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Confira 9 dicas para melhorar a comunicação com o cooperado
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O sentimento de pertencimento dos cooperados é um dos grandes diferenciais que tornam o cooperativismo tão único e competitivo. Diante disso, ele precisa ser continuamente estimulado em prol da construção de uma cultura sólida calcada nos valores do cooperativismo. A maior aliada dessa jornada é proporcionar uma efetiva comunicação com o cooperado. Além disso, a comunicação com o cooperado é essencial para que as cooperativas possam perpetuar seus valores, incentivar o engajamento e receber feedbacks da comunidade. Esses fatores ajudam a fortalecer não só a sua cooperativa, mas também o ecossistema cooperativista de negócios como um todo. Em meio ao acelerado processo de transformação digital, a comunicação com o cooperado ganha novas ferramentas, ao mesmo tempo em que precisa enfrentar desafios para tirar proveito das mudanças tecnológicas, culturais e geracionais. Tudo isso sem deixar de lado a transparência e a governança. Nove dicas para aprimorar a comunicação com o cooperado Diante desse cenário, o NegóciosCoop reuniu nove dicas para que sua cooperativa possa aprimorar a comunicação com o cooperado, tornando os laços mais fortes e a participação mais ativa - sempre com informações pertinentes e conteúdo de qualidade. Confira! 1. A comunicação com o cooperado começa por um onboarding receptivo e esclarecedor Uma boa comunicação com o cooperado é um ponto de partida fundamental para construir uma relação produtiva desde o início. Nesse sentido, que tal proporcionar um onboarding para que os cooperados conheçam melhor o modelo de negócios cooperativista, com suas particularidades? Por mais que o cooperativismo brasileiro seja uma potência econômica, muita gente desconhece como ele funciona por dentro. A hora de integrar novos cooperados representa uma grande oportunidade para divulgar os princípios do cooperativismo e reforçar como os cooperados são os donos do negócio. A Viacredi, cooperativa de crédito que integra o Sistema Ailos e conta com mais de 900 mil cooperados, realiza dezenas de encontros de boas-vindas todo mês de forma online e presencial. Os eventos são ministrados pelas lideranças dos postos de atendimento. Todos os cooperados que se associam à Viacredi são convidados a participar do encontro e conhecer mais sobre a cooperativa, sua atuação na vida das pessoas e no desenvolvimento da comunidade. Todo mês, a cooperativa recebe mais de 8 mil novos cooperados. O onboarding é uma maneira de fazer com que o crescimento e a cultura da cooperativa se desenvolvam lado a lado. 2. Promova assembleias híbridas e digitais A pandemia de Covid-19 acelerou um movimento de crescimento de eventos digitais e interativos, como é o caso das assembleias. Novas ferramentas tecnológicas se consolidaram, ao mesmo tempo em que a legislação foi modernizada para que as cooperativas pudessem realizar esse momento tão importante de forma remota. A realização de assembleias híbridas e digitais, aliás, permite que mais cooperados possam participar e exercer o segundo princípio cooperativista: a adesão voluntária e livre. Além disso, existe a possibilidade de fazer votações assíncronas, dando flexibilidade ao processo. O resultado é que mais cooperados vão estar por dentro dos resultados e iniciativas da cooperativa. Foi o que aconteceu na mineira Expocaccer (Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado). Durante a pandemia, a cooperativa passou a realizar assembleias digitais em seu processo de comunicação com o cooperado. Assim sendo, a primeira assembleia semipresencial da Expocaccer aconteceu em 2020. Mesmo com o fim das restrições, a cooperativa manteve o modelo de suas assembleias. Essa nova forma de comunicação com o cooperado, inclusive, pode fomentar a intercooperação. Para a realização de suas assembleias híbridas, a Expocaccer utilizou o aplicativo Curia, que foi desenvolvido por outra cooperativa, a Coopersystem. 