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    Como monitorar e melhorar a eficiência operacional da cooperativa

    Em um mercado altamente competitivo, as cooperativas precisam ser eficientes em seus processos produtivos. Esse é um caminho importante para manter a qualidade da operação e otimizar os custos. Ou seja: a eficiência operacional não pode ser deixada de lado. Eficiência operacional não quer dizer, necessariamente, produzir muito. A qualidade dos processos é mais importante do que a quantidade da produção. É perfeitamente possível ter uma alta taxa de volume de produção com baixa eficiência operacional. Neste artigo, você vai entender o que é eficiência operacional, entender por que as cooperativas devem buscar aprimorá-la e quais são os caminhos para isso. Tenha uma boa leitura! Eficiência operacional: o que é e por que ela importa Eficiência operacional é a capacidade de um negócio produzir bens ou serviços da maneira mais otimizada possível, minimizando custos e desperdícios sem comprometer a qualidade do produto final. Nesse contexto, a eficiência operacional não tem a ver apenas com a questão financeira, mas também com a gestão inteligente do tempo dos colaboradores e cooperados. A alocação estratégica de recursos humanos, evitando tarefas manuais desnecessárias em processos passíveis de automação, é um exemplo de eficiência operacional. Alcançar a eficiência operacional demanda um monitoramento constante de todos os aspectos da operação, desde o desempenho individual até a eficácia dos processos. Trata-se, ainda, de um processo contínuo de aperfeiçoamento que impacta diretamente na competitividade das cooperativas. Por que se importar com a eficiência operacional A eficiência operacional traz uma série de benefícios para a cooperativa, tais como: Melhora na qualidade: ao aprimorar a eficiência operacional, a cooperativa vai conseguir reduzir erros no processo produtivo e, consequentemente, gerar melhores produtos. Gestão de tempo: ao otimizar processos, a eficiência operacional resulta na melhor alocação de recursos - inclusive do tempo. Com isso, é possível produzir mais rapidamente. Além disso, cooperados e colaboradores têm mais tempo para se dedicar a outras atividades. Aumento na receita: uma vez que os processos são realizados de forma eficiente, é possível diminuir os custos com desperdícios de insumos e retrabalhos. Além disso, produtos melhores são mais atrativos para os consumidores. Formas de monitorar eficiência operacional Um dos grandes desafios que as cooperativas enfrentam nesta jornada é mensurar e monitorar a eficiência operacional dos processos. Existem indicadores adequados e ferramentas importantes para lidar com essa etapa, como: Overall Equipment Effectiveness (OEE) O Overall Equipment Effectiveness (Eficiência Global de Equipamentos, em português) é o indicador de produtividade mais utilizado em todo o mundo, sobretudo nas indústrias de manufatura. Fortemente ligado à metodologia de manufatura enxuta, que busca otimizar processos, o OEE avalia a performance de um determinado equipamento. Para isso, o indicador mensura o quão efetivamente um equipamento produziu em comparação com a sua capacidade em relação ao tempo. Para calcular o OEE, é necessário compreender três fatores: Disponibilidade: mede o tempo em que o equipamento está realmente produzindo em relação ao tempo planejado para produção. É afetada por paradas não planejadas (falhas, quebras) e paradas planejadas (manutenção, troca de ferramentas). Performance: avalia a velocidade de produção em relação à velocidade ideal do equipamento. É impactada por pequenas paradas e ciclos lentos. Qualidade: analisa a proporção de produtos bons produzidos em relação ao total produzido. Reflete perdas por produção de peças defeituosas ou que requerem retrabalho. O Cálculo do OEE Esses elementos se combinam na fórmula: OEE = Disponibilidade x Performance x Qualidade. Veja um exemplo de como esse cálculo pode ser feito na prática. Vamos supor que uma máquina de empacotamento teve os seguintes dados em um turno de 8 horas - isto é, 480 minutos: Tempo de parada planejada: 30 minutos para manutenção preventiva. Tempo de parada não planejada: 20 minutos devido a um problema elétrico. Tempo de ciclo ideal: 10 segundos por embalagem. Total de embalagens produzidas: 2500 Embalagens defeituosas: 50 A lógica do cálculo leva em consideração os três elementos que vimos acima. A disponibilidade mede o tempo de operação, que é Tempo total - Tempo de parada planejada - Tempo de parada não planejada. Na prática, é assim: Tempo de operação = 480 - 30 - 20 = 430 minutos Tempo de produção planejado = Tempo total - Tempo de parada planejada Tempo de produção planejado = 480 - 30 = 450 minutos Disponibilidade = (Tempo de operação / Tempo de produção planejado) * 100 Disponibilidade = (430 / 450) * 100 = 95,56% A performance, por sua vez, consiste no tempo de ciclo real, que é: Tempo de operação / Total de embalagens produzidas Tempo de ciclo real = (430 * 60) / 2500 = 10,32 segundos Performance = (Tempo de ciclo ideal / Tempo de ciclo real) * 100 Performance = (10 / 10,32) * 100 = 96,90% Também é necessário calcular a qualidade com a lógica a seguir: Total de embalagens produzidas - Embalagens defeituosas) / Total de embalagens produzidas * 100. Qualidade = (2500 - 50) / 2500 * 100 = 98% O cálculo final do OEE, portanto, é o seguinte, levando em consideração a fórmula que que aprendemos há pouco: OEE = 0,9556 x 0,9690 x 0,98 = 0,904 ou 90,4% O OEE de 90,4% indica que a máquina de empacotamento operou com 90,4% de sua eficiência máxima durante o turno. Há espaço para melhorias, principalmente na disponibilidade, reduzindo paradas não planejadas, e na performance, otimizando a velocidade de produção. Outras métricas relevantes Há outras maneiras de mensurar e acompanhar a eficiência operacional da sua cooperativa. Uma delas tem a ver com calcular o valor das entradas e saídas dos processos, na fórmula Eficiência Operacional = Despesas / Receitas. Quanto maior o resultado, pior é a eficiência operacional. Os KPIs (Key Performance Indicators, ou indicadores-chave de performance) também podem ser usados em situações mais específicas para mensurar a eficiência operacional. Na prática, KPIs