a absorção de carbono é a rotação de culturas, que traz mais diversidade de raízes e resíduos para o terreno. Benefícios de adotar a agricultura regenerativa As vantagens de adotar a agricultura regenerativa são diversas e não se resumem apenas aos benefícios ecológicos. Essas ações também contribuem para aumentar a eficiência da produção e destacar a cooperativa em um mercado concorrido. Vantagens para a produção agrícola Na produção agrícola, as práticas regenerativas aumentam a qualidade e eficiência graças a diversos fatores. São eles: Saúde do solo: sendo a saúde do solo um dos princípios da agricultura regenerativa, esse modelo garante os cuidados necessários para conservar o terreno usado na produção agrícola. Biodiversidade: o cultivo de diferentes culturas e a reutilização do solo promovem a biodiversidade dos ecossistemas, aumentando a quantidade de recursos que podem ser extraídos da mesma região. Resiliência das culturas: a biodiversidade, a saúde do terreno e a alta absorção de carbono garantem um solo fértil e sustentável, resultando em culturas mais resilientes e duradouras. Eficiência no uso de recursos naturais: quanto mais saudável for o ecossistema em que a produção está inserida, mais eficiente será o uso dos recursos naturais. Por meio da adubação verde, por exemplo, é possível se beneficiar ao máximo das plantas que, além de comercializadas, também auxiliam no cuidado do solo. Estoque de nutrientes no solo: quando o solo é explorado com diversidade e equilíbrio, existe uma concentração maior de nutrientes, carbono e outras substâncias importantes para a fertilidade da terra. Mitigação das mudanças climáticas: uma plantação que preserva o meio ambiente também contribui para a diminuição das mudanças climáticas, causando menos impactos negativos na atmosfera e trabalhando para a recuperação dos ecossistemas. Oportunidades nos negócios As cooperativas também podem sentir os impactos positivos da agricultura regenerativa na comercialização e no fortalecimento institucional da marca. Algumas vantagens comerciais são: Aderência às novas tendências de consumo: a sustentabilidade não é apenas uma tendência do mercado, mas também uma exigência crescente. Cada vez mais, os consumidores procuram marcas responsáveis com o meio ambiente e com o bem-estar social. Dessa maneira, a agricultura regenerativa alinha-se às mudanças no comportamento do consumidor. Fortalecimento de marcas sustentáveis: pela sua essência coletiva, as cooperativas buscam sempre promover ações que desenvolvam o bem-estar social, e não há como pensar em comunidade sem assumir responsabilidade com o meio ambiente. Sendo assim, a adoção de práticas regenerativas fortalece o compromisso com o aspecto social do cooperativismo. Diferencial para ingresso em novos mercados: a agricultura regenerativa abre portas para diversos mercados, seja pela criação de produtos sustentáveis, seja pela diversificação promovida pela rotação de culturas. A produção certificada também ajuda na busca por explorar o mercado internacional. Pagamento por Serviços Ambientais O Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) é um mecanismo financeiro que remunera produtores rurais, agricultores e comunidades tradicionais pelos serviços ambientais que suas terras proporcionam à sociedade, como a conservação da vegetação nativa, a restauração de florestas degradadas, o sequestro de carbono e a proteção da biodiversidade, que beneficia a agricultura por meio da polinização. Essencialmente, os proprietários de terras são pagos por um serviço que antes prestavam gratuitamente. O PSA fomenta, assim, a adoção de práticas de conservação e o cumprimento de leis ambientais. Desse modo, o mecanismo oferece incentivos financeiros para a recuperação dos ecossistemas. Buscando desenvolver ainda mais essa política no Brasil, o projeto Agricultura Sem Queima na Amazônia, organizado por Sistema OCB, Embrapa e Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta), realizou uma missão na Costa Rica para pesquisar o modelo de PSA do país. Com mais de 1,3 milhão de hectares conservados e cerca de US$ 524 milhões investidos desde sua criação, o programa costarriquenho já beneficiou mais de 8,5 mil pequenos e médios produtores. Desafios da agricultura regenerativa Como vimos, a agricultura regenerativa traz diversos benefícios para o cooperativismo. A sua aplicação, porém, não é tão simples. Alguns obstáculos dificultam a manutenção desse modelo nas cooperativas. O aprimoramento do conhecimento Para construir uma produção agrícola regenerativa é preciso ter bagagem técnica, além de conhecimento biológico, físico e químico. Saber quais são as melhores técnicas de cultivo, que tipos de cultura podem ser plantadas no mesmo terreno e como fazer isso da melhor maneira possível é um desafio. Para isso, é importante incentivar que os produtores cooperados e o corpo técnico da cooperativa estudem e adquiram conhecimento sobre meio ambiente e sustentabilidade. Apenas assim as cooperativas poderão se desenvolver de forma correta e eficiente. Altos custos iniciais Financeiramente