3. Utilize as redes sociais na comunicação com o cooperado Um levantamento da consultoria Comscore revela que o Brasil é o 3º país que mais consome redes sociais no mundo. O ambiente virtual se tornou fundamental para a divulgação das marcas e também cria oportunidades para que as cooperativas se comuniquem com seus cooperados. Nesse cenário, as redes sociais se apresentam como canais importantes para comunicar e engajar os cooperados, tanto em relação a conteúdos informativos quanto a uma comunicação voltada à solidificação de identidade de marca e cultura organizacional da cooperativa. As mídias sociais, afinal, não existem só para fazer marketing. Veja, por exemplo, o caso da Coplacana. Em 2020, a cooperativa agropecuária diagnosticou uma falta de engajamento e participação dos jovens, o que abriu os olhos das lideranças para problemas na sucessão familiar nas propriedades dos cooperados. O Núcleo Jovem Coplacana foi, então, criado para lidar com essa desconexão geracional. A estratégia do Núcleo Jovem Coplacana tem as redes sociais como protagonistas na comunicação com o cooperado jovem. A iniciativa conta com uma conta no Instagram administrada pelos integrantes do grupo, de forma a criar uma comunidade que irá preparar os futuros líderes da cooperativa. 4. Proporcione uma boa experiência digital do cooperado A interação online deve ser protagonista da comunicação com o cooperado. Um estudo da NordVPN mostra que os brasileiros passam mais da metade de seus dias conectados à internet. Em média, as pessoas começam a se conectar às 8h33 e ficam online até depois das 22h. Na prática, isso quer dizer que, em uma semana, os brasileiros passam mais de 90 horas conectados. Dessa forma, boa parte das interações entre cooperativa e cooperado serão digitais: redes sociais, aplicativos, plataformas, sites. Diante dessa realidade, portanto, proporcionar uma boa experiência online é fundamental na comunicação com o cooperado. Nesse sentido, é fundamental implementar conceitos de experiência do usuário, o que envolve o design de todo o processo e busca entregar boas experiências ao usuário, incentivando hábitos e comportamentos. A interface das plataformas também melhora a maneira com que os usuários interagem com um determinado aplicativo, dispositivo ou software. 5. Faça comunicação com o cooperado para mantê-lo informado O cooperado é dono da cooperativa. Portanto, ele deve estar por dentro de todas as informações relevantes tanto em relação à operação e resultados da cooperativa quanto do mercado em que ela atua. Esse, então, precisa ser um dos papéis centrais da comunicação com o cooperado. O associado tem que estar a par para que possa exercer seu poder democrático e tomar boas decisões de negócios. Ademais, a transparência é um dos focos para a boa governança cooperativa. A mineira Coocafé (Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha), por exemplo, desenvolveu o aplicativo iCoop, onde os cooperados podem acessar informações diversas sobre a cooperativa e o mercado de café. 6. Tenha canais para receber feedback dos cooperados A comunicação com o cooperado é uma via de mão dupla. Dessa forma, ter canais para receber feedbacks é uma ótima maneira de estreitar relações com os associados e coletar informações importantes para a estratégia de negócios. Analógicos ou digitais, formulários para que os cooperados possam compartilhar suas impressões, elogios e reclamações ajudam as cooperativas na identificação de falhas e oportunidades para o futuro. Ficar de olho em comentários e reações das redes sociais também é um caminho para coletar feedbacks dos cooperados. Além disso, as cooperativas podem realizar ativamente pesquisas para avaliar periodicamente as percepções dos cooperados, de forma a analisar as mudanças, avanços e surgimento de problemas. Por fim, tenha sempre o cuidado de mostrar para o cooperado que ele está sendo ouvido e que sua opinião importa. 7. Proporcione canais de comunicação com o cooperado inclusivos e acessíveis O cooperativismo é democrático e inclusivo - e esses fatores têm que ser levados em conta durante a comunicação com o cooperado, afinal, a diversidade é um dos pontos fortes do movimento cooperativista. É por isso que a comunicação precisa ser empática e levar em conta todos os públicos cooperados. Evitar termos preconceituosos e excludentes contribui para a construção de uma comunidade sólida e propositiva que, ainda por cima, é benéfica para os negócios e a inovação. Além disso, dar uma atenção especial à acessibilidade, como fez a CooperJohnson, tem tudo a ver com os valores cooperativistas. A cooperativa de crédito desenvolveu um novo canal de atendimento em vídeo para se comunicar com os cooperados surdos por meio da linguagem brasileira de sinais (LIBRAS). Após a identificação da demanda por acessibilidade no atendimento de cooperados com deficiência auditiva, a CooperJohnson avaliou alternativas tecnológicas e chegou à solução adequada ao seu público. Como resultado, a cooperativa percebeu um aumento na quantidade de contatos realizados por esse público - o que resulta, ainda, em mais negócios fechados. 