são as métricas selecionadas para avaliar o sucesso de algum processo da cooperativa. Um KPI relevante nesse cenário é o Overall Labor Effectiveness (OLE), que mensura a eficácia do trabalho. Ele funciona pela fórmula OLE = Disponibilidade x Performance x Qualidade, em que os elementos são: Disponibilidade: mensura o tempo em que os funcionários estão realmente trabalhando em relação ao tempo planejado para trabalho. É afetada por faltas, atrasos, e outras interrupções não planejadas. Performance: avalia a velocidade de produção em relação à velocidade padrão esperada. É influenciada por fatores como treinamento, motivação e organização do trabalho. Qualidade: mede a proporção de produtos ou serviços entregues sem defeitos em relação ao total produzido/entregue. Reflete o impacto de erros, retrabalho e desperdícios. Caminhos para melhorar a eficiência operacional nas cooperativas Agora é hora de conhecermos as maneiras de aprimorar a eficiência operacional das cooperativas. Confira essas dicas para aplicar na sua cooperativa! Conheça seus processos a fundo A eficiência operacional começa com um profundo entendimento de como cada processo funciona dentro da cooperativa. Por isso, é crucial mapear as etapas, identificar gargalos e encontrar pontos de ineficiência. Ao conhecer seus processos a fundo, é possível ter uma visão clara de onde estão as oportunidades de melhoria e, assim, tomar decisões mais assertivas para aumentar a produtividade e reduzir custos. Além disso, analisar os processos em detalhes ajuda a identificar atividades que não agregam valor e podem ser eliminadas, liberando recursos para atividades mais estratégicas. Conhecer os processos a fundo também permite encontrar pontos críticos que exigem maior atenção e controle, garantindo a qualidade do produto ou serviço. Padronize os processos Uma vez que você conhece seus processos a fundo, é hora de padronizá-los. A padronização garante que as atividades sejam executadas da mesma forma, sempre, por todos os envolvidos. Isso reduz a variabilidade, minimiza erros e retrabalhos, e torna os resultados mais previsíveis. Processos padronizados também facilitam o treinamento de novos colaboradores e a integração de equipes, garantindo que todos estejam alinhados. A padronização também permite o monitoramento e controle do desempenho dos processos de forma mais eficaz. Dessa maneira, é mais fácil identificar falhas e corrigi-las. Aposte na automação A automação é uma ferramenta poderosa para aumentar a eficiência operacional, eliminando tarefas repetitivas e manuais, liberando seus funcionários e cooperados para atividades mais estratégicas e criativas. A automação também reduz erros, aumenta a velocidade de execução e permite o processamento de um volume maior de trabalho em menos tempo. Ao automatizar seus processos, as cooperativas ganham escalabilidade, podendo facilmente aumentar ou diminuir a capacidade de produção de acordo com a demanda. Ademais, a automação também habilita a coleta de dados valiosos sobre os processos, que podem ser usados para identificar oportunidades de melhoria contínua e otimizar processos. Inovação e tecnologia são aliadas A busca por inovação e a adoção de novas tecnologias são fundamentais para se manter competitivo no mercado. Assim sendo, as cooperativas devem estar sempre atentas às novidades e tendências do seu setor. É importante avaliar como novas tecnologias podem ser aplicadas para aprimorar processos e, consequentemente, aumentar a eficiência operacional. A tecnologia pode trazer soluções inovadoras para problemas antigos, permitindo que você faça mais com menos recursos. Desde a implementação de softwares de gestão até a adoção de inteligência artificial e machine learning, a tecnologia pode transformar a maneira como você opera, tornando sua empresa mais ágil, eficiente e competitiva. Faça treinamentos e incentive o aperfeiçoamento Investir no desenvolvimento de colaboradores e cooperados é essencial para garantir a eficiência operacional. As cooperativas que estão nessa jornada devem proporcionar treinamentos regulares para aprimorar habilidades das equipes, mantê-las atualizadas com as melhores práticas do mercado e motivar as pessoas a buscarem o aperfeiçoamento contínuo. Portanto, a busca pela eficiência operacional passa por construir uma cultura de aprendizado e desenvolvimento. Outro ponto relevante é encorajar colaboradores e cooperados a contribuir com ideias e sugestões para melhorar os processos. Acompanhe métricas para identificar fragilidades Vimos algumas maneiras de calcular a eficiência operacional nas cooperativas. Acompanhar métricas de desempenho é fundamental para identificar fragilidades e oportunidades de melhoria nos processos. Assim, as cooperativas devem definir indicadores relevantes para cada processo e monitorá-los de perto, buscando entender as causas dos problemas. Utilize ferramentas de análise de dados para extrair insights valiosos e tomar decisões baseadas em evidências. Ao acompanhar suas métricas de perto, você poderá identificar gargalos, ineficiências e problemas de qualidade antes que eles causem grandes impactos na sua operação, permitindo que você aja de forma proativa para corrigir o curso e garantir a eficiência operacional. Use o ciclo PDCA Sempre que algo não estiver dentro das conformidades, a cooperativa que busca aprimorar a eficiência operacional deve aplicar o Ciclo PDCA. Trata-se de uma técnica para lidar com o problema de forma sistemática a fim de que ele seja resolvido e não volte a ocorrer. As quatro etapas do Ciclo PDCA são: Plan (planejar): identificar um problema, analisar qual é a raiz e planejar uma solução. Do (fazer): executar as medidas necessárias planejadas. Check (conferir): avaliar a eficácia da solução aplicada. Act (agir): acompanhar oportunidades de melhoria, novos riscos e mudanças necessárias. Conclusão A busca pela eficiência operacional é central na jornada das cooperativas rumo à competitividade. A enorme concorrência em diversos setores da economia faz com que seja necessário buscar constantemente maneiras de tornar a operação mais eficiente. Para conferir outras estratégias de competitividade, confira o nosso e-book que mostra formas de tornar sua cooperativa mais competitiva!
