Mercado Internacional
Como adequar produtos e embalagens para exportação
Novos mercados representam grandes oportunidades para que as cooperativas façam bons negócios. Por meio da exportação, as coops ampliam o potencial comercial rumo a novos países e consumidores. Para ter sucesso nessa jornada, no entanto, é necessário adequar produtos e embalagens para o mercado internacional.
Fazer esses ajustes é fundamental para todas as etapas da exportação, tanto a parte logística quanto o processo comercial final. Para que os produtos cheguem bem protegidos ao destino, os lotes precisam ser bem embalados. Já quando o produto estiver nas gôndolas, a embalagem deve ser adequada e atrativa ao público local.
É por isso que há dois tipos de embalagem que merecem a atenção das cooperativas exportadoras:
- Embalagem primária: é a que está em contato direto com o produto e é colocada nas gôndolas. É, por exemplo, a caixa do leite, o saco do arroz ou a lata do refrigerante.
- Embalagem secundária: são as caixas de papelão ou isopor usadas para proteger as embalagens primárias durante transporte e manuseio da mercadoria.
Neste artigo, iremos entender melhor as maneiras de adequar produtos e embalagens para exportação. Aproveite a leitura!
6 formas de adequar produtos e embalagens para exportação
Adaptar produtos e embalagens é essencial para que a marca da cooperativa possa atrair consumidores de diferentes culturas e que tenham hábitos de consumo distintos. Diante disso, confira essas seis dicas para adequá-los aos mercados internacionais e impulsionar suas exportações!
Entenda as preferências e necessidades dos consumidores
Os hábitos de consumo, preferências e necessidades dos consumidores variam de acordo com a localidade. Assim sendo, abordar mercados internacionais da mesma forma que o mercado interno é um erro que pode impactar negativamente o desempenho comercial na exportação.
Faça, portanto, pesquisas de mercado a fim de entender quais são os desejos das pessoas no mercado em que a cooperativa está ingressando. Compreenda, também, quais características eles valorizam em um produto.
Além disso, pesquise os costumes e tradições que prevalecem nesses países. Isso pode evitar desentendimentos não intencionais. Uma determinada cor, por exemplo, pode representar sinal de azar para uma certa cultura. Considere, também, os aspectos econômicos que podem afetar o desempenho do produto naquele local.
Faça adaptações às preferências locais
Com as pesquisas de mercado em mãos, faça as adaptações necessárias e possíveis para que seu produto possa ser visto como uma opção interessante para o novo público que a sua cooperativa quer atingir.
Considere, por exemplo, lançar um sabor novo com base no que é popular entre os consumidores daquele país. Também leve em consideração as preferências locais no design de embalagens, para que o produto chame a atenção das pessoas.
Outras adaptações podem ser feitas com mudanças de ingredientes, métodos de preparo e tamanhos das porções. Tudo isso, claro, sem abrir mão das características essenciais e da identidade da sua marca.
Traduza e a embalagem
Garanta que todas as informações dispostas na embalagem do seu produto sejam compreensíveis para os consumidores do país em que ele está sendo vendido. Com isso, traduza tudo o que for possível: ingredientes, informações nutricionais, modo de preparo, características destacadas e o que mais houver.
A comunicação com o cliente final é essencial para a decisão de compra. Nas gôndolas, quem comunica é a embalagem. Apresentar as informações sobre o produto no idioma local é essencial.
Por isso, tome todos os cuidados para que a tradução seja bem-feita, use os termos corretos para descrever todas as características relevantes e seja clara para os consumidores do país em questão.
Mantenha as certificações em dia
As certificações comprovam a procedência e a qualidade do produto que a sua cooperativa está oferecendo. Elas representam uma forma eficaz de comunicar essas características com solidez e através de diferentes culturas, atuando como um diferencial competitivo.
Em diversos países, aliás, determinadas certificações são essenciais para que o produto da sua cooperativa possa ser vendido. É o caso da União Europeia, onde uma lei exige que quem exporta para o bloco econômico prove que seus produtos, como soja, carne bovina e café, não estão ligados ao desmatamento.
No fim das contas, as certificações passam credibilidade, fortalecem a reputação da marca e tornam os produtos mais atrativos, sobretudo em mercados internacionais em que as pessoas valorizam a sustentabilidade, a procedência e a qualidade dos bens de consumo.
Faça ajuste às regulações locais
Nessa seara, ao ingressar em novos mercados, adeque seus produtos e embalagens às regulações e leis locais. Busque entender todas as normas que afetam o seu produto, levante quais são as exigências, padrões de qualidade e padronizações que devem ser respeitadas para que o produto possa ser vendido.
Classificações, nomenclaturas e exigências apresentam grandes diferenças de país para país. Na União Europeia, os chocolates precisam ter ao menos 35% de cacau na sua composição. Já no Brasil, a porcentagem mínima é de somente 25%. Ou seja: um produto com 30% de cacau pode ser vendido como chocolate no Brasil, mas não no bloco europeu.
Há, ainda, regulamentações sobre como informações nutricionais devem ser dispostas na embalagem e como certos ingredientes da composição precisam ser destacados, dentre outras minúcias. Por isso, sempre acompanhe os órgãos reguladores competentes. Caso vá exportar alimentos para os Estados Unidos, consulte as exigências da Food and Drug Administration (FDA), por exemplo.
Mantenha a consistência da marca, mesmo com as adaptações
Por fim, vimos que adequar produtos e embalagens para o mercado internacional demanda uma série de ajustes. É, sim, importante fazer adaptações para que o produto seja bem recebido, compreendido e avaliado pelas pessoas no novo mercado.
Todavia, isso não quer dizer que as cooperativas devem abrir mão das características essenciais de seu produto, nem desfigurar a marca para tal. Faça questão de que o seu produto continue sendo diferente e próprio da sua cooperativa.
Adequar produtos e embalagens, dessa forma, não quer dizer que a cooperativa deve distorcer a sua marca ou descaracterizar o seu produto. A ideia é torná-lo mais interessante para um novo público.
Conclusão
Adequar produtos e embalagens para exportação é muito importante para que a jornada da sua cooperativa no mercado internacional seja um sucesso. Com esse cuidado, seus produtos ganham um diferencial para a competitividade em um mercado concorrido.
Além disso, com uma rede de apoio, as suas chances de ter sucesso na sua estratégia internacional aumentam significativamente. Nesse sentido, o Sistema OCB atua como um grande incentivador das exportações no cooperativismo, oferecendo soluções como o PEIEX Coop.
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