8. Explore as diversas possibilidades de comunicação com o cooperado A tecnologia abriu uma série de possibilidades e novos canais para que as cooperativas possam se comunicar com seus cooperados. Dessa forma, é possível identificar o perfil dos associados e selecionar as alternativas que melhor se encaixem para interagir com essas pessoas. Algumas dessas oportunidades são: Informativos: são como jornais periódicos dedicados a informar ao cooperado sobre os temais mais importantes que ele precisa saber. A periodicidade pode variar de acordo com a necessidade: semanal, mensal, semestral. É possível desenvolvê-los em parceria com alguma agência de comunicação ou até por conta própria, com distribuição totalmente digital ou impressa. A Viacredi, por exemplo, prepara um informativo mensal que é distribuído nas agências e em seu portal. Newsletters: são e-mails periódicos que reúnem informações, notícias, novidades e avisos relevantes para os cooperados. Tudo isso chega na caixa de entrada dos cooperados com agilidade e alta distribuição. Podcasts: eles estão em alta e não é à toa que agradam muita gente, de maneira que podem potencializar a comunicação com o cooperado mais engajado nas tendências de comunicação digital. A cooperativa agropecuária goiana Comigo produz o Comigocast, um podcast em que líderes e especialistas da coop discutem temas relevantes relacionados à produção e gestão dos negócios. Vídeos: o consumo de conteúdo audiovisual não para de crescer e se apresenta como uma ferramenta importante para estreitar o relacionamento com o cooperado. A Sicredi reúne mais de 77 mil assinantes em seu canal no YouTube, que hospeda centenas de vídeos diversos dedicados a todos os perfis de seus associados. Ou seja: as possibilidades são bem diversas. Cabe a cada cooperativa conhecer o seu cooperado e produzir conteúdo de qualidade para que a comunicação seja efetiva e cheia de engajamento. 9. Comunicação em prol do aprendizado Em sua jornada de aprimorar a comunicação com o cooperado, as cooperativas também têm o papel de educar e prover aprendizados que vão gerar desenvolvimento tanto no âmbito dos negócios quanto pessoal. Nessa seara, as cooperativas podem promover, por meio de parcerias ou plataformas próprias, canais de educação e aprimoramento técnico e profissional aos seus cooperados. Essa é uma forma de agregar valor e aumentar a interação ao mesmo tempo em que os valores cooperativistas são preservados e propagados. Um exemplo é a Faculdade Unimed, que disponibiliza diversos cursos não só para cooperados do Sistema Unimed, mas para diversas cooperativas mantenedoras. Um outro caso de sucesso é o Progrid, que promove educação e formação para os associados das cooperativas ligadas ao Sistema Ailos, composto por cooperativas de crédito do Sul. O Sistema OCB também conta com uma plataforma de educação cooperativista: é o CapacitaCoop, que conta com mais de 150 cursos disponíveis em diversas áreas relevantes para líderes e cooperados, confira! Conclusão: comunicação com o cooperado é prioridade Mais do que nunca, as cooperativas têm ferramentas para se aproximar de seus associados, em uma interação enriquecedora para todos. Com isso, a comunicação com o cooperado deve ocupar um lugar de destaque no planejamento. Uma cooperativa é uma comunidade e a comunicação tem um papel vital para fortalecer os negócios e aproximar as pessoas, independentemente do Ramo ou tamanho da cooperativa. E já que estamos falando desenvolver redes e criar laços, que tal conferir o nosso curso de networking? Lidar com pessoas nunca vai deixar de ter um papel importante para os negócios e a carreira profissional, então confira esse curso gratuito disponibilizado no CapacitaCoop!
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A competitividade é o grande desafio para o cooperativismo na nova economia. Nesse sentido, a gestão tem um papel fundamental de potencializar os negócios com planejamento e inovação. Para tanto, uma série de ferramentas de gestão se apresentam como grandes aliadas dessa jornada. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou um segredo para ter sucesso. Mas existem diversas técnicas que podem ser usadas para aumentar as chances de crescimento das cooperativas. Muitas delas são voltadas ao alinhamento de ideias, metas e padrões, sempre com o intuito de criar um fluxo de trabalho fluido e eficiente. Neste artigo, portanto, iremos apresentar ferramentas de gestão para enriquecer o planejamento e a tomada de decisão, tornando as cooperativas mais competitivas. Boa leitura! Por que as ferramentas de gestão são importantes para as cooperativas? Em um ambiente de negócios dinâmico, as coisas mudam o tempo todo. Com tantas coisas acontecendo, é comum que as informações se percam e que o desempenho seja comprometido. As ferramentas de gestão surgem para driblar essa dificuldade, entregando soluções práticas que evidenciam pontos de melhoria e automatizam muitas das tarefas que não demandam o cuidado do olhar humano. Diante desse cenário, o NegóciosCoop separou nove ferramentas de gestão que farão a diferença no dia a dia das cooperativas. Confira a lista a seguir! 