    Inteligência de Mercado 04/10/2024
    Como monitorar e melhorar a eficiência operacional da cooperativa

    Em um mercado altamente competitivo, as cooperativas precisam ser eficientes em seus processos produtivos. Esse é um caminho importante para manter a qualidade da operação e otimizar os custos. Ou seja: a eficiência operacional não pode ser deixada de lado. Eficiência operacional não quer dizer, necessariamente, produzir muito. A qualidade dos processos é mais importante do que a quantidade da produção. É perfeitamente possível ter uma alta taxa de volume de produção com baixa eficiência operacional. Neste artigo, você vai entender o que é eficiência operacional, entender por que as cooperativas devem buscar aprimorá-la e quais são os caminhos para isso. Tenha uma boa leitura! Eficiência operacional: o que é e por que ela importa Eficiência operacional é a capacidade de um negócio produzir bens ou serviços da maneira mais otimizada possível, minimizando custos e desperdícios sem comprometer a qualidade do produto final. Nesse contexto, a eficiência operacional não tem a ver apenas com a questão financeira, mas também com a gestão inteligente do tempo dos colaboradores e cooperados. A alocação estratégica de recursos humanos, evitando tarefas manuais desnecessárias em processos passíveis de automação, é um exemplo de eficiência operacional. Alcançar a eficiência operacional demanda um monitoramento constante de todos os aspectos da operação, desde o desempenho individual até a eficácia dos processos. Trata-se, ainda, de um processo contínuo de aperfeiçoamento que impacta diretamente na competitividade das cooperativas. Por que se importar com a eficiência operacional A eficiência operacional traz uma série de benefícios para a cooperativa, tais como: Melhora na qualidade: ao aprimorar a eficiência operacional, a cooperativa vai conseguir reduzir erros no processo produtivo e, consequentemente, gerar melhores produtos. Gestão de tempo: ao otimizar processos, a eficiência operacional resulta na melhor alocação de recursos - inclusive do tempo. Com isso, é possível produzir mais rapidamente. Além disso, cooperados e colaboradores têm mais tempo para se dedicar a outras atividades. Aumento na receita: uma vez que os processos são realizados de forma eficiente, é possível diminuir os custos com desperdícios de insumos e retrabalhos. Além disso, produtos melhores são mais atrativos para os consumidores. Formas de monitorar eficiência operacional Um dos grandes desafios que as cooperativas enfrentam nesta jornada é mensurar e monitorar a eficiência operacional dos processos. Existem indicadores adequados e ferramentas importantes para lidar com essa etapa, como: Overall Equipment Effectiveness (OEE) O Overall Equipment Effectiveness (Eficiência Global de Equipamentos, em português) é o indicador de produtividade mais utilizado em todo o mundo, sobretudo nas indústrias de manufatura. Fortemente ligado à metodologia de manufatura enxuta, que busca otimizar processos, o OEE avalia a performance de um determinado equipamento. Para isso, o indicador mensura o quão efetivamente um equipamento produziu em comparação com a sua capacidade em relação ao tempo. Para calcular o OEE, é necessário compreender três fatores: Disponibilidade: mede o tempo em que o equipamento está realmente produzindo em relação ao tempo planejado para produção. É afetada por paradas não planejadas (falhas, quebras) e paradas planejadas (manutenção, troca de ferramentas). Performance: avalia a velocidade de produção em relação à velocidade ideal do equipamento. É impactada por pequenas paradas e ciclos lentos. Qualidade: analisa a proporção de produtos bons produzidos em relação ao total produzido. Reflete perdas por produção de peças defeituosas ou que requerem retrabalho. O Cálculo do OEE Esses elementos se combinam na fórmula: OEE = Disponibilidade x Performance x Qualidade. Veja um exemplo de como esse cálculo pode ser feito na prática. Vamos supor que uma máquina de empacotamento teve os seguintes dados em um turno de 8 horas - isto é, 480 minutos: Tempo de parada planejada: 30 minutos para manutenção preventiva. Tempo de parada não planejada: 20 minutos devido a um problema elétrico. Tempo de ciclo ideal: 10 segundos por embalagem. Total de embalagens produzidas: 2500 Embalagens defeituosas: 50 A lógica do cálculo leva em consideração os três elementos que vimos acima. A disponibilidade mede o tempo de operação, que é Tempo total - Tempo de parada planejada - Tempo de parada não planejada. Na prática, é assim: Tempo de operação = 480 - 30 - 20 = 430 minutos Tempo de produção planejado = Tempo total - Tempo de parada planejada Tempo de produção planejado = 480 - 30 = 450 minutos Disponibilidade = (Tempo de operação / Tempo de produção planejado) * 100 Disponibilidade = (430 / 450) * 100 = 95,56% A performance, por sua vez, consiste no tempo de ciclo real, que é: Tempo de operação / Total de embalagens produzidas Tempo de ciclo real = (430 * 60) / 2500 = 10,32 segundos Performance = (Tempo de ciclo ideal / Tempo de ciclo real) * 100 Performance = (10 / 10,32) * 100 = 96,90% Também é necessário calcular a qualidade com a lógica a seguir: Total de embalagens produzidas - Embalagens defeituosas) / Total de embalagens produzidas * 100. Qualidade = (2500 - 50) / 2500 * 100 = 98% O cálculo final do OEE, portanto, é o seguinte, levando em consideração a fórmula que que aprendemos há pouco: OEE = 0,9556 x 0,9690 x 0,98 = 0,904 ou 90,4% O OEE de 90,4% indica que a máquina de empacotamento operou com 90,4% de sua eficiência máxima durante o turno. Há espaço para melhorias, principalmente na disponibilidade, reduzindo paradas não planejadas, e na performance, otimizando a velocidade de produção. Outras métricas relevantes Há outras maneiras de mensurar e acompanhar a eficiência operacional da sua cooperativa. Uma delas tem a ver com calcular o valor das entradas e saídas dos processos, na fórmula Eficiência Operacional = Despesas / Receitas. Quanto maior o resultado, pior é a eficiência operacional. Os KPIs (Key Performance Indicators, ou indicadores-chave de performance) também podem ser usados em situações mais específicas para mensurar a eficiência operacional. Na prática, KPIs são