também pode ser um desafio começar as práticas da agricultura regenerativa. É necessário um alto valor de investimento inicial e até que a atividade volte a ser lucrativa, é comum enfrentar um período de aperto econômico. Nesse sentido, pequenas e médias cooperativas podem ter mais dificuldades. Incentivos financeiros podem ajudar nesse processo. Falta de certificações As certificações são processos formais que reconhecem a qualidade e o modelo de um produto. Selos de produção orgânica, por exemplo, já são muito utilizados e têm regras bem estabelecidas. Por ser um mercado diferente do convencional em vários aspectos, as cooperativas que trabalham com agricultura regenerativa enfrentam dificuldades na hora da certificação. Esse método ainda é muito amplo e carece de padrões. Apesar disso, o aumento de práticas regenerativas pode impulsionar o debate no país e diminuir as barreiras que dificultam a certificação no mercado. Tempo para obtenção de resultados Um processo que prioriza a qualidade e a preservação dos recursos naturais precisa seguir um tempo diferente de produções movidas somente pela alta produtividade. A agricultura regenerativa requer paciência e não traz resultados imediatos. Os benefícios demoram um tempo para serem colhidos. Agricultura regenerativa no cooperativismo A agricultura regenerativa está alinhada aos pilares sociais e ambientais do cooperativismo. Protagonistas no agronegócio, as cooperativas encontram nesse modelo uma alternativa responsável e eficiente para fortalecer suas atividades no campo. Algumas cooperativas já se destacam por ações alinhadas à agricultura regenerativa: Expocacer é a primeira coop do mundo a conquistar selo de agricultura regenerativa A cooperativa cafeicultora Expocacer se tornou a primeira do mundo a receber o selo de certificação regenerativa concedido pela Regenagri - programa internacional de agricultura regenerativa que luta para garantir a saúde da terra. A cooperativa mineira comercializa mais de um milhão de sacas de café por ano. São mais de cinco mil hectares de lavouras de café que usam técnicas de agricultura regenerativa, além da promoção de diversos programas que atendem à agenda ESG, como o projeto Elas no Café, um concurso dedicado à qualidade de cafés especiais produzidos por mulheres, e Jornada da Qualidade, iniciativa que visa avaliar produção de cafés de qualidade. ““Essa certificação nos dá a capacidade plena de atendimento a demanda do mercado, o que cria uma diferenciação positiva para os cooperados da Expocacer. O mercado está cada vez mais exigente e nós temos que atender e acompanhar o movimento em prol da sustentabilidade”, conta Farlla Gomes, coordenadora técnica em sustentabilidade da Expocacer Cocamar põe em prática a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta A paranaense Cocamar busca garantir a preservação ambiental dentro da sua produção por meio da metodologia de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), que garante a otimização do uso da terra. Na Cocamar, o ILPF alterna entre o plantio de soja e a pastagem para a criação de gado, diminuindo a necessidade de desmatar novas áreas e aumentando a produtividade. A iniciativa surgiu em um contexto em que era necessário aumentar a produtividade em áreas degradadas que demandam um alto custo para a reforma convencional do solo. Na prática, o ILPF funciona a partir da alternância metodológica entre plantio de soja e pastagem perene para a criação de gado. De início, o solo degradado passa por dois anos com lavouras de soja no verão e pastagens no inverno. Nesse cenário, a soja é responsável por fazer a correção química do solo, enquanto a pastagem atua para o enriquecimento físico e biológico da área. Frimesa é referência na adoção de energia limpa A Frimesa, uma das maiores marcas do agronegócio brasileiro, decidiu implementar uma política focada na redução do consumo de combustíveis fósseis, na autogeração de energia renovável e na diversificação de sua matriz energética. Para isso, a cooperativa investiu em biodigestores, equipamentos utilizados para a decomposição anaeróbica de matéria orgânica, gerando biogás e biofertilizante. A estrutura visa promover a reciclagem de materiais e o melhor aproveitamento da energia usada pela cooperativa. Com investimento em biodigestores, é possível promover a produção de biogás, biometano e CO². Esses equipamentos geram energia térmica que substituem o uso de gás liquefeito de petróleo (GLP). O plano da Frimesa é neutralizar suas emissões de gases em operações industriais até 2040. Conclusão: cooperativismo e agricultura regenerativa se complementam O cooperativismo e a agricultura regenerativa podem formar uma dupla de sucesso. No manifesto do cooperativismo brasileiro para a COP30, que vai acontecer em Belém, o Sistema OCB ressalta a importância de se unir e buscar um futuro mais próspero e sustentável. Conheça o movimento Coop na COP, realizado pelo Sistema OCB, que buscará difundir o modelo cooperativista e posicionar as cooperativas como agentes essenciais para o alcance das metas climáticas globais.