1. Plano de Negócios É praticamente impossível pensar em um empreendimento que conseguiu se desenvolver sem um plano de negócios sólido. Afinal, essa é a base para qualquer tipo de projeto, seja ele do ramo cooperativista ou não. Esse documento envolve metas, estratégias e qualquer outro recurso que seja interessante para as conquistas que você pretende ter. A partir disso, será desenvolvido o plano de ação. Se for feito corretamente, ele deve incluir alternativas sustentáveis e promissoras de evolução do seu negócio no mercado. Em nosso e-book, ensinamos como elaborar um plano de negócios. Nele, você vai ver o passo a passo para ter ótimos resultados ainda nas primeiras tentativas. 2. Radar de Financiamento A busca por financiamentos faz parte da pauta diária de diversas cooperativas. Mas para consegui-los, é necessário saber exatamente onde procurá-los e como apresentar o seu negócio. Foi nesse contexto que o Sistema OCB desenvolveu o Radar de Financiamento. Trata-se de uma ferramenta que monitora diversas fontes disponíveis e separa as melhores opções para cada segmento. A plataforma reúne diversas oportunidades para que as cooperativas obtenham recursos para suas iniciativas de inovação e sustentabilidade. O Radar do Financiamento está disponível no site de inovação do Sistema OCB, o InovaCoop, que também preparou um guia prático ensinando a usá-lo. 3. Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC) Essa ferramenta de gestão impacta diretamente as diretrizes e as boas práticas de uma cooperativa. Elementos como a governança, a estratégia, os processos internos e os resultados são avaliados e lapidados para que as próximas decisões possam ser tomadas com mais consistência. Com isso, o Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC) proporciona caminhos para que líderes consigam alcançar os requisitos do mercado competitivo de hoje em dia, mas, ao mesmo tempo, também seja condizente com os princípios e fundamentos do cooperativismo. Pensando em desmistificar esse tema e torná-lo mais acessível, o InovaCoop produziu um material mostrando como implantar o PDGC e melhorar a governança e a gestão da sua cooperativa. Nele você aprenderá a fazer diagnósticos mais assertivos no que diz respeito aos pilares de gestão e governança. Também vai descobrir como criar uma estrutura baseada em ciclos anuais, o que promove uma onda contínua de aprimoramento. 4. Sistema Desempenho: benchmarking para cooperativas O benchmarking é uma avaliação que captura quais práticas estão sendo feitas com mais efetividade em diversas empresas de um segmento para interpretar quais estratégias são mais interessantes. Diferentemente de uma pesquisa de concorrência, o objetivo não é necessariamente a competição, mas sim o aprendizado. Ao invés de copiar outras cooperativas ou tentar sair na frente delas, a intenção é criar uma rede de compartilhamento para beneficiar o consumidor final e os colaboradores. Esse é o mecanismo por trás do Sistema Desempenho, o Programa de Desenvolvimento Econômico Financeiro. Trata-se de uma plataforma de cadastro de dados de benchmarking realizado pelo Sistema OCB especificamente para as cooperativas brasileiras. Nele você encontra dados que não conseguiria acessar de outra forma, como balanços contábeis, financeiros e sociais: tudo fornecido por cooperativas participantes que optaram por trocar informações. Basicamente, ao invés de se limitar ao que sua a sua cooperativa aprendeu durante um ano, você pode também absorver os ensinamentos de outras em uma grande intercooperação. 