Inteligência de Mercado
Muitos são os fatores que influenciam ou interferem nos resultados de uma cooperativa. Parte deles está relacionada com questões internas, de gestão e governança, por exemplo, mas outros têm mais a ver com o ambiente externo. Por isso, é fundamental, antes de tomar qualquer decisão, analisar como anda o cenário econômico, quais são as previsões para o nosso setor e atentar-se às variações no mercado. Buscar a maior quantidade de informações possíveis, prezando pela qualidade de cada uma delas. E é isso que você encontra aqui, no ConexãoCoop: análises e dados estratégicos que vão auxiliar na construção de um olhar crítico para compreender as subjetividades, sem perder o foco na tomada de decisões.

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Como a inteligência artificial impacta os negócios de cada Ramo do cooperativismo
A inteligência artificial já ocupou um espaço de destaque na economia e é uma realidade em todos os ramos do cooperativismo. Diversas atividades, do atendimento à análise de dados, são potencializadas pelas ferramentas de IA. Nesse contexto, diversas cooperativas de vários ramos e tamanhos já estão aplicando a tecnologia. Neste artigo, vamos conhecer como cada um dos ramos do cooperativismo pode empregar as ferramentas de inteligência artificial com as mais variadas finalidades, assim como casos práticos que mostram na prática a utilidade da tecnologia para os negócios das cooperativas, proporcionando eficiência e inteligência de mercado. Boa leitura! Ramo Crédito: do atendimento ao backoffice O cooperativismo financeiro é pioneiro na adoção das ferramentas de inteligência artificial. A tecnologia ocupa um papel importante para o atendimento e a interação com os cooperados. Chatbots automatizam o atendimento inicial e resolvem problemas simples, liberando os colaboradores para lidar com tarefas complexas. Mas o uso da IA no atendimento pode ser ainda mais profundo, como mostra o próprio Sicredi. Em 2024, a cooperativa decidiu apostar no Microsoft Copilot, o assistente de inteligência artificial generativa da Microsoft. A tecnologia foi responsável pelo aumento na porcentagem de atendimentos resolvidos: 11% na área de Cartões, 17% em Consórcios, e 26% em Seguros. Mas nem toda aplicação de IA é visível para os cooperados. O Sicoob incorporou o modelo de IA chinês DeepSeek a fim de apoiar o seu backoffice. A ferramenta foi integrada ao Sisbr, plataforma core do Sicoob, para aprimorar a interação com documentos. Desse modo, processos administrativos, como a análise de documentos, são realizados mais rapidamente e com maior precisão. Na prática, os colaboradores do Sicoob podem interagir com os documentos de forma conversacional, de maneira a obter as informações necessárias com maior agilidade e precisão. Análise de crédito A inteligência artificial também está ocupando um papel cada vez mais importante em processos de análise de crédito. O próprio Sicoob implementou um sistema que sugere pareceres a partir de dados fornecidos, acelerando a análise de crédito e proporcionando decisões com melhor embasamento. De acordo com a consultoria KPMG, modelos tradicionais - como regressões lineares e scorecards - já não são suficientes para lidar com o volume de dados disponíveis atualmente e com o novo cenário regulatório. Nesse contexto, a inteligência artificial está tornando a gestão de risco de crédito mais eficiente, precisa e ágil. Agropecuário: mapeamento e análise de qualidade A inteligência artificial chegou ao campo para auxiliar tarefas como análise de solo, controle de qualidade e automação operacional em um processo de transformação digital do setor. Cooperativas agropecuárias já estão aplicando a inovação de forma a impulsionar a produtividade da produção e, consequentemente, seus negócios. A IA é muito eficaz em análises avançadas de dados geoespaciais. No Paraná, a Integrada utiliza uma constelação de satélites europeus com imagens atualizadas a cada cinco dias para monitorar áreas agricultáveis. Já a inteligência artificial contribui para aprimorar e acelerar as análises das imagens. Com isso, um trabalho que levava trinta dias para ser realizado passou a demorar apenas 20 minutos. A tecnologia também é uma aliada do controle de qualidade da produção agrícola. É o que faz a mineira Cooxupé. Em sua jornada de expansão no mercado de cafés especiais, a cooperativa utiliza inteligência artificial para classificar os grãos adequados. A ferramenta é capaz de identificar a qualidade do grão e seu sabor, gerando a uniformidade dos produtos premium. Automação operacional A automação de tarefas é uma das grandes aplicações de IA no ambiente agroindustrial. Em conjunto com maquinário moderno, a inteligência artificial realiza processos como plantio e colheita com grande precisão e economia de tempo. Além disso, atividades como o transporte e acondicionamento de produtos são outras que vêm sendo automatizadas. A Coopavel, do Paraná, emprega a tecnologia para automatizar a inspeção do abate de frangos. A inteligência artificial realiza o processamento de imagens para fiscalizar o processo de sangria dos animais. Desde que implementou a inovação, a cooperativa registrou queda no percentual de frangos com sangria inadequada e eliminou as multas sanitárias por falhas nesse processo. Saúde: foco no paciente e combate às fraudes O setor de saúde é outro que já encontrou uma série de aplicações para os avanços da inteligência artificial. Os usos da tecnologia vão desde questões operacionais até o apoio para a realização de diagnósticos médicos. A Unimed Grande Florianópolis é precursora no emprego da IA no Ramo Saúde. Após identificar riscos aos pacientes causados pela descentralização das informações, a equipe de inteligência da cooperativa deu início ao projeto da Robô Laura, que integra as informações de prontuário em uma plataforma de inteligência artificial para processamento das informações e monitoramento dos beneficiários. A segurança e o combate a fraudes é mais uma maneira de utilizar a inteligência artificial nos serviços de saúde. Em parceria com uma startup, a Unimed Nacional usa inteligência artificial para identificar recibos fraudulentos. Com menos de um ano em funcionamento, o projeto analisou inúmeros recibos de reembolso e evitou um gasto de quase R$ 9 milhões. Diagnósticos Olhando para o futuro, a IA desponta como uma ferramenta que irá melhorar a medicina clínica. Capaz de analisar dados complexos, a tecnologia pode auxiliar os médicos a identificarem doenças com mais agilidade e precisão, reforça artigo publicado pelo MIT Technology Review. Já existe, por exemplo, uma ferramenta de IA que auxilia no diagnóstico de doenças neurodegenerativas como a esclerose múltipla e o Alzheimer. Conforme a quantidade de dados biométricos segue crescendo graças a aparelhos como relógios inteligentes, a IA terá mais dados para identificar problemas de saúde de forma precoce. Transporte: planejamento eficiente e segurança Dentro do Ramo Transporte, a inteligência artificial é capaz de otimizar as operações de cooperativas de transporte ao automatizar processos e analisar dados. Isso resulta em redução de custos, aumento de produtividade e melhoria na prestação de serviços. A tecnologia permite que as cooperativas tomem decisões baseadas em informações concretas, fortalecendo sua posição no mercado. No roteamento e planejamento, a IA cria as rotas mais eficientes. O sistema analisa variáveis como trânsito, clima, janelas de entrega e capacidade do veículo para definir o melhor trajeto. O objetivo é reduzir o consumo de combustível e o tempo de viagem. Em casos de imprevistos, como congestionamentos, as rotas são recalculadas automaticamente para evitar atrasos. Para a segurança, sistemas de IA monitoram o motorista por meio de câmeras e sensores. A tecnologia identifica sinais de cansaço ou distração e emite alertas para prevenir acidentes. Ademais, o reconhecimento facial pode ser utilizado para verificar a identidade do condutor, garantindo que apenas pessoal autorizado opere o veículo e aumentando a proteção contra roubos. Consumo: atendimento e personalização Já nas cooperativas de consumo, as ferramentas de inteligência artificial cumprem o papel de modernizar operações e aprimorar a experiência do cooperado. Esse movimento se traduz em melhorias de atendimento digital e maior personalização da jornada de compra. No atendimento digital, a IA viabiliza a automação da comunicação por meio de chatbots e assistentes virtuais. Essas ferramentas funcionam 24 horas por dia, respondendo a dúvidas comuns sobre produtos, status de pedidos, horários de funcionamento e programas de fidelidade. Em relação à predição de compras, por sua vez, algoritmos de IA analisam o histórico de consumo e o comportamento de navegação dos cooperados. Com base nesses dados, o sistema consegue prever quais produtos um membro provavelmente comprará no futuro, permitindo o envio de ofertas, cupons e recomendações de produtos de forma direcionada e personalizada para cada cliente. Infraestrutura: automação e manutenção preditiva As cooperativas que atuam no setor de infraestrutura também encontram caminhos para aplicar a inteligência artificial em seus negócios. A união entre dados e IA é muito produtiva. A Coprel, cooperativa de eletrificação, percebeu isso e adotou um processo de registro da leitura do medidor de energia, criando uma ferramenta que simplifica a informação com inteligência artificial. O novo processo