O processo de transformação digital dentro do cooperativismo tomou corpo a partir do ano passado, quando a pandemia forçou uma mudança brusca nas relações não só de trabalho, como de compra, venda e prestação de serviços.

Foi o caso da Unifop, uma cooperativa de saúde localizada em Petrópolis, a 65 km do Rio de Janeiro. De uma hora para a outra, a diretora-presidente Jociane Gatto viu as medidas de restrição fecharem os consultórios de seus cooperados, todos profissionais de saúde nas áreas de psicologia, nutrição e fisioterapia. Sem as consultas presenciais, a Unifop se viu ameaçada, mas soube contornar as dificuldades de uma forma muito rápida.

Não houve um planejamento, mas a necessidade de operacionalizar as atividades em formato diferente”, conta Jociane. Segundo ela, em dois meses, o site da cooperativa estava no ar e os profissionais começaram a prestar consultas on-line por meio desta plataforma.

As mudanças tecnológicas pelas quais a Unifop passou só foram possíveis graças a uma outra cooperativa, a Libre Code, que desenvolve soluções em software livre. A diretora presidente conta que a Unifop tem cerca de 20 anos de existência e, nesse período, sempre contratou serviços de outras cooperativas, assim como também prestou serviço a outras entidades do mundo cooperativo. Na avaliação dela, a intercooperação fortalece o modelo econômico e o setor, como um todo.

A digitalização também foi o caminho encontrado por um conjunto de cooperativas de São Paulo e da região Sul do país. A Supercampo, uma empresa SA com DNA de cooperativa, foi criada para reunir em um único marketplace diversas cooperativas com o objetivo de fomentar a intercooperação entre elas.

O negócio nasceu com a Frísia, que reúne quase 900 cooperados no Paraná. De acordo com o presidente da Supercampo, Ronald Eikelenboom, a ideia foi agregar uma série de outras instituições para dentro de um mesmo espaço.

“Percebemos que não fazia sentido ter um marketplace somente da Frísia, portanto, no ano passado, convidamos mais cooperativas para serem sócias da plataforma. Se não fosse a Supercampo, cada cooperativa teria seu marketplace. O objetivo é fazer com que a Supercampo preste um serviço digital para elas. No nosso modelo, cada cooperado é dono da plataforma e estamos buscando atendê-los de forma digital, com cashback, serviço diferenciado, um time de relacionamento, SAC, etc.

 

Quer saber mais sobre esses cases? Conheça as experiências dessas de e outras cooperativas com a intercooperação acessando aos vídeos transmitidos durante a semana conexão.coop!

Pensando no fortalecimento da intercooperação, a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) lançou uma plataforma de intercooperação que agrega, em um só lugar, diversas cooperativas das mais diferentes áreas, que podem divulgar seus negócios de forma prática, simples e gratuita. A NegóciosCoop  funciona como um grande marketplace  do cooperativismo! Dentro dela é possível fazer negócios a nível nacional e fortalecer o ecossistema em todo o país. Vale lembrar que esse é mais um serviço exclusivo do Sistema OCB e para usufruí-lo as cooperativas devem estar registradas e regulares.

E aí, sua Coop já está cadastrada na NegóciosCoop? Não perca tempo, acesse e comece a intercooperar!