as métricas selecionadas para avaliar o sucesso de algum processo da cooperativa. Um KPI relevante nesse cenário é o Overall Labor Effectiveness (OLE), que mensura a eficácia do trabalho. Ele funciona pela fórmula OLE = Disponibilidade x Performance x Qualidade, em que os elementos são: Disponibilidade: mensura o tempo em que os funcionários estão realmente trabalhando em relação ao tempo planejado para trabalho. É afetada por faltas, atrasos, e outras interrupções não planejadas. Performance: avalia a velocidade de produção em relação à velocidade padrão esperada. É influenciada por fatores como treinamento, motivação e organização do trabalho. Qualidade: mede a proporção de produtos ou serviços entregues sem defeitos em relação ao total produzido/entregue. Reflete o impacto de erros, retrabalho e desperdícios. Caminhos para melhorar a eficiência operacional nas cooperativas Agora é hora de conhecermos as maneiras de aprimorar a eficiência operacional das cooperativas. Confira essas dicas para aplicar na sua cooperativa! Conheça seus processos a fundo A eficiência operacional começa com um profundo entendimento de como cada processo funciona dentro da cooperativa. Por isso, é crucial mapear as etapas, identificar gargalos e encontrar pontos de ineficiência. Ao conhecer seus processos a fundo, é possível ter uma visão clara de onde estão as oportunidades de melhoria e, assim, tomar decisões mais assertivas para aumentar a produtividade e reduzir custos. Além disso, analisar os processos em detalhes ajuda a identificar atividades que não agregam valor e podem ser eliminadas, liberando recursos para atividades mais estratégicas. Conhecer os processos a fundo também permite encontrar pontos críticos que exigem maior atenção e controle, garantindo a qualidade do produto ou serviço. Padronize os processos Uma vez que você conhece seus processos a fundo, é hora de padronizá-los. A padronização garante que as atividades sejam executadas da mesma forma, sempre, por todos os envolvidos. Isso reduz a variabilidade, minimiza erros e retrabalhos, e torna os resultados mais previsíveis. Processos padronizados também facilitam o treinamento de novos colaboradores e a integração de equipes, garantindo que todos estejam alinhados. A padronização também permite o monitoramento e controle do desempenho dos processos de forma mais eficaz. Dessa maneira, é mais fácil identificar falhas e corrigi-las. Aposte na automação A automação é uma ferramenta poderosa para aumentar a eficiência operacional, eliminando tarefas repetitivas e manuais, liberando seus funcionários e cooperados para atividades mais estratégicas e criativas. A automação também reduz erros, aumenta a velocidade de execução e permite o processamento de um volume maior de trabalho em menos tempo. Ao automatizar seus processos, as cooperativas ganham escalabilidade, podendo facilmente aumentar ou diminuir a capacidade de produção de acordo com a demanda. Ademais, a automação também habilita a coleta de dados valiosos sobre os processos, que podem ser usados para identificar oportunidades de melhoria contínua e otimizar processos. Inovação e tecnologia são aliadas A busca por inovação e a adoção de novas tecnologias são fundamentais para se manter competitivo no mercado. Assim sendo, as cooperativas devem estar sempre atentas às novidades e tendências do seu setor. É importante avaliar como novas tecnologias podem ser aplicadas para aprimorar processos e, consequentemente, aumentar a eficiência operacional. A tecnologia pode trazer soluções inovadoras para problemas antigos, permitindo que você faça mais com menos recursos. Desde a implementação de softwares de gestão até a adoção de inteligência artificial e machine learning, a tecnologia pode transformar a maneira como você opera, tornando sua empresa mais ágil, eficiente e competitiva. Faça treinamentos e incentive o aperfeiçoamento Investir no desenvolvimento de colaboradores e cooperados é essencial para garantir a eficiência operacional. As cooperativas que estão nessa jornada devem proporcionar treinamentos regulares para aprimorar habilidades das equipes, mantê-las atualizadas com as melhores práticas do mercado e motivar as pessoas a buscarem o aperfeiçoamento contínuo. Portanto, a busca pela eficiência operacional passa por construir uma cultura de aprendizado e desenvolvimento. Outro ponto relevante é encorajar colaboradores e cooperados a contribuir com ideias e sugestões para melhorar os processos. Acompanhe métricas para identificar fragilidades Vimos algumas maneiras de calcular a eficiência operacional nas cooperativas. Acompanhar métricas de desempenho é fundamental para identificar fragilidades e oportunidades de melhoria nos processos. Assim, as cooperativas devem definir indicadores relevantes para cada processo e monitorá-los de perto, buscando entender as causas dos problemas. Utilize ferramentas de análise de dados para extrair insights valiosos e tomar decisões baseadas em evidências. Ao acompanhar suas métricas de perto, você poderá identificar gargalos, ineficiências e problemas de qualidade antes que eles causem grandes impactos na sua operação, permitindo que você aja de forma proativa para corrigir o curso e garantir a eficiência operacional. Use o ciclo PDCA Sempre que algo não estiver dentro das conformidades, a cooperativa que busca aprimorar a eficiência operacional deve aplicar o Ciclo PDCA. Trata-se de uma técnica para lidar com o problema de forma sistemática a fim de que ele seja resolvido e não volte a ocorrer. As quatro etapas do Ciclo PDCA são: Plan (planejar): identificar um problema, analisar qual é a raiz e planejar uma solução. Do (fazer): executar as medidas necessárias planejadas. Check (conferir): avaliar a eficácia da solução aplicada. Act (agir): acompanhar oportunidades de melhoria, novos riscos e mudanças necessárias. Conclusão A busca pela eficiência operacional é central na jornada das cooperativas rumo à competitividade. A enorme concorrência em diversos setores da economia faz com que seja necessário buscar constantemente maneiras de tornar a operação mais eficiente. Para conferir outras estratégias de competitividade, confira o nosso e-book que mostra formas de tornar sua cooperativa mais competitiva!