foca em consumidores que vivem em áreas rurais e, portanto, precisam enviar o número da leitura para a Coprel. Antes, esse processo precisava de atendimento humano. Agora, basta que o cooperado faça uma foto dos dados no medidor e envie para a cooperativa para que sejam interpretados pela IA. Além da otimização de processos administrativos, a IA é fundamental na manutenção preditiva de ativos. Sensores instalados em redes de distribuição, transformadores e outros equipamentos críticos coletam dados de operação continuamente. Algoritmos de IA analisam essas informações para identificar padrões anormais ou sinais sutis de desgaste que antecedem uma falha, permitindo a realização efetiva de manutenção preventiva. Trabalho, Produção de Bens e Serviços: marketing e gestão As cooperativas de trabalho, que reúnem profissionais para a prestação de serviços, podem utilizar a Inteligência Artificial para otimizar a captação de clientes e a gestão interna. No marketing, essas cooperativas podem usar a IA para entender seu público-alvo e criar campanhas segmentadas. Um outro caminho está na automação de rotinas, em que a IA simplifica tarefas administrativas e operacionais que consomem tempo dos cooperados. Sistemas inteligentes podem gerenciar agendamentos, distribuir tarefas entre os cooperados com base na disponibilidade e nas competências de cada um, e automatizar processos financeiros como a emissão de faturas e o controle de pagamentos. Seguros: atender e analisar Por fim, o mais novo Ramo Seguros, criado este ano após autorização para que as cooperativas possam atuar nesse novo mercado. Dentro do segmento, as ferramentas de inteligência artificial apoiam o atendimento, a análise de dados e análises de risco. A Seguros Unimed, braço segurador e financeiro do Sistema Unimed, já antecipa as oportunidades. Em uma parceria com uma plataforma de IA generativa, a seguradora implementou a tecnologia em sua central de atendimento, permitindo que os colaboradores tenham acesso rápido a dados completos sobre os produtos, coberturas e benefícios. Além disso, a inteligência artificial potencializa a análise de dados no setor de seguros, tornando-a mais rápida e precisa. As seguradoras, que operam com grandes bases de informações sobre históricos de bens e pessoas, utilizam a IA para analisar esses dados em larga escala, identificar padrões e criar modelos preditivos. Desse modo, é possível calcular preços de apólices, de forma mais adequada ao risco, ajustar as condições de cobertura e personalizar a avaliação de cada cliente enquanto considera fatores específicos como hábitos de direção ou localização geográfica para uma precificação mais precisa. Riscos e fraudes Na avaliação de riscos e fraudes, a IA atua como uma ferramenta estratégica para a prevenção de perdas. Os algoritmos são capazes de analisar o perfil e o histórico dos clientes para prever comportamentos fraudulentos, identificar tendências e detectar padrões suspeitos em tempo real. A tecnologia pode ajudar as cooperativas de seguros a verificar a autenticidade de documentos e apontar sinistros falsos ou com valores exagerados. Essa capacidade de análise permite que as seguradoras ajam de forma preventiva, tomando medidas antes mesmo que a fraude aconteça, de forma a aumentar a segurança e a eficiência operacional. Conclusão A inteligência artificial está transformando os negócios nos mais diversos segmentos da economia e, portanto, nos Ramos do cooperativismo. A tecnologia, que chegou para ficar e deve ganhar ainda mais força nos próximos anos, precisa ser considerada na estratégia de gestão e inovação do setor cooperativista. Quer entender mais sobre esse fenômeno? Confira a análise econômica de agosto do NegóciosCoop, que explora como dados e inteligência artificial estão moldando uma nova era na gestão e na comunicação das organizações, com foco especial no cooperativismo!

8° EBPC reforça conexão entre academia e competitividade no cooperativismo
Nos dias 6 a 8 de outubro, Brasília receberá a 8ª edição do Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC). Organizado pelo Sistema OCB, o 8° EBPC apresenta pesquisas acadêmicas que abordam o cooperativismo, incentivando a produção de conhecimento científico para o setor. As pesquisas acadêmicas reconhecidas pelo projeto trazem debates que podem impulsionar o cooperativismo no mercado e aumentar a competitividade das cooperativas que atuam em mercados cada vez mais concorridos. Neste artigo, portanto, entenda a importância do investimento em pesquisa para a competitividade e saiba mais sobre os estudos selecionados para integrar o 8° EBPC. Boa leitura! 8º EBPC: A pesquisa como aliada da competitividade nos negócios Com o tema "Ano Internacional das Cooperativas: Integração, Impacto e Perspectivas para o Cooperativismo Brasileiro", o 8° EBPC traz estudos que podem servir de insumos para pensar em estratégias e fortalecer o cooperativismo. Entre os 211 textos submetidos, 72 foram selecionados e serão apresentados no evento. São artigos científicos, trabalhos de iniciação científica e trabalhos de conclusão de curso divididos em eixos temáticos que abordam os desafios e as oportunidades do setor. Mais de 30 instituições de ensino superior tiveram trabalhos aprovados no 8° EBPC. Tal reconhecimento impulsiona a produção de pesquisas e estimula a formação de profissionais preparados para trabalhar nesse modelo de negócios. Conhecimento que gera desenvolvimento Além de incentivar os profissionais, as pesquisas geram aumento na competitividade das cooperativas. Isso porque os estudos acadêmicos aprimoram a eficácia e eficiência dos processos cooperativos, se transformando em conhecimento para o desenvolvimento dos negócios. Segundo o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, “a pesquisa tem papel estratégico no desenvolvimento do cooperativismo. Por meio da ciência, conseguimos avançar na gestão, na inovação, na inclusão e na sustentabilidade das cooperativas”. Tais avanços ajudam a posicionar as cooperativas no mercado, se destacando frente a outros modelos de negócios. É por isso que o 8° EBPC é uma iniciativa tão importante para o setor. “O evento conecta saberes, inspira lideranças e projeta o futuro que queremos construir juntos”, conclui Lopes de Freitas. 8° EBPC: quais conhecimentos os estudos acadêmicos trazem para os negócios? Os trabalhos do 8° EBPC são divididos em cinco eixos temáticos com assuntos de extrema importância para as cooperativas. Todos carregam informações que podem ser usadas para aumentar a competitividade do modelo de negócios cooperativista. Confira, então, os principais assuntos estudados pelos estudos selecionados em cada um dos eixos: Eixo Contabilidade, Finanças e Desempenho As pesquisas do eixo Contabilidade, Finanças e Desempenho trazem análises valiosas sobre aspectos financeiros do cooperativismo, em especial dentro do cooperativismo de crédito. Esse eixo estuda as cooperativas como organizações híbridas que englobam duas entidades: uma associação de pessoas com interesses comuns, assim como um empreendimento econômico. A gestão contábil-financeira das cooperativas apresenta vários desafios e particularidades. As pesquisas desse eixo abordam essa realidade e os temas relacionados à eficiência e ao desempenho econômico, financeiro e social das cooperativas. Desse modo, o conhecimento produzido pelos estudos abrigados dentro deste eixo pode guiar decisões estratégicas para o setor financeiro e contábil de cooperativas, fortalecendo a gestão de recursos. Eixo Educação, Inovação e Diversidade As pesquisas do eixo Educação, Inovação e Diversidade mostram a relevância do aspecto social do cooperativismo, que não apenas é um dos pilares do modelo de negócios cooperativista, mas também um diferencial competitivo importante. Esse tema também será pautado no painel “Impacto social das cooperativas: qual prosperidade para redução de iniquidades?”, que acontece no segundo dia de evento com mediação do bacharel em Gestão de Cooperativas, Mateus de Carvalho Reis. Os trabalhos desse eixo abordam diversos tópicos para o desenvolvimento e competitividade de uma cooperativa, como tecnologias, tendências de inovação e ações para a promoção da equidade e da justiça socioambiental. Eixo Governança e Gestão O eixo de Governança e Gestão reúne pesquisas e estudos que evidenciam como a governança e a gestão de uma cooperativa influenciam os processos e os resultados dos negócios. As cooperativas têm características de gestão diferentes de outros modelos de negócios, e as pesquisas desse eixo estudam os desafios provenientes da heterogeneidade dentro do quadro de cooperados. Esses estudos, portanto, analisam como o setor cooperativista lida com essa realidade e aponta caminhos de aprimoramento nas tomadas de decisão de forma a gerar mais assertividade e competitividade nos negócios. Eixo Identidade Cooperativa e Direito Cooperativo Nos estudos dedicados ao eixo Identidade Cooperativa e Direito Cooperativo, os pesquisadores trazem insights sobre questões legislativas e jurídicas que envolvem o cooperativismo. Com base nas pesquisas, as cooperativas podem entender o que efetivamente torna as cooperativas diferentes das demais organizações em aspectos teóricos, identitários, legais e societários. Também é possível aprender com os trabalhos que tratam a legislação cooperativista no Brasil e no mundo, além das regras que influenciam o funcionamento das cooperativas. Com esse conhecimento, as cooperativas têm a capacidade