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    Mercado Nacional 13/08/2025
    Uma Nova Era para as Cooperativas Brasileiras no Acesso a Recursos para Inovação

    Recém-sancionada a partir do PL 847/2025, a Lei 15.184/2025 inclui cooperativas entre os beneficiários do FNDCT — abrindo uma nova frente de capital para P&D e reposicionando o cooperativismo na agenda de inovação. Sancionada em 4 de agosto e já em vigor, a norma altera a Lei 11.540/2007 para incluir cooperativas como beneficiárias do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e autoriza, até 2028, o uso do superávit acumulado em operações reembolsáveis. A estimativa divulgada no Congresso gira em torno de R$ 22 bilhões potencialmente mobilizáveis. Em termos práticos, trata-se de uma mudança de destinação e escala: o arcabouço tributário das cooperativas permanece intacto, assim como as regulações setoriais, mas a disponibilidade de capital para projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) sobe vários degraus. Para o negócio, a relevância é direta. As linhas de crédito que dão acesso aos recursos do FNDCT, operadas pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), podem oferecer prazos longos — que podem superar 10 anos — e condições capazes de reduzir o custo efetivo de capital, tirando projetos do “talvez” orçamentário e deslocando o risco tecnológico para um patamar gerenciável. Com o superávit liberado, o pipeline pode ser estruturado de forma plurianual, combinando provas de conceito, desenvolvimento, pilotos e escalonamento industrial. Há ainda um sinal regulatório importante: ao equiparar expressamente cooperativas a empresas e a ICTs (Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação), a lei reduz incerteza jurídica e tende a estimular chamadas e editais com menção explícita ao modelo cooperativo. Os vetores de aplicação variam por ramo, mas o fio condutor é o mesmo: projetos de PD&I com resultados mensuráveis e impacto. No agro, a agenda vai de agricultura de precisão e bioinsumos a rastreabilidade e eficiência energética em agroindústrias; em crédito, modernização de core bancário, reforço de cibersegurança, analytics e inteligência artificial (IA) para risco e inclusão financeira; na saúde, telemedicina, interoperabilidade de dados e IA aplicada a desfechos clínicos e eficiência assistencial; em transporte, logística inteligente e gestão de frotas; em consumo e educação, digitalização do atendimento; em energia, renováveis e integração a redes inteligentes. São exemplos já presentes no portfólio de iniciativas de muitas cooperativas e que agora podem ganhar impulso adicional. Não há restrição setorial: o que conta é a aderência a objetivos de inovação tecnológica e a qualidade técnica dos projetos. A operacionalização, contudo, dependerá de normas infralegais. Portarias e manuais devem detalhar elegibilidade, critérios de seleção e trilhas para contratação e prestação de contas. Por isso, o momento é de preparar a casa: organizar a governança de inovação, assegurar regularidade jurídica e fiscal, mapear parceiros críticos (ICTs, startups, fornecedores de tecnologia) e estruturar o básico técnico — cronograma, orçamento, marcos e métricas de acompanhamento. Quem estiver pronto quando as primeiras chamadas saírem tende a capturar a dianteira. O calendário imediato é claro: a lei já está em vigor, a janela para uso do superávit vai até 2028 e a regulamentação definirá o desenho fino de chamadas, fluxos e documentos. A partir daí, a competição será por projetos com materialidade e governança. Para as cooperativas que converterem a nova elegibilidade em capacidade operacional de captação e execução, o efeito é duplo: redução do custo de capital para inovar e fortalecimento competitivo do modelo cooperativo na economia nacional.