    16 min de leitura

    Mercado Nacional 04/10/2024
    Árvore dos porquês: o que é e como aplicá-la em sua cooperativa

    O Diagnóstico de Negócios Assistido do NegóciosCoop foca em oferecer as melhores condições para as cooperativas se desenvolverem, aumentando o faturamento e resolvendo problemas. Para isso, a iniciativa conta com diversas ferramentas. Uma delas é a chamada Árvore dos Porquês. A Árvore dos Porquês também é conhecida como metodologia dos 5 porquês. Ela é a quinta - e penúltima - fase do programa. Vamos entender mais sobre a ferramenta e seu papel no Diagnóstico de Negócios Assistido do NegóciosCoop! Árvore dos porquês: o que é e como funciona A metodologia dos 5 porquês surgiu com o propósito de buscar a causa raiz de todo e qualquer problema. A ideia é olhar para os obstáculos como uma oportunidade de aprender e resolvê-los de uma vez por todas. Ao abordar o problema detalhadamente, buscando a razão intrínseca do erro, é possível obter uma visão mais aprofundada sobre o que está acontecendo dentro de toda a cooperativa e evitar interrupções no fluxo de trabalho. Mas essa não é a única vantagem de aplicar a árvore dos porquês em sua cooperativa. A metodologia permite identificar os problemas de forma mais rápida e eficiente, sem a necessidade de grandes investimentos ou recursos. Além disso, tem uma alta acessibilidade, uma vez que não há a necessidade de ferramentas complexas ou especialização. O uso dos 5 porquês também pode fomentar mudanças internas, já que precisa ser realizado em equipe. Essa interação é essencial para o desenvolvimento do pensamento analítico e da eficiência organizacional. Como funciona a árvore dos porquês A árvore dos porquês é uma metodologia simples de ser aplicada, afinal, consiste em uma sequência de perguntas iguais. No entanto, para que ela funcione, é necessário seguir uma série de passos. Antes dos questionamentos começarem, o responsável deve reunir sua equipe, composta de profissionais que foram afetados pelos problemas em questão. Em seguida, é necessário definir a adversidade a ser resolvida. Com o problema definido, inicia-se a sequência de perguntas. Embora o nome sugira cinco perguntas, o número pode variar dependendo da complexidade do problema. Por que o problema ocorreu? Por que o motivo da questão 1 aconteceu? Por que o motivo da questão 2 aconteceu? Por que o motivo da questão 3 aconteceu? Por que o motivo da questão 4 aconteceu? "Ao responder aos 'Porquês', a equipe deve explorar todos os aspectos do problema, incluindo aqueles que não foram considerados inicialmente. A ideia da metodologia é aflorar a imaginação dos presentes, buscando ideias, sugestões e causas que não foram elencadas anteriormente. Com a causa raiz definida, o time precisa desenvolver um plano de ação detalhado para resolver o problema. Com a solução em prática, a organização deve apenas monitorar os resultados e fazer alterações necessárias. Árvore dos porquês no Diagnóstico de Negócios A árvore dos porquês é a quinta fase do Diagnóstico de Negócios Assistido. Na segunda e terceira etapa, a cooperativa é analisada a partir da Matriz PODA e do quadro de prioridades (Amores e Dores), respectivamente. As deficiências apresentadas na segunda fase, mais especificamente os desafios internos, são priorizadas na terceira fase. Diante de inúmeros desafios, a equipe deve analisá-los e formular três principais deficiências que afetam a cooperativa, sendo essa a quarta fase do Diagnóstico Assistido. Com três desafios principais a serem resolvidos, está na hora de buscar a causa raiz com a ajuda da árvore dos porquês. Assim, é possível chegar nas causas intrínsecas dos problemas da cooperativa e formular um plano de ação detalhado. Como aplicar a metodologia árvore dos porquês na sua cooperativa Para colocar a metodologia dos 5 porquês em prática, você deve juntar sua equipe e todos os afetados pelo problema. Em seguida, o obstáculo a ser ultrapassado é definido. Com o problema a ser resolvido em mente, o grupo já pode começar os questionamentos. Como o próprio nome já diz, a pergunta “Por que?” se repete, em média, mais quatro vezes e os questionamentos só são encerrados quando a causa raiz for encontrada. Confira um exemplo de Árvore dos Porquês aplicado ao cooperativismo: Com a causa raiz encontrada, é hora de construir um bom plano de ação. O responsável pela ação deve elencar as soluções que serão colocadas em prática, definindo responsáveis, e o prazo para a execução. E não acaba por aí! É necessário monitorar os resultados, verificar se o problema foi resolvido e fazer as alterações necessárias. Assim, a probabilidade de um mesmo obstáculo atrapalhar o sucesso de sua cooperativa é menor. Conclusão A Árvore dos Porquês é uma ferramenta essencial para que as cooperativas identifiquem a raiz dos seus problemas e implementem soluções eficazes dentro da dinâmica do Diagnóstico de Negócios Assistido. A metodologia ocupa a quinta fase do programa e, assim como as outras, é essencial para o sucesso da cooperativa. O Diagnóstico de Negócios do NegóciosCoop está em fase de expansão, atendendo pequenas cooperativas de agricultura familiar e artesanato. Porém, caso você tenha se interessado pela solução, entre em contato com a sua Organização Estadual da OCB e acompanhe as novidades!