de alinhar suas estratégias em busca de maior segurança jurídica e aptidão regulatória. Eixo Impactos e Contribuições Econômicas, Sociais e Ambientais O eixo de Impactos e Contribuições Econômicas, Sociais e Ambientais aborda temas essenciais para o setor: a sustentabilidade e a responsabilidade social dos negócios. As pesquisas desse ramo debatem os impactos econômicos e socioambientais gerados pelo cooperativismo, estudando as contribuições desse setor para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), impactos relacionados às práticas ESG e aos padrões GRI (Global Reporting Initiative). Com esse conhecimento, as cooperativas podem fortalecer suas ações e entender como soluções sustentáveis não são apenas uma tendência no mercado, mas uma exigência para construir um negócio competitivo. Conclusão: no 8° EBPC, fórum científico se torna espaço de conhecimento para negócios Reunindo pesquisadores, gestores de cooperativas, dirigentes, docentes e formuladores de políticas públicas, o 8º EBPC cria um ambiente de discussão e promoção de conhecimento cooperativista. Além de prestigiar as pesquisas, essenciais para o desenvolvimento do setor, o evento se torna um espaço de capacitação para as cooperativas que podem se beneficiar dos estudos acadêmicos. Inscreva-se 8° EBPC pelo site até o dia 3 de outubro para participar do evento e acompanhar o desenvolvimento de conhecimento acadêmico e científico do cooperativismo brasileiro!

Branding: 6 passos para construir uma marca cooperativa forte no mercado
O que caracteriza uma marca forte e de destaque no mercado competitivo da atualidade? A resposta é complexa, mas certamente engloba aspectos como reconhecimento, diferenciação e credibilidade perante o público. Independentemente de tamanho, área de atuação ou recursos financeiros, nenhuma marca atinge tal patamar sem um cuidadoso trabalho de branding. Cuidar da própria reputação exige intenção, estratégia e consistência. Para as cooperativas, o trabalho também inclui uma comunicação clara sobre os valores e benefícios do modelo de negócio. Confira na sequência deste artigo seis passos fundamentais para fazer um branding de sucesso, formando marcas cooperativas fortes e prontas para encarar os desafios do mercado atual. Boa leitura! O que é branding? Antes de partirmos para os passos essenciais, é importante assegurar que os conceitos básicos para a compreensão do tema estejam bem definidos. Afinal, independentemente do tamanho, toda marca realiza branding. Nem toda organização, porém, entende o poder desta atividade. Branding é o conjunto de estratégias utilizadas para gerenciar uma marca. O planejamento e as ações devem posicionar a marca perante os consumidores e o mercado. Ou seja, o branding consiste nos processos realizados com o intuito de construir uma reputação positiva. Uma marca deixa sua primeira impressão no público através do nome e da identidade visual. Entretanto, ela é muito mais do que isso. A percepção imediata que uma marca gera e a reputação que ela constrói ao longo do tempo são fruto de sua história, suas ações e suas causas. Nenhuma marca é forte o suficiente para abrir mão do branding. Não é coincidência que o termo em inglês esteja no gerúndio: branding é uma ação contínua, e toda organização precisa evoluir de maneira coerente ao seu posicionamento. Agora que você já sabe mais sobre o que é branding e qual a sua importância, confira seis passos essenciais para qualquer cooperativa que busca o fortalecimento da sua marca. 1: Compreenda a razão de existir da marca Sucesso comercial, resultados financeiros, crescimento em ritmo acelerado… Tudo isso são objetivos óbvios, coisas que toda marca almeja. Mas o que torna a sua marca especial e diferente da concorrência? Por que a sua existência é importante para as pessoas? A resposta a essas questões está no propósito. Ele representa a essência de uma marca, mostrando ao mundo por que ela existe e o impacto positivo que pretende gerar. O propósito se sobrepõe à busca por desempenho financeiro, ele orienta as ações da marca e de seus colaboradores. Quando a essência é bem definida, ela inspira, gera sensação de pertencimento e conexão emocional, até mesmo com o público externo. Embora possa parecer algo pouco palpável, o propósito é um verdadeiro ativo para a organização. Para identificá-lo, é necessário olhar para dentro da organização e comunicar quem ela é de fato. Capturar a essência de uma marca fica mais simples quando o exercício é transformado em declarações formais de missão, visão e valores. Missão A missão de uma marca deve compreender duas dimensões: como ela pretende beneficiar a sociedade e quais são as suas bases para alcançar vantagens competitivas. A missão se relaciona a negócios e estratégias, sendo uma materialização do propósito. Exemplo: declaração de missão da Aurora Coop “Fornecer alimentos de excelência, despertando a prosperidade no campo e na cidade” Visão A declaração de visão mostra onde a cooperativa deseja chegar, traçando uma ou mais metas que a marca deseja alcançar em determinado período. Uma visão que carrega emoção e, simultaneamente, concretude ajuda a engajar a organização em prol de seus objetivos. Exemplo: declaração de visão do Sicredi “Ser reconhecida como instituição financeira cooperativa com excelência em relacionamento e soluções que beneficiam nossos associados e a sociedade” Valores Os valores são os princípios e crenças que orientam os membros de uma cooperativa a tomarem decisões no dia a dia, pensando tanto em seu impacto presente quanto futuro. Eles refletem a cultura organizacional e devem alinhar-se às declarações de missão e visão. Exemplo: declaração de valores da Coamo Ética, transparência e honestidade de princípios Equidade, respeito e valorização ao ser humano Responsabilidade, segurança e solidez Qualidade e inovação sustentável Cooperativismo de resultado 2: Mostre o que torna a marca única Além de orientar as ações da organização, o propósito ajuda a alcançar outro pilar para qualquer estratégia de branding: o posicionamento. Este se refere a como uma marca deseja ser percebida pelo público, de maneira que a destaque e diferencie em relação à concorrência. Montar uma estratégia de posicionamento exige avaliação do mercado. Deve-se compreender o que o público deseja, o que os concorrentes já oferecem e o que a sua cooperativa pode fazer de diferente para se destacar nesse cenário. A partir desses elementos, a marca se posiciona através de uma promessa de valor, destacando por que um cliente deve escolher seu produto ou serviço ao invés do oferecido pela concorrência. A promessa, portanto, precisa se materializar em valor concreto para o público. Só assim uma marca alcança credibilidade e fortalece o seu branding. Um bom posicionamento orienta as estratégias de marketing. Todo ponto de contato ou peça de comunicação deve refletir a ‘cara’ da marca, a identidade. O posicionamento pode ser revisado e reformulado, mas a história da organização nunca deve ser deixada de lado. 3: Conheça o seu público Todo processo comunicativo possui um emissor, uma mensagem e um receptor. Portanto, quando uma marca deseja transmitir uma mensagem, é essencial conhecer o público ao qual a instituição está comunicando. Definir qual é o público-alvo de uma marca exige pesquisa. Por mais abrangente que uma organização queira ser, segmentar o seu mercado de atuação torna a comunicação mais assertiva e direcionada a nichos específicos. Características como idade, gênero, localização geográfica e renda são essenciais para a definição de um público-alvo. Entretanto, a elaboração de estratégias que criam vínculo emocional com o consumidor exige mais do que dados demográficos. Uma boa pesquisa indicará aspectos mais profundos sobre o público-alvo, como seus desejos, preocupações, motivações e valores. Para lidar com todas essas variáveis, uma prática comum no meio do marketing é a criação de personas – personagens semifictícias baseadas em informações reais demográficas e de comportamento. O procedimento ajuda a orientar campanhas e a comunicação institucional como um todo. 4: Construa uma identidade Todos os passos essenciais para o branding visam a construção de uma identidade forte. Quando uma marca é rapidamente reconhecida e associada a determinados valores ou sensações, é porque ela possui uma identidade consolidada e coerente ao seu posicionamento. Confira a seguir alguns elementos fundamentais para a construção da identidade de uma marca. Nome Esta é uma etapa obrigatória para qualquer organização. O nome é o primeiro ponto de contato entre a marca e o consumidor. Por isso, um bom nome é simples de lembrar e dizer. Ele também precisa se diferenciar em relação à concorrência, representar a essência e se sustentar no longo prazo. Símbolo e logotipo Estes são os elementos básicos da identidade visual de qualquer marca. O logotipo é a representação gráfica do nome, comunicando de maneira dinâmica quem a marca é e como se posiciona. Símbolo e logotipo muitas vezes são utilizados como termos intercambiáveis, mas na realidade têm significados distintos. O símbolo se refere à combinação de elementos gráficos que representam e identificam a marca, enquanto o logotipo é um distintivo formado por letras com uma tipografia característica. Identidade visual Para além de símbolo e logotipo, uma identidade visual marcante reflete o posicionamento e torna a marca reconhecível ao olhar. O uso consistente de determinados elementos traz