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    Inteligência de Mercado 06/08/2025
    Marketing B2B e B2G: 5 estratégias para vender para empresas e governo

    Marketing é mais do que vender, envolve todas as estratégias utilizadas para construir uma imagem positiva da marca e um relacionamento duradouro com os clientes, resultando em trocas que beneficiam tanto a empresa quanto o consumidor. Dentro do marketing, encontramos diversas ramificações, como o B2B (Business to Business) e o B2G (Business to Government). Enquanto o marketing B2B é focado em criar e aplicar estratégias de marketing entre empresas, o B2G trabalha na relação entre as empresas e o governo. Em ambos os casos, o marketing tem suas especificidades por não trabalhar direto com o consumidor final. Saiba a importância dessas áreas e como aplicá-las no cooperativismo. Marketing B2B e B2G O marketing B2B - negócios para negócios, em tradução literal - consiste em um conjunto de práticas que desenvolvem a venda e troca entre dois negócios. Esse caso se aplica quando uma organização trabalha com produtos ou serviços direcionados para outras empresas. Cooperativas que vendem matéria-prima, peças ou produtos para indústrias, por exemplo, fazem B2B. É de extrema importância entender as especificidades dessa área do marketing, pois ela necessita de campanhas diferentes daquelas voltadas para o consumidor final. Vender para outros negócios exige abordagens que construam um valor de marca e desenvolvam bons relacionamentos no mercado. Dessa maneira, entender as nuances de vender para outras empresas possibilita um marketing mais direcionado e eficaz. Marketing B2G: B2B com regras próprias Assim como o marketing B2B, a ramificação B2G não é direcionada para o consumidor final. Nesse ramo do marketing, as ações são desenvolvidas para estabelecer uma boa relação da cooperativa com o governo - seja no âmbito municipal, estadual ou federal - a fim de oferecer seus produtos e se tornar fornecedor para obras, instituições, ações e negócios governamentais. O B2G conta com questões processuais e regulatórias mais complexas do que as do marketing B2B, quando as vendas são para outras empresas. Afinal, ao vender para o governo, estamos contando com o uso de recursos públicos. A forte regulamentação e a busca por um bom custo-benefício são grandes características desse modelo de compras. Uma vez que a verba dessas compras se origina de impostos e taxas, existe uma busca por produtos e serviços que melhor atendam às necessidades públicas, sem causar desperdício ou gastos desnecessários. Ao trabalhar com um marketing voltado para vendas governamentais, é preciso que as cooperativas se atentem aos diversos cuidados e regras que envolvem esse modelo de negócio. Semelhanças e diferenças entre marketing B2B e B2G Tanto o marketing B2B quanto o B2G se caracterizam por não atingir o público final. Nesses casos, é de extrema importância que o marketing trabalhe para construir um bom posicionamento da cooperativa no mercado, visando ganhar relevância e desenvolver boas relações com as empresas que podem se tornar clientes. Em ambos os modelos, existe uma alta complexidade das vendas. Diferente das vendas diretas para consumidores, a comercialização com empresas e com o governo demanda processos mais elaborados e longos, pois as vendas são maiores e mais caras. Por conta disso, é necessário investir na construção de relacionamentos e na reputação da cooperativa. Apesar das semelhanças, também existem questões que diferenciam os dois modelos de negócios. Como citado anteriormente, o modelo B2G exige configurações de maior complexidade por se tratar de negociações com entidades públicas. As exigências e legislações ligadas ao poder público não são as mesmas enfrentadas ao negociar com uma empresa privada, onde as únicas motivações por trás de uma compra são os próprios interesses, uma vez que essas empresas trabalham com recursos privados. Quando a negociação é com o governo, a situação é outra. É necessário estar de acordo com diversos requisitos regulatórios e legais, além de se destacar perante outros concorrentes, sabendo que o poder público sempre vai buscar o melhor custo-benefício. 