Inteligência de Mercado
Muitos são os fatores que influenciam ou interferem nos resultados de uma cooperativa. Parte deles está relacionada com questões internas, de gestão e governança, por exemplo, mas outros têm mais a ver com o ambiente externo. Por isso, é fundamental, antes de tomar qualquer decisão, analisar como anda o cenário econômico, quais são as previsões para o nosso setor e atentar-se às variações no mercado. Buscar a maior quantidade de informações possíveis, prezando pela qualidade de cada uma delas. E é isso que você encontra aqui, no ConexãoCoop: análises e dados estratégicos que vão auxiliar na construção de um olhar crítico para compreender as subjetividades, sem perder o foco na tomada de decisões.

Análises Econômicas
Um panorama geral da economia brasileira e mundial
Saiba Mais
Estudos e Publicações
Informações estratégicas para nortear a tomada de decisões
Saiba MaisConteúdos relacionados

Parcerias estratégicas: confira 5 dicas essenciais para firmar alianças de sucesso
As parcerias estratégicas são alianças importantes para o desenvolvimento e perenidade das cooperativas. Para manter a competitividade, as coops recorrem a essas colaborações, aproveitando de novas tecnologias, além de promover o crescimento de maneira orgânico. Firmar parcerias estratégicas consiste em colaborar com uma ou mais organizações que possuem propósitos em comum. A ideia é que as instituições compartilhem e combinem recursos, conhecimentos e habilidades para atingirem metas. Existem diversas vantagens relacionadas às parcerias estratégicas, mas só é possível se beneficiar delas se sua equipe souber como firmar essas colaborações. Para isso, o conhecimento sobre os tipos de parceria e a importância da intercooperação são essenciais. Então, aproveite para entender mais sobre a ferramenta e confira cinco dicas essenciais para fechar parcerias de sucesso! Vantagens de parcerias estratégicas O objetivo principal da colaboração entre organizações é juntar conhecimentos e tecnologias complementares para atingir metas. Mas existem outros benefícios atrelados às parcerias estratégicas. Vamos conhecê-los? Otimização de recursos Investir em parcerias estratégicas é compartilhar, seja infraestrutura, conhecimentos ou tecnologias. Ambas se beneficiam de ferramentas e profissionais especializados que simplificam processos e auxiliam no desenvolvimento de produtos e serviços. Diante dessa troca de informações, as organizações otimizam seus recursos, reduzindo custos operacionais e aumentando a eficiência. Os novos recursos disponíveis, portanto, são direcionados para áreas necessárias. Acesso a novos mercados e clientes As parcerias estratégicas também dão retorno externo para as organizações. Além de compartilharem tecnologias, conhecimentos e, consequentemente, otimizar recursos e reduzir custos, as alianças são responsáveis por facilitar o acesso a novos mercados e atrair mais clientes. Ao firmar parcerias com organizações de outros ramos, sua cooperativa se aproxima de novos usuários e possíveis consumidores, além de explorarem um novo mercado repleto de oportunidades de maneira orgânica. Aumento da reputação e credibilidade da marca Clientes de ambas as marcas vão enxergar os respectivos parceiros estratégicos com mais credibilidade, afinal, imaginam que uma aliança seja firmada apenas com organizações de confiança. Diante do aumento da confiança dos usuários, também é possível observar o crescimento da reputação. O aumento do renome e da credibilidade da marca são peças-chave para o crescimento orgânico, acelerado e independente de recursos financeiros. Tipos de parcerias existentes Existem diversos tipos de alianças e a cooperativa deve decidir qual tipo de parceria estratégica vai firmar. A escolha precisa considerar os objetivos e as necessidades da organização. Confira as principais: Joint ventures É quando duas ou mais organizações se juntam para formar uma instituição maior para atingir objetivos específicos. Elas combinam recursos e conhecimento para desenvolver produtos, implementar iniciativas ou explorar o mercado. Normalmente, essa parceria é firmada entre indústrias, corporações logísticas ou tecnológicas, e grupos comerciais. Isso porque esse tipo de colaboração é comum entre organizações que necessitam de grandes investimentos. Parcerias de marketing Parcerias de marketing são uma ótima opção para organizações que estão buscando aumentar e diversificar seu público, aumentar a visibilidade e promover produtos. Nesse caso, as instituições focam em iniciativas em conjunto, como campanhas publicitárias, eventos e até atividades promocionais. Outsourcing O trabalho interno pode até ser ótimo, mas existem outras corporações que utilizam técnicas e tecnologias mais avançadas que podem ser mais benéficas para o seu negócio. Buscando ter os melhores profissionais, pode-se optar pelo outsourcing, ou seja, na contratação de outra organização para realizar tarefas que poderiam ser executadas internamente. A parceria permite que a contratante tenha acesso a tecnologias de ponta que podem otimizar o trabalho e o uso de recursos. Além disso, com especialistas responsáveis pelas tarefas, a cooperativa consegue ganhar mais visibilidade no mercado e atingir as demandas. Alianças tecnológicas Juntar tecnologias nunca é uma má ideia, não é mesmo? Organizações do setor de TI, biotecnologia e engenharia aproveitam das alianças tecnológicas para acelerarem o desenvolvimento de produtos e serviços, além de se apoiarem nas competências e habilidades dos parceiros. Intercooperação e parcerias com startups A intercooperação é um dos princípios do cooperativismo e consiste na parceria entre duas cooperativas que, juntas, buscam o fortalecimento de suas organizações e da comunidade onde atuam. A intercooperação pode acontecer de diversas maneiras, sendo a horizontal e a vertical as mais comuns. Na horizontal, cooperativas de diferentes ramos se juntam para compartilhar recursos e colaborar; já na vertical, coops do mesmo ramo se unem para criar uma central. No cooperativismo, a intercooperação é imprescindível para o fomento da inovação. Esse princípio, junto ao de educação, formação e informação, deixam claro que as cooperativas estão empenhadas em compartilhar iniciativas inovadoras entre si para ganharem visibilidade no mercado. Inovação aberta e formas de se conectar com startups Mas não é só entre si que as cooperativas podem firmar alianças! O conceito de inovação aberta segue ganhando cada vez mais visibilidade no mercado por ser uma alternativa inovadora quando comparada à inovação fechada. Por mais desenvolvida que sua cooperativa seja, ela pode enfrentar dificuldades caso deseje inovar sem o apoio de organizações especializadas. As cooperativas podem firmar parcerias com qualquer tipo de organização, como universidades, instituições tradicionais e até governamentais, mas são as startups que se destacam. Construídas com foco em inovar e resolver problemas de maneira mais simples e descomplicada, as startups oferecem tecnologia de ponta e agilidade nos processos. 