coesão e alinhamento à comunicação visual. Cores: além do aspecto estético, elas são facilmente reconhecíveis e podem dar a ‘cara’ da sua marca a qualquer material. Por mais que cada indivíduo reaja às cores de maneira singular, existe uma compreensão coletiva por trás de seus significados e sensações geradas. Portanto, a definição das cores de uma marca precisa levar em consideração o posicionamento. Tipografias: a fonte selecionada afeta a mensagem verbal que está sendo transmitida. Assim como outros elementos da identidade, a tipografia também precisa se conectar à essência da marca. Com quem ela quer conversar? Seu posicionamento é mais sério ou descontraído? Perguntas como essas ajudam na seleção de uma ou mais fontes a serem utilizadas de forma recorrente na comunicação institucional. Identidade verbal Uma marca também se expressa através das suas palavras. Não apenas com o que diz, mas como diz. O tom de voz é como a organização escolhe se comunicar com o seu público, idealmente refletindo seu posicionamento e demonstrando autenticidade. O tom de voz deve ser adaptado a cada canal, mas, ao mesmo tempo, propagar uma mensagem alinhada e consistente. Outro elemento relevante para a construção de uma identidade verbal é o tagline – uma frase curta que reflete a essência da marca. Nem toda organização adota essa estratégia, mas há diversos exemplos de tagline que viraram um verdadeiro sinônimo dos valores da marca. A nível mundial, o caso mais famoso provavelmente é da Nike. É impossível ler ou ouvir a frase “Just Do It” sem associá-la à fabricante de materiais esportivos, por exemplo. 5: Seja consistente A essa altura do artigo você já deve ter identificado esta tendência, mas nunca é demais ressaltar: uma marca só se fortalece quando é coerente em tudo o que faz. Isso significa que o posicionamento definido deve integrar cada aspecto da comunicação institucional. Todos os elementos, das campanhas de marketing ao atendimento ao cliente, devem carregar uma mensagem unificada e autêntica. A consistência influencia diretamente na confiança que o público deposita na marca. Quando a comunicação é alinhada ao propósito e ao posicionamento, a marca se torna mais reconhecível, confiável e relevante. A experiência do cliente também entra nessa equação. Ela deve ser condizente com o que a marca promete, gerando valor e tratando o consumidor de maneira adequada. De nada adianta uma cooperativa falar em proximidade, mas não gerar essa sensação durante o atendimento, por exemplo. É por meio da conexão entre promessa e realidade que uma marca constrói sua reputação ao longo do tempo. 6: Aproveite os valores do cooperativismo Você certamente já sabe que o cooperativismo é um modelo de negócio diferente das empresas mercantis, que nasce com princípios definidos, além do foco no desenvolvimento econômico e social dos cooperados e da comunidade. Carregar esse legado do movimento é um mérito para qualquer cooperativa, e isso deve ser explorado em sua estratégia de branding. Transmitir um propósito bem definido é essencial para se destacar em um mercado cada vez mais atento às causas defendidas pela organização. Nesse sentido, as cooperativas já partem de uma posição vantajosa ao fazerem parte de um movimento que preza por gestão democrática, interesse na comunidade e atuação sustentável. Posicionar-se como cooperativista é, portanto, atrelar valores e impactos positivos à sua marca. Ou seja: o cooperativismo é, por essência, fruto da mobilização coletiva. O envolvimento direto dos associados e a participação ativa nas decisões mostram que a organização não é apenas uma fornecedora de produtos ou serviços, mas uma rede de pessoas engajadas em um objetivo comum. Explorar esse caráter humano é uma ótima maneira de alcançar conexão emocional com o público. O carimbo que unifica o cooperativismo O cooperativismo já é muito poderoso e gera impacto socioeconômico positivo para o Brasil, mas tem potencial para fazer ainda mais. Pensando nisso, o Sistema OCB desenvolveu o SomosCoop: um movimento para tornar o cooperativismo mais conhecido e reconhecido, colaborando para a construção de uma sociedade mais colaborativa. O movimento se relaciona ao branding por meio do carimbo SomosCoop, uma representação visual que ajuda o público a identificar produtos que são de cooperativas. O carimbo SomosCoop atua como uma unificadora do movimento cooperativista, gerando um senso de unidade através da sua identidade visual. Se o seu produto é cooperativo, ele pode carregar o carimbo SomosCoop. Basta acessar a Central da Marca, fazer seu cadastro e baixar diversas opções do carimbo para usar em embalagens, materiais de comunicação, frotas e tantas outras possibilidades. Quando é a hora do rebranding? Depois de aprender seis passos essenciais para o branding, já deu para perceber que a gestão de marca dá um trabalho e tanto. Por isso, o processo deve ser feito com muito cuidado, visando construir uma base sólida para orientar a marca por anos. Todavia, há momentos em que é necessário recalcular a rota. Quando uma organização muda seu ramo de atuação, deseja conversar com um novo público ou pretende superar uma crise de reputação, não faz sentido preservar o posicionamento formulado para outro contexto. Essa é a hora de executar o rebranding. Muitas vezes, o rebranding ocorre por uma motivação estética. A identidade da marca pode não acompanhar as tendências atuais de design, parecer ultrapassada ou pouco atrativa em canais digitais. Nesses casos, a modernização da identidade visual pode trazer mais coerência e impacto, reposicionando a marca. Em outras ocasiões, o rebranding surge a partir da necessidade de se conectar com um novo público. Isso ocorre quando a marca percebe que sua proposta já não representa mais quem ela é ou quem ela deseja alcançar. Revisar o propósito da organização, seus valores e sua identidade visual e verbal é um caminho interessante para dialogar com outros segmentos da população. O rebranding precisa respeitar a história da marca. Isso significa que a essência construída ao longo dos anos não deve ser descartada, mas sim reinterpretada. A mudança deve ser percebida como evolução, não como ruptura. Seu objetivo sempre é manter a marca relevante, competitiva e fiel à sua essência. Marcas cooperativas que mostram como fazer branding Ficou curioso para saber como os fundamentos do branding são aplicáveis no contexto cooperativista e ajudam a construir marcas fortes? O NegóciosCoop traz para você dois exemplos de cooperativas brasileiras que alcançaram diferentes objetivos através do posicionamento. Aurora Coop reforça conexão com o cooperativismo Em 56 anos de história, a Aurora Coop alcançou posição de destaque no mercado alimentício brasileiro. A marca é forte e consolidada há muito tempo, mas identificou um problema por meio de pesquisas: o público não associava a Aurora ao cooperativismo. Inicialmente, a organização temia que a conexão direta ao cooperativismo atribuísse um olhar crítico à marca. O que se verifica atualmente, no entanto, é que o público tem percepção positiva sobre o movimento, associando-o inclusive à inovação. Tendo isso em vista, a Aurora reformulou sua marca institucional em 2022, passando a chamá-la de Aurora Coop – separando-a da marca comercial Aurora Alimentos. Com apoio de uma agência especializada, a Aurora Coop alterou sua identidade visual, logotipos e embalagens, além de definir um propósito para a marca (“Cuidar de cada um para despertar a prosperidade de todos”). Esforçando-se para comunicar a mudança e engajar públicos internos e externos, a Aurora Coop avançou em seu objetivo. De 2022 para 2024, uma pesquisa contratada mostrou que o número de consumidores que reconhecem a marca Aurora como uma cooperativa cresceu de 25% para 27%. Unimed preserva identidade em meio à abrangência nacional O movimento cooperativista apresenta particularidades em seu modelo de negócio. Algumas cooperativas se organizam em sistemas, no qual há uma marca central e diversas instituições singulares, com atuação regionalizada. Como preservar a identidade e o posicionamento de uma marca e, simultaneamente, permitir que cada singular comunique-se à sua maneira? Esse é um dilema que a Unimed enfrenta. O sistema de saúde possui 339 cooperativas espalhadas ao redor do país, e cada uma delas possui autonomia para se relacionar com o beneficiário. Como preservar a coerência da marca diante de tamanha pluralidade? Através de um propósito em comum e da coordenação da Unimed do Brasil. A confederação nacional atua como guardiã da marca, estabelecendo diretrizes estratégicas e de comunicação que orientam todas as singulares. O processo de reposicionamento iniciado em 2021 reforça seus atributos centrais – como a autoridade em saúde e a essência cooperativista –, sempre comunicados com um tom de voz humano, próximo e propositivo. Através dos esforços de todas as singulares, essa abordagem mantém a Unimed como uma marca de referência no setor. Conclusão: o poder do branding no cooperativismo Construir uma marca cooperativista forte exige valores, propósito e diferenciais notáveis em experiências reais para o público. O branding, quando bem aplicado, é uma poderosa ferramenta de conexão, reconhecimento e confiança. Se você quer saber ainda mais sobre como a comunicação pode impulsionar a sua cooperativa, leia o livro “Comunicação e Marketing no Cooperativismo”, publicado digitalmente pelo Sistema OCB! Clique aqui e acesse o conteúdo gratuitamente.