    8 min de leitura

    Mercado Nacional 01/10/2024
    Quadro de prioridades: o que é e como aplicá-lo na sua cooperativa

    Diante de um cenário de constantes mudanças, recursos limitados e demandas iminentes, é necessário priorizar ações estratégicas que focam nas áreas de maior impacto da sua cooperativa. Para isso, é preciso estabelecer prioridades e, a partir delas, organizar recursos e tarefas. Com as áreas e tarefas devidamente organizadas por prioridade, a gestão consegue reconhecer oportunidades e ficar alerta a possíveis riscos, minimizando o impacto ou até mesmo os evitando. Para isso, a cooperativa pode contar com uma ferramenta chamada de "quadro de prioridades". Vamos entender mais sobre a solução, sua importância e como aplicá-la? Boa leitura! O quadro de prioridades: o que é e como funciona Um quadro de prioridades é responsável por organizar tarefas, distribuindo-as mediante o nível de importância para o desenvolvimento de um projeto. O ponto interessante é que a ferramenta pode ser adaptada para qualquer área ou programa de sua cooperativa. O tipo de quadro mais conhecido e utilizado é influenciado pela Matriz de Eisenhower, que consiste em classificar as tarefas de acordo com seu nível de urgência e prioridade, e dividi-las em quatro quadrantes: Quadrante 1: Urgente e importante Quadrante 2: Urgente e sem importância Quadrante 3: Sem urgência e importante Quadrante 4: Sem urgência, nem importância Na prática, o quadro pode ser visualizado da seguinte forma: Quando pensamos em urgência, estamos falando de tarefas que têm um prazo curto e que exigem atenção imediata. Já as atividades classificadas como importantes são essenciais a longo prazo, como relatórios mensais e planejamento. Diante dessas classificações, o quadro de prioridades pode ser desenhado e colocado em prática. Assim, você e sua equipe têm uma visão do que deve ser feito imediatamente, o que pode ser agendado, as atividades que serão delegadas e as que podem ser excluídas, respectivamente. Vale pontuar que o quadro de prioridades influenciado pela Matriz de Eisenhower é normalmente utilizado para: Organizar e gerir projetos complexos; Auxiliar na tomada de decisões; Elaborar a rotina diária. Por que é importante ter um quadro de prioridades Além de organizar todas as tarefas de um projeto ou área da cooperativa, o quadro de prioridades também oferece outros benefícios. Diante de um planejamento claro e visual, é possível observar melhorias na comunicação e cooperação entre a equipe. Outro ponto positivo da implementação do quadro de prioridades é a rapidez com que problemas e gargalos são identificados e resolvidos. Com uma clara separação de tarefas e priorização das atividades, a gestão e a equipe conseguem acompanhar o andamento do projeto e se atentar a possíveis adversidades. Dicas para priorização de tarefas O primeiro passo para ter um quadro de prioridades de sucesso é saber como priorizar as tarefas, as elencando por ordem de importância e urgência. E é claro que existem boas práticas e dicas que podem tornar esse processo ainda mais fácil e descomplicado. Vamos conhecê-las? Faça uma lista: com uma infinidade de tarefas a serem entregues, é interessante listá-las. Além de evitar o esquecimento, a listagem auxilia na organização diária e gera motivação na equipe. Atente-se aos prazos: para decidir o que deve ser feito primeiro, a equipe também deve considerar o prazo das tarefas. Com todas as atividades listadas, avalie as pendências e quanto tempo o time terá para concluí-las. Elimine primeiro: uma alternativa para realizar uma priorização assertiva é preencher o quarto quadrante antes. Assim, você já sabe quais tarefas podem ser eliminadas, e quais precisam ser priorizadas. Use esquemas visuais: para tornar a organização das tarefas ainda mais fácil, e garantir que os prazos sejam cumpridos, esquemas visuais podem ser uma ótima opção. A boa prática evita atrasos e garante que a equipe entenda as tarefas e as execute com qualidade. Limite a quantidade de tarefas de cada grupo: não sobrecarregue a equipe e o quadro de prioridades com uma infinidade de tarefas a serem realizadas. Limitando o número de tarefas por quadrantes, o time evita a desorganização. Faça revisões periódicas na lista: de tempos em tempos é imprescindível fazer revisões na lista de tarefas. Com atividades importantes em andamento, outras, que antes não eram prioritárias, acabam ocupando o topo da lista. Quadro de prioridades no Diagnóstico de Negócios Assistido O quadro de prioridades garante a organização de inúmeras áreas da cooperativa, afinal, separa as tarefas segundo a necessidade e urgência. Além de trazer diversos benefícios quando implementada, a ferramenta também é versátil. No Diagnóstico de Negócios Assistido, do AvaliaCoop do Sistema OCB, o quadro de prioridades é influenciado pela matriz SWOT (FOFA). Diante dos itens elencados pela análise, dois quadros são desenhados: o quadro de amores e o de dores. O quadro de amores consiste nas forças e oportunidades da cooperativa; já o de dores, as fraquezas e ameaças. A ferramenta é usada para identificar os itens que podem impactar a cooperativa de maneira positiva, ou negativa, e, consequentemente, o que deve ser priorizado. Os quadros fazem parte da terceira fase do Diagnóstico de Negócios e estão interligados com as etapas anteriores e posteriores. Nas duas primeiras fases, você aprende como resgatar o histórico da cooperativa, e como adotar a análise SWOT, respectivamente. Conheça mais, acessando os links abaixo: Confira como resgatar o histórico da sua cooperativa e construir uma linha do tempo Análise SWOT (FOFA): o que é e como adotar na sua cooperativa

    8 min de leitura

    Inteligência de Mercado 12/09/2024
    Inteligência artificial: fique por dentro da nova era da inovação corporativa

    A adoção da inteligência artificial nos negócios tornou-se praticamente indispensável. Cercado de tecnologia, o mundo corporativo está aplicando ferramentas de IA para aprimorar e automatizar alguns processos, visando a maior produtividade e rentabilidade da cooperativa. É importante ficar por dentro das tendências tecnológicas, para acompanhar como as cooperativas estão inovando com a inteligência artificial. Neste artigo, vamos apresentar os benefícios, aplicações e desafios da IA no mundo dos negócios. O impacto da IA nos negócios A inteligência artificial está presente em grande parte das organizações. De acordo com a pesquisa da PWC, 2023 Emerging Technology Survey, 73% das organizações americanas já adotaram a IA em pelo menos uma área. A adoção da IA causa grandes impactos nos negócios. Os benefícios oriundos da aplicação da inteligência artificial nas organizações despontam em diversas áreas e apresentam uma melhoria significativa nos resultados das cooperativas. As áreas com maior adoção de IA Dentre o avanço da inteligência artificial nas cooperativas, uma