5 dicas para fechar parcerias estratégicas Parcerias estratégicas são ótimas para alavancar negócios e fomentar novas oportunidades, no entanto, é preciso saber como usar a ferramenta ao seu favor, evitando erros indesejados que podem prejudicar a cooperativa a longo prazo. Pensando em evitar esse transtorno, separamos cinco dicas essenciais para que sua equipe feche alianças estratégicas de sucesso. 1. Conheça seu negócio e defina objetivos claros Antes de qualquer tomada de decisão, conheça sua cooperativa nos mínimos detalhes, desde os produtos e serviços, até o público-alvo. Aproveite para fazer uma análise aprofundada do seu negócio, elencando dores internas e externas, e os desafios a serem superados. Diante de um estudo detalhado da cooperativa, defina objetivos claros, tanto para atividades internas, quanto para alianças estratégicas. Isso torna o processo de firmar alianças com metas claras e definidas. 2. Desenvolva uma proposta de valor mútuo para a parceria Ambos os lados buscam parcerias estratégicas e que agreguem valor aos seus respectivos empreendimentos. Por isso, desenvolva uma proposta que ofereça vantagens e benefícios mútuos. Assim como na área de vendas, mostre à organização parceira sua proposta de valor, isto é, o que você vai oferecer caso a aliança seja firmada e seu diferencial diante das concorrentes. A ideia é entregar propostas autênticas e exclusivas. 3. Mantenha uma comunicação transparente Manter a comunicação transparente é outro fator importante para fechar parcerias estratégicas. A transparência permite que possíveis desafios sejam identificados e resolvidos antecipadamente, sem afetar o projeto. Além disso, as organizações também alinham suas visões e garantem que compartilham valores semelhantes. 4. Crie acordos claros para formalizar a parceria Formalize a parceria com acordos claros, listando o que será realizado e qual o papel de cada parte no processo de desenvolvimento. Isso evita confusões e demonstra alto grau de profissionalismo. Acordos definidos também proporcionam segurança e confiança a ambas as partes. Além de facilitar a colaboração, a formalização da parceria garante que a colaboração perdure. 5. Monitore e avalie os resultados Não esqueça de monitorar as parcerias estratégicas, avaliando as atividades realizadas e seus respectivos resultados. Nem sempre as alianças funcionam de primeira, às vezes são necessários ajustes no projeto para as organizações continuarem a otimizar recursos, reduzir custos e maximizar os resultados. Conclusão Firmar parcerias estratégicas é a chave para o sucesso, afinal, precisamos cooperar, e não competir. Ao consolidar alianças com outras organizações, as cooperativas caminham para um futuro mais inovador e rentável, garantindo a perenidade da instituição. Pensando em fomentar um ecossistema de cooperativas que desejam se unir e fazer negócios, o NegóciosCoop conta com uma seção dedicada à intercooperação - clique aqui e confira!

Conheça 7 estratégias para conquistar a Geração Z
A Geração Z já é uma grande fatia do mercado consumidor. Conquistar essa parcela é uma estratégia fundamental para pensar no futuro e na perenização dos negócios. No entanto, cativar a Gen Z não é tão fácil como parece. Além de serem a geração que cresceu com a tecnologia, o grupo também visa o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, mantendo a saúde mental em dia. Mas o que atrai esse perfil na hora da compra? Veja algumas estratégias para conquistar a Gen Z! Estratégias para conquistar a Geração Z A Geração Z consiste no grupo de jovens que nasceram entre 1997 e 2010. Esse grupo cresceu junto da internet e das redes sociais, e acompanhou diversas mudanças na tecnologia. No entanto, a geração também influenciou os comportamentos de consumo, alterando os componentes do funil do consumidor. Segundo um levantamento da Archival destrinchado pela Vogue Business, o caminho de compra partia do conhecimento, passando pelo interesse e pelo desejo, e finalizando na ação. No entanto, a Gen Z alterou o funil e o transformou em um ciclo contínuo de inspiração, exploração, comunidade e lealdade. Então, para garantir sua perenidade, as cooperativas devem se adequar às mudanças e entender como a Geração Z funciona. Pensando nisso, elencamos sete dicas para que sua organização conquiste os jovens. 1. Priorize plataformas e pagamentos digitais A Geração Z cresceu com as tecnologias se desenvolvendo e alcançando novos patamares. Por observar a inovação constante e a criação de novas plataformas, produtos, serviços e funcionalidades, esse grupo se adapta facilmente. A Gen Z prioriza ferramentas ágeis na hora da compra, como sites e principalmente aplicativos, ao invés de lojas físicas. Prezando sempre pela rapidez, os jovens preferem ter acesso à marca por meio de plataformas que, além de estarem baixadas no aparelho, possuem design intuitivo. Além disso, os pagamentos digitais estão cada vez mais populares. Com facilidades financeiras, como o PIX e o NFC (Comunicação de Campo Próximo, em tradução livre) em celulares, os jovens não precisam se preocupar em ter dinheiro na carteira. Diante disso, é essencial que a sua cooperativa tenha uma plataforma funcional para a realização de compras e para a comunicação com os cooperados, colaboradores e clientes jovens. Os estabelecimentos também devem fazer parte da mudança e implementar o pagamento por aproximação e PIX. 2. Não deixe de marcar presença nas redes sociais A Gen Z também cresceu junto com as redes sociais. Os jovens observaram as plataformas, que antes eram utilizadas apenas para compartilhar fotos pessoais ou reflexões, se tornarem veículos de comunicação e vitrines virtuais de compra e venda. A geração, portanto, tem o costume de buscar o perfil das marcas para conhecer mais sobre a organização, como seus valores e objetivos, e sua reputação. Além disso, os jovens querem assegurar que receberão os produtos e serviços comprados. Deixar de criar uma rede social para a sua organização pode afastar possíveis consumidores. Desse modo, marque presença nas plataformas mais usadas pela Geração Z e mostre que seu produto é diferente dos demais. 3. Produza conteúdos cativantes para reforçar sua marca Além de criar perfis nas redes sociais e desenvolver uma relação com os internautas e clientes, sua cooperativa não pode deixar de produzir conteúdos cativantes. Com a grande variedade de negócios, é necessário se destacar e reforçar seus objetivos e valores. Para se manter em destaque e chamar a atenção dos usuários, a cooperativa deve aproveitar as trends, e fazer publicações fora do comum, ou seja, evitando conteúdos genéricos e batidos. É importante, também, relembrar a Geração Z - e outros consumidores - de seus produtos e serviços constantemente para que eles não esqueçam de sua existência. 