Marketing B2B e B2G: 5 estratégias para vender para empresas e governo
Marketing é mais do que vender, envolve todas as estratégias utilizadas para construir uma imagem positiva da marca e um relacionamento duradouro com os clientes, resultando em trocas que beneficiam tanto a empresa quanto o consumidor. Dentro do marketing, encontramos diversas ramificações, como o B2B (Business to Business) e o B2G (Business to Government). Enquanto o marketing B2B é focado em criar e aplicar estratégias de marketing entre empresas, o B2G trabalha na relação entre as empresas e o governo. Em ambos os casos, o marketing tem suas especificidades por não trabalhar direto com o consumidor final. Saiba a importância dessas áreas e como aplicá-las no cooperativismo. Marketing B2B e B2G O marketing B2B - negócios para negócios, em tradução literal - consiste em um conjunto de práticas que desenvolvem a venda e troca entre dois negócios. Esse caso se aplica quando uma organização trabalha com produtos ou serviços direcionados para outras empresas. Cooperativas que vendem matéria-prima, peças ou produtos para indústrias, por exemplo, fazem B2B. É de extrema importância entender as especificidades dessa área do marketing, pois ela necessita de campanhas diferentes daquelas voltadas para o consumidor final. Vender para outros negócios exige abordagens que construam um valor de marca e desenvolvam bons relacionamentos no mercado. Dessa maneira, entender as nuances de vender para outras empresas possibilita um marketing mais direcionado e eficaz. Marketing B2G: B2B com regras próprias Assim como o marketing B2B, a ramificação B2G não é direcionada para o consumidor final. Nesse ramo do marketing, as ações são desenvolvidas para estabelecer uma boa relação da cooperativa com o governo - seja no âmbito municipal, estadual ou federal - a fim de oferecer seus produtos e se tornar fornecedor para obras, instituições, ações e negócios governamentais. O B2G conta com questões processuais e regulatórias mais complexas do que as do marketing B2B, quando as vendas são para outras empresas. Afinal, ao vender para o governo, estamos contando com o uso de recursos públicos. A forte regulamentação e a busca por um bom custo-benefício são grandes características desse modelo de compras. Uma vez que a verba dessas compras se origina de impostos e taxas, existe uma busca por produtos e serviços que melhor atendam às necessidades públicas, sem causar desperdício ou gastos desnecessários. Ao trabalhar com um marketing voltado para vendas governamentais, é preciso que as cooperativas se atentem aos diversos cuidados e regras que envolvem esse modelo de negócio. Semelhanças e diferenças entre marketing B2B e B2G Tanto o marketing B2B quanto o B2G se caracterizam por não atingir o público final. Nesses casos, é de extrema importância que o marketing trabalhe para construir um bom posicionamento da cooperativa no mercado, visando ganhar relevância e desenvolver boas relações com as empresas que podem se tornar clientes. Em ambos os modelos, existe uma alta complexidade das vendas. Diferente das vendas diretas para consumidores, a comercialização com empresas e com o governo demanda processos mais elaborados e longos, pois as vendas são maiores e mais caras. Por conta disso, é necessário investir na construção de relacionamentos e na reputação da cooperativa. Apesar das semelhanças, também existem questões que diferenciam os dois modelos de negócios. Como citado anteriormente, o modelo B2G exige configurações de maior complexidade por se tratar de negociações com entidades públicas. As exigências e legislações ligadas ao poder público não são as mesmas enfrentadas ao negociar com uma empresa privada, onde as únicas motivações por trás de uma compra são os próprios interesses, uma vez que essas empresas trabalham com recursos privados. Quando a negociação é com o governo, a situação é outra. É necessário estar de acordo com diversos requisitos regulatórios e legais, além de se destacar perante outros concorrentes, sabendo que o poder público sempre vai buscar o melhor custo-benefício. 5 estratégias de marketing para empresas e governo Para se consolidar no mercado e vender para empresas e governo, as cooperativas precisam mapear a jornada dos seus clientes. Essa ferramenta auxilia a entender quais etapas as organizações percorrem até chegar na decisão da compra, a fim de enxergar o processo pela visão dos clientes e definir quais estratégias podem funcionar melhor. De forma geral, a jornada de uma empresa ou do governo para adquirir um produto ou serviço passa por 4 etapas. A primeira delas é a atração, onde o potencial cliente entende que tem um problema ou necessidade que pode ser suprida pela sua cooperativa. Em seguida, ele entra na fase de consideração, onde vai começar uma busca por um fornecedor que possa auxiliar com essa questão. A fase de decisão é crucial, pois aqui as empresas e o governo já identificaram as possíveis marcas que podem suprir sua necessidade e, seja por custo-benefício ou questões particulares, vão escolher com qual delas fechar a compra. Vale ressaltar que esse não é o final da jornada do cliente, pois apenas agora começa a fase do relacionamento. Pensando a longo prazo, é importante desenvolver uma relação no pós-compra para fidelizar o cliente e se manter como fornecedor dele. Uma vez identificado as particularidades do marketing B2B e B2G, e entendido a jornada que os clientes passam até chegar no momento da venda, é preciso saber que ações e práticas podem auxiliar no processo de venda para empresas e governo. Desde construir autoridade por meio do marketing de conteúdo, até investir em relacionamento e networking, conheça os principais mecanismos para o marketing B2B e B2G. 1. Marketing de Conteúdo de Autoridade Uma das ferramentas essenciais do inbound marketing, o marketing de conteúdo é uma estratégia que usa da criação de conteúdos - como e-books, textos e podcasts - para construir autoridade e levar conhecimento acerca da área de atuação da cooperativa. Ou seja, esse método se resume a produzir e divulgar conteúdos sobre o seu setor de atuação para que, na fase de consideração, quando as empresas e o governo estiverem buscando um fornecedor, encontrem sua cooperativa como referência e autoridade no ramo. Isso fortalece a marca no mercado e estabelece uma boa reputação institucional para a cooperativa. 2. Account-Based Marketing (ABM) O Account-Based Marketing, ou Marketing Baseado em Contas, se resume a construir uma campanha voltada para empresas públicas ou privadas específicas que representem potenciais clientes. Nesse processo, é feito uma pré-definição de contas, selecionando as que a cooperativa busca atrair e se relacionar. Ao invés de fazer uma grande campanha para inúmeros contatos, esse método trabalha de forma mais segmentada e direta com contas de alto valor, buscando aumentar conversões de clientes que representam grandes oportunidades para a marca. 3. Presença Digital Estratégica Com o mundo cada vez mais online, trabalhar com marketing digital se torna crucial. É na internet que estão os consumidores, as grandes empresas, os editais públicos e os contatos estratégicos para fechar negócios. Mas não basta apenas criar uma conta nas redes sociais ou um site para a sua cooperativa. É preciso trabalhar de forma estratégica para atingir o público certo, consolidar sua marca como referência no setor e ter resultados verdadeiros. 4. Marketing de Relacionamento e Networking Em especial nos ramos de marketing B2B e B2G, trabalhar com a fidelização do cliente é essencial. Investir em relacionamento é o que pode tornar sua cooperativa uma provedora contínua de uma empresa ou do governo. É de extrema importância estreitar a relação com o cliente, entrando em contato por meio de plataformas digitais, tendo estratégias de pós-venda, investindo em atendimento e centralizando o cliente e sua experiência na hora de tomar decisões dentro da cooperativa. 5. Proposta de Valor No momento da decisão da compra, o que pode diferenciar a sua cooperativa de outras marcas concorrentes é a sua proposta de valor. Essa ferramenta te ajuda a se destacar na jornada do cliente, melhorando a relação da marca com o público. A proposta de valor é o que mostra ao cliente por que a marca é relevante para ele. No marketing B2B ou B2G, isso seria o conjunto dos benefícios, valores, missão e outras características que transformam sua cooperativa na escolha certa para uma empresa ou para o governo. Conclusão: o poder do marketing B2B e o B2G O marketing B2B e o B2G apresentam diversas semelhanças e diferenças que podem - e devem - ser exploradas pelo seu time. Entender suas particularidades permite a construção de campanhas mais segmentadas e eficazes, aumentando as vendas e fortalecendo as relações da cooperativa. Outra prática importante para se destacar é estar sempre atento às mudanças e novidades do mercado. Pensando nisso, o NegóciosCoop desenvolve análises mensais do marketing brasileiro e global, reunindo tendências, desafios e oportunidades que podem afetar o cooperativismo. Confira a Análise Econômica e veja como sua cooperativa pode manter a competitividade e a relevância no cenário atual!

