Estratégia do movimento melhora qualidade de vida da sociedade e otimiza serviços

 “A humanidade tem experimentado o cooperativismo como uma forma resiliente de vencer dificuldades. Seja nos diversos momentos de crise econômica no mundo, ou nesta atual crise sanitária provocada pela pandemia, as cooperativas saem cada vez mais fortes das adversidades apresentadas. As pessoas querem mais cooperação, porque buscam uma economia mais compartilhada, uma participação mais ativa, em todos os ramos, e uma interação maior na tomada de decisões. E o momento presente é extremamente oportuno para o fortalecimento do movimento no mundo.” 

A citação do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, reforça a importância do movimento cooperativista para que as mudanças estruturais da nossa sociedade ocorram de forma a gratificar todos os envolvidos. “Com mais pessoas participando da produção, lucro e divisão, o fortalecimento desse sistema de caráter social será expandido cada vez mais pelo mundo, ajudando pessoas e mudando realidades”, defende. 

A intercooperação, sexto princípio do cooperativismo, é uma estratégia de negócios onde mais pessoas cooperam e ganham. Por meio de parcerias e negociações, duas ou mais cooperativas, do mesmo ramo ou de ramos diferentes, podem firmar acordos de transações comerciais, de prestação de serviços, de cooperação técnica ou financeira.  

Reduzir custos e aumentar a circulação de riquezas no ambiente cooperativo também é consequência da intercooperação, o que contribui diretamente para o desenvolvimento de milhares de associados. Além disso, as atividades de uma cooperativa podem ser ofertadas em outras regiões além daquelas onde está localizada a sua sede.   

Os mais variados ramos podem se aliar em prol de um bem social maior. Por exemplo, uma cooperativa de transportes pode agraciar seus cooperados com assistência médica de uma outra da área de saúde. Uma cooperativa de crédito pode ajudar outra do ramo de Infraestrutura a expandir coberturas como fornecimento de energia. Este é o caso da hidrelétrica Vale do Leite, no Rio Forqueta, que fica entre os municípios de Pouso Novo e Coqueiro Baixo (RS). 

A usina, considerada a quinta maior da região, é fruto de intercooperação entre cooperativas de crédito (Sicredi Ouro Branco, Sicredi Integração, Sicredi Região dos Vales e Sicredi Botucaraí) e de infraestrutura (Certel – considerada a mais antiga coop de eletrificação do país). 

Além de criar negócios e valores, as coops ampliaram a geração de energia própria garantindo qualidade no fornecimento e tarifas mais baixas para os consumidores. A intercooperação também trouxe mais agilidade e facilidade para os processos administrativos, além de taxas de juros mais atrativas e excelentes condições de pagamento. A intercooperação foi fundamental ainda, para dar mais agilidade e viabilizar o financiamento de R$ 48 milhões para o empreendimento. 

NegóciosCoop – Outra plataforma elaborada pelo Sistema OCB para dar mais visibilidade às ações de intercooperação é a NegóciosCoop. Em um único lugar, a associada pode divulgar um ou mais produtos e serviços a serem comercializados. Tudo elaborado a partir de funcionalidades customizadas que facilitam a criação, gestão e acompanhamento dos anúncios e negociações. Lançada em julho de 2021, a plataforma já congrega mais de 500 cooperativas.