4. Proporcione experiências Para cativar os consumidores recorrentes e atrair novos clientes, as organizações devem investir na experiência do usuário. O website deve ser atrativo e intuitivo, e possuir uma interface sem muitas complicações. Mas não é só na estética que sua cooperativa conquistará a Geração Z. Além de sites funcionais e sem muitas complicações e falhas, a organização precisa cativar os consumidores com experiências inusitadas desde o primeiro contato com a marca, até o pós-venda. Ao causar sensações positivas e oferecer uma plataforma com boa usabilidade, a cooperativa apresenta um diferencial que atrai ainda mais clientes. Ou seja: sempre pense em meios de oferecer uma boa experiência para a Gen Z, demonstrando preocupação em atender suas necessidades. 5. Ajuste a linguagem A mudança geracional também afeta a linguagem, afinal, novas gírias são criadas e passam a ser utilizadas no dia a dia. Diante disso, as cooperativas devem adequar o modo como se comunicam com os clientes da Geração Z. Ao utilizar gírias populares e adaptar conteúdos viralizados, as cooperativas se aproximam dos jovens consumidores. Além de fazer com que eles se sintam confortáveis em seu website ou perfil, a mudança na linguagem mostra que a marca não está presa em costumes tradicionais e arcaicos. 6. Foque na sustentabilidade e no impacto social A Geração Z tem uma grande preocupação com a sustentabilidade e leva isso em consideração quando está buscando produtos. Segundo uma pesquisa da Deloitte, os jovens passaram a evitar o consumo de mercadorias provenientes de fast fashion e de marcas que não se preocupam com a sustentabilidade. Além disso, a Gen Z também se importa com o impacto social causado pelas organizações. Cerca de 63% da geração acredita em negócios com o poder de promover igualdade social. 7. Preste atenção no que não fazer Quem nunca teve medo do cancelamento, não é? Para punir artistas, influenciadores e marcas que cometeram erros, a Gen Z passou a cancelá-los, ou seja, pararam de consumir seus produtos e acompanhá-los nas redes sociais. As organizações devem, portanto, prestar atenção em todas as etapas de um projeto para evitar erros e repercussões negativas. Além disso, é interessante observar as marcas concorrentes e os seus erros, evitando, assim, repetí-los Conclusão: de olho na Geração Z A Geração Z chegou com inúmeras mudanças no comportamento de consumo que devem ser acatadas para manter a perenidade das marcas. Os jovens buscam mais do que apenas um produto ou serviço, eles desejam se identificar com a organização e se sentir parte dela. E se você deseja entender melhor a Gen Z e o mercado, confira o nosso curso sobre Análise de Mercado! Nele, você aprenderá mais sobre como utilizar dados para tomar decisões e alavancar sua cooperativa.

O que o Censo Demográfico revela sobre as mudanças no perfil do consumidor brasileiro
O Censo Demográfico, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é responsável por contabilizar os habitantes do território nacional, identificando características de como vivem. As informações são utilizadas para o desenvolvimento de políticas públicas municipais, estaduais e federais, e para a tomada de decisão acerca de investimentos - e ainda ajudam a entender o perfil do consumidor brasileiro. Normalmente, a pesquisa acontece a cada dez anos. No entanto, devido à pandemia de Covid-19, o censo, que deveria ser realizado em 2020, atrasou dois anos. Os resultados trazem uma série de insights sobre o perfil do consumidor brasileiro e suas mudanças com o passar dos anos. Quando comparado aos dados de 2010, o Censo Demográfico 2022 evidencia o crescimento da população em 6,45%, indo de 190 milhões para 203 milhões, aproximadamente. Mas, apesar do aumento na quantidade de brasileiros, a taxa de crescimento anual foi a mais baixa da história do país: 0,52%. Esses dados refletem diretamente nas tendências de consumo e no perfil do consumidor brasileiro, influenciando a mudança das estratégias de mercado e das demandas. Vamos entender mais sobre a população brasileira e como ela influencia o consumo? A nova demografia do Brasil Em 12 anos, a demografia brasileira passou por diversas mudanças. Em 2021, o IBGE estimou que a população brasileira chegaria a 213 milhões de habitantes, e em 2022 ajustou a estimativa para 207,7 milhões. Apesar da população não ter atingido a marca especulada pelo órgão, o Censo Demográfico 2022 mostrou outros dados importantes e positivos sobre os brasileiros. Vamos conferir os destaques da pesquisa? Divisão da população: regiões, estados e municípios O aumento da população brasileira aconteceu, majoritariamente, na Região Sudeste, indo de 80 para 84 milhões de habitantes. A Região Sul ficou em segundo lugar, crescendo de 27 para mais de 29 milhões de residentes. Mas quando falamos nas regiões mais populosas, o ranking fica diferente, confira: Região Sudeste: 41,8% Região Nordeste: 26,9% Região Sul: 14,7% Região Norte: 8,5% Região Centro-Oeste: 8% A pesquisa também apontou os estados com mais habitantes. Quem está no topo do pódio é São Paulo, com mais de 44 milhões de residentes. O estado paulista é seguido por Minas Gerais, com 20 milhões, e pelo Rio de Janeiro, com 16 milhões de pessoas. Já o último lugar é ocupado por Roraima, que conta com 636 mil habitantes. Centros urbanos, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Fortaleza, ocupam os quatro primeiros lugares quando o assunto é a quantidade de residentes por município. No entanto, o Censo Demográfico 2022 aponta que 66% dos novos habitantes estão no interior, e não nas capitais e centros urbanos. Domicílios A quantidade de domicílios aumentou, indo de 67 para 90 milhões, aproximadamente, em 12 anos. Junto a isso, o IBGE identificou que a porcentagem de residências com apenas um morador foi de 12,2% para 18,9%. Uma das causas para esse aumento é o envelhecimento da população. Segundo a pesquisa, 29% dos domicílios eram comandados por pessoas com mais de 60 anos. Outra causa para o aumento de lares com uma pessoa é a mudança geracional. Atualmente, adultos não desejam se casar, ou preferem conquistar a independência financeira antes do matrimônio e, por conta disso, vivem sozinhos. Junto com o crescimento dos lares com apenas uma pessoa, temos a diminuição das famílias. Em 2010, o número médio de moradores era de 3,3 pessoas, já em 2022, o indicador caiu para 2,8. Liderança dos lares O Censo Demográfico 2022 também analisou a liderança dos domicílios, ou seja, buscaram saber quem é o responsável por manter o imóvel. A pesquisa apontou que as mulheres ocupam, cada vez mais, posições de chefia nos lares. Em 2022, cerca de 35,6 milhões de brasileiras estavam no comando, o que equivale a 49,1%. Já a porcentagem de homens liderando os domicílios caiu de 61,3% para 50,9%, aproximadamente 36,9 milhões de brasileiros. Crescimento do agronegócio Quando analisada mais detalhadamente, a taxa de crescimento de 0,52% por ano não é dividida igualmente entre as regiões brasileiras. Ao observarmos os dados, vemos que as regiões e os estados com