Data driven para pequenas e médias cooperativas: como começar com poucos recursos
Muitos acreditam que o acesso a dados só é possível para grandes negócios. É claro que o uso é mais fácil para organizações que têm maiores recursos, mas cooperativas pequenas e médias também podem se beneficiar muito de uma cultura data driven. Usar os dados para basear as estratégias e escolhas de uma cooperativa pode fortalecer a marca no mercado, trazendo resultados verdadeiramente eficazes. Essa prática é possível mesmo com recursos reduzidos. Com ferramentas acessíveis e uma rotina que cultive o bom uso de dados na organização, fica mais fácil aplicar uma cultura data driven em cooperativas pequenas e médias. Confira dicas que podem facilitar o uso de dados em cooperativas de menor porte! O que é ter uma cultura data driven? Antes de tudo, é preciso compreender o que significa a palavra “dados”. Dado é o termo que nomeia qualquer número, métrica ou material que registre algo, mas ainda não tenha sido processado. Eles podem ser coletados por meio de uma pesquisa de satisfação ou por uma pesquisa na internet, por exemplo. O que caracteriza os dados, porém, é o fato de não serem algo estruturado. É preciso organizar, analisar, limpar e selecionar os dados para que eles tenham utilidade e tragam coesão. Dessa maneira, os dados se transformam em informações que vão, por fim, guiar a cooperativa. Trabalhar com uma cultura data driven significa construir a gestão da cooperativa com escolhas baseadas em dados. E isso passa por todas as áreas da organização, desde a contratação de novos colaboradores até a construção de campanhas de marketing. Uma cooperativa que atua com data driven tem sua cultura institucional construída em cima dos dados. Esse processo deve englobar todos da cooperativa. É preciso que os dados façam parte da rotina, sendo base para as reuniões entre lideranças e utilizados no dia a dia dos colaboradores. Além de aumentar a sinergia entre os setores da cooperativa, essa prática garante maior assertividade nos processos. Como uma cultura data driven pode ajudar pequenas e médias cooperativas Os benefícios de uma cultura data driven são diversos. Em uma cooperativa onde as tomadas de decisões são baseadas em dados, é possível criar estratégias mais eficazes e campanhas assertivas. Em especial na tomada de decisões de uma cooperativa pequena ou média, o uso de dados de forma correta é essencial. Com eles, as cooperativas podem otimizar processos e construir projetos com bom custo-benefício, algo crucial para marcas que possuem poucos recursos. Listamos alguns dos benefícios de usar dados em uma cooperativa pequena e média: Conhecer melhor seu público e saber determinar suas personas Os dados podem ser uma ótima ferramenta para orientar uma cooperativa sobre o mercado em que ela está inserida. Com base em pesquisas de satisfação, estudo de mapas de calor, teste A/B e outras ações, é possível coletar dados que podem dar pistas e orientações de como os seus clientes e/ou cooperados se portam, quais os seus gostos e suas preferências. Além disso, coletar dados sobre o ramo de atuação da cooperativa pode ajudar a entender melhor as tendências dos consumidores desse setor. Isso ajuda a saber quais estratégias podem trazer melhorias na sua produção e comercialização. Por exemplo: ao estudar os clientes, é possível entender os principais tipos de consumidores e, com base nesses dados, determinar personas para direcionar seus produtos e campanhas. Essa ação facilita a criação de estratégias mais segmentadas e eficazes. Ter bases sólidas para melhorar o marketing e o posicionamento da marca Como apontado, o uso de dados permite um maior conhecimento sobre seu público e, consequentemente, traz informações valiosas para construir estratégias mais segmentadas. Isso é de extrema relevância para a área de marketing, onde os dados podem facilitar a personalização de campanhas e impulsionar seus resultados. Com bases sólidas, o trabalho de divulgação e posicionamento de uma marca se torna mais assertivo. Além disso, acompanhar as métricas e os resultados de uma campanha por meio de dados pode facilitar o entendimento dos erros e acertos, guiando melhores decisões no futuro. Otimizar processos internos Outro grande benefício do uso de dados é a possibilidade de melhorar processos internos, agilizando e aperfeiçoando diversos setores da cooperativa. Por meio das análises de resultados, é possível identificar as forças e as fraquezas da cooperativa, facilitando a correção de erros e até mesmo prevenindo possíveis falhas. Tendo uma visão ampla da cooperativa, sempre com informações que trazem melhorias, é possível agilizar processos e diminuir custos, o que melhora toda a cadeia produtiva da organização. Ter uma base para tomar decisões mais assertivas Decisões importantes podem guiar o sucesso ou fracasso de uma marca. Por conta disso, usar apenas o bom senso ou crenças pessoais pode levar a erros que afetem a cooperativa de forma negativa. Por outro lado, uma vez que essas escolhas são baseadas em dados, as chances de trazerem bons resultados aumentam. Em especial para pequenas e médias cooperativas, cada decisão precisa ser tomada com muita cautela e atenção. Quando toda a organização gira em torno de uma cultura de dados, é mais fácil ter onde se basear nesse processo. Big e Small Data para pequenas cooperativas Duas categorias dividem os tipos de dados. São eles: o big data e o small data. Na era digital, quantidades enormes de dados são geradas diariamente. Trata-se de um conjunto tão grande e complexo que se torna difícil de analisar e identificar tudo. Isso é o que chamamos de big data. Apesar das dificuldades, é dentro dessa vastidão de dados que estão informações valiosas e tendências do mercado que podem ajudar as cooperativas. Já o small data é, por sua vez, um conjunto menor e mais direcionado dos dados. Enquanto a abrangência enorme de dados do big data permite uma abundância de pesquisas e informações diferentes, as amostras pequenas de dados, chamadas de small data, constroem informações de grande valor e profundidade. O small data permite dar contexto e encontrar nuances talvez não percebidas pelo big data. Uma entrevista com um cliente, por exemplo, pode fornecer informações valiosas sobre os sentimentos, comportamentos e particularidades do público que uma grande quantidade de dados não conseguiria acessar. É como um cone, em que o small data coleta menos informações e, por conta disso, obtém informações mais específicas. Como o big data e o small data podem ajudar a tomar decisões melhores Com suas peculiaridades, tanto o big data quanto o small data podem ser benéficos para cooperativas pequenas. As informações do big data oferecem insights sobre o mercado, ajudam a entender o comportamento de consumidores e encontrar tendências para seguir no setor. Com esses dados, é possível guiar campanhas, se destacar no mercado e fortalecer a marca. O small data, por sua vez, oferece um acesso mais próximo aos clientes, cooperados e colaboradores. Ao fazer pesquisas com os funcionários, por exemplo, é possível encontrar possíveis falhas e dificuldades que atrapalham os processos internos da cooperativa. Além disso, uma