vertente da tecnologia se destaca. A GenAI, ou inteligência artificial generativa, se caracteriza pela habilidade de criar conteúdo e ideias, incluindo conversas, imagens e até músicas. Um estudo da Gartner apontou que esse é o modelo mais adotado pelas organizações, estando presente em 1 a cada 5 negócios. Ainda de acordo com a pesquisa, as áreas com maior aplicação da IA são o atendimento ao cliente, marketing, vendas e TI, respectivamente. Usos da inteligência artificial em prol da inovação no cooperativismo Muitas iniciativas inovadoras no cooperativismo giram em torno de soluções tecnológicas. Diversas cooperativas já adotaram a inteligência artificial como solução para alguns desafios e obtiveram resultados surpreendentes. Chatbots e atendimento Estar sempre disponível e prestar auxílio rapidamente é muito importante quando se trata de atendimento ao cliente. Porém, essa prontidão imediata pode ser difícil de ser alcançada, tendo em vista os limites humanos. A IA generativa funciona muito bem em situações como essas. Com a capacidade de desenvolver conversas, ela pode ser uma alternativa para um primeiro contato veloz e eficaz do consumidor com a marca. A Unimed Natal, maior operadora de saúde do Rio Grande do Norte, contou com a ajuda de robôs inteligentes desenvolvidos pela BRbots para modernizar seu sistema de atendimento. A atualização eliminou as filas de espera por atendimento e dobrou o número de atendimentos simultâneos, além de gerar uma economia de mais de R$ 500 mil. Automação de processos Muitas pessoas acreditam que a inteligência artificial pode tomar o lugar dos trabalhadores. No entanto, existem processos cuja automação pode otimizar o trabalho dos colaboradores, diminuindo seu foco em tarefas repetitivas e mais simples. A Coopavel é um exemplo de cooperativas que obtiveram êxito com automações. A cooperativa agropecuária adotou um sistema que une inteligência artificial e processamento de imagens para melhorar a eficiência do processo de sangramento dos frangos. O sistema monitora se as aves foram adequadamente sangradas e, em caso de falhas, emite alertas. Com isso, a cooperativa aumentou sua produtividade e pode evitar autuações por falhas no procedimento. Análise de dados Em um mundo em que as decisões são regidas por dados, contar com a ajuda da tecnologia para analisá-los é uma ótima maneira de tornar as escolhas mais eficientes. A análise de dados realizada pela IA pode contar com o estudo de números até a avaliação de fotos e vídeos, sempre visando melhorar os resultados das organizações. O objetivo é otimizar os processos e torná-los mais rápidos e precisos. Com isso, as cooperativas conseguem economizar tempo e recursos na hora de fazer uma análise de dados eficiente. A Integrada Cooperativa Agroindustrial utilizou a IA para realizar a análise de imagens de satélite, a fim de identificar solos não cultivados. Com o crescimento da demanda desse tipo de estudo, a cooperativa criou o projeto Áreas Agricultáveis, que usa inteligência artificial para fazer uma análise de 30 dias ser realizada em somente 20 minutos. Combate a fraudes Já que é boa em analisar informações, a inteligência artificial tem um grande potencial para combater fraudes. Por meio da análise e comparação de dados, a IA pode auxiliar alguns negócios com uma identificação precisa de irregularidades. Foi exatamente buscando diminuir a quantidade de fraudes em pedidos de reembolso que a Unimed Nacional decidiu implementar a inteligência artificial. A cooperativa desenvolveu uma tecnologia que busca tentativas de adulteração ou de reuso nos reembolsos. O objetivo da solução de avaliar e identificar recibos fraudulentos foi atingido, evitando um gasto de quase R$ 9 milhões em um ano. Além disso, os colaboradores puderam focar sua atenção em problemas maiores, como identificar padrões de fraude e revisar casos inconclusivos. Suporte aos colaboradores A inteligência artificial pode ser muito útil para os colaboradores. A tecnologia pode auxiliar no cotidiano dos funcionários e cooperados, facilitando algumas tarefas e melhorando seu desempenho. Por isso, oferecer ferramentas de IA é uma boa maneira de incentivar uma maior eficiência e produtividade por parte dos colaboradores. Buscando proporcionar as melhores ferramentas aos seus funcionários, o Sicredi desenvolveu uma inteligência artificial generativa própria chamada TheoGPT. Porém, a tecnologia criada foi feita exclusivamente para a cooperativa e não estava a par das atualizações de mercado da IA. Com o tempo, o TheoGPT se tornou obsoleto e foi substituído pelo Microsoft Copilot, o assistente de inteligência artificial generativa da Microsoft. A nova tecnologia é capaz de suprir as necessidades dos colaboradores e oferecer suporte na execução de suas tarefas diárias. Recrutamento e seleção O processo de recrutamento e seleção é muito importante pensando na formação de uma boa equipe, que esteja em harmonia com os valores da organização. Atualmente, existem softwares que facilitam o processo e garantem a escolha de candidatos ideais para cada vaga. A especialista Ester Pacheco acredita que todo o processo de contratação pode ser automatizado, contando com a ajuda da IA. De acordo com ela, o uso de softwares de recrutamento e seleção também garante uma escolha mais precisa dos novos talentos, diminuindo a chance de gastos futuros com demissões por falta de aderência cultural. “Com o uso de tecnologia através de soluções inteligentes, é possível automatizar todo o processo de recrutamento e seleção, desde a publicação de uma vaga, passando por uma seleção de currículos detalhada de diferentes perfis profissionais, ajudando a encontrar os melhores profissionais de forma rápida e simplificada. Assim, as cooperativas conseguem otimizar o processo de recrutamento e seleção”, Ester afirma. Riscos para a adoção da inteligência artificial nos negócios Assim como em qualquer outra ferramenta, há também alguns riscos na adoção da inteligência artificial nos negócios. Mesmo com os inúmeros benefícios obtidos a partir do uso da tecnologia, existem questões às quais é importante prestar atenção. Imprecisões e erros Basicamente, a inteligência artificial generativa funciona a partir do recebimento de um grande volume de dados e, a partir de algoritmos, ela consegue aprender e redigir ideias sobre um tema. Porém, se os dados oferecidos à IA forem imprecisos, a tecnologia pode acabar fornecendo respostas equivocadas. Além disso, a GenAI funciona a partir de um sistema probabilístico, ou seja, ela analisa dados para produzir o argumento mais provável em cada cenário. No entanto, muitas vezes a inteligência artificial não possui a base de dados necessários para a formulação de uma resposta precisa e pode 'inventar' uma resposta. Portanto, é sempre recomendável checar toda a informação obtida pela inteligência artificial. Infrações de propriedade intelectual