maior crescimento estão ligados ao agronegócio. E quem lidera nesse ramo é o Centro-Oeste, com um crescimento de quase 16%. A população do Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul cresceram, respectivamente, 20,55%, 14,55% e 12,56%. Vale lembrar que o crescimento do agro não beneficia somente as regiões produtoras. Estados e municípios que também fazem parte da cadeia produtiva, seja no processamento, distribuição ou exportação, também se desenvolvem com o protagonismo do agronegócio. O que o Censo de 2022 revela sobre o perfil do consumidor brasileiro Diante de tantas mudanças na demografia, o perfil do consumidor brasileiro foi diretamente afetado. O censo revela uma nova composição etária, famílias menores e um deslocamento do crescimento da população para cidades médias e o avanço do agronegócio. Esse cenário reflete uma transformação nas prioridades de consumo, com maior foco em saúde, habitação compacta e adaptação ao aumento do custo de vida em novas regiões de destaque. Nova pirâmide etária e impacto no mercado de saúde Diante de um envelhecimento populacional, vemos uma mudança na pirâmide etária brasileira. Sua base, composta por crianças e jovens, vai se afinando, enquanto o topo, que consiste na população adulta e idosa, segue aumentando. Com uma nova dinâmica, as prioridades, necessidades e os comportamentos de consumo mudam, inclusive no setor de saúde. Por não necessitarem de procedimentos caros ou fazer consultas com frequência, os jovens subsidiam os idosos. No entanto, com a diminuição dos usuários mais novos e o aumento da expectativa de vida, podemos esperar um encarecimento dos planos de saúde para os mais velhos. A alta nos preços também pode elitizar serviços de qualidade. Organização familiar A organização familiar também sofre mudanças desde 2010. O aumento de moradias com apenas um habitante evidencia uma tendência crescente de lares unipessoais e a formação de famílias menores, como mostrado pelos dados do censo. Esse cenário reflete a influência dos jovens e adultos por fatores econômicos, como aumento do custo de vida, quanto por valores sociais. Diante dessa mudança, é possível observar uma reorganização na oferta de moradias, reforçando a busca por residências mais compactas e bem localizadas. Isso incentiva o mercado imobiliário a investir em apartamentos menores e em configurações de moradia que atendam a novos perfis de consumidores, como jovens solteiros, idosos e pessoas que optam por viver sozinhas. A acessibilidade e a proximidade a serviços essenciais também deve ser fatores considerados. Custo de vida e migração ao interior No entanto, viver em áreas urbanas ou em grandes centros urbanos pode sair mais caro que o esperado. Com o alto preço dos imóveis, serviços e despesas gerais nas capitais, muitas pessoas buscam melhor qualidade de vida e um custo mais acessível em municípios menores. O movimento de êxodo urbano é incentivado e facilitado pelo crescimento de trabalhos remotos ou híbridos, permitindo que os profissionais mantenham seus empregos, enquanto vivem uma vida mais tranquila. Esse fenômeno reflete uma busca por equilíbrio entre qualidade de vida e oportunidades econômicas, tendência cada vez mais visível nos dados populacionais do país. Porém, as cidades médias devem se atentar ao planejamento urbano, tomando as melhores decisões para acomodar a população. Fim do bônus demográfico e aposentadoria O fim do bônus demográfico no Brasil representa um desafio significativo para a previdência social e para o consumo. Com a queda das taxas de natalidade e o envelhecimento populacional, esse período, caracterizado por uma maior proporção de pessoas em idade produtiva, está chegando ao fim. Em um futuro próximo, haverá menos trabalhadores ativos para sustentar um número crescente de aposentados. Esse desequilíbrio pressiona o modelo previdenciário atual, podendo exigir ajustes como aumentos nas contribuições, elevação da idade de aposentadoria, ou outras reformas. Conclusão: conhecendo o novo perfil do consumidor brasileiro Fica claro, portanto, que as mudanças na demografia da população brasileira afetam diretamente o perfil dos consumidores, seja positiva, ou negativamente. É por isso que a sua cooperativa deve estar sempre preparada para mudanças e adequar os produtos e serviços às demandas e necessidades dos consumidores. O Sistema OCB, em parceria com o Instituto Superior de Administração e Economia (ISAE), desenvolveu o estudo Tendências de mercado diante de um novo mundo. O material, que aborda as tendências de mercado e os possíveis cenários que podem surgir, auxilia a sua organização na tomada de decisões. Confira!

Perspectivas econômicas: como se preparar para 2025
O ano de 2025 chega com muitas perspectivas econômicas importantes e desafiadoras. O país vive momento em que o equilíbrio das contas públicas é prioridade, e para isso implementa um pacote de corte de gastos – proposto pelo Executivo e alterado na Câmara e no Senado. A apreensão sobre os gastos públicos gera um clima de incerteza em relação às perspectivas econômicas brasileiras, mesmo que o país venha de dois anos de crescimento acima das projeções das instituições financeiras nacionais. Nesse contexto, a tendência positiva será colocada à prova. A macroeconomia sempre afeta o mundo dos negócios. Desse modo, 2025 promete ser um ano com desafios para o Brasil, e isso pode se refletir em desaceleração econômica. Entenda quais são as principais questões nacionais neste ano e saiba como sua cooperativa pode se preparar. Juros elevados: o que significa? Uma das histórias mais importantes da economia brasileira no fim de 2024 continuará a ser ponto de atenção em 2025. A Selic, a taxa básica de juros da economia nacional, foi elevada pelo Banco Central pela terceira vez consecutiva (chegando a 12,25%). A instituição indicou que deve aumentá-la ainda mais no futuro próximo. Segundo a edição de 24 de janeiro do Boletim Focus, pesquisa promovida pelo Banco Central que afere as projeções de mais de 100 instituições financeiras, o mercado prevê que a Selic feche 2025 em 15% ao ano. Se concretizado, este seria o maior valor desde 2006. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central pela sucessiva elevação da taxa Selic tem como objetivo manter a inflação brasileira sob controle, próxima da meta de 3%. O outro lado da moeda é que a alta na taxa de juros pode frear o crescimento da economia nacional. A taxa básica de juros também exerce impacto sobre as dívidas governamentais. Segundo cálculo do Banco Central, a cada ponto percentual que a Selic cresce, a dívida líquida do setor público sobe em R$ 55,2 bilhões. Impacto sobre o cooperativismo de crédito A elevação da taxa básica de juros é utilizada por autoridades econômicas para controlar a inflação. A lógica por trás disso é que os juros mais altos encarecem o custo de se tomar empréstimos, desestimulando a atividade e controlando preços na economia como um todo. Se menos empréstimos forem concedidos devido às condições pouco favoráveis, isso significa um problema para o cooperativismo de crédito. As operações de crédito correspondem a 54% dos ativos totais do setor – segundo os dados mais recentes, relativos a 2023. Assim sendo, elas representam uma razão importante para o crescimento em ritmo superior ao restante do Sistema Financeiro Nacional. O cooperativismo já tem como marca ser mais flexível que as instituições financeiras tradicionais nas concessões de crédito. O risco de inadimplência está se materializando, e o índice de ativos problemáticos apresentou curva ascendente entre 2021 e 2023, chegando a 5,9%. A elevação na taxa básica de juros aumenta ainda mais este risco. Busca por inflação controlada Indicador econômico palpável na vida e no bolso de qualquer brasileiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2024 em 4,83%, acima dos 4,5% estabelecidos como teto da meta governamental. A partir deste ano, o cálculo da inflação será feito a partir de uma meta contínua. Ou seja, ao fim de cada mês a inflação acumulada em 12 meses será avaliada em relação à meta – que segue de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Se o IPCA permanecer fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, a meta será considerada descumprida, e o Banco Central terá de se explicar publicamente. O mercado nacional demonstra pessimismo em relação à capacidade de controle sob a inflação. As projeções do Boletim Focus sobre o IPCA aumentaram em 14 semanas consecutivas. Na edição de 24 de janeiro, as instituições financeiras preveem que o índice fechará 2025 em 5,50%. O número é ainda maior que o registrado em 2024, e 1,0 ponto percentual acima do teto da meta. Entretanto, as projeções das instituições financeiras nem sempre são perfeitamente adequadas à realidade. Os bancos entraram em 2024 prevendo que o IPCA permaneceria dentro da meta, em 4,47% – o que não aconteceu. E para 2023 o prognóstico era pessimista – 5,62% –, mas este foi o único ano de 2021 em diante no qual a meta foi cumprida. O Fundo Monetário Internacional (FMI) é menos pessimista que o mercado financeiro nacional em relação às projeções da inflação brasileira. A instituição prevê que a variação nos preços de consumo será de 3,6% em 2025. Pressão sobre os preços A inflação é um indicador econômico de impacto fácil de visualizar no dia a dia. Afinal, ela impacta os preços de tudo que você irá consumir, incluindo itens essenciais como alimentos e bebidas. Quanto mais o IPCA cresce, menor é o poder de compra da população, tendo em vista que os aumentos salariais não acompanham o custo de vida. Se a inflação seguir as projeções do mercado financeiro e permanecer acima da meta, isso se refletirá em problemas para negócios de diferentes setores. Nesse cenário, as cooperativas terão de lidar com a alta nos custos operacionais, o que pressiona os preços de comercialização. Dólar manterá disparada? Outra história da economia brasileira teve capítulos importantes no final de 2024: a desvalorização cambial do real em relação ao dólar. Após o Governo anunciar seu pacote de corte de gastos em novembro do ano passado, a moeda norte-americana disparou e atingiu o patamar de R$ 6 pela primeira vez na história. As projeções de mercado indicam que a alta histórica verificada no fim de 2024 não será um período de exceção, e sim algo próximo do ‘novo normal’. O Boletim Focus prevê que o dólar fechará 2025 no mesmo patamar de R$ 6, e que este número deve permanecer estável em 2026. A desvalorização do real em relação à moeda norte-americana acelerou devido à reação do mercado ao pacote brasileiro de corte de gastos. Também há fatores externos, como a expectativa sobre a postura do recém-empossado presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele promete uma política protecionista e a elevação às tarifas de importação, o que tem potencial de fortalecer o dólar. O grau dessas medidas, entretanto, ainda é incerto. Trump não incorporou as tarifas de importação ao seu primeiro pacote de ordens executivas, prometendo implementá-las somente em fevereiro. O discurso inicial era que produtos chineses seriam taxados em 60%. Porém, após a posse, o presidente norte-americano já falou em tarifa de 10%. Como o dólar impacta a economia brasileira Dólar, inflação e juros são três indicadores econômicos que estão altamente correlacionados. A alta da moeda norte-americana afeta diretamente os valores de importação, e, consequentemente, pressiona os custos de produção. No futuro, isso se refletirá em alta nos preços de comercialização, elevando o IPCA. A resposta do Banco Central nesses casos costuma ser a elevação da taxa de juros. É exatamente neste ciclo que o Brasil pode estar em 2025. Algumas cooperativas, todavia, podem se beneficiar com a desvalorização cambial. Esta tendência resulta no crescimento do preço das commodities, gerando possibilidade de maiores ganhos no ramo agropecuário com exportação, por exemplo. O problema é que os altos valores também se refletem no mercado nacional. O momento de alta do dólar reforça a necessidade de as cooperativas adotarem medidas de hedge cambial em transações internacionais. O hedge é um instrumento para minimizar riscos, no qual o valor de um ativo – nesse caso, o dólar – é fixado. Ele pode ser aplicado em contratos de compra e venda e no investimento em fundos cambiais. Brasil com números de empregabilidade históricos Em contrapartida às preocupações com inflação, juros e dólar, a economia brasileira carrega indicadores fortes e positivos para sua população. O principal deles é a empregabilidade. Segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativos ao trimestre entre setembro e novembro de 2024, a taxa de desocupação é de 6,1%, o menor número desde o início da série histórica, em 2012. A redução na taxa de desemprego, que chegou a 14,9% durante a pandemia de Covid-19, sinaliza uma recuperação da economia brasileira. Se grande parcela da população continuar empregada, o consumo tende a se manter estável - o que é um alento em meio às incertezas econômicas que pairam sobre 2025. Apesar de benéfica à população, a redução na taxa de desocupação pode gerar pressão sobre a economia. O aumento na demanda por bens e serviços tende a elevar os preços, o que culmina em crescimento na inflação. Assim sendo, o Banco Central intervém através da taxa básica de juros, freando o progresso econômico atual em prol de maior estabilidade no futuro. O PIB pode superar expectativas de novo? Influenciado por todos esses fatores já abordados, o resultado da atividade econômica nacional culmina em um número: o Produto Interno Bruto, o famoso PIB. Os números completos sobre o ano de 2024 só serão divulgados em março, mas os resultados prévios mostram que a economia brasileira rendeu acima do esperado no período. O PIB brasileiro cresceu 3,3% nos três primeiros trimestres de 2024 em comparação ao mesmo recorte de 2023. O Fundo Monetário Internacional projeta que a variação