5. Metodologias Ágeis Para muitos líderes, essa é a realidade: até que haja uma adaptação na cooperativa, o cenário já se transformou outras dezenas de vezes e o esforço parece ter sido perdido no meio do caminho. É aí, então, ter ferramentas de gestão dinâmicas faz a diferença. As metodologias ágeis trazem flexibilidade e foco para os valores dos cooperados, ensinando técnicas que inserem a cultura de melhoria no dia a dia de uma marca. Além disso, também são ótimas para aumentar a produtividade. Algumas delas são: Kanban: é uma ferramenta que foca na organização visual dos processos por meio de cartões e colunas. Cada cartão é uma tarefa e as colunas são as fases de desenvolvimento. Conforme o projeto avança, o cartão caminha pelas colunas até a conclusão. Scrum: criada para otimizar o desenvolvimento de software, essa ferramenta de gestão de projetos foi adotada por diversas outras áreas com o tempo. Essa metodologia possibilita ajustes de rota com rapidez, permitindo que problemas complexos sejam solucionados com flexibilidade. OKR: a sigla significa Objectives and Key Results - isto é: objetivos e resultados-chave. A ideia é estabelecer metas e indicar quais são os resultados que indicam o cumprimento dessas metas. Lean startup: visa potencializar a chance de uma ideia dar certo com agilidade e eficiência por meio de um conjunto de métodos e boas práticas. Essa ferramenta de gestão propõe que a inovação contínua é o resultado de um processo bem executado, e não somente fruto de uma grande ideia. 6. 5W2H A 5W2H é, com certeza, uma das principais opções de ferramentas de gestão, se diferenciando pelo perfil excelente para o formato de cooperativismo. Ela consiste em convidar o líder a se fazer as seguintes perguntas: What: o que será feito? Why: por que será feito? Where: onde será feito? When: quando será feito? Who: quem fará? How: como será feito? How Much: quanto custará? Parece simples, mas a eficiência do sistema 5W2H é realmente impressionante. Com ele, a ideia é que todos os temas debatidos sejam esclarecidos sem a necessidade de conversas longas e sem deixar brechas. 7. Ferramentas de Gestão de Dados Discretos e invisíveis, mas extremamente valiosos para uma cooperativa: assim são os dados. Em um tempo em que as informações são capazes de contribuir significativamente na tomada de decisões de líderes, é essencial saber ler padrões e tendências para criar estratégias orientadas por dados. Existem centenas de formas de trabalhar com isso, e escolher a melhor depende de uma visão clara de objetivos e interesses. Mas para ajudar, confira o nosso artigo dedicado às principais ferramentas de gestão de dados. 8. ISO 56002: Diretrizes de Gestão da Inovação Existem muitas teorias sobre como a inovação exige liberdade para acontecer. No entanto, certos padrões existem para ajudá-la a se tornar real. A norma ISO 56002 é uma delas, já que oferece orientações para que os processos implementados sejam mais efetivos e consigam, de fato, cumprir com o propósito de geração de soluções. Se você está sem tempo para ler sobre ela, não se preocupe: o Guia Prático ISO 56002: Diretrizes para gestão da inovação, do InovaCoop, oferece um resumo muito interessante sobre o tema, trazendo os principais pontos de atenção para quem busca por ferramentas de gestão com bons resultados. 9. Business Model Canvas O sistema mais visual, claro e lúdico da nossa lista. Com o Business Model Canvas, você vai poder categorizar clientes por segmentos, propostas de valor, canais de distribuições, relacionamentos, fontes de receita, recursos-chave, atividades-chave, parcerias e estruturas de custo. Visto como um coringa da gestão, ele é indicado para quem precisa ter uma visão ampla e acessível de como está acontecendo o fluxo de trabalho, apontando possíveis falhas de andamento e espaços que podem ser mais bem trabalhados. O que todas essas ferramentas de gestão têm em comum? A capacidade de trazer flexibilidade para todas as cooperativas: esse é o grande diferencial que vem sendo buscado por líderes que lutam pelo crescimento. Apesar de ser uma modalidade com séculos de história, o cooperativismo vem mostrando que pode ser um pioneiro da mudança. No entanto, é preciso conhecer os caminhos certos para isso. A ideia da nossa lista é justamente facilitar o acesso aos recursos que vão simplificar, organizar e otimizar a rotina de trabalho, gerando mais produtividade e bem-estar aos envolvidos. E já que você se interessa pelo tema de ferramentas de gestão, dê também uma olhada no nosso e-book Competitividade: como tornar sua cooperativa competitiva!