Existem muitas discussões em torno da propriedade intelectual das respostas formuladas pela inteligência artificial. De acordo com a lei brasileira, os conteúdos criados pela IA generativa não são protegidos por direitos autorais e, portanto, podem ser usados livremente por todos. O problema é que a tecnologia se baseia em materiais de outros criadores para alimentar sua base de dados e treinar seus algoritmos. Outro ponto problemático é que, como a IA se fundamenta em diversas obras para formular uma resposta, fica quase impossível de determinar suas fontes principais - e consequentemente, de creditá-las. Privacidade de dados As ferramentas de inteligência artificial, assim como tantas outras, possuem uma política de privacidade e usos de dados. Muitas vezes ignorados, esses documentos autorizam a coleta de informações sobre os usuários. O problema é que os dados de cadastro e os comandos fornecidos à IA são armazenados e utilizados no treinamento da tecnologia, e podem ser oferecidos a terceiros não identificados na política de privacidade. Isso não apenas agride leis como a LGPD, como também viola a privacidade dos usuários. Compliance A inteligência artificial pode ser adotada para auxiliar na organização interna das cooperativas, sendo possível basear a governança da organização na tecnologia. Porém, é preciso estar atento aos parâmetros de uso da IA. Utilizar a ferramenta de forma ética e com transparência é essencial para não comprometer os dados e informações tanto dos clientes quanto da própria organização. Por isso, deve existir a atualização e o monitoramento das políticas de uso da IA contínua, tendo em vista que elas precisam ser dinâmicas e acompanhar a evolução da tecnologia. Desafios para integrar a IA nos negócios e inovar Ainda que o uso da IA, quando feito com precaução, seja benéfico às cooperativas, existem alguns desafios que impedem a integração da tecnologia na organização. Tanto fatores internos quanto externos podem atrapalhar a adoção da inteligência artificial e é importante se manter atento a eles. Transformar a IA em resultados reais Dados da consultoria Bain & Company mostram que 85% dos negócios colocam a IA como uma de suas cinco principais prioridades, mas somente 11% dos participantes do estudo sabem dizer como a IA vai gerar valor. Após uma certa euforia para adotar ferramentas de inteligência artificial, agora as organizações estão tentando identificar como obter e mensurar o retorno do investimento que fizeram com a inteligência artificial. Existe muita expectativa de que a tecnologia vai melhorar a produtividade e a eficiência, mas poucos negócios conseguem explicar como isso vai acontecer. Encontrar aplicações reais e valiosas As informações obtidas a partir da inteligência artificial são essenciais e podem nortear as decisões tomadas dentro de uma cooperativa. Porém, é importante tirar as análises do papel e colocá-las em prática. Buscar aplicações condizentes com a realidade da cooperativa é a melhor maneira de trabalhar com a inteligência artificial. Assim, pode-se obter os melhores resultados com o auxílio da IA. Qualificação dos colaboradores Apesar da vontade de implementar ferramentas de IA, muitas vezes as organizações não contam com colaboradores qualificados. Não é qualquer pessoa que consegue trabalhar com a inteligência artificial, e esse é um ponto que deve ser levado em consideração. Lidar com essa tecnologia requer treinamento, que deve ser oferecido aos colaboradores. Só assim eles conseguirão extrair os melhores resultados do uso da IA e otimizar de fato suas tarefas. Transformação digital e cultural Além do treinamento dos funcionários e cooperados, a organização precisa passar por uma transformação cultural completa para implementar os serviços da IA. Adotar esse nível de tecnologia requer que a cooperativa tenha um ambiente digital bem estruturado. Portanto, antes de incorporar ferramentas de inteligência artificial é importante se perguntar se a estrutura da cooperativa está apta a lidar com novas tecnologias ou disposta a se adaptar às mudanças digitais. O futuro da inteligência artificial generativa nos negócios Mesmo com alguns desafios, muitas cooperativas estão investindo para trazer a inteligência artificial para os seus negócios. De acordo com um levantamento feito pela MIT Sloan Management Review, 52% dos entrevistados contam com um programa que envolve IA em sua organização. A vertente da IA generativa é a mais buscada e utilizada pelas organizações e tudo indica que a tecnologia se tornará cada vez mais aprimorada e útil no cotidiano das cooperativas. Especialização dos modelos Ainda que os modelos gerais de inteligência artificial funcionem perfeitamente bem, a tendência é que haja a especialização dos sistemas no futuro. Buscar uma IA que foque em apenas um setor pode diminuir alguns dos riscos que a tecnologia tradicional apresenta. Se pensarmos que uma inteligência artificial focada em um tema específico terá maior expertise sobre o assunto, por exemplo, diminuem as chances de alucinação nas respostas. Por isso, em conjunto com o desenvolvimento de grandes modelos de linguagem (LLMs), está surgindo a demanda por IAs mais específicas. Criação de dados sintéticos Os dados sintéticos são informações artificialmente produzidas que oferecem suporte a sistemas que trabalham com dados indisponíveis ou inutilizáveis graças a regulamentações de privacidade. A tendência é que a GenAI possa auxiliar as organizações na criação desse tipo de dado. A geração de dados sintéticos também permite a simulação de novos ambientes e a identificação de oportunidades de desenvolvimento. Portanto, é interessante direcionar essa funcionalidade da inteligência artificial para setores relacionados ao crescimento dos negócios. Busca por IA sustentável A adoção crescente da IA generativa pode trazer riscos ao meio ambiente. Tornou-se uma preocupação minimizar o uso de energia e recursos necessários para o desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial. Por outro lado, planeja-se que a IA deve otimizar a energia renovável e a infraestrutura, tanto de serviços locais quanto na nuvem. Com ações como a otimização da energia e a diversificação de seus fornecedores e o uso de operações de ponta da GenAI, esse objetivo sustentável pode ser atingido. Conclusão: a inteligência artificial e o futuro dos negócios A inteligência artificial tem trazido soluções inovadoras para dentro das cooperativas. Seja com a GenAI ou com a implementação da IA em processos da organização, a tecnologia auxilia na superação de obstáculos e na otimização de resultados. Tendo em vista a importância da inteligência artificial nas cooperativas, o InovaCoop desenvolveu o Guia Prático: Como usar inteligência artificial na prática. Com ele, você pode aprender mais sobre a IA generativa e a automação de tarefas.

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