positiva do ano completo será de 3,7%. Entre janeiro e setembro, a evolução econômica foi impulsionada pelos setores de Indústria (3,5%) e Serviços (3,8%). A valorização do PIB nacional ocorreu apesar da desconfiança das instituições financeiras. O segundo Relatório Focus de 2024 previa crescimento de apenas 1,59% ao longo do ano, menos da metade do valor registrado em três trimestres. O Brasil também superou as expectativas do mercado em 2023, registrando variação de 3,2% no PIB, contra projeção de 0,78%. Projeções do PIB para 2025 Casos recentes mostram que as projeções econômicas nem sempre são altamente precisas e condizentes com a realidade, mas elas são importantes para medir o nível de confiança de mercados nacionais e internacionais sobre a economia brasileira. O clima para 2025 não é dos mais otimistas: a expectativa é de desaceleração econômica. Na edição de 24 de janeiro, o Relatório Focus projeta que o PIB crescerá 2,06% – a previsão vem crescendo em ritmo tímido durante o início deste ano. Já o FMI tem expectativas similares e projeta alta de 2,2%. Se o produto nacional estiver neste patamar ao final de 2025, será a menor variação positiva desde 2020. Apesar do cenário de incertezas, espera-se que a agropecuária volte a crescer em 2025 e diminua o ritmo da retração geral. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta safra recorde em 2024/25, com produção de 322,47 milhões de toneladas. Já a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), por sua vez, espera aumento de até 5% no PIB do agronegócio. Como se preparar diante das perspectivas econômicas para 2025 As dúvidas acerca dos principais elementos da macroeconomia brasileira indicam que 2025 será um ano desafiador. O crescimento dos últimos anos será posto à prova, assim como a capacidade governamental de equilibrar as contas públicas enquanto promove o desenvolvimento socioeconômico. Não se espera que os problemas alcancem o status de uma crise econômica, mas a desaceleração parece iminente. As cooperativas, portanto, precisam estar prontas para esse cenário. Monitorar a Selic pode ajudar a economizar. Avalie se as alterações na taxa básica de juros impactam as dívidas já contraídas e planeje-se para cumprir com as novas pendências. Acompanhe o noticiário sobre as reuniões do Copom, e utilize as informações disponíveis para realizar operações de crédito no momento mais apropriado. Em momentos de recessão, gerenciar recursos de maneira inteligente torna-se ainda mais importante. Se a sua cooperativa ainda não se beneficia de análises de dados, aproveite para mudar isso em 2025. Implementar uma cultura data driven demanda recursos, mas os gastos se converterão em resultados com o passar do tempo. A organização terá informações concretas para identificar desperdícios, aprimorar processos e tomar decisões assertivas. Ano de inovação Outro ponto essencial para nunca perder de vista, principalmente em contextos adversos, é que inovar é um caminho sustentável para obter resultados. Não encare a inovação como uma prática secundária, que deixa de receber recursos em momentos de austeridade. Quando a demanda por produtos ou serviços cai devido ao contexto macroeconômico, quem se destaca são as organizações que oferecem algo diferente. Inovar te prepara para o futuro e cria vantagens competitivas essenciais em tempos de crise. Mas não se esqueça de inovar com propósito e conhecimento do mercado. Os passos devem ser muito bem avaliados em momentos de instabilidade. Ao planejar a gestão de riscos da sua cooperativa, analise o contexto macroeconômico. Entenda se este é o momento adequado para executar suas estratégias e fique atento às janelas de oportunidades. Conclusão: de olho nas perspectivas econômicas O ano de 2025 será desafiador para a macroeconomia brasileira. A conexão entre inflação, juros e dólar alto pode culminar em desaceleração do crescimento nacional. Diante desse cenário, é essencial que sua cooperativa se prepare para lidar com as adversidades externas. Aumente a competitividade de sua organização com o e-book “Como elaborar um plano de negócios para sua cooperativa”, do NegóciosCoop! Aprenda como pesquisas de mercado, análises mercadológicas, estratégia de marketing e outros conceitos podem ajudar na elaboração de um plano de negócios.

Perfil empreendedor: conheça as principais características
Empreendedorismo e cooperativismo têm tudo a ver. A estrutura bem definida das cooperativas pode ser um alicerce para um ambiente de ideias inovadoras e para o surgimento de soluções à frente do mercado. Por isso, cooperados e dirigentes podem - e devem - ser empreendedores! Ter um perfil empreendedor é um grande trunfo nos negócios. Seja iniciando sua própria cooperativa em conjunto com outras pessoas ou colaborando com ideias para uma organização já estabelecida, indivíduos com perfil empreendedor agregam muito para a perenização e a competitividade das cooperativas. Mas o que constitui um perfil empreendedor? Confira neste texto as principais características desejáveis e fundamentais para quem deseja empreender, no cooperativismo ou em qualquer tipo de negócio. 8 características do perfil empreendedor O perfil empreendedor é composto por uma série de características importantes para identificar oportunidades de negócios, inovar e, sobretudo, agir - mas com planejamento. Confira essas oito habilidades que compõem o perfil empreendedor! 1. Iniciativa Ter boas ideias é elementar para qualquer empreendedor, porém mais importante que isso é colocá-las em prática. De nada adianta pensar em um negócio inovador ou em uma solução adequada ao mercado, mas guardar esse plano no mundo das intenções e não materializar seu possível impacto. Iniciativa também está relacionada à constante busca por compreender o mercado no qual sua cooperativa está inserida ou deseja atuar. Um olhar atento e consistente ajuda na identificação de oportunidades em nichos inexplorados. 2. Visão Algo que parece intangível, mas não é nada abstrato. Uma pessoa com visão empreendedora é alguém que pode transformar qualquer boa ideia em um negócio, é capaz de agir com rapidez e sempre parece à frente do restante do mercado. A visão empreendedora ajuda a encontrar e destacar o diferencial de seu produto, serviço ou experiência em relação à concorrência. Não necessariamente toda ideia traz algo totalmente novo, mas ela precisa carregar consigo distinções que a tornem única. Uma visão apurada é capaz de trabalhar em cima disso, muitas vezes promovendo ajustes no projeto antes de ele chegar ao mercado. 3. Planejamento Executar ideias e enxergar o mercado é importante, mas nada disso vai para a frente sem planejamento. Uma pessoa com perfil empreendedor precisa ser organizada, calcular gastos e riscos e gerenciar a própria rotina. É preciso encarar as questões com perspectiva abrangente, atenta a todos os aspectos do seu negócio. Planejar-se é fundamental para qualquer pessoa em posição de liderança: é a munição necessária para colocar qualquer projeto em prática e lidar com adversidades e crises. 