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Quer encontrar com potenciais importadores sem ter que viajar para o exterior? As cooperativas brasileiras que atuam na produção de mel e derivados têm oportunidade de participar de rodada de negócios de produtos apícolas, por meio do Projeto Exporta Mais Brasil organizado pela ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). O evento ocorrerá durante os dias 24 e 25 de outubro e contará com um webinar preparatório para os participantes. A expectativa é de que 10 compradores internacionais participem do evento que oferecerá até 30 vagas para empreendimentos brasileiros. O público-alvo da rodada são empresas e cooperativas do setor de produtos apícolas e que tenham suas estratégias de exportação para América do Norte, Ásia e Europa como mercado alvo. O projeto Exporta Mais Brasil é executado pela ApexBrasil e tem como estratégia a identificação de empresas brasileiras que possuam potencial exportador para participarem de ações com compradores internacionais sem precisar sair do Brasil. Além disso, em consonância com a política de equidade de gênero da ApexBrasil, o projeto terá também como um dos objetivos incentivar negócios protagonizados por mulheres. O evento é um espaço ideal para fortalecer o networking, impulsionar os negócios e estar atualizado com as mais recentes inovações e aprendizados do setor. É uma grande oportunidade de desenvolvimento para as cooperativas apícolas, que estarão atualizadas sobre as novas tendências e modernizações do mercado enquanto expande seus negócios internacionais. Confira os detalhes para participar da rodada de negócios: Inscrições: até 14 de setembro As cooperativas selecionadas contarão com os seguintes serviços oferecidos pela ApexBrasil: Reunião online preparatória/webinar (data a confirmar); Espaço e estrutura para realização da Rodada de Negócios; Equipe de apoio para a realização das rodadas de negócios; Serviço especializado de matchmaking com compradores internacionais selecionados; A participação é 100% subsidiada pela ApexBrasil. Veja se sua cooperativa atende aos requisitos no Regulamento de Participação e faça sua inscrição. Maiores informações nos links abaixo: Acesse o regulamento aqui. Faça sua inscrição aqui. Para saber mais sobre como e por que participar de rodadas de negócios clique aqui. O Sistema OCB é parceiro da ApexBrasil e está à disposição para apoiar a participação das cooperativas. Para maiores informações, entrar em contato com a equipe de promoção comercial do Sistema OCB: jean.fernandes@ocb.coop.br e layanne.vasconcellos@ocb.coop.br
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A economia globalizada amplia as oportunidades de negócios para as cooperativas que atuam no mercado externo. Um dispositivo de grande relevância nessas dinâmicas são os acordos comerciais, que existem para facilitar a integração entre países. Os acordos comerciais impulsionam o intercâmbio entre países, proporcionando melhores condições para compra e venda de produtos e serviços no comércio mundial. Com isso, os acordos comerciais deixam os ambientes de negócio mais competitivos, uma vez que estimulam a concorrência, e menos burocráticos. Mas, afinal, no que consistem os acordos comerciais? De que forma eles funcionam? Como eles são importantes para as cooperativas exportadoras? Quais são os principais acordos comerciais de que o Brasil faz parte? É isso que iremos responder no decorrer deste artigo. Então aproveite a leitura! O que são os acordos comerciais Acordos comerciais são tratados oficiais entre países ou blocos econômicos visando a associação comercial das partes. No geral, os acordos comerciais afetam exportadores, importadores, produtores e investidores dos países envolvidos em relação às oportunidades de negócios, custos aduaneiros, impostos e segurança jurídica nas transações internacionais. Em suma, o objetivo é obter benefícios mútuos, como: Redução de impostos de importação e exportação; Isenção de tarifas alfandegárias; Trocas comerciais; Diminuição na burocracia; Incentivos fiscais e comerciais; Queda de barreiras ao comércio de bens e serviços; Abertura para investimentos. Dessa forma, os acordos comerciais incentivam as trocas comerciais entre os países envolvidos. Isso aumenta o acesso a uma diversidade maior de produtos e serviços para todos os envolvidos. Além disso, as indústrias locais precisam melhorar perante os novos competidores externos, o que funciona como um incentivo à produtividade e inovação. Como os acordos comerciais funcionam Um acordo comercial entre países é fruto de negociações visando benefícios mútuos. Eles podem ser mais ou menos específicos. Um acordo comercial pode englobar todo tipo de transação comercial entre os países envolvidos, ou então focar em apenas algum determinado setor da economia. A ideia é estabelecer diretrizes comerciais flexíveis com condições melhores do que o padrão adotado pelos países participantes. Ademais, os acordos comerciais também cumprem um papel importante para enfrentar monopólios e oligopólios por meio da abertura de mercado. Os benefícios dos acordos comerciais