pesquisa conduzida com os cooperados pode indicar quais as melhores estratégias de relacionamento, que aspectos emocionais ligam a marca aos cooperados, e outras informações valiosas. Dicas para ter uma cultura data driven com poucos recursos Para que o uso de dados seja proveitoso, é preciso saber trabalhar com eles da melhor forma. Em especial para cooperativas de pequeno e médio porte, ter técnicas para fazer um bom uso de dados é importante, uma vez que os recursos limitados podem dificultar esse processo. Confira algumas práticas que podem ajudar a otimizar o uso de dados e extrair o máximo de informações da melhor maneira possível: Comece pelo planejamento: defina objetivos O primeiro passo para começar a usar dados é definir objetivos. Já sabemos que existe uma quantidade enorme de dados disponíveis, o que chamamos de big data. É muito fácil se perder nessa imensa quantidade de informações se não tiver metas claras e objetivas guiando esse processo. Por conta disso, é preciso que a cooperativa entenda, antes de mais nada, quais são suas intenções e planos com o uso de dados. A marca busca crescer no mercado, otimizar processos ou diminuir os custos operacionais? Uma vez listados os propósitos, é mais simples enxergar os caminhos a percorrer. Limpe e organize seus dados Seja por meio do big data ou do small data, os dados precisam ser organizados para criarem sentido e se tornarem informações relevantes. Além de coletar os dados, é necessário fazer a checagem deles e da sua veracidade. Isso assegura que as informações estejam sempre corretas e atualizadas, impedindo possíveis erros ou falhas. Afinal, se a cultura data driven se baseia totalmente no uso de dados para as tomadas de decisão da cooperativa, é de extrema importância que os dados que guiem a organização sejam confiáveis. Faça pesquisas, colete dados e acompanha as tendências Os clientes e cooperados de uma cooperativa garantem seu sucesso e crescimento. Por isso, nada mais valioso do que obter informações sobre eles por meio de dados. Seja com pesquisas, análise de comportamento ou acompanhamento das tendências de consumo, é importante coletar dados sobre o seu público. Além de obter informações sobre os seus clientes e cooperados, os dados permitem ter um panorama geral do mercado em que a cooperativa está inserida. Por meio de pesquisas e de acompanhamento do big data, é possível enxergar as tendências e novidades do setor de atuação da organização. Essa prática ajuda a manter a competitividade e saber como se destacar no mercado, encontrando oportunidades para se diferenciar de outras marcas e ter um crescimento exponencial. Acompanhe métricas e use dados para avaliar o desempenho da cooperativa Vale ressaltar que para garantir o sucesso de todas essas práticas, é preciso acompanhar o desempenho delas. Apenas fazendo a checagem dos resultados é possível entender se as campanhas e estratégias aplicadas nas cooperativas estão trazendo bons resultados. O uso de dados também pode ajudar nesse processo. Com eles, é possível acompanhar as vendas da cooperativa, seu crescimento e seus gargalos. Com essas informações, fica mais fácil ajustar os erros e continuar investindo no que melhor funciona. Ferramentas de dados para ser uma cooperativa Data Driven Para facilitar ainda mais o uso dos dados, diversas plataformas online disponibilizam ferramentas que podem ajudar em todas as etapas do processo, desde a coleta até a análise. Em cooperativas de pequeno e médio porte, é valioso investir em ferramentas de bom custo-benefício, que sejam igualmente acessíveis e fáceis de usar. Coleta e organização de dados A primeira fase da análise de dados consiste na coleta e organização desse material. Para isso, algumas ferramentas gratuitas podem ser utilizadas. Google Sheets: a ferramenta de planilhas do Google é uma ótima opção para quem busca organizar os dados de forma fácil e rápida. Por meio de tabelas e fórmulas, é possível transformar seu material bruto de dados em informações que podem ser usadas na cooperativa. Ferramentas de CRM gratuito: ferramentas de CRM são aquelas que permitem trabalhar no gerenciamento do relacionamento com os clientes e os cooperados por meio de um software. Já existem algumas plataformas que oferecem esse serviço gratuitamente, como hubspot, Bitrix24 e RD Station. Pesquisas sobre clientes e cooperados Para coletar dados dos seus clientes e cooperados, a fim de adquirir uma boa base de small data que vai guiar a cooperativa, também existem opções gratuitas de softwares. Google Forms: o Google Forms é outra ferramenta gratuita do Google que pode ajudar nas análises de dados. Com ele, é possível criar pesquisas de satisfação e conhecer mais sobre seus clientes e cooperados. SurveyMonkey: com uma proposta similar, o SurveyMonkey é outra ferramenta gratuita para criação de formulários e pesquisas online de forma rápida e fácil. Análise de dados Já na fase de análise dos dados coletados e organizados, diversas ferramentas gratuitas ou de valores acessíveis podem ser utilizadas. Looker Studio: mais uma ferramenta gratuita do Google, o Looker Studio permite a visualização dos dados, que podem ser transformados em métricas e gráficos personalizáveis. Microsoft Power BI: outra ferramenta famosa para análise de dados é o Power BI. A ferramenta do Microsoft oferece uma análise de negócios e de dados, com visualizações interativas, relatórios, dashboards e recursos de business intelligence (BI). Metabase: o metabase é uma plataforma de análise que ajuda no entendimento dos dados, em especial para pessoas que não são especialistas na área. Com a ferramenta, que tem versão gratuita, os dados podem se tornar informações simples para serem usados na cooperativa. LLMs: os Modelos de Linguagem de Grande Escala (Large Language Models ou LLMs) são IAs criadas para entender comandos e gerar respostas de acordo com dados e informações fornecidas. Algumas plataformas já bem conhecidas, como Gemini e ChatGPT, podem ser treinadas para ajudar no processo de análise de dados. Análise de marketing Conforme explicado, a área do marketing é uma das que mais se beneficia com o uso dos dados. Duas ferramentas do Google podem ser utilizadas nesse setor. Google Analytics: o Google Analytics oferece uma plataforma para acompanhar o desempenho de um site na internet, mostrando métricas como acessos ao site, tempo de visitação e outras informações cruciais para entender como e onde investir e melhorar no marketing. Google Trends: uma ótima maneira de se manter atualizado em tendências e assuntos em alta é por meio do Google trends. Com a plataforma é possível acompanhar as principais pesquisas do dia e os tópicos que estão sendo mais comentados na internet. Conclusão: soluções data driven para todos O uso de dados para cooperativas pequenas e médias pode ser um diferencial que vai aumentar a competitividade da marca e a destacar no mercado. Apesar de parecer distante, é possível construir uma gestão baseada em dados em organizações de menor porte. Para aprimorar sua capacidade de coletar, interpretar e utilizar dados sobre o mercado que vão te ajudar a melhorar o desempenho da sua cooperativa, confira já o curso Análise de Mercado do NegóciosCoop!