4. Persistência Muitas vezes, uma pessoa com visão, iniciativa e planejamento empreende, mas não obtém o sucesso esperado. O mundo dos negócios é altamente competitivo e diferentes fatores podem causar falhas. Entretanto, alguém com perfil empreendedor não desiste nesse momento. A persistência é fundamental para qualquer empreendedor. Quem pretende transformar suas ideias em negócios precisa lidar com dificuldades – cedo ou tarde elas virão – e aprender com elas, transformando erros do passado em lições para um futuro próspero. Diante de problemas, uma pessoa com perfil empreendedor busca soluções, utilizando seu repertório de mercado, sua visão e seu planejamento. É necessário ter comprometimento ao resolver as questões e não prometer aquilo que não se pode cumprir. 5. Autoconfiança Empreender exige diferentes tipos de interação: com colaboradores, outros cooperados, parceiros, potenciais clientes. Para lidar com tantas demandas diferentes, é preciso desenvolver a habilidade da autoconfiança. A autoconfiança é fundamental na hora de transmitir opiniões. Apresentar seus argumentos com clareza e segurança atribui credibilidade ao que é falado. Isso é especialmente importante no modelo de gestão cooperativista, no qual a interação entre diferentes pessoas constrói uma gestão verdadeiramente democrática e de impacto social. Ser autoconfiante ajuda na construção de networking. Uma pessoa com essa competência possui mais facilidade para se aproximar de clientes, trocar informações com colegas de mercado e construir uma rede de relacionamentos que pode beneficiar seu empreendimento. 6. Liderança Característica associada aos comandantes de grandes empresas mercantis, a liderança também é necessária para um empreendedor. Ser um bom líder torna-se cada vez mais importante à medida que o empreendimento cresce e agrega mais colaboradores e cooperados. Liderar é diferente de ser um chefe. Um bom líder é capaz de se conectar com seus liderados, interagindo com empatia nessas relações. A partir disso, pode motivá-los e conduzir sua cooperativa ao sucesso, disseminando um objetivo comum entre todas as partes. Liderar também não é trazer todas as responsabilidades para si. Isso pode ser necessário por vezes, quando se trata de um micro ou pequeno empreendimento. Mas, especialmente ao se tratar de uma cooperativa, é necessário saber delegar e confiar no trabalho de sua equipe, o que é mais fácil quando há uma cultura corporativa na qual todos estão inseridos. 7. Capacitação Não é por que você alcançou sucesso como empreendedor que deve ficar parado e apostar sempre nas mesmas fórmulas. Uma pessoa com perfil empreendedor sabe que precisa estar em processo constante de aprendizado. Há diversas alternativas, como cursos de especialização e conteúdos multimídias, para se inteirar sobre novidades no ambiente de mercado, administração e liderança. Estudar ajuda na evolução em todas as características mencionadas do perfil empreendedor. Diante de um mundo cada vez mais tecnológico e em constante evolução, é necessário estar sempre disposto a aprender. Métodos e práticas atualizadas contribuem para posicionar seu negócio um passo à frente da concorrência. Para seguir aprendendo temas importantes para gerir a sua cooperativa, confira os cursos do NegóciosCoop! 8. Foco em resultados Outra característica marcante de uma pessoa com perfil empreendedor é analisar seu negócio de maneira racional e objetiva. Esse tipo de líder não se apega a ideias que em sua mente são ótimas, mas não são capazes de materializar resultados positivos sem ajustes. É importante para um empreendedor estar disposto a correr riscos, mas as decisões “fora da caixa” precisam ser baseadas em elementos palpáveis. Projetos que não se convertem em resultados dentro do prazo esperado precisam de alterações. Analisar relatórios, métricas e projeções de mercado é um caminho para tomar decisões embasadas. Conclusão: construindo o perfil empreendedor São diversas as características que constituem um perfil empreendedor. Fica evidente que, por mais que uma pessoa tenha aptidão “natural” para os negócios, ela não vai conseguir sucesso sustentável sem praticar e evoluir constantemente nessas competências. Com boas ideias e vontade de aprender, é possível se desenvolver como empreendedor. O papel de um líder está em transformação, e é fundamental entender esse processo para adequar seu modo de gestão e sua cooperativa à modernidade. Para isso, leia este artigo que preparamos com as as sete características essenciais do líder moderno!

5 tendências para aumentar suas vendas no e-commerce
Não é segredo que vivemos uma era de revolução digital. O acesso cada vez mais facilitado à internet mudou a forma como nos comunicamos, nos informamos e consumimos. O momento é de constante transformação não somente para a humanidade, como também para os negócios, que apostam cada vez mais no e-commerce. Por isso, ter presença digital é fundamental para qualquer organização na atualidade. De acordo com pesquisa da Opinion Box em parceria com a Octadesk, 88% dos consumidores fazem compras online ao menos uma vez por mês, mostrando que o hábito já faz parte da rotina do brasileiro. Se a sua cooperativa tem um e-commerce mas ainda não obtém resultados expressivos, ou não possui uma presença digital significativa, chegou a hora de mudar isso. Conheça cinco tendências e formas de impulsionar suas vendas virtuais. 1. O brasileiro prefere acessar a internet pelo celular Usar smartphones já é mais do que um hábito consolidado para os brasileiros, é uma prioridade. De acordo com a mais recente edição do Relatório Setores E-commerce no Brasil, elaborado pela Conversion, 75,4% dos acessos a comércios virtuais ocorreram pelo celular, sendo 53,3% via navegador mobile. O dado demonstra a força dos smartphones no cenário virtual. Entretanto, esse número isolado não pode orientar todas as decisões para sua cooperativa. É necessário entender a situação de seu mercado de atuação. No ramo de educação, livros e papelaria, por exemplo, o acesso via desktop ainda prevalece (54,4%), de acordo com o mesmo relatório. Já o setor de comidas e bebidas é um dos poucos no qual a alternativa de uso mais comum são os aplicativos (41,2%). E-commerce no mobile Independentemente do nicho de atuação, fato é que o acesso via celular precisa ser levado em consideração atualmente na hora de montar ou aprimorar seu e-commerce. Por isso, é importante investir em uma interface amigável e responsiva – que adapta suas páginas e seus layouts ao tamanho da tela no qual está sendo executada, seja computador, tablet ou smartphone. O mercado percebeu a importância de montar páginas responsivas. Segundo o estudo Perfil do E-Commerce Brasileiro 2024, feito pela BigDataCorp, o índice de e-commerces adaptáveis às diferentes telas saiu de 24,2% em 2017 para 87,54% em 2023, ressaltando os avanços tecnológicos dos últimos anos. 2. SEO: como