para cooperativas exportadoras Assim sendo, os acordos comerciais são benéficos para as cooperativas que exploram o mercado internacional. Alguns dos pontos positivos, portanto, são: Acesso a novos mercados: as cooperativas podem adentrar com mais facilidade no mercado de países que têm acordos comerciais com o Brasil. Redução de tarifas de exportação: as condições especiais estabelecidas pelos acordos comerciais geralmente reduzem ou retiram diversas taxas que oneram o processo de exportação tanto para quem compra quanto para quem vende. Aumento na competitividade: com a abertura estabelecida nos acordos comerciais, as cooperativas precisam melhorar processos e produtos para que possam continuar competindo, crescendo e ganhando espaço. No fim das contas, os acordos comerciais impactam tanto os produtores quanto os consumidores. Toda a cadeia produtiva e de consumo ganha com mais competitividade e cooperação comercial entre países. Acordos comerciais do Brasil e do Mercosul O Brasil integra acordos comerciais de duas formas: por conta própria e também como membro do Mercosul (Mercado Comum do Sul). O Mercosul é um bloco comercial regional formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai - a Venezuela aderiu ao grupo, mas está suspensa. O Mercosul foi fundado com o principal objetivo de gerar oportunidades comerciais e de investimentos entre os países que fazem parte do grupo, assim como firmar acordos comerciais com outros países e blocos econômicos do mundo todo. Dessa maneira, o Brasil é parte de 25 acordos comerciais, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Portanto, conheça alguns dos mais importantes: Brasil - Argentina: construído desde os anos 80 por meio de uma série de atas e tratados de cooperação, o acordo comercial entre Brasil e Argentina facilita transações de bens de consumo, trigo e alimentos industrializados, dentre diversos outros. Brasil - México: o Brasil se conecta comercialmente com o México por meio de três acordos - um diretamente e outros dois por meio do Mercosul. Eles envolvem a adoção de preferências tarifárias fixas, derrubada de restrições comerciais e incentivo ao setor automotivo. Brasil - Paraguai: o acordo complementa e enriquece os entendimentos comerciais já estabelecidos pelo Mercosul. Para isso, constitui facilitação de comércio e cooperação aduaneira. Mercosul - Índia: foi o primeiro acordo que o bloco fechou fora do continente. Ele engloba 450 linhas tarifárias oferecidas pela Índia e 452 itens pelo Mercosul, com margens de preferência tarifária de 10%, 20% ou 100%. Mercosul - Israel: o Acordo de Livre Comércio (ALC) Mercosul-Israel engloba 8.000 linhas tarifárias com uma estrutura dividida em cinco categorias de eliminação das taxas aduaneiras. Acordo de Sementes entre países da ALADI: assinado por Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai, e posteriormente, Equador, Cuba e Venezuela. O objetivo é liberar o comércio intrarregional de sementes, de modo que as sementes mencionadas no acordo estão livres de gravames aplicados à importação. Além disso, há acordos comerciais já firmados mas que não entraram em vigor, como o Acordo de Ampliação Econômico-Comercial Brasil – Peru. Ele versa sobre investimentos, serviços e compras governamentais. A sua validação ainda depende de aprovação do Congresso Nacional. Por fim, novos acordos comerciais seguem sendo elaborados. O de maior destaque é o Tratado de Livre Comércio entre Mercosul e União Europeia, que já supera duas décadas de negociações. Apesar de ambos os lados reconhecerem a importância da cooperação, algumas cláusulas ainda causam discordância, como a participação nas compras públicas. Conclusão: acordos comerciais para a cooperação Os acordos comerciais continuam sendo feitos a todo momento ao redor do mundo, justamente porque dão dinamismo a um ambiente de negócios conectado e globalizado. Com isso, as cooperativas podem encontrar boas condições de negócios e explorar oportunidades que se abrem em outros países. Dessa forma, os acordos comerciais podem tornar certos mercados mais vantajosos para as cooperativas brasileiras. Os custos reduzidos e a simplificação dos processos burocráticos permitem uma atuação comercial que, de outra forma, seria muito complexa. Que tal, então, aproveitar os acordos comerciais que podem beneficiar a sua cooperativa e explorar novos mercados? No NegóciosCoop, temos uma série de conteúdos para te ajudar a fazer negócios no mercado internacional. Confira, por exemplo, como preparar o seu produto para exportação!
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