5 estratégias de marketing para empresas e governo Para se consolidar no mercado e vender para empresas e governo, as cooperativas precisam mapear a jornada dos seus clientes. Essa ferramenta auxilia a entender quais etapas as organizações percorrem até chegar na decisão da compra, a fim de enxergar o processo pela visão dos clientes e definir quais estratégias podem funcionar melhor. De forma geral, a jornada de uma empresa ou do governo para adquirir um produto ou serviço passa por 4 etapas. A primeira delas é a atração, onde o potencial cliente entende que tem um problema ou necessidade que pode ser suprida pela sua cooperativa. Em seguida, ele entra na fase de consideração, onde vai começar uma busca por um fornecedor que possa auxiliar com essa questão. A fase de decisão é crucial, pois aqui as empresas e o governo já identificaram as possíveis marcas que podem suprir sua necessidade e, seja por custo-benefício ou questões particulares, vão escolher com qual delas fechar a compra. Vale ressaltar que esse não é o final da jornada do cliente, pois apenas agora começa a fase do relacionamento. Pensando a longo prazo, é importante desenvolver uma relação no pós-compra para fidelizar o cliente e se manter como fornecedor dele. Uma vez identificado as particularidades do marketing B2B e B2G, e entendido a jornada que os clientes passam até chegar no momento da venda, é preciso saber que ações e práticas podem auxiliar no processo de venda para empresas e governo. Desde construir autoridade por meio do marketing de conteúdo, até investir em relacionamento e networking, conheça os principais mecanismos para o marketing B2B e B2G. 1. Marketing de Conteúdo de Autoridade Uma das ferramentas essenciais do inbound marketing, o marketing de conteúdo é uma estratégia que usa da criação de conteúdos - como e-books, textos e podcasts - para construir autoridade e levar conhecimento acerca da área de atuação da cooperativa. Ou seja, esse método se resume a produzir e divulgar conteúdos sobre o seu setor de atuação para que, na fase de consideração, quando as empresas e o governo estiverem buscando um fornecedor, encontrem sua cooperativa como referência e autoridade no ramo. Isso fortalece a marca no mercado e estabelece uma boa reputação institucional para a cooperativa. 2. Account-Based Marketing (ABM) O Account-Based Marketing, ou Marketing Baseado em Contas, se resume a construir uma campanha voltada para empresas públicas ou privadas específicas que representem potenciais clientes. Nesse processo, é feito uma pré-definição de contas, selecionando as que a cooperativa busca atrair e se relacionar. Ao invés de fazer uma grande campanha para inúmeros contatos, esse método trabalha de forma mais segmentada e direta com contas de alto valor, buscando aumentar conversões de clientes que representam grandes oportunidades para a marca. 3. Presença Digital Estratégica Com o mundo cada vez mais online, trabalhar com marketing digital se torna crucial. É na internet que estão os consumidores, as grandes empresas, os editais públicos e os contatos estratégicos para fechar negócios. Mas não basta apenas criar uma conta nas redes sociais ou um site para a sua cooperativa. É preciso trabalhar de forma estratégica para atingir o público certo, consolidar sua marca como referência no setor e ter resultados verdadeiros. 4. Marketing de Relacionamento e Networking Em especial nos ramos de marketing B2B e B2G, trabalhar com a fidelização do cliente é essencial. Investir em relacionamento é o que pode tornar sua cooperativa uma provedora contínua de uma empresa ou do governo. É de extrema importância estreitar a relação com o cliente, entrando em contato por meio de plataformas digitais, tendo estratégias de pós-venda, investindo em atendimento e centralizando o cliente e sua experiência na hora de tomar decisões dentro da cooperativa. 5. Proposta de Valor No momento da decisão da compra, o que pode diferenciar a sua cooperativa de outras marcas concorrentes é a sua proposta de valor. Essa ferramenta te ajuda a se destacar na jornada do cliente, melhorando a relação da marca com o público. A proposta de valor é o que mostra ao cliente por que a marca é relevante para ele. No marketing B2B ou B2G, isso seria o conjunto dos benefícios, valores, missão e outras características que transformam sua cooperativa na escolha certa para uma empresa ou para o governo. Conclusão: o poder do marketing B2B e o B2G O marketing B2B e o B2G apresentam diversas semelhanças e diferenças que podem - e devem - ser exploradas pelo seu time. Entender suas particularidades permite a construção de campanhas mais segmentadas e eficazes, aumentando as vendas e fortalecendo as relações da cooperativa. Outra prática importante para se destacar é estar sempre atento às mudanças e novidades do mercado. Pensando nisso, o NegóciosCoop desenvolve análises mensais do marketing brasileiro e global, reunindo tendências, desafios e oportunidades que podem afetar o cooperativismo. Confira a Análise Econômica e veja como sua cooperativa pode manter a competitividade e a relevância no cenário atual!

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