fazer seu e-commerce ser mais procurado Um aspecto fundamental para qualquer página que deseje chegar a mais pessoas através de mecanismos de busca (principalmente o Google) é o SEO, sigla em inglês para “otimização para motores de pesquisa”. Entender a utilidade e as boas práticas é essencial para melhorar o ranqueamento de seu site. Algo elementar na listagem de qualquer site nos mecanismos de busca é proporcionar uma boa experiência para o usuário. O Google não expõe publicamente todos os critérios de ranqueamento. Entretanto, sabe-se que aspectos como carregamento rápido, responsividade, título e meta-descrição, tags, URL, quantidade e qualidade de backlinks (links que levam a outros sites) e buscas diretas são levados em consideração. Se a estrutura de seu e-commerce já está montada e contempla algumas dessas boas práticas de SEO, uma forma de elevar seus resultados é definindo palavras-chave. Estas são termos e frases que os usuários digitam na hora de buscar mais informações sobre um assunto. Caminhos para ser encontrado Ao escolher as palavras-chave, é importante pensar em termos condizentes àquilo que o seu comércio entrega, o que impulsionará uma melhor taxa de conversão de cliques. Essas palavras ou frases precisam ser exploradas em cada página, mas não é necessário escrevê-las de forma excessivamente repetitiva ou antinatural – mecanismos como o Google têm inteligência para compreender qual o assunto de cada webpage. Direcionar esforços a SEO é uma maneira sustentável de expandir o alcance de seu e-commerce. Há vias mais rápidas, como o pagamento por buscas patrocinadas. Entretanto, o consumidor prioriza lojas com crescimento natural. Segundo a Conversion, 77% dos brasileiros confiam mais em resultados de busca orgânica do que em links patrocinados – que compõem uma estratégia de marketing frutífera, mas devem ser utilizados de forma complementar. A busca orgânica é o segundo canal de tráfego mais prevalente para e-commerces no Brasil, com 26,5% – o primeiro é o acesso direto à loja, com 50,3%. Isso denota como é importante impulsionar práticas de SEO em seu site. 3. Marketing digital: a presença de seu e-commerce nas redes As redes sociais fazem parte da rotina do brasileiro. Segundo a pesquisa “Brazil Consumer Expectations of Mobile App Security”, elaborada pela Appdome com a Open Worldwide Application Security Project, o segmento de aplicativos mais popular no país é justamente o de redes sociais e relacionamento. Portanto, se tantos potenciais clientes estão lá, é essencial que seu e-commerce também se faça presente. Uma forma de tornar sua cooperativa mais conhecida nas redes é através de conteúdos patrocinados. Investir em redes sociais ajuda não somente no alcance, como também no melhor conhecimento sobre seu público. Com informações sobre os usuários que clicam em seus anúncios, é possível traçar um perfil detalhado de quem são os clientes e elaborar estratégias de marketing a partir disso. A pesquisa da BigDataCorp aponta que 75,67% dos e-commerces brasileiros têm um ou mais perfis em redes sociais, número que vem em ascensão desde 2019. Social commerce As redes sociais também são um meio de troca de informações sobre produtos e serviços. De acordo com a Opinion Box, 66% dos consumidores afirmam realizar pesquisas nesses espaços antes de realizar uma compra. O Instagram se destaca nesse comportamento, com 72%. O perfil de seu e-commerce pode ser uma plataforma para divulgação de reviews de consumidores. Tal estratégia funciona como um “marketing boca a boca” virtual, atribuindo credibilidade à sua loja. Produzir conteúdos originais para redes é outro caminho de crescimento de marca. Posts relevantes podem gerar engajamento e chegar a mais usuários de forma orgânica, aumentando a base de seu perfil e, consequentemente, de seu e-commerce. 4. A importância da experiência do usuário no e-commerce A necessidade de montar uma página rápida e responsiva já foi mencionada neste texto durante as seções sobre a preponderância do celular e sobre SEO. Entretanto, nunca é demais destacar: a experiência do usuário é decisiva para o crescimento de seu e-commerce. Ela começa com um site amigável. A navegação na loja virtual deve ser simples, com categorizações e descrições de produtos que sejam fáceis de compreender. O processo de compra, da busca ao checkout, precisa ser otimizado, a fim de minimizar desistências. Outra parte fundamental na experiência do consumidor é o atendimento. Preocupe-se em responder o cliente de maneira rápida e eficiente, fornecendo diversos canais para tratar de dúvidas ou reclamações. O WhatsApp, aplicativo mais baixado no Brasil segundo a Opinion Box, é uma alternativa de comunicação simplificada. Transformar um potencial cliente em um comprador na sua loja é uma longa jornada. Entretanto, há outra jornada tão importante quanto: a fidelização. E, para alcançar esse objetivo, deve-se proporcionar uma experiência amigável ao consumidor. 5. Explore ferramentas do Google Sabe-se que o Google é o principal mecanismo de buscas virtuais no mundo. Entretanto, a marca vai muito além disso. A big tech fornece diversas ferramentas que podem ajudar seu comércio a impactar mais usuários. Uma delas é o Google Ads. O serviço permite que você crie e customize anúncios pagos para sua cooperativa, destacando-a no próprio site do Google ou em outras plataformas, como YouTube e Google Play. Também é possível traçar metas e analisar resultados dentro dessa ferramenta. Outra possibilidade é o Google Analytics. Lá é oferecida uma visão detalhada sobre o desempenho do seu site, com informações sobre tráfego, comportamento dos visitantes, entre outras. Esses dados ajudam no aperfeiçoamento de sua estratégia digital. Para saber como seu site está ranqueado nas buscas, recorra ao Google Search Console. Essa ferramenta permite que você envie sua webpage ao Google, caso ela ainda não tenha sido rastreada, e alerta sobre problemas de SEO. Conclusão A revolução digital segue em curso, mas seus impactos já são evidentes para qualquer cooperativa. A presença digital é um fator no mundo dos negócios na atualidade. Fazer seu e-commerce crescer é uma tarefa fundamental para alcançá-la, e isso é possível através de boas práticas, conhecimento do mercado e investimento em aspectos técnicos do site. Por mais que vivamos em um mundo digital, isso não quer dizer que todo o mercado esteja realmente inserido nesse movimento. Segundo levantamento da Data-Makers em parceria com a CDN, 77% dos negócios brasileiros não têm cultura de inovação. A pesquisa mostra ainda que 62% dos líderes se declaram despreparados para lidar com as transformações tecnológicas. Apostar na otimização de seu e-commerce é uma forma de quebrar essa tendência. Faça você a diferença para sua cooperativa, adeque sua loja virtual às diferentes demandas contemporâneas, monitore as tendências de mercado e alavanque as vendas! E para se aprofundar no tema, confira nosso e-book sobre como vender pela internet!