Marketing digital barato: estratégias para cooperativas de menor porte
O marketing digital é fundamental para ter competitividade no mercado atual. Em um mundo cada vez mais online, é nas plataformas online e nas redes sociais que os consumidores são influenciados a conhecerem e consumirem novos produtos e serviços. Nesse cenário, as cooperativas menores precisam buscar soluções de marketing digital mais acessível. Para se destacar no mercado, ter presença digital é uma tarefa primordial. No entanto, nem todas as marcas possuem os mesmos recursos para investir em grandes campanhas online, e o desafio é ainda maior para organizações de menor porte. Mas os canais digitais também podem significar uma virada de chave, gerando oportunidades para marcas pequenas crescerem no mercado. Diante disso, existem diversas possibilidades para lidar com as limitações orçamentárias. Veja como montar estratégias de marketing digital barato levando em conta as restrições que acometem as cooperativas de menor porte. Boa leitura! O que é marketing digital? O marketing digital pode ser definido como o uso de ferramentas online, como plataformas, redes sociais, blogs, sites e e-mail, para divulgação de uma marca. Por meio de canais digitais, as organizações buscam entender e atender os desejos dos consumidores, criando uma comunicação online segmentada e efetiva. Sendo assim, o marketing digital se torna crucial para impulsionar os negócios, gerando mais vendas e fortalecendo as relações de uma cooperativa. Ele também possibilita o acompanhamento de métricas para entender se os investimentos e ações estão sendo eficazes ou não. Por que o marketing digital barato é importante para as cooperativas menores Em cooperativas de menor porte, os recursos para investir no marketing podem ser limitados. Por isso, uma estratégia de bom custo-benefício é essencial para se destacar no mercado. Nesse sentido, o marketing digital traz benefícios importantes, uma vez que, com as estratégias certas, é possível otimizar os custos e acelerar o crescimento da marca. O marketing digital também se destaca por ser mensurável e segmentável. Ou seja, com o uso de dados, as marcas podem tomar decisões mais personalizadas para os consumidores, além de ter métricas que auxiliam a entender a proficiência de uma campanha, propaganda, post ou conteúdo. Além disso, existem diversas formas de gerar engajamento orgânico para vender e atrair cooperados, como o marketing de conteúdo e a produção para redes sociais. Assim, as cooperativas conseguem executar estratégias de construção de marcas fortes gerando visibilidade e reconhecimento. Estratégias de marketing digital barato para cooperativas menores Existem diversas práticas digitais que não apenas geram um bom custo-benefício para pequenas cooperativas, como também apresentam oportunidades de crescimento e competitividade. Algumas dicas, portanto, são: Elabore um plano estratégico Para que as ações e campanhas do marketing digital sejam eficazes, é preciso começar com o desenvolvimento de um plano estratégico. Esse documento vai guiar a tomada de decisões, ajudando desde a escolha dos tipos de conteúdo até a definição dos melhores horários e plataformas para as postagens. Para produzir um plano estratégico, é preciso ter conhecimento tanto sobre a marca, seus objetivos e público-alvo, quanto sobre o mercado, reconhecendo quais são os concorrentes e como se destacar no setor de atuação da cooperativa. Por meio de muita pesquisa, é possível estipular metas para o marketing digital, além de definir os canais de distribuição dos conteúdos e os indicadores que vão servir de base para analisar o desempenho de sua cooperativa na internet. Marque presença nas redes sociais Não tem como falar de marketing digital sem falar de redes sociais. A vastidão de usuários nas redes sociais carrega grandes oportunidades, mas é preciso saber adaptar seus conteúdos para se destacar nessas plataformas. Com base no plano estratégico, será possível determinar em quais redes o seu público-alvo marca mais presença. Entendido isso, é hora de agir. Criar uma conta para sua cooperativa vai permitir desde a promoção de seus produtos ou serviços, até um contato mais próximo com os consumidores e cooperados. Além disso, ter conteúdos segmentados e estar sempre analisando as métricas das publicações nas redes sociais é uma forma de garantir um avanço constante no marketing digital da sua cooperativa. Pratique o marketing de conteúdo O marketing de conteúdo, uma das ferramentas do inbound marketing, é uma estratégia que busca consolidar uma marca como autoridade e referência em determinado assunto ou ramo. Por meio de conteúdos informativos, que buscam atrair, engajar e encantar o público, o nome da marca é promovido e se fortalece no mercado. Para cooperativas de pequeno porte, essa ferramenta é essencial. O conteúdo traz tráfego para o site e divulga a marca para pessoas interessadas pelo segmento de atuação da cooperativa. Esse conteúdo também pode gerar o fortalecimento da organização e, como consequência, um aumento nas vendas e na divulgação dos produtos e serviços oferecidos. Diversos formatos podem ser utilizados no marketing de conteúdo, como artigos, reportagens, e-books e podcasts. Tenha uma estratégia SEO Além de produzir conteúdos, é preciso garantir que eles estejam otimizados para atingir o público-alvo da cooperativa. Em especial para cooperativas pequenas, que disputam o espaço digital com sites de marcas grandes, é por meio de um SEO estratégico que surge a oportunidade de se destacar. Otimizar o conteúdo faz com que fique mais fácil encontrá-lo dentro da enorme quantidade de materiais disponíveis online. Com base nos critérios de SEO, o Google ranqueia e entrega os conteúdos considerados bons para se destacar nas pesquisas. Além disso, o SEO permite avaliar aspectos técnicos de um site, ajudando a cooperativa a entender como e onde melhorar a experiência do usuário. Aposte em anúncios segmentados Além dos conteúdos orgânicos, trabalhar com anúncios segmentados também pode ser uma excelente estratégia de marketing digital para cooperativas de pequeno porte. Tanto por meio do Google Ads, que aumenta a visibilidade de marcas no Google, quanto em redes sociais ou aplicativos, os anúncios podem atingir diferentes objetivos, como fortalecer a marca e impulsionar as vendas. Mas para que sejam assertivos e tragam retorno, é preciso saber segmentar o público-alvo e criar anúncios atraentes para a persona definida de cada campanha. Por meio de testes A/B e acompanhamento do desempenho, a cooperativa pode entender quais termos, palavras-chave e design mais atraem o público, levando a escolhas que maximizam o investimento nos anúncios. Tenha um site profissional Sites profissionais podem ser a porta de entrada dos consumidores para os produtos e serviços da sua cooperativa. É nesse espaço digital que a cooperativa pode apresentar o que oferece, reforçar seus valores e princípios, e publicar conteúdos que se conectem com possíveis cooperados e clientes. Com uma identidade visual marcante e um site que seja fácil e rápido de usar, tanto em computadores como em dispositivos móveis, as cooperativas podem se destacar na internet e atrair o público. Use o e-mail marketing Chegando diretamente na caixa de entrada dos seus consumidores, o e-mail é um recurso valioso se usado de forma estratégica pelas cooperativas de pequeno porte. Ele atua como um contato direto com o consumidor, permitindo uma segmentação ainda mais precisa e individualizada. O e-mail marketing pode ser uma ferramenta estratégica para trabalhar com promoções exclusivas, descontos pontuais, campanhas e outros recursos. Além disso, essa é uma forma mais acessível de fazer marketing digital, pois ela não exige grandes investimentos e permite o monitoramento por meio de análises de dados, como a taxa de abertura dos e-mails e as vendas geradas a partir dos links. Coloque produtos em marketplaces O uso de marketplaces, ou seja, espaços digitais que permitem vendas por meio da plataforma - Amazon, por exemplo - pode ser uma ótima opção para começar a vender os produtos de uma cooperativa de pequeno porte. O marketplace proporciona uma estrutura digital que facilita a venda, ao mesmo tempo que parte do lucro fica para a plataforma. Para uma marca que ainda não tem loja online própria, ou quer aumentar os pontos de venda e divulgação, a facilidade e visibilidade que essas plataformas oferecem podem ser vantajosas. Grandes marketplaces têm mais acessos de forma orgânica do que pequenos sites, o que dificulta ser encontrado em sua loja online própria. Por isso, é uma boa opção de marketing digital barato para cooperativas de pequeno porte. Acompanhe as métricas e faça ajustes Todo o passo a passo anterior só pode ser considerado uma campanha de marketing digital de sucesso caso os resultados apontem sua eficácia. Por isso, é preciso estar sempre de olhos abertos para as métricas e indicadores de resultados. Nesse sentido, trabalhar com análise de dados na sua cooperativa pode fazer toda a diferença. Com uma cultura data-driven, é possível extrair números relevantes para garantir que as campanhas ocorram de maneira assertiva e eficiente. Conclusão: o marketing digital barato para as cooperativas Investir em marketing digital não precisa ser caro. Com conhecimento adequado e estratégias segmentadas, cooperativas pequenas podem encontrar na internet uma vastidão de possíveis clientes e cooperados. Para saber mais sobre o papel do marketing e outras ferramentas de comunicação na promoção de uma marca cooperativista, a CapacitaCoop lançou as trilhas de Comunicação e Marketing sobre conceitos e estratégias essenciais para as cooperativas. Confira os cursos nos níveis básico, intermediário e avançado.