exportação cooxupé

Sobre o case

Exportações representam maior parte do faturamento da cooperativa mineira

Ficha técnica

  • Nome da cooperativa: Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé)
  • Ramo: Agropecuária
  • Produto ou serviço: Café
  • Localização: Região Sudeste
  • Breve histórico: Com mais de 90 anos de história, a Cooxupé reúne mais de 18 mil cooperados que produzem café do tipo arábica nas regiões do Sul de Minas, Cerrado Mineiro, média mogiana do estado de São Paulo e Matas de Minas.
  • Resumo: As exportações representam 68% do faturamento da Cooxupé, que dedica a maior parte de suas atividades para atender o mercado externo. O sucesso da cooperativa nessa jornada tem como base dois pilares principais: a credibilidade no mercado e a sustentabilidade de sua produção. Com isso, a Cooxupé produz café de alta qualidade, procedência rastreável e alto valor agregado.

Contexto

Fundada há mais de 90 anos em Minas Gerais, a Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) reúne mais de 18 mil cooperados que produzem café do tipo arábica nas regiões do Sul de Minas, Cerrado Mineiro, Média Mogiana do estado de São Paulo e Matas de Minas.

Pensando na diversificação de seus negócios, a Cooxupé também conta com outros projetos. Alguns deles são, por exemplo, torrefação própria, auxílio na produção e comercialização de milho, fábrica de rações, laboratórios para análise do solo e geoprocessamento.

Com o passar dos anos, a Cooxupé vem ampliando sua participação no mercado de cafés especiais e certificados de alta qualidade. Atualmente, a cooperativa possui 18 unidades de negócios.

O mercado externo representa uma fatia importante nos negócios da Cooxupé, o que também se reflete no planejamento e na estrutura da cooperativa. Assim, a Cooxupé conta com um escritório de exportação em Santos, cidade em que fica o maior porto do Brasil, e possui uma estrutura logística de última geração.

Desafios

O mercado externo é fundamental para a Cooxupé, uma vez que proporciona boas condições comerciais em relação ao preço e à liquidez. A exportação de café demanda parcerias financeiras, a fim de acompanhar o fluxo financeiro adequado. Além disso, existe a necessidade de manter altos estoques de café.

“Sendo assim 80% das atividades da cooperativa correspondem às exportações, ou seja, 80% do café recebido pela cooperativa é destinado para clientes de 50 países em 5 continentes”, explica Carlos Augusto Rodrigues de Melo, presidente da Cooxupé.

Com isso, a cooperativa precisa manter seus produtos competitivos e atrativos para os compradores estrangeiros. Para tanto, a sustentabilidade é um dos fatores mais relevantes, explica Melo:

“Por mais que a sustentabilidade seja uma realidade há bastante tempo na rotina da cooperativa e dos produtores, a produção de um café de procedência é um dos desafios a ser considerado ao longo de nossa trajetória”.

Soluções

Em relação à sustentabilidade, a Cooxupé consegue manter um controle de qualidade de sua produção.

“Nosso café possui rastreabilidade. Ou seja, é um processo muito tranquilo para a cooperativa comprovar que o café que ela vende é produzido respeitando as boas práticas agrícolas e a sustentabilidade”, explica o presidente da cooperativa.

Dessa forma, a Cooxupé apresenta dois grandes pilares para a competitividade no mercado externo: credibilidade e sustentabilidade. Aponta Melo:

“A trajetória da cooperativa, nesses mais de 90 anos de cooperativismo, estabeleceu uma parceria com o mercado internacional fundamentada no fornecimento de cafés de qualidade (tanto commodity quanto cafés especiais) e que atendem às exigências do consumidor e das empresas em relação à sustentabilidade e à agenda ESG”.

Nesse sentido, as certificações de qualidade e sustentabilidade fazem a diferença e atestam a procedência dos produtos. “É uma demanda crescente e a Cooxupé está atenta, tanto que desenvolveu seu próprio protocolo de sustentabilidade, chamado Gerações”.

Desenvolvimento

O maior volume de vendas da Cooxupé ao mercado externo é feito por meio da exportação direta. Assim, a cooperativa comercializa seu café diretamente aos clientes do mercado internacional e, também, para clientes exportadores.

Em sua estratégia para ingressar em novos mercados, explica Melo, a cooperativa busca “estar atenta às demandas do mercado internacional, fornecendo café verde do tipo arábica de qualidade e de procedência, bem como mantendo uma relação sólida e de credibilidade junto aos nossos compradores”.

Para assegurar o sucesso dessa jornada, a Cooxupé segue em busca de aprimorar e fortalecer os seus dois pilares para a competitividade no mercado externo.

A credibilidade diz respeito aos compromissos assumidos com os clientes para o fornecimento de café de qualidade e boa procedência. Ademais, a cooperativa cumpre seus contratos de forma absoluta, conta Melo:

“Honramos nossas parcerias comerciais, não importando o volume da comercialização de café. Isto também, vale lembrar, que só é possível graças à relação sólida que mantemos com nossos cooperados, alicerçada em confiança e fidelidade”.

Já em relação à sustentabilidade e à agenda ESG, “a Cooxupé já desempenha esses compromissos há muito tempo, levando conhecimento e atualizando as informações junto ao produtor diretamente no campo, por meio do Departamento de Assistência Técnica da cooperativa que presta serviço gratuito aos nossos cooperados”, narra o gestor.

“O produtor de café já é um conservador por natureza. Mas, para fortalecer ainda mais estes compromissos e comprovar aos mercados interno e externo e, também, aos consumidores, implantamos no ano passado o Protocolo Gerações”, complementa.

A Cooxupé, portanto, desenvolve um programa de sustentabilidade que trabalha de maneira inclusiva junto aos cafeicultores associados. Com isso, os cooperados têm acesso ao conhecimento e aos recursos necessários para elevar o grau de sustentabilidade na produção, o que agrega valor ao café produzido e comercializado pela cooperativa.

Resultados

Como vimos, ao todo, 80% das atividades da Cooxupé correspondem às exportações. Além disso, as exportações diretas representam 68% do faturamento da cooperativa. Isto é: o mercado externo é crucial para o crescimento e o sucesso dos negócios da Cooxupé.

“O objetivo é manter as parcerias comerciais já existentes com nossos clientes e estar sempre de olho em novas oportunidades para abertura de mercados, seja para o café commodity seja para o nicho de cafés especiais”, revela Melo.

Além disso, ele ressalta que, como cooperativa, a Cooxupé atua em favor dos associados. “Independentemente do perfil de cada um deles (pequeno, médio ou grande produtor), a cooperativa recebe o café produzido colocando-os nos mercados mais exigentes, nas melhores cafeterias de todo o mundo”.

No mais, a Cooxupé marca presença na lista Forbes Agro 100. O levantamento da revista revela que a cooperativa é a 37ª maior empresa do agronegócio brasileiro.

Aprendizado

  • A rastreabilidade e as certificações tornam o produto mais valioso e atrativo no mercado externo.
  • É muito importante estar atento às demandas de sustentabilidade – e agir para atendê-las.
  • Para fortalecer os negócios, é fundamental estabelecer relações de confiança